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Introdução

As doenças sexualmente transmissíveis são doenças infecciosas que se


transmitem
essencialmente através de relações sexuais não protegidas. Provocadas por bactérias,
fungos ou vírus.
I CORPO TEÓRICO
1. Doenças Sexualmente Transmissíveis
Adler (2004) descreve as doenças sexualmente transmissíveis como sendo infecções
Cujo principal meio de transmissão é o contacto sexual. Westheimer & Lopater (2004)
Especificam que uma doença sexualmente transmissível é qualquer doença que pode ser
Transmitida de uma pessoa para outra através do contacto sexual, como contacto oral-anal e
genital, sem uso de preservativo. Algumas IST, no entanto, podem ser transmitidas ainda de
outras formas, como durante a gestação, parto ou no momento da amamentação,
compartilhamento de agulhas e outros objetos cortantes contaminados, além de transfusão de
sangue contaminado

Sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis


Nem todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis apresentam sintomas, sendo algumas
delas completamente assintomáticas. Os sintomas são variados, a depender da infecção que
foi contraída.
Os principais sintomas das IST, de acordo com o Ministério da Saúde, são:
• Corrimento: O corrimento pode aparecer na região do pênis, vagina ou ânus e pode
ter coloração variada, como amarelado ou esverdeado. Além de diferente cor, pode ter
cheiro forte e provocar coceira.
• Feridas: As feridas decorrentes das IST podem aparecer na região genital ou ainda em
outras partes do corpo. As feridas podem causar dor ou não.
• Verrugas: As verrugas geralmente indicam infecção pelo HPV. Essas verrugas de
uma maneira geral não causam dor e possuem uma aparência que lembra uma couve-
flor.

Causas
Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão
envolvidos na contaminação por IST, gerando diferentes sintomas como feridas, corrimentos,
dor ao urinar, bolhas ou verrugas
Bactérias
• Cancro mole (Haemophilus ducreyi)
• Clamídia (Chlamydia trachomatis')
• Granuloma inguinale (Dovania granulamatis)
• Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae)
• Sífilis (Treponema pallidum)
Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis)
Fungos
Candidíase (Candida albicans)
Vírus
Hepatite BHYPERLINK
Hepatite CHYPERLINK
• Herpes simples tipo 1 e 2
• SIDA (VIH)
• Condiloma acuminado (HPV tipo 6 e 11)
• Carcinomas genitais e da faringe (HPV/VPH tipo 16 e 18
Molusco contagioso
• Linfoma de células T do adulto
Artrópodes
Piolho-da-púbis
Protozoários
• Tricomoníase (Trichomonas vaginalis)
EXAMES
Existem vários exames para diagnosticar as infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs). Eles podem ser realizados por rotina, para checagem após algum comportamento de
risco, ou quando você perceber algum sintoma ginecológico diferente.
Durante o exame clínico, o médico ginecologista leva em conta diversos fatores para
fazer a avaliação da paciente. Isso inclui a investigação sobre os sintomas apresentados, o
histórico pessoal de doenças e atividade sexual, os resultados de exames anteriores, os hábitos
de saúde e a prática sexual. Todas essas informações ajudarão a compor o quadro individual
de saúde
DIAGNÓSTICO
Um diagnóstico confiável das infecções sexualmente transmissíveis (IST) somente
pode ser feito depois da realização de exames específicos, prescritos pelo médico.
TRATAMENTO
Cada infecções sexualmente transmissíveis (IST) tem um tipo de tratamento
específico, dependendo muitas vezes do tipo de infecção que se trata. As ISTs podem ser
causadas por bactérias, fungos ou vírus, e muitas delas não apresentam sintomas. Desse modo,
é fundamental realizar exames de rotina, além de usar o preservativo para prevenir a
contaminação. A maioria das DSTs pode ser tratada de forma eficaz com medicamentos
(antibióticos para infecções bacterianas e medicamentos antivirais para infecções virais).
Porém, as pessoas que estão sendo tratadas para DST bacteriana devem se abster de relações
sexuais até a infecção ter sido eliminada delas e de seus parceiros sexuais. Assim, os parceiros
sexuais devem ser testados e tratados simultaneamente.
Prevenção
Preservativo
Mais conhecido como camisinha é um contraceptivo de barreira usado durante uma relação
sexual para diminuir a probabilidade de ocorrência de uma gravidez e de transmissão de
infeções sexualmente transmissíveis. A utilização do preservativo diminui drasticamente o
risco de contrair VIH/SIDA, gonorreia, clamídia, tricomoníase e hepatite B. Os preservativos
oferecem também proteção contra a transmissão de herpes genital, vírus do papiloma humano
(VPH) e sífilis. Existem preservativos masculinos e preservativos femininos. O preservativo é
um dos métodos mais seguros contra as IST.
Abstinência sexual
A abstinência sexual consiste em evitar relações sexuais de qualquer espécie. Possui forte
ligação com a religião
Vacina
Alguns tipos de VPH, (a Hepatite A e B podem ser prevenidas através da vacina
Consequências
Certas IST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves como infertilidade, infecções neonatais, malformações congénitas,
aborto, cancro e a morte.
Principais doenças sexualmente transmissíveis
1. VIH/SIDA
Uma das mais conhecidas DSTs, a síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo
vírus HIV e ainda não tem cura, embora seja possível obter uma boa qualidade de vida com o
uso do “coquetel”.
• Formas de transmissão: relação sexual desprotegida, compartilhamento de seringas e
agulhas contaminadas, transmissão de mãe para filho na gestação (vertical) e
transfusão de sangue (muito rara);
• Sintomas: semanas ou meses depois da contaminação, podem surgir sintomas
parecidos com os da gripe, como febre, dor de cabeça e dor de garganta, além de
diarreia, aumento dos gânglios (ínguas), do fígado e do baço, perda de peso abrupta e
vermelhidão na pele;
• Complicações: como o vírus HIV ataca as células de defesa, a pessoa fica mais
vulnerável às chamadas infecções oportunistas, que podem levar à morte;
• Tratamento: não há nenhum medicamento disponível que destrua o HIV, mas
costuma-se recomendar o uso do “coquetel” para prevenir a multiplicação do vírus.
2. Cancro mole
Conhecido popularmente como “cavalo”, o cancro mole é causado pela bactéria Haemophilus
ducreyi, mais frequente em regiões tropicais. Seu diagnóstico é clínico e pode ser feito no
consultório médico.
• Formas de transmissão: exclusivamente pela via sexual (vaginal, anal e oral), com
risco de transmissão de 80% nas relações desprotegidas com parceiros infectados;
• Sintomas: geralmente aparecem de 2 a 5 dias depois do contágio, consistindo no
surgimento de pequenas feridas purulentas na região genital, as quais aumentam de
tamanho e se tornam muito dolorosas;
• Complicações: duas semanas depois dos primeiros sintomas, pode se formar uma
íngua (caroço) avermelhada e dolorosa na virilha, capaz de impedir a pessoa de andar.
Pode haver a secreção de pus espesso, esverdeado e sanguinolento;
• Tratamento: é feito com antibióticos e sabonetes e loções especiais para a
higienização.
3. Candidíase
A candidíase é causada por fungos do gênero Candida e é mais frequente em mulheres,
principalmente nas gestantes, embora também possa acometer os homens. É importante
lembrar que a candidíase não é considerada exclusivamente uma DST, pois mesmo pessoas
em abstinência ou que ainda não iniciaram sua vida sexual podem desenvolvê-la.
• Formas de transmissão: relações sexuais desprotegidas e contaminação a partir do
sistema gastrointestinal;
• Sintomas: vermelhidão e coceira intensa na região genital, corrimento esbranquiçado
e grumoso, ardência ao urinar e dor durante a relação sexual;
• Complicações: pode se tornar uma infecção reincidente e causar complicações em
órgãos como rins e pulmões, com possibilidade de levar a óbito;
• Tratamento: costuma ser feito com o uso de medicamentos antifúngicos locais
(pomadas) e por via oral.
4. Gonorreia e clamídia
A gonorreia e a clamídia são DSTs causadas por bactérias que geralmente ocorrem
simultaneamente e podem atingir genitais, garganta e olhos.
• Formas de transmissão: principalmente em relações sexuais desprotegidas, embora
também possa ser transmitida na hora do parto;
• Sintomas: de 2 a 8 dias depois do contágio, pode haver ardência e dor ao urinar,
corrimento claro ou amarelado, pus e dor nos testículos no caso dos homens. A maior
parte das mulheres é assintomática;
• Complicações: transmissão para o bebê durante o parto, causando uma conjuntivite
que pode levar à cegueira, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e
infertilidade;
• Tratamento: consiste no uso de antibióticos e deve ser feito pela pessoa infectada e
seus parceiros, mesmo que não haja sintomas, mantendo-se a abstinência sexual até a
cura completa.
5. HPV
HPV é a sigla em inglês para o Papiloma vírus Humano.
• Formas de transmissão: relações sexuais desprotegidas, contato com a pele
contaminada mesmo sem verrugas e compartilhamento de objetos pessoais (toalhas,
roupas íntimas etc.);
• Sintomas: a maior parte dos infectados é assintomática, mas a doença pode se
manifestar quando há uma queda na imunidade, causando o surgimento de verrugas
com ou sem coceira em regiões como vulva, vagina, colo do útero, ânus, pênis e
testículos;
• Complicações: algumas lesões não visíveis a olho nu apresentam alto risco para o
desenvolvimento de câncer, especialmente o de colo de útero;
• Tratamento: consiste no tratamento das verrugas por métodos químicos, substâncias
estimuladoras da imunidade e cirurgia.
6. Sífilis
A sífilis é uma DST curável causada pela bactéria Treponema pallidum. A infecção apresenta
quatro fases com diferentes manifestações clínicas e pode ser transmitida ao feto durante a
gestação, com graves complicações.
• Formas de transmissão: relações sexuais desprotegidas e transmissão de mãe para
filho durante a gestação ou o parto (sífilis congênita);
• Sintomas: variam conforme o estágio da doença. A primeira manifestação costuma
ser uma ferida que não apresenta dor, coceira ou pus. Ela aparece entre 10 a 90 dias
depois do contágio e acomete o local por onde a bactéria entrou no corpo (vulva,
vagina, pênis, ânus, boca etc.);
• Complicações: na sífilis terciária, de 2 a 40 anos depois da instalação da doença,
podem surgir lesões na pele, nos ossos, no sistema cardiovascular e no sistema
nervoso, com risco de levar a pessoa à morte. Outra complicação é a sífilis congênita,
que pode causar parto prematuro e aborto espontâneo, além de malformações, surdez,
cegueira e deficiência mental no feto;
• Tratamento: é feito com o uso do antibiótico penicilina benzatina
7. Hepatite B
O vírus da hepatite B (HBV) é transmitido principalmente através do contacto com
sangue infetado e através de relações sexuais desprotegidas, já que pode estar presente não só
no sangue, mas também no sémen e nas secreções vaginais. Nos países em desenvolvimento,
a transmissão de mãe para filho é também uma forma importante de contágio durante a
gestação, o parto ou a amamentação.
A hepatite B não se transmite pelo suor ou pela saliva (a menos que está tenha estado
em contacto com sangue infetado). Não existe risco de contágio através de um aperto de mão,
abraços, beijos ou por utilizar pratos ou talheres de pessoas infetadas. Trata-se de uma doença
aguda mas, na maioria dos casos o vírus é eliminado pelo organismo.
No entanto, em cerca de 15% a 20% dos casos, o vírus mantém-se ativo e pode provocar
complicações graves no fígado, entre as quais neoplasias hepáticas (cancro).
Sintomas
A pessoa infetada poderá sentir apenas alguma debilidade e cansaço, mas também
poderá ter febre, dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele. A urina fica,
normalmente, mais escura e as fezes mais claras.
Tratamento
Na sua forma aguda, é tratada com repouso e uma dieta livre de alimentos tóxicos para
o fígado, onde se incluem as bebidas alcoólicas. Na sua forma crónica, o tratamento é feito à
base de medicamentos cujo objetivo é interromper a multiplicação do vírus e estimular a
destruição das células infetadas.
Prevenção
Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina que, desde 2000,
usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar lâminas de barbear e
depilar, material de manicura e pedicura, seringas, agulhas, bem como outros objetos
cortantes ou perfurantes.
Conclusão
Após analisarmos o nosso trabalho chegamos à conclusão que as doenças sexualmente
transmissíveis representam um grau elevado de perigosidade sendo que muitas delas não tem
cura, sendo assim a prevenção é a melhor forma para não contrairmos uma DTS evitando
também o compartilhar de objetos cortantes para que não haja uma possível transmissão de
um vírus infeccioso.
Referências bibliográficas
https://api.whatsapp.com/send?text=7+principais+infec
%C3%A7%C3%B5es+sexualmente+transmiss%C3%ADveis+%28DST%5C%27s
%29:+https://www.tuasaude.com/doencas-sexualmente-transmissiveis-dst/
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http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/diagnostico-de-infeccao-pelo-hiv
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-
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1. 2013. Consultado em 30 de novembro de 2014. Cópia arquivada em 25 de novembro
de 2014
↑ Ir para: a b c d «How You Can Prevent Sexually Transmitted Diseases». cdc.gov. Centers for
Disease Control and Prevention. 31 de maio de 2016. Consultado em 13 de dezembro de
2017. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2014

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