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Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Curso de Engenharia Química – UACTEC


Cinética e Cálculo de Reatores 1

BALANÇOS MOLARES

British Petroleum (BP)

Profª. Soraya Lira Alencar 25/10/2021


Balanços Molares

 Serão usados continuamente.

 Objetivos a serem alcançados:


➢ Descrever e definir a velocidade de reação;
➢ Deduzir a equação geral de balanço molar e
aplicá-la aos tipos mais comuns de reatores.
Balanços Molares

ALGUNS CONCEITOS
Identidade Química

Se diz que uma espécie química reagiu quando ela perde a sua
identidade química. A identidade de uma espécie química é
determinada pelo tipo, número e configuração desses átomos.

 Decomposição
 Combinação
 Isomerização
Velocidade de Reação

Seja a reação:

A velocidade de reação, -rA, é o número de mols de A reagindo


(desaparecendo) por unidade de tempo e de volume (mols/dm3.s).

Sendo assim:
rA = veloc. de formação da espécie A por unidade de tempo e de
volume.
rB = veloc. de formação da espécie B por unidade de
tempo e de volume.
Velocidade de Reação

Nós usamos uma equação algébrica para descrever a equação de


velocidade de reação.
Por exemplo, a forma algébrica da lei de velocidade, –rA para a
reação:

➢ Pode ser uma função linear da concentração,

➢ Ou pode ser alguma outra função algébrica da concentração, tal


como:
Equação Geral de Balanço Molar
Equação Geral de Balanço Molar

Iremos realizar um balanço molar para a espécie A em um volume do


sistema, onde a espécie A representa uma espécie química.

FA0 = Vazão molar na entrada (mols/tempo).


FA = Vazão molar na saída (mols/tempo).

GA = Taxa de geração de j por reação química dentro do reator.

ENTRADA + GERAÇÃO - SAÍDA = ACÚMULO

FA0 + GA - FA = dN A
dt
Equação Geral de Balanço Molar

Se todas as variáveis do sistema forem espacialmente uniformes em


todo o volume do sistema: GA = rA.V
Suponha agora que a velocidade de formação da espécie A para a
reação varie com a posição no volume do sistema. Então: G1=rA1.V1
M M

GA = 
i =1
Gi =  rAi Vi
i =1
Equação Geral de Balanço Molar

Nas condições limites apropriadas (fazendo M → ∞ e V → 0) e


utilizando-se a definição de integral, podemos reescrever:
V

GA =  r dV
A

E - S + G = A
◼ Então:
Balanço Molar em Diferentes Tipos de Reator

➢ Reatores em Batelada.

➢ Reatores com Escoamento Contínuo:


❖ Reator Contínuo de Tanque Agitado.
❖ Reator Tubular.
Reator Batelada

Utilizado para operação em pequena escala,


para teste de novos processos que ainda
não foram completamente desenvolvidos,
para a fabricação de produtos caros, e para
processos que são difíceis de se converter
em operações contínuas.
Reator Batelada

Vantagem: permitir que altas conversões


possam ser obtidas, deixando o reagente no
reator por longo período de tempo.

Desvantagens: alto custo de mão de obra por


batelada, à variabilidade de produtos de uma
batelada para a outra, e à dificuldade de
produção em larga escala.
Reator Batelada

V
dN A
=  rA dV
Não tem entrada nem saída de reagentes ou produtos: dt 0

dN A
Se a mistura reacional estiver perfeitamente misturada: = rA V
dt
Reator Batelada
Reator Batelada

Que tempo t é necessário


para reduzir NA0 até NA.
Reator de Mistura (CSTR)

Muito utilizado no processamento


industrial. Ele é referido como reator
tanque agitado contínuo (CSTR), reator
de retromistura ou tanque de reação, e
é utilizado principalmente para reações
em fase líquida.
Reator CSTR

dN A
=0
Operado em estado estacionário: dt
Mistura perfeita: V
0 rA dV = V rA Temos então: V = FA0 − FA
− rA
Reator CSTR

A equação de projeto de um CSTR fornece o volume V do reator,


necessário para reduzir a vazão molar de entrada da espécie j, Fj0,
para a vazão molar de saída Fj. A vazão molar Fj é dada pelo
produto da concentração da espécie j e a vazão volumétrica ν.

Fj = Cj . ν mols
=
mols volume
.
tempo volume tempo
Reator Tubular

Reatores tubulares ou reator de escoamento uniforme


(PFR), são usados mais frequentemente para promover
reações em fase gasosa.
Reator Tubular

➢ No reator tubular, os reagentes são continuamente


consumidos à medida que eles escoam ao longo do reator.

➢ Na modelagem supomos que a concentração varie


continuamente na direção axial através do reator.
Reator Tubular

O volume diferencial será escolhido tão pequeno, de tal modo que não haja
variações na velocidade de reação no interior deste volume. Assim, teremos:
V
GJ =  rj dV = V rj
Balanço Molar no interior deste volume:

E - S + G = A

Fj (V ) − Fj (V + V ) + rj .V = 0
Reator Tubular

Fj (V ) − Fj (V + V ) + rj .V = 0
Dividindo-se por ΔV e rearranjando:
 F j (V + V ) − F j (V )
  = .rj
 V 
 f (x + x ) − f (x ) df
lim   =
Assemelhando-se à definição da derivada: x →0
 x  dx

Tomando o limite quando ΔV tende a zero, obtemos a forma diferencial


do balanço molar: dFj
− = −rj
dV
Reator Leito Fixo / Packed Bed Reactor

dNA
FA0 −FA +  rA dW =
dt
Balanço Molar: Seja

REATOR
Diferencial Algébrica Integral

BATELADA

CSTR

PFR

PBR
EXERCÍCIOS

Exemplos 1.1 e 1.2 (Fogler)

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