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EEM DR.

JOSÉ EUCLIDES
Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa
1º ano
TEXTO PARA QUESTÃO 1
PASSO A PASSO
- A hidratação deve ser feita antes, dur a caminhada.
- A desidratação causa diminuição de 30% no rendimento do praticante.
- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar mais cuidado com a
hidratação. Nesse caso, é essencial levar uma garrafa de água para beber
durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A sede é o primeiro sinal de
desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
- Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas
ou de água-de-coco é recomendada.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem
carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais
recomendado para antes da prática. Deixe o café da manhã, o almoço ou o
jantar para depois.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no caminho. A distração pode causar
acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda: alguns
trajes causam assaduras nas coxas.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e uma garrafa de água ou
cantil não podem faltar.
Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva, repelente de insetos e um
cajado também são recomendáveis.

(Folhaequilíbrio, São Paulo, 9 mar. 2006, p. 8)

1.(D7)As primeiras recomendações feitas para uma boa caminhada salientam a


importância
(A) do jejum.
(B) das frutas.
(C) do café da manhã.
(D) da hidratação
(E) protetor solar

13 de Dezembro

Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O


motorista me lembrou: "Hoje é 13 de dezembro, dia de Santa Luzia. A igreja
dela está cheia, ela protege os olhos da gente" . Agradeci a informação, mas
fiquei inquieto. Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma coisa a ver comigo e
nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que
seria? Aniversário de um amigo? Urna data inconfessável, que tivesse
marcado um relacionamento para o bom ou par~, o pior?
Não lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava dentro de
mim. E as horas se passaram iluminadas peio intermitente pisca~ da luzinha
vermelha dentro de mim. 13 de dezembro! Preciso tomar um desses
tonificantes da memória, vivo em parte dela e não posso ter brancos assim, um
dia importante e não me lembro por quê.
Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o livro
que estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez a
cena noturna: eu chegando no prédio em que morava, no Leme, a Kombi que
saiu dos fundos da garagem, o homem que se aproximou e me avisou que o
comandante do 1 ° Exército queria falar comigo.
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar com o
general Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar
comigo.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já.' entrava
dentro do meu carro, com urna pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a
mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o governo baixara o AI-5, eu nem
ouvira o decreto lido no rádio. Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e
meu amor me chamara e eu não vira a banda passar.
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar com o
comandante do -1° Exército O país talvez tenha melhorado, mas eu certamente
piorei.
(CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001

2-(D11) No texto, o que gera a inquietação do narrador é o fato de ele


(A) constatar que não era um dia importante.
(B) não se lembrar de algo muito importante
(C) saber que era dia de Santa Luzia
(D) ver uma grande multidão na Esplanada.
(E) verificar que a igreja estava cheia de fiéis

Texto I
“Sou completamente a favor da flexibilização das relações trabalhistas, pois a
velhíssima legislação brasileira, além da anacrônica, vem comprometendo
seriamente a nossa competitividade global”

Texto II
“ É uma falácia dizer que com a eliminação dos direitos trabalhistas se criarão
mais empregos. O trabalhador brasileiro já é por demais castigado para
suportar mais essa provocação”.

3-(D12)Os textos acima tratam da relação entre patrão e empregado. Os dois


textos de diferenciam porém, pela abordagem temática. O texto II em relação
ao texto I apresenta uma
(A) ironia.
(B)Semelhança.
(C)Oposição.
(D)Aceitação
(E)confirmação.

Desabafos de um bom marido


Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas
vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa,
uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às
quintas.
Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Natal e a
minha em São Paulo. Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela
sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no
nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há
muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras. Ela
tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer
pão elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos
lugar pra sentar". Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se... O casamento é a causa número 1 para o divórcio.
Estatisticamente, 100% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei
com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era “Sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de
interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela
perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse, "Poeira".
No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e
descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem,
nem o Mundo tiveram mais descanso.
Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre
me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava
tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre
alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito
esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada
na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei
em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em
alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei.
– Quando você terminar de cortar a grama, – eu disse – você pode também
varrer a calçada.
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu
voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
Luís Fernando Veríssimo
4-(D22) – O que gera humor no texto é o fato de
(A) os casamentos não serem mais duradouros.
(B) o narrador satirizar o casamento.
(C) o esposo querer sempre estar perto.
(D) existir uma visão romântica do casamento.
(E) o esposo querer estar longe.

Arco-íris
Um arco-íris (também popularmente denominado arco-da-velha) é um
fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro
contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido
com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é
vermelho , laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. No entanto, a
grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio
Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer
analogia com as sete notas musicais.
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco-%C3%ADris. Acesso em 25
out. 2017.
5-D1 – De acordo com o texto:
(A) ninguém consegue perceber as cores do arco-íris.
(B) a minoria consegue discernir apenas cinco cores.
(C) Isaac Newton conseguia ver sete cores no arco-íris.
(D) pessoas que conseguem discernir as seis cores são a maioria.
(E) é um fenômeno quase desconhecido na sociedade.

Emergência
Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.

Por isso é que os poemas têm ritmo —


para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
MÁRIO QUINTANA. Emergência. Disponível em: http:// www.revistabula.com. Acesso em 25
out. 2017.

6-(D14) – No trecho “esse ar que entra por ela” (l. 4) a palavra em destaque
refere-se
(A) à emergência.
(B) à janela.
(C) ao ar.
(D) ao poema
(E) a cela

Novo crocodilo pré-histórico descoberto em São Paulo


Encontrados onze esqueletos quase completos de espécie que viveu há
90 milhões de anos. Um parente distante dos crocodilos atuais que viveu há
cerca de 90 milhões de anos acaba de ser descrito por pesquisadores
brasileiros. Onze esqueletos quase completos da espécie primitiva, chamada
"Baurusuchus salgadoensis", foram encontrados no interior do estado de São
Paulo, numa descoberta que já é considerada uma das mais importantes da
paleontologia brasileira. A preservação desses fósseis mostra como podem ter
sido as catástrofes ecológicas ocorridas na Terra no Cretáceo e ajuda a
entender as condições do planeta nesse período.
A origem da descoberta remonta ao início dos anos 1990 na cidade de
General Salgado (SP), quando um professor do ensino fundamental e médio
encontrou os primeiros fósseis da nova espécie com a ajuda de seus alunos.
O "Baurusuchus salgadoensis" viveu no período Cretáceo, há cerca de 90
milhões de anos, quando os continentes ainda estavam reunidos em um
grande bloco, chamado Gondwana. Esse Crocodilo morfo -como são
chamados os parentes distantes dos crocodilos atuais - media cerca de três
metros de comprimento e pesava aproximadamente 400 kg. Era carnívoro e
suas grandes mandíbulas faziam dele um excelente predador. Suas pernas
eram bem mais longas que as dos crocodilos de hoje, já que ele precisava
andar muito mais tempo sobre o solo, em comparação com os crocodilos atuais
- na época em que o "B. salgadoensis" viveu, a Terra passava por uma
situação climática instável, com grandes períodos de seca e escassez de água.
Antes da descoberta do "Baurusuchus", espécies semelhantes só haviam
sido encontradas no Paquistão, na Ásia. Segundo os pesquisadores, isso pode
sugerir que houve um possível movimento migratório desses animais entre os
continentes.
(Adaptado de Cathia Abreu. 10/06/05 Especial para a CH On-line.
http://ich.unito.com.br/3393)
7-(D5) O texto trata
(A) de uma catástrofe ecológica.
(B) do período Cretáceo.
(C) de uma espécie em extinção.
(D) de um crocodilo pré-histórico.
(E) da discussão da nova descoberta de plantas carnívoras.
Considere o fato abaixo:
"O macaco [...] atacava pessoas."
8-(D6) Reflete uma opinião sobre este fato, a frase:
(A) o animal que vive no parque.
(B) o macaco não tem culpa.
(C) nenhuma das vítimas foi à audiência.
(D) foram registrados cerca de 40 casos.
(E) uma Unidade de Conservação em Uberaba.
LUZ SOB A PORTA
- E sabe o que que o cara fez? Imaginem só: Me deu a
maior cantada! Lá , gente, na porta da minha casa! Não
é ousadia demais?
- E você?
- Eu? Dei- te logo e bença pra ele; engraçadinho, quem
ele pensou que eu era?
- Que eu fosse.
- Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente
surdo?
(VILELE, Luiz. Tarde da Noite. São Paulo. Ática. 1998.)

9(D23) - O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um


falante:
(A) escrupuloso em ambiente de trabalho.
(B) ajustado às situações informais.
(C) rigoroso na precisão vocabular.
(D) exato quanto à pronúncia das palavras.
(E) situado nos padrões da elite brasileira.

A arte de ser avó


Rachel de Queiroz

Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito
nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um
ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas
suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue,
filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
Quarenta anos, quarenta e cinco... Você sente, obscuramente, nos seus
ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda
envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as suas compensações -
todos dizem isso, embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto
- mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às
vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a
doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de
alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade.
Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da
presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e
sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de
modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são
mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias
da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino.
Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choros,
aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou
penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um
estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos
lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário,
causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com
todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu
coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar
de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e
felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixados pelos
arroubos juvenis.
[...]
E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho,
lhe reconhece, sorri e diz: “Vó!”, seu coração estala de felicidade, como pão ao
forno. [...]
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem
entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho -
involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas
enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos
arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e
aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que
pague...
Disponível em: <http://joaosilvaeducarpraserfeliz.blogspot.com br/2012/03/19-
cronicas-interessantes-para.html>. Acesso em: 08 mar. 2016.

10. (D14) No trecho “...Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um


menino seu que lhe é “devolvido”.”. O termo “LHE” na frase anterior, refere-se
ao
(A) criancinha.”.
(B) símbolo.
(C) menino.
(D) pais.
(E) avós.
11. (D20) A pontuação em destaque sugere: “abre um olho, lhe reconhece,
sorri e diz: “Vó!”
(A) ironia.
(B) suspense.
(C) satisfação.
(D) raiva.
(E) descontentamento.

12. (D9) O gênero do texto acima é:


(A) narrativo.
(B) crônica.
(C) poético.
(D) conto.
(E) informativo.

Diabetes sem freio


A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em
editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é
de que os atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transforme
em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes
no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos – doença associada à
diabetes.
Galileu, nº 204, jul. 2008, p. 14.

13-(D7)Qual é a informação principal desse texto?


A) A diabetes associada a problemas cardíacos.
B) A estimativa de adultos portadores de diabetes.
C) O crescimento da epidemia de diabetes no mundo.
D) O percentual de mortes no mundo.
E) O percentual de problemas cardíacos.

Leia o texto abaixo e responda.


Cultura dos sebos
O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma
promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de
celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir,
buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou
uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória. Garcia não achava os
títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de
oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante
Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com
1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.
Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários,
em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os
sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura.
“Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é
leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de
intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a
leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante
Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.
Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

14-(D1)De acordo com esse texto, André Garcia é


A) autoritário.
B) empreendedor.
C) idealista.
D) impulsivo.
E) indeciso.

Leia o texto abaixo e responda.


Turismo
A única coisa que perturba harmonia do ambiente são os turistas. Alguns.
Eles não viajam a fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles só
querem mudar de cenário para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles,
o som é essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles têm som.
Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde vão, sua presença é uma
perturbação para o espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam do
silêncio? Acho que para eles, o silêncio é o mesmo que o vazio. E o vazio é
sinal de pobreza. Nossa cultura provocou uma transformação perversa nos
seres humanos, de forma que eles acreditam que, para estar bem, é preciso
estar acoplados a objetos tecnológicos.
ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola,
2003. p. 158. Fragmento.

15-(D19)No trecho “Nunca desembarcam de si mesmos.”, o autor usou a


expressão destacada para ressaltar que os turistas têm dificuldade de

A) conviver em harmonia.
B) mudar os hábitos.
C) respeitar o lugar.
D) sentir a paisagem.
E) transformar as pessoas.
16-(D4)A leitura do último quadro permite afirmar que o rapaz
A) está sem planos de casar.
B) está bastante apaixonado.
C) quer mudar o toque do celular.
D) queria ficar mais um pouco.
E) quer um compromisso sério.

A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Manuel Bandeira BANDEIRA, M., Estrela da Vida
Inteira,PoesiasReunidas.Riode Janeiro:Jose Olympio, 1973.

17- (D21) A repetição do verbo “ver” no início do poema é um recurso utilizado


para
A) reforçar o brilho intenso da estrela.
B) revelar o vazio da vida do eu lírico.
C) enfatizar a ideia da frieza da estrela.
D) intensificar a certeza da ação de ver.
E) intensificar a beleza inatingível da estrela.

O Islã não é só árabe

Religião abrange diversas etnias em todo mundo


Boa parte da população ocidental acredita que o mundo islâmico é aquela
porção de países do Oriente Médio que têm como idioma oficial o árabe. Por
isso, são indevidamente considerados árabes alguns países de maioria
islâmica, mas que têm outros idiomas, como Turquia (línguas turca e curda), Irã
(persa), Afeganistão (pashtu e dari) e Paquistão (urdu e punjabi).
Existem atualmente cerca de 1,3 bilhão de muçulmanos no mundo, como
são denominados os adeptos do islamismo. A maioria vive na Ásia, onde essa
religião nasceu e ganhou o mundo há cerca de 1.400 anos. Da Ásia, os
muçulmanos passaram para o norte da África - onde foram chamados de
mouros - e parte da Europa. Integraram-se com africanos, europeus das
penínsulas ibérica e itálica e outros povos. Hoje eles estão presentes também
entre europeus, norte-americanos e até brasileiros.
O islamismo cresceu em número de adeptos muito mais fora do mundo
árabe do que no local em que a religião nasceu. Basta fazer uma comparação:
os países islâmicos mais populosos, como a Indonésia (com “apenas” 228
milhões de habitantes), o Paquistão (145 milhões), Bangladesh (131 milhões) e
Nigéria (127 milhões) têm contingentes humanos muito maiores que o Egito (70
milhões), país de maior população entre os árabes, seguido de longe pelo
Sudão (36 milhões). Até a Índia, majoritariamente hindu, tem aproximadamente
100 milhões de muçulmanos.
Revista GALILEU . p. 42. Novembro de 2001.
18. (D20) As aspas empregadas na palavra “apenas” foram usadas para dar a
ela um sentido
(A) irônico.
(B) crítico.
(C) metafórico.
(D) coloquial.
(E) técnico.

As enchentes de minha infância


Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à
varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas
dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que
depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha
dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles
ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a
altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal,
entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa,
aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e
alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se
fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua,
entrava pelo se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua,
entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para
ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de
manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio
baixara um palmo - aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às
vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído
chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando
que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a
maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor,
1962. p. 157.
19. (D3) Que função desempenha a expressão destacada : “Como a casa dos
Martins, como a casa dos Leão... .”
(A) adição de ideias.
(B) comparação entre fatos.
(C) consequência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.
(E) medo das enchentes.

A arte de ser avó


Rachel de Queiroz
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito
nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um
ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas
suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue,
filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
Quarenta anos, quarenta e cinco... Você sente, obscuramente, nos seus
ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda
envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as suas compensações -
todos dizem isso, embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto
- mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às
vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a
doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de
alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade.
Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da
presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e
sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de
modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são
mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da
gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente
grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela
criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor
da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um
menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o
seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e
decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor
recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de
todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e
felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixados pelos
arroubos juvenis. [...]
E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho,
lhe reconhece, sorri e diz: “Vó!”, seu coração estala de felicidade, como pão ao
forno. [...]
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre
avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho -
involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas
enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos
arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e
aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que
pague...
Disponível em: <http://joaosilvaeducarpraserfeliz.blogspot.com br/2012/03/19-
cronicas-interessantes-para.html>. Acesso em: 08 mar. 2016.
20. (D17) No trecho “Sem dores, sem choros, aquela criancinha da sua raça,
da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida.
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é
‘devolvido’.”, o termo “pois”, em relação à oração anterior, estabelece uma
relação de
(A) oposição.
(B) condição.
(C) explicação.
(D) conformidade.
(E) conclusiva.

O mercúrio onipresente (Fragmento)


Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter
descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar.
Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos
envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários,
contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o
mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos
determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é
particularmente elevado, estaríamos bem. [...].
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma
série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está
em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.
21(D5). O assunto principal do texto está expresso no trecho.
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza
(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.
(E) o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido.

Polêmica sem Fim


Ciência ainda busca respostas para questões-chave para o futuro dos
organismos alterados
Criados nos anos 80, os alimentos transgênicos continuam a dividir os
cientistas. A falta de respostas conclusivas para várias questões – econômicas,
ambientais, sanitárias – tem dado margem a debates apaixonados entre
partidários e detratores desses produtos. De um lado, há os que promovem os
transgênicos como verdadeira salvação da lavoura: a criação de variedades
mais resistentes a pragas e doenças levaria ao aumento da produtividade e à
gradual queda dos preços, contribuindo assim para a diminuição da fome no
mundo. De outro, os críticos argumentam que a fome é uma questão política e
de distribuição de renda. As multinacionais estariam interessadas apenas em
engordar seus lucros, já que um dos resultados da transgenia é a geração de
sementes estéreis: cada vez que quiserem plantar, os agricultores precisam
comprar novas sementes da empresa que detém a patente.
Outro motivo de preocupação é o impacto ambiental, cuja extensão a
ciência ainda desconhece. Há o receio de que as lavouras transgênicas
contaminem plantações vizinhas, ameaçando a biodiversidade.
Discutem-se também os possíveis danos à saúde humana. Em 1996, o
médico alemão Walter Doefler divulgou um estudo sobre as conseqüências da
ingestão de alimentos transgênicos. Por meio de experiências com cobaias, ele
concluiu que o DNA exógeno (introduzido de outra espécie) de um vegetal
transgênico pode entrar em nossa corrente sangüínea e se tornar ativo,
quebrando a barreira entre espécies. O pesquisador Francisco Aragão, da
Embrapa, afirma que tal estudo não tem credibilidade e que o corpo humano é
capaz de destruir os genes exógenos.
(GIMENEZ, Karen. Polêmica sem fim. Superinteressante, São Paulo, p. 36, set.
2004.As 30 maiores descobertas da ciência.)

TEXTO PARA A QUESTÃO 22 e 23


Sai a chuva, entra o fogo. Sabe por que muitas crianças e adultos vão parar
no hospital ou no posto de saúde? A fumaça da queima de produtos como
madeira, capim, plástico, galhos e folhas, por motivo de limpeza, aquecimento
ou iluminação, mata milhares de pessoas (principalmente crianças e idosos),
todos os anos no mundo.
Você sabe quais venenos existem na fumaça que inalamos? A queimada
urbana é considerada crime ambiental, produz fumaça que é formada por
vários gases nocivos, partículas de carvão, visíveis e invisíveis, a queima de
plásticos gera dioxinas e furanos, e outras inúmeras substâncias tóxicas,
cancerígenas e mutagênicas. A fumaça pode provocar ou desencadear
ataques de asma/bronquite, rinite, sinusite, conjuntivite, otite, enfisema
pulmonar e pneumonia.
22(D2) – Esse texto tem por objetivo
(A) informar as causas da falta de chuva.
(B) alertar sobre os riscos das queimadas.
(C) ensinar como se prevenir de doenças.
(D) afirmar que a queimada urbana não é crime ambiental.
(E) incentivar a promover queimadas.

23. A expressão destacada pode ser substituído sem perder o sentido por:
“fumaça que inalamos”:
(A) sentimos.
(B) ingerimos.
(C) usamos.
(D) sentimos.
(E) vemos.

A Cigarra e a Formiga
Num dia de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou
por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que
arrastava para o formigueiro.
– Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te
afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra.
– Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. –
Aconselho-te a fazeres o mesmo.
– Por que me hei de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... –
respondeu a Cigarra, olhando em redor.
A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora. Quando o
inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as
Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no verão.
Distribuíam-na diariamente entre si e não tinhamfome como ela. A Cigarra
compreendeu que tinha feito mal...

24.(D20) – O uso do travessão no trecho “– respondeu-lhe a Formiga” é usado


para indicar
(A) a fala da Formiga.
(B) mudança de interlocutor.
(C) a fala da Cigarra.
(D) a fala da formiga que não trabalhava.
(E) a fala da personagem.

Leia o texto:
25(D10) – O texto acima é uma campanha que tem por finalidade
(A) ensinar como doar sangue.
(B) convencer as pessoas doarem sangue.
(C) promover a SINSENAT.
(D) divulgar uma ação sobre doação de órgãos.
(E) solicitar doação de vidas.

26(D9) – O texto acima é um exemplo de :


(A) Campanha publicitária.
(B) aviso.
(C) cartum.
(D) anúncio.
(E) HQ.

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