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IMPLANTODONTIA

HISTÓRICO DA IMPLANTODONTIA
1930 implantes justapostos
1943 implantes endo-ósseos metálicos
1961 implantes agulhados
1967 implantes laminados

Material Aço – fibro-ósseo integrável (1960)

Implantes Osso fusionado ao titânio (não faz troca de íons –


osteointegração)
osseointegráveis Estudo de Branemark em microscópio (1952)
Estudo de Branemark em cachorros (1960)
Estudo de Branemark em humanos (1965)
Apresentação dos dados com 10 anos (1977)
Sucesso clínico em maxila (81 - 89%)
Sucesso clínico em mandíbula (91 - 100%)

TITÂNIO fina camada de óxido


Barreira contra dissolução do metal
Não faz corrosão e oxidação
Previne contato direto entre íons metálicos e tecido

LIGA DE TITÂNIO > Resistência que titânio puro


> Elasticidade que titânio puro
Tipo II (implantes)
Tipo IV (parafusos para enxertos – não osteointegram)
CONTRA – INDICAÇÕES DO IMPLANTES
Temporárias relações intermaxilares desfavoráveis
Má posição de dentes remanescentes
Quantidade insuficiente de tecido duro ou mole
Doenças sistêmicas controladas
Patologias dentais/gengivais remanescentes

Definitivas toda contra-indicação temporária não eliminada


Abuso de álcool, fumo e drogas
Condições psicológicas extremas
Doenças sistêmicas não controláveis

Fatores de risco fumo osteoporose


Higiene bucal debilitada doenças periodontais
Diabetes estresse emocional
“Somente após a eliminação de todos os fatores de risco, poderá ser
realizada a cirurgia de implantes. “
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Consulta inicial 7 DIAS


Consulta de retorno 7 DIAS
Adequação do meio 7 DIAS
Confecção e prova do GC (guia cirúrgico) 7 DIAS
Colocação de implantes 1 DIA
Adaptação de próteses provisórias ATÉ 45 – 90 DIAS
Manutenção pós-operatória ATÉ 45 – 90 DIAS
Reabertura dos implantes 1 DIA
Instalação PP sobre implantes 30 DIAS
Instalação PD sobre implantes 30 DIAS
Consulta de manutenção protética 180 – 180 DIAS

REABERTURA DOS IMPLANTES


Tem o objetivo de expor o implante ao meio bucal quando se estabelece um
perfil de emergência, ou ainda manter ou criar uma faixa de mucosa
queratinizada. Realizada após período de osteointegração ou antes, para
controlar infecções oportunistas da mucosa.

Sequência anestesia
Incisão (expor apenas a plataforma, não o tecido ósseo)
Exposição da plataforma do implante
Instalação do cicatrizador ou trans-mucoso
Reposicionamento de retalho e suturas

SELEÇÃO DO IMPLANTE
Padrão diâmetro (3,75 mm)
Comprimento varia (7 – 18 mm)
HI mascara a linha de conexão protética facilitando adaptação de tecido
mole

DENTE SUP INF


Seleção do número IC 7,5 mm 3,5
mm
do implante IL 5 mm 4 mm
C 5,5 mm 5,5 mm
1PM 5 mm 5 mm
2PM 5 mm 5 mm
1M 7,5 mm 8 mm
2M 7,5 mm 8 mm

Implantes EPM Quantidade de implantes


Unitários 7 mm 1 implante
Duplo 14 – 17 mm 2 implantes
Triplo 20 mm ou + 2 – 3 implantes
Quadruplo 28 mm ou + 3 – 4 implantes
Quíntuplo 30 – 35 mm 3 – 4 implantes
SEQUÊNCIA PADRÃO DE BROCAS Função
1. BROCA LANÇA “abre-alas”
2. BROCA FRESA 2MM alargar e aprofundar
3. BROCA PILOTO 2 – 3 MM alargamento inicial
4. FRASE 3 MM alargamento final
5. COUNTERSINK bisel coronário

COMPLICAÇÕES TRANS – OPERATÓRIAS


Dificuldade de adaptação de instrumentos travamento insuficiente do
implante
Falha na adaptação do montador falha na adaptação da tampa
do implante
Hemorragias lesões de estruturas
Perfurações ósseas danos a dentes adjacentes
Fraturas ósseas

CICATRIZAÇÃO DO ALVÉOLO
I Estágio Coágulo
II Estágio Tecido de granulação (4 – 5 dias)
III Estágio Tecido conjuntivo (15 dias)
IV Estágio Calcificação dos osteóides (10 dias)
V Estágio Preenchimento epitelial total (30 dias)

PRINCÍPIOS DA OSTEOINTEGRAÇÃO E METABOLISMO ÓSSEO


Osteointegração conexão direta entre osso vivo e superfície de um
implante, submetido a carga funcional.
Estágio 1 2 – 6 semanas (calo ósseo)
Estágio 2 6 – 18 semanas (remodelação óssea)
Estágio 3 18 – 54 semanas
“Menor trauma cirúrgico significa maior rapidez de formação óssea. ”
Etapas da instalação Incisão
do implante: Elevação do retalho
Preparação do sítio receptor (alvéolo cirúrgico)
Inserção do implante
Efeito Press Fit Tecido ósseo na periferia é comprimido, vasos
sanguíneos colabados e nutrição comprometida,
ocasionando necrose e os tecidos afetados tornam-se
não-vitais.

Fatores que afetam Gerais (idade, saúde, etc)


a Osteointegração: Locais (qualidade e quantidade óssea, doença
periodontal, etc)
De Risco (tabagismo, alcoolismo, etc)
Princípios cirúrgicos e protéticos (assepsia, local, etc)
Relacionados ao paciente (desenho e superfície óssea)

CLASSIFICAÇÃO DO OSSO
D1 Compacto denso Indicado p/ carga
imediata
> Estabilidade primária Implante cilíndrico
(corte)
Dificuldade no preparo < Irrigação
sanguínea
Mandíbula (6%)

D2 Densidade moderada Implante cilíndrico


(corte)
Osteointegração previsível Mandíbula (50%)
Não apresenta desvantagem – Ideal

D3 Cortical fina com trabecular fino Implante cônico


(compactação)
< Tempo de osteotomia < Tempo de
Osteointegração
Delicadeza no preparo Maxila (65%)
D4 Cortical mínima com trabecular fino Implante cônico
(compactação)
< Tempo de osteotomia Alta porosidade
< Estabilidade primária Maxila (40%)
FASE INICIAL DA OSTEOINTEGRAÇÃO
Osso cortical Fixação primária
Reabsorção – formação óssea (cicatrização)
Osso trabecular Osteointegração primária
Lesão – sangramento – coágulo – reabsorção – células
mesenquimais – osso imaturo (cicatrização)

AVALIAÇÃO CLÍNICA APÓS OSTEOINTEGRAÇÃO


Imobilidade clínica
Assintomático
Ausência de radiolucidez perimplantar
Ausência de neuropatia (danos nervosos)
Perda óssea vertical até 1mm no 1º ano em função

“ Não se pode afirmar que um implante está osteointegrado sem exposição


ao meio externo. ”
” O fator mais importante que afeta a Osteointegração é o CALOR. “

ESTRUTURAS ANATÔMICAS
Mandíbula Canal mandibular Forame mentual
Alça do mentual Fossa submandibular

Canal mandibular 68% entre os bordos V e L Origina-se na língula


mandibular
Altura dos PMI Nervos, artérias e veias

Forame mentual 50% diretamente no ápice do 2PMI


Localizado a 15mm do ápice Inervação da região
labial inferior

Fossa submandibular Região crítica Glândula


submandibular
Artérias e veias submentuais
Maxila Seios maxilares (enxertos) Fossa nasal
Forame incisivo Osso zigomático

Seio maxilar Membrana de Schneider Irrigação abundante


Importante área receptora de enxertos

Forame incisivo 2 – 5 canais incisivos Nervo e artéria


esfenopalatina
Inerva tecido mole e osso P do sextante 2 (13 ao 23)
Forame nasopalatino Esvaziamento cirúrgico

Osso zigomático Implantes zigomáticos “maçã-do-rosto”

Tuber da maxila densidade óssea pobre (D4) alternativa instalação de


implantes
Área doadora de enxertos

LIMITES CIRÚRGICOS
O implante não pode estar < 2mm do forame mentual verticalmente e nem
< 5mm horizontalmente.

PADRÕES DE REABSORÇÃO ÓSSEA


Maxila vestibular – posterior
Borda – asa-do-nariz
Mandíbula posterior – anterior
Borda – base da mandíbula

ENXERTO ÓSSEO
Em bloco ganho de espessura autógeno ou
xenógeno

Associados utiliza ambas formas de enxerto

ENXERTO DE MAXILA
Indicação Altura insuficiente para instalação de implantes
Localização forma piramidal quadrangular
Região de PMS e MS
Parede superior coincide com assoalho da órbita

Anatomia interna Membrana de Schneider Membrana aderida ao periósteo


Impossível distinguir Espessura não passa de
1mm

Conta-indicações Sinusite aguda Anomalia de


coagulação
Raízes residuais no seio maxilar Tumores ou cistos
Usuários de esteroides inalados Usuários de
cocaína
Fumantes excessivos Imunodeficientes
Espaço interoclusal muito grande DP não controlada

Complicações Perfuração da membrana


(Trans-cirúrgicas) Septos ósseos
Hemorragias

Complicações Edema
(Pós-cirúrgicas) Comunicação buco-sinusal
Infecções

TECNICAS PARA ENXERTO DO SEIO MAXILAR


Acesso atraumático (com preenchimento 3 – 5 mm ou sem preenchimento 1
– 2 mm)
Acesso traumático (cirúrgico > 5 mm)

Vantagens AAT Compactação < Morbidade


< Injúria ao periósteo > Vascularização
para enxerto
> Estabilidade

Desvantagens AAT Desconforto Acesso posterior


complicado
Impossibilidade de visualizar perfurações
Vantagens AT Ausência do limite dos sítios < Taxa de
complicação
Controle preciso da colocação do material

Desvantagem Morbidade
CUIDADOS PÓS – CIRÚRGICOS
Espirrar de boca aberta
Evitar assoar o nariz e tossir
Aplicar gelo constantemente
Dormir com a cabeça mais elevada
Repouso constante
PT ou PPR reembasada com material macio

TERMINOLOGIA EM IMPLANTODONTIA
1. Fase de enxerto de tecido duro e mole
2. Fase cirúrgica
3. Fase protética

1. Enxerto ósseo
Tipos Autógeno (mesmo indivíduo)
Alógeno (indivíduos diferentes da mesma espécie)
Xenógeno (diferentes espécies)
Biomateriais sintéticos

Enxerto enxerto gengival livre – aprofundar vestíbulo e > gengiva


inserida
(tecido mole) enxerto tecido conjuntivo – > gengiva inserida e
espessura do periodonto, além de recobrir roscas
expostas
2. Fase Cirúrgica
Tempo cirúrgico 1 tempo – instalação de implantes e cicatrizador na
mesma sessão.
2 tempos – instalação, aguarda osteointegração, instala
cicatrizador.

Implante imediato exodontia e instalação 1 sessão Tempo reduzido


< Trauma > Aceito pelo paciente
altura e espessura óssea preservada < fechamento
primário
não indicado para biótipos finos Osso além do ápice

Implante mediato exodontia em 1 sessão, aguardar 2 – 3 meses para


instalação

Diastese (GAP) espaço existente entre a parede do alvéolo e o


implante instalado

Cirurgia FlapLess instalação de implantes sem abrir o retalho gengival

Cirurgia guiada uma combinação da cirurgia flapless com o auxílio


de um guia cirúrgico
(prototipagem)

Guia cirúrgico Placa de acrílico confeccionada para guiar a instalação


dos implantes na posição e angulação correta

Carga imediata Instalação dos implantes e próteses estando em função


em até 48h
Tecido ósseo mais denso (40N) Ferulizar implantes
Implantes plataforma regular ou larga Evitar cantilevers
longos
Preferência para antagonistas leves Aliviar contatos
oclusais em uni
Não remover antes de 120 dias
3. Fase protética
Protocolo Pacientes desdentados totais Implanto-
suportada
4 – 6 implantes

Overdenture Desdentados totais Implanto-muco-


suportada
2 – 4 implantes encaixe em bola
(oring)
Encaixe em barra (clip)

Prótese cimentada Estética comprometida pelo parafuso confecção simples


< Custo > Estética
> Higiene > Assentamento passivo
> Distribuição de cargas < Fratura da
porcelana
< Reversibilidade Impossibilidade de uso
em espaço interoclusal
pequeno

Prótese parafusada Espaço interoclusal insuficiente Possibilita


transformar o caso
Fácil remoção para manutençãoUsadas em pilares perfil
baixo
Alto custo estética comprometida
Manutenção periódica < Assentamento
passivo
> Tensão > Fratura da porcelana

PLANEJAMENTO REVERSO
Casos unitário Paciente sem prótese Moldagem de
estudo + articulador
Enceramento diagnóstico
Guia radiográfico
Planejamento pré-cirúrgico
Guia cirúrgico
Paciente com prótese Prótese adequada Removível ou fixa (tornar
removível)
Moldagem e articulação c/ e s/
prótese
Guia radiográfico
Planejamento pré-cirúrgico
Guia cirúrgico

Prótese inadequada Removível ou fixa (tornar


removível)
Moldagem e articulação s/
prótese
Enceramento diagnóstico
Guia radiográfico
Planejamento pré-cirúrgico
Guia cirúrgico

Casos totais Pacientes Adequada Duplicação para guia


radiográfico
com prótese Planejamento pré-cirúrgico
Duplicação para guia cirúrgico
Inadequada Nova PT ou placa base com
dentes
Duplicação para guia
radiográfico
Planejamento pré-cirúrgico
Duplicação para guia cirúrgico

Pacientes Nova PT ou placa base com


dentes
sem prótese Duplicação para guia
radiográfico
Planejamento pré-cirúrgico
Duplicação para guia pré-
cirúrgico

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