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Filosofia

Tema: A complexidade e a resistência de nos libertarmos dos


preconceitos e dos rótulos impostos pela sociedade que nos
rodeia, e as barreiras que precisamos de superar para seguir as
nossas vontades e ter discernimento, ou seja, capacidade de
pensar.

Problema: Porque é que o ser-humano associa a ignorância à


sua zona de conforto?

Tese: - A libertação das algemas por um dos prisioneiros


simboliza a curiosidade, o espanto e a insatisfação. A fuga da
caverna representa a procura pelo conhecimento que é vista
como sendo difícil, uma vez que mesmo aqueles que a aspiram,
encontram-se perante um complexo processo de habituação.
Visto que esse conhecimento consiste na contradição de tudo o
que até então foi tomado como uma certeza.

- A menoridade é a inaptidão de ter um pensamento


autónomo, a causa dessa menoridade é falta de deliberação e de
coragem do indivíduo. Esta tem origem no próprio sujeito, que é
limitado e que se deixa abater pela preguiça, pelo comodismo e
pela cobardia, que são cada vez mais comuns na atualidade.
Esta situação é facilitada pela existência do Homem, pois a sua
incompreensão sobre mundo levo-a a acreditar apenas no
imediato e basear-se nos preconceitos formados pelo senso
comum, “tutores” como os média, as redes sociais, e as
ideologias da sociedade, fazem com que nós não consigamos
pensar para além daquilo que nos é exposto.
- O filme retrata bem dificuldade e resistência da abertura,
tanto da coordenação da escola, quanto dos professores, aos
novos métodos de ensino dos jovens.
Grande parte dos professores, prefere manter um tipo de ensino
tradicional, rígido, e conformista, aquele que desde sempre foi
adotado no colégio, onde se defende que o conhecimento era
apenas um meio para se alcançar uma posição social prestigiada.
A única exceção foi o professor Keating, um antigo aluno do
colégio, este procurou fugir ao ensino padrão, mostrando aos
seus alunos que o conhecimento deveria ser colocado em
primeiro lugar, para viverem tinham de lutar por aquilo que
acreditavam.
Os novos métodos de ensino não foram bem aceites pela
comunidade escolar, nem pelos pais dos alunos, que afirmavam
que pensar por eles mesmos, os tornava insolentes.
“Carpe Diem”, significa aproveitar o momento, é ideia que se
adiarmos para amanhã aquilo que podemos fazer hoje, temos
que ter em consideração que o amanhã pode não chegar,
porque a felicidade é algo que se constrói e não aquilo que lemos
num livro.
Ter posses monetárias e uma distinta posição social traz-nos
reconhecimento e não felicidade.

Argumentos: - Nós enquanto homens comuns, desvalorizamos


a capacidade de pensarmos pela nossa própria cabeça, o
conhecimento e a verdade deixaram de ser considerados
requisitos essenciais nos dias de hoje. É confortável ser tomado
como um igual, pertencer a um grupo, onde todos têm as
mesmas ideias. Expressar pensamentos ou sentimentos
diferentes ou apenas ousar refletir sobre uma considerada
certeza, é visto como sendo anormal e excêntrico. O medo de ser
renegado ou incompreendido leva-nos analisar as coisas na
forma padrão.
- Numa sociedade de regras impostas e normas de
condutas aconselhadas, fazer o que achamos ser o melhor para
nós é considerado um ato de ousadia ou até mesmo rebeldia.
Para mudarmos o mundo, temos de nos mudar a nós mesmo
primeiro. Ao longo dos anos experienciamos que as ações
inovadoras fazem o mundo avançar o único problema, no início
nós não as vemos como soluções, mas sim com ameaças.

- É difícil admitir que é conhecimento que possuímos a


ínfimo. Desde pequenos, que nos é transmitido modo de ser e de
pensar dos outros, que as coisas são de certa uma maneira e
partimos do pressuposto que tudo aquilo que me dizem é
verdade. É preciso cultivar espanto para termos a capacidade
nos apercebemos que a realidade, não é tão real como
pensamos. Tudo começa na escola, onde as metodologias de
ensino são premiadas por memorizações e repetições, o que
torna-nos menos críticos.O ensino acompanha a evolução das
nossas mentalidades e por vezes pode tornar-se antiquado.

- Nós conformamos-nos com o que os outros afirmam sem


questionarmos a sua veracidade, e deixamos as vontades e as
perspetivas de terceiros interferir com as decisões da nossa vida,
abdicando, sempre percebermos, do nosso direito de escolha,
de procura de felicidade e busca de sonhos e ideais. Mesmo que
nos consigamos desprender do pensamento dos outros, a
tentação ao retorno é colossal.

Conclusão: vivemos numa ditadura estética, onde a menoridade


é um vício enraizado na estrutura social que se tornou um
hábito, uma rotina e, por esse motivo torna muito improvável a
sua mudança/o seu retorno.

Enraizado é uma coisa que está tão na minha mente que eu não
quero mudar.

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