Você está na página 1de 9

Especificação das intervenções

Treinar uso do sanitário

Sempre que usar o sanitário, pode e deve recorrer à barra de apoio do WC, de modo a treinar
a sua utilização.

Avaliar evolução da força - movimento muscular

Recorrer a itens, com adaptações, da escala de avaliação da força muscular da autoria da


Medical Research Council.

Executar técnica de exercício músculo-articular ativo-assistido

Princípios básicos de todos os exercícios músculo-articulares que seguem: a execução dos


movimentos deve respeitar o princípio: “céfalocaudal” e uma abordagem "proximal-distal”; os
exercícios devem ser realizados diariamente, de preferência 2 vezes por dia, e executados
atendendo à presença de dor, da fadiga cumulativa, da tolerância e de acordo com a reação
da pessoa; cada movimento deve ser realizado de forma coordenada e repetida, de modo a
não induzir a hipertonia espástica; cada exercício deve ser repetido 5 a 10 vezes, utilizando
toda a amplitude de movimento da articulação; ao realizar os exercícios dever-se-á segurar o
segmento a mobilizar em torno das articulações; e após cada sequência de movimento deve
voltar-se à posição neutra.
Executar a flexão/extensão do ombro: colocar o membro superior esquerdo ao longo do corpo,
em extensão, com ligeira abdução e o antebraço em supinação; imobilizar a articulação do
punho e do cotovelo cruzando os braços, sendo que uma mão efetua uma ligeira tração e a
outra apoia o cotovelo; elevar o membro superior a 180º no plano frontal acima da cabeça,
realizando a flexão; baixar o membro superior a 0º no plano frontal, realizando a extensão.
Executar a abdução/adução do ombro: colocar o membro superior esquerdo ao longo do corpo,
em extensão, com ligeira abdução e o antebraço em supinação; imobilizar a articulação do
punho com uma mão, efetuando uma ligeira tração e colocar a outra mão sob o cotovelo;
afastar o membro superior da linha média do corpo até aos 90º, realizando a abdução;
aproximar o membro superior da linha média, realizando a adução.
Executar a hiperextensão do ombro: em decúbito lateral, colocar o membro superior ao longo
do corpo, em extensão, com ligeira abdução; colocar uma mão no cotovelo da pessoa, e a
outra no ombro, de forma a apoiar a totalidade do membro superior; afastar o membro
superior do tronco até à amplitude máxima do movimento, realizando a hiperextensão.
Executar a flexão/extensão do cotovelo: colocar do membro superior em ligeira abdução,
cotovelo em extensão e antebraço em supinação; imobilizar a articulação do punho, efetuando
uma ligeira tração; mover o antebraço e mão no sentido ascendente, realizando a flexão;
mover o antebraço no sentido descendente, realizando a extensão.
Executar a supinação/pronação do antebraço: colocar o membro superior esquerdo em ligeira
abdução, cotovelo em extensão e antebraço em supinação; colocar uma mão sobre o braço da
pessoa para evitar a mobilização associada do mesmo; apoiar a mão da pessoa (posição de
aperto de mão), mantendo o punho imobilizado; rodar a mão no sentido dos ponteiros do
relógio, realizando a pronação; rodar a mão no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio,
realizando a supinação.
Executar a flexão/extensão/hiperextensão do punho: colocar o membro superior esquerdo em

e4nursing1
ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar a articulação do
punho com uma mão, colocando o dedo polegar em abdução com a outra; mover a mão na
direção da face anterior do antebraço, realizando a flexão; mover a mão até à posição neutra,
realizando a extensão; mover a mão na direção da face posterior do antebraço, realizando a
hiperextensão.
Executar o desvio radial/cubital: colocar o membro superior esquerdo em ligeira abdução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar a articulação do punho com uma
mão, colocando o dedo polegar em abdução com a outra; mover a mão lateralmente na
direção do polegar, realizando o desvio radial; mover a mão lateralmente na direção do quinto
dedo, realizando o desvio cubital.
Executar a flexão/extensão do polegar: colocar o membro superior em ligeira abdução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar os dedos, do segundo ao quinto, com
a mão esquerda, mantendo-os em adução; segurar o polegar pela falange distal; mover o
polegar em direção ao 5º dedo, fletindo-o sobre a mão, realizando a flexão; mover o polegar
em direção à posição neutra, realizando a extensão.
Executar a adução/abdução do polegar: colocar o membro superior em ligeira abdução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar os dedos, do segundo ao quinto, com
a mão esquerda, mantendo-os em adução; mover o polegar lateralmente no sentido do
segundo dedo, realizando a adução; mover o polegar em direção à posição neutra, realizando
a abdução.
Executar a oponência do polegar: colocar o membro superior em extensão, com ligeira
abdução e antebraço em supinação; imobilizar os dedos, do segundo ao quinto, com a mão
esquerda, mantendo-os em adução; segurar o polegar pela falange distal, com a mão direita;
mover em direção ao quinto dedo, fletindo o dedo sob a mão, num movimento de semicírculo
e tocando alternadamente com o polegar na raiz de cada dedo.
Executar a flexão/extensão dos dedos da mão: colocar o membro superior em ligeira abdução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar a articulação do punho com a nossa
mão, colocando o dedo polegar da pessoa em abdução; colocar a palma da nossa outra mão
sobre o dorso da mão da pessoa, pressionando os dedos até estes fletirem (movimento de
enrolar); realizar o movimento de retorno à posição neutra, realizando a extensão.
Executar a adução/abdução dos dedos da mão: colocar o membro superior em ligeira abdução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; mover cada dedo lateralmente, aproximando-o
da linha média da mão, realizando a adução; mover cada dedo lateralmente, afastando-o da
linha média da mão, no sentido do polegar, realizando a abdução.
Executar a rotação interna/externa da articulação coxofemoral: colocar o membro inferior em
ligeira abdução; colocar uma mão no terço inferior da coxa e a outra no terço inferior da perna
da pessoa (articulação tibiotársica); rodar o membro inferior na direção da linha média,
realizando a rotação interna; rodar o membro inferior na direção oposta à linha média,
realizando a rotação externa.
Executar a adução/abdução da articulação coxofemoral: colocar o membro inferior na
superfície da cama; apoiar com uma mão a articulação tibiotársica e com a outra mão a região
poplítea da pessoa; colocar o membro inferior na direção da linha média, realizando a adução;
afastar o membro inferior da linha média aproximadamente 45º, realizando a abdução.
Executar a flexão/extensão da articulação coxofemoral (a flexão/extensão da coxofemoral
realizam-se em simultâneo com a flexão/extensão do joelho): colocar o membro inferior em
ligeira abdução, apoiado na superfície da cama; apoiar com uma mão a região metatársica e

e4nursing2
com a outra mão a região poplítea da pessoa com o joelho em flexão; elevar o membro
inferior, fletindo o joelho (rodar simultaneamente a mão, apoiando a face externa do joelho –
movimento de leque –, evitando a rotação externa da coxa); mover o membro inferior na
direção do tronco, realizando a flexão da coxofemoral aproximadamente 90º a 110º.
Executar a hiperextensão da coxofemoral: em decúbito lateral, colocar o membro inferior
alinhado com o tórax, em extensão, com ligeira adução; colocar uma mão na região
coxofemoral da pessoa, e com a outra a apoiar a totalidade do membro inferior; afastar o
membro inferior do alinhamento corporal até à amplitude máxima do movimento, realizando a
hiperextensão.
Executar a dorsiflexão/flexão plantar: colocar o membro inferior em ligeira abdução e ligeira
flexão do joelho; segurar a articulação do joelho com o antebraço e apoiar a região aquiliana
(articulação tíbiotársica) com a mão, ficando o calcâneo apoiado numa das nossas mãos;
segurar a região metatarso falângica com a outra mão e mover o pé no sentido da face
anterior da perna, realizando a dorsiflexão; colocar na posição inicial e continuar o movimento,
afastando o dorso do pé da face anterior da perna, realizando a flexão plantar.
Executar a eversão/inversão: colocar o membro inferior em ligeira abdução e ligeira flexão do
joelho; imobilizar a articulação do joelho com o antebraço e apoiar a região aquiliana de forma
a deixar o calcanhar livre; colocar a outra mão região metatarso falângica; rodar o pé no
sentido do quinto dedo, realizando a eversão; rodar o pé no sentido contrário (no sentido do
hállux valgus), realizando a inversão.
Executar a flexão/extensão dos dedos do pé: colocar o membro inferior em ligeira abdução e
ligeira flexão do joelho; imobilizar a articulação do joelho com o antebraço e apoiar a região
aquiliana na mão, de forma a deixar o calcanhar livre; fixar os dedos do pé da pessoa com a
outra mão; mover os dedos do pé na direção da região plantar, realizando a flexão; mover os
dedos do pé na direção do dorso do pé, realizando a extensão.

Avaliar evolução do equilíbrio estático

Recorrer a itens, com adaptações, da Escala de Berg.

Avaliar evolução do equilíbrio dinâmico

Recorrer a itens, com adaptações, da Escala de Berg.

Avaliar evolução do virar-se

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

Avaliar evolução do andar

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

Avaliar evolução do vestir-se ou despir-se

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

e4nursing3
Avaliar evolução do alimentar-se

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

Avaliar evolução do cuidar da higiene pessoal

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

Instruir a virar-se

Sempre que necessitar de mudar de posição na cama pode recorrer à barra tipo trapézio do
leito. Para isso, basta erguer o membro superior direito (membro sadio), agarrar o trapézio,
fazer força no sentido da posição em que pretende ficar e, por fim, virar-se.

Treinar o virar-se

Sempre que pretender mudar de posição da cama pode e deve recorrer ao trapézio, de modo
a treinar a sua utilização.

Instruir a andar

Para andar com o tripé, coloque-o ao lado do membro inferior direito (membro sadio), a cerca
de 15 cm à frente e a 15 cm do lado do pé direito; movimente simultaneamente, o membro
inferior esquerdo (membro comprometido) e o tripé para a frente; movimento o membro
inferior direito para a frente até ou para além do tripé; repita esta sequência de movimentos.
Subir escadas: Suba o degrau com a membro com status fisiológico normal, ou seja, membro
direito, seguido do membro com status comprometido, ou seja, membro esquerdo, em
conjunto com o tripé; repita este movimento sequencialmente para cada degrau.
Descer escadas: coloque o tripé no degrau, juntamente com a deslocação do membro com
status comprometido, ou seja, membro esquerdo, para o mesmo degrau, seguido do membro
com status fisiológico normal, ou seja, membro direito; repita este movimento
sequencialmente para cada degrau.

Treinar o andar

Sempre que pretender andar, deve recorrer ao tripé, de modo a treinar a sua utilização e
evitar quedas.

Instruir cuidador sobre exercícios músculo-articulares

Princípios básicos de todos os exercícios músculo-articulares que seguem: a execução dos


movimentos deve respeitar o princípio: “cabeça – pés” e uma abordagem "proximal-distal”; os
exercícios devem ser realizados diariamente, de preferência 2 vezes por dia, e executados
atendendo à presença de dor, da fadiga cumulativa, da tolerância e de acordo com a reação
da pessoa; cada movimento deve ser realizado de forma coordenada e repetida; cada
exercício deve ser repetido 5 a 10 vezes, utilizando toda a amplitude de movimento da
articulação; ao realizar os exercícios dever-se-á segurar o segmento a mobilizar em torno das
articulações; e após cada sequência de movimento deve voltar-se à posição neutra.

e4nursing4
Exercícios: flexão/extensão, abdução/adução e hiperextensão do ombro; flexão/extensão do
cotovelo; pronação do antebraço; flexão/extensão/hiperextensão do punho; desvio
radial/cubital; flexão/extensão, adução/abdução e oponência do polegar; flexão/extensão,
adução/abdução dos dedos da mão; rotação interna/externa, adução/abdução, flexão/extensão
e hiperextensão da coxofemoral; dorsiflexão/flexão plantar; eversão/inversão; e
flexão/extensão dos dedos do pé.

Treinar o cuidador a executar exercícios músculo-articulares

Solicitar a presença nos momentos de executar os exercícios musculo-articulares e incentivar


a participação (de forma gradual até assumir o papel).

Instruir cuidador para assistir no uso do sanitário

Decorrente do AVC, surge a necessidade de auxiliar no uso do sanitário. Mais uma vez, este
auxílio deve apenas dar resposta aquilo que o uso de dispositivos não dá, ou pelo menos para
já, não dá resposta.
Assim, sempre que o seu familiar precisar de usar o sanitário pode auxiliar no limpar-se e
ajustar a roupa após o uso, incentivando sempre o recurso à barra de apoio.
É natural que a necessidade de auxílio, mesmo recorrendo aos dispositivos, seja maior nesta
fase inicial, mas o objetivo será sempre aumentar a autonomia e diminuir a necessidade de
assistência por terceiros.

Treinar cuidador para assistir no uso do sanitário

Sempre que o familiar usar o sanitário, estar presente para treinar o modo como assistir.

Instruir cuidador para assistir no tomar banho

Apesar de previamente já auxiliar no tomar banho, novas implicações no tomar banho podem
ocorrer decorrentes das complicações do AVC. Assim sendo, importa considerar as novas
necessidades.
As necessidades atuais de auxílio são em obter os objetos para o banho, lavar e secar parte do
corpo e na aplicação de produtos de higiene.
Alguns dos produtos de apoio providenciados ajudam na autonomia para tomar banho, por
isso, a assistência prestada deve apenas colmatar as necessidades que os dispositivos não
colmatam. Ou seja, deve assistir na obtenção dos produtos para banho, secar parte do corpo e
na aplicação de produtos de higiene. Pode também incentivar o uso dos dispositivos e, assim,
promover a autonomia do seu familiar.

Treinar cuidador para assistir no tomar banho

Sempre que o familiar tomar banho, estar presente para treinar o modo como assistir.

Instruir cuidador para assistir no vestir-se ou despir-se

Decorrente do AVC, surge a necessidade de auxiliar no vestir-se ou despir-se. Mais uma vez,
este auxílio deve apenas dar resposta aquilo que o uso de dispositivos não dá, ou pelo menos
para já, não dá resposta.
Assim, as necessidades atuais de auxílio são em obter as roupas da gaveta ou armário, vestir
algumas peças de roupa, abotoar, atar cordões e calçar meias.
Sempre que o seu familiar precisar de vestir-se ou despir-se pode auxiliar em todas estas

e4nursing5
necessidades, incentivando sempre o recurso às estratégias e aos dispositivos: abotoador,
calça/tira meias e calçadeira de cabo longo.
É natural que a necessidade de auxílio, mesmo recorrendo aos dispositivos, seja maior nesta
fase inicial, mas o objetivo será sempre aumentar a autonomia e diminuir a necessidade de
assistência por terceiros.

Treinar cuidador para assistir no vestir-se ou despir-se

Sempre que o familiar usar se vestir ou despir, pode estar presente para treinar o modo como
assistir.

Instruir a tomar banho

Sempre que pretender tomar banho pode recorrer à cadeira de banho e à escova de cabo
longo. A escova de cabo longo é nada mais do que uma escova de banho com aplicação de um
cabo longo, esta associação (escova + cabo longo muitas vezes flexível), permite, recorrendo
ao membro superior direito (membro sadio), lavar as partes do corpo que não usando este
dispositivo não seria capaz de lavar.

Treinar a tomar banho

Sempre que tomar banho, pode e deve recorrer à cadeira de banho e à escova de cabo longo,
de modo a treinar a sua utilização.

Instruir a vestir-se ou despir-se

Para vestir a camisa: coloque a camisa sobre a coxa; com a mão não afetada, coloque a
camisa junto do membro superior afetado; inserira o membro superior na manga puxando-a
para cima; puxe a camisa pelo colarinho com a mão não afetada; e vestia o membro superior
do lado não afetado.
Para abotoar, pode e deve recorrer ao abotoador. Para isso, com a mão não afetada faça o
abotoador passar por dentro da “casa do botão” no sentido do botão, faça a parte larga do
abotoador agarrar o botão e puxe no sentido da “casa do botão”. Repita o processo para todos
os botões da camisa.
Para vestir as calças, recorrendo ao membro superior não afetado, cruze os membros
inferiores, ficando o membro afetado por cima; insira nas calças o membro inferior afetado;
descruze as pernas, deixando o calcanhar em contacto com o chão; vista o membro inferior
não afetado, puxando as calças para cima até à coxa; recorrendo ao tripé, ponha-se de pé e
puxe as calças para cima com a mão não afetada; recorrendo ao tripé, sente-se para abotoar
as calças (pode novamente recorrer ao abotoador).
Para calçar as meias, recorrendo ao membro superior não afetado, cruze os membros
inferiores, ficando o membro afetado por cima; abra a meia com polegar e os dedos indicador
e médio da mão não afetada; insira o pé afetado. Para tirar as meias repita o processo de
cruzar os membros inferiores.
Para calçar os sapatos, com a mão do lado não afetado, coloque o sapato na frente do pé que
pretende calçar, insira a ponta dos dedos na abertura do sapato, introduza o calcanhar no
sapato, recorrendo à calçadeira de cabo longo e, no caso do pé afetado, pressione com a mão
não afetada o joelho afetado de modo a introduzir o calcanhar no sapato.
Para despir quer a roupa da parte superior, com a roupa da parte inferior, remova primeiro o
lado não afetado e, só depois, remova o lado afetado.

e4nursing6
Treinar vestir-se ou despir-se

Sempre que vestir-se ou despir-se, pode e deve recorrer ao abotoador e à calçadeira de cabo
longo, de modo a treinar a sua utilização. Também não deve esquecer os princípios para
vestir/despir aprendidos.

Instruir a arranjar-se

Sempre que pretender cortar as unhas pode recorrer ao corta unhas adaptado. O corta unhas
adaptado tem uma base que permite a sua utilização em cima de uma mesa. Assim sendo,
basta colocar a unha de uma mão no corta unhas e, recorrendo ao membro oposto, fazer força
para o corta unhas fechar.

Treinar a arranjar-se

Sempre que cortar as unhas, pode e deve recorrer ao corta unhas adaptado, de modo a treinar
a sua utilização.

Instruir a usar sanitário

Sempre que pretender usar o sanitário, pode recorrer à barra de apoio do WC. Para isso, basta
apoiar o membro superior direito (sadio) na barra de apoio no momento de se limpar e/ou
ajustar a roupa.

Adequar o vestuário para prevenir queda

As calças e os roupões devem ter a altura certa para que não se tropece neles.
Retirar adornos que possam levar o cliente a tropeçar, como os cintos dos roupões.
Os sapatos/chinelos devem ter solas antiderrapantes e estar bem seguros aos pés.

Assistir no treino do equilíbrio

Exercícios de recuperação da mobilidade em decúbito dorsal – ponte: assistir no posicionar em


decúbito dorsal; assistir na flexão da articulação dos joelhos, simultaneamente; assistir na
elevação da coxofemoral de ambos os membros inferiores, em simultâneo, e na manutenção
nesta posição.
Exercícios de recuperação da mobilidade – posição sentado: assistir no transferir-se/sentar-se
numa cadeira sem apoio de costas e braços; pretende-se que a pessoa fique com os joelhos
fletidos em ângulo reto, mantendo os pés firmemente apoiados no chão; este exercício deve
durar, pelo menos, 2 minutos com os olhos fechados; quando o cliente apresentar equilíbrio
estático sentado sem apoio, induzir um ligeiro balanço no tronco, sendo que o cliente deve
compensar o movimento e recuperar o equilíbrio; assistir o cliente a levantar o membro
inferior, e incentivar a pousar primeiro o retro pé, o medio pé e, por último, o ante pé;
assistir/incentivar a pessoa a levantar-se e sentar-se, sucessivamente, da cadeira.
Exercícios de recuperação da mobilidade – posição ortostática: assistir no erguer-se (os seus
pés devem estar firmemente apoiados no chão e com a base de sustentação adequada, os
membros superiores devem estar em flexão e as mãos a agarrarem a cama); este exercício
deve durar, pelo menos, 2 minutos com os olhos fechados; assistir na realização do mesmo
exercício, mas induzir um ligeiro balanço sobre algumas áreas do corpo da pessoa; assistir
novamente na realização do mesmo exercício, mas incentivar o cliente a transferir o peso
corporal para ambos os membros inferiores, bilateralmente.

e4nursing7
Instruir a alimentar-se

Tendo dificuldades em preparar os alimentas no prato para se alimentar, o recurso ao rebordo


de prato e adaptadores de talheres pode ser benéfico. O rebordo de prato é, como o próprio
nome indica, um dispositivo de apoio que se coloca em torno do prato e, assim, evita-se
entornar comida aquando da sua preparação. Por sua vez, os adaptadores de talhares servem
para facilitar o manuseamento dos talheres e, assim, permitirem a preparação dos alimentos
para a refeição. Também tem a opção de um dispositivo de apoio que associa uma faca e um
garfo num só produto, este dispositivo permite cortar a carne, por exemplo, e comê-la
recorrendo apenas ao membro superior não afetado.

Treinar a alimentar-se

Sempre que se alimentar, pode e deve recorrer ao rebordo de prato e aos adaptadores de
talhares (ou à faca garfo num só), de modo a treinar a sua utilização.

Avaliar evolução no sentar-se

Recorrer a itens, com adaptações, do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado


de Hermani Duque (2009) e do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado –
Versão Reduzida de Pereira (2014).

Instruir a sentar-se

Sempre que pretender mobilizar o corpo para a posição de sentado a partir da posição de
deitado, pode recorrer à barra tipo trapézio do leito. Para isso, basta erguer o membro
superior direito (membro sadio), agarrar o trapézio, fazer força no sentido do lado da cama
que pretende sentar, mover os membros inferiores para fora da cama e sentar-se.
Sempre que pretender mobilizar o corpo para a posição de sentado a partir da posição de pé,
deve permanecer de pé, apoiando o membro superior direito (membro sadio) no tripé, de
costas para o assento da cadeira, com o membro inferior direito (membro sadio) o mais
próximo da cadeira; fletir o tronco e fletir o joelho do membro inferior direito (membro sadio) e
sentar-se na cadeira.

Treinar o sentar-se

Sempre que pretender mobilizar o corpo para a posição de sentado a partir da posição de
deitado, pode e deve recorrer ao trapézio, de modo a treinar a sua utilização, e às estratégias
para se sentar a partir da posição de pé.

Instruir exercícios músculo-articulares

Princípios básicos de todos os exercícios músculo-articulares que seguem: a execução dos


movimentos deve respeitar o princípio: “cabeça – pés” e uma abordagem "proximal-distal”; os
exercícios devem ser realizados diariamente, de preferência 2 vezes por dia, e executados
atendendo à presença de dor, da fadiga cumulativa, da tolerância e de acordo com a sua
reação; cada movimento deve ser realizado de forma coordenada e repetida; cada exercício
deve ser repetido 5 a 10 vezes, utilizando toda a amplitude de movimento da articulação; e
após cada sequência de movimento deve voltar-se à posição neutra.
Numa fase inicial o foco é o membro inferior esquerdo, o membro superior esquerdo só passa
a ser foco quando a força muscular aumentar. Exercícios: flexão/extensão, abdução/adução e

e4nursing8
hiperextensão do ombro; flexão/extensão do cotovelo; pronação do antebraço;
flexão/extensão/hiperextensão do punho; desvio radial/cubital; flexão/extensão,
adução/abdução e oponência do polegar; flexão/extensão, adução/abdução dos dedos da mão;
rotação interna/externa, adução/abdução, flexão/extensão e hiperextensão da coxofemoral;
dorsiflexão/flexão plantar; eversão/inversão; e flexão/extensão dos dedos do pé.

Instruir exercícios isométricos

Os exercícios isométricos não produzem movimento, caracterizando-se por um trabalho de


aumento da tensão muscular, sem alteração do comprimento das fibras musculares. São
particularmente indicados para o aumento da força muscular. Por isso, numa fase inicial o foco
para a realização destes exercícios é o membro inferior esquerdo porque já tem força
muscular suficiente, o membro superior esquerdo só passa a ser foco quando a força muscular
aumentar.
Coloque-se numa posição confortável; concentre-se num grupo muscular, ou seja, nos
músculos de um braço ou perna, por exemplo; Realize 5 contrações isométricas sucessivas;
Cada contração deve durar cerca de 5 segundos; Entre cada sequência aguarde 2 minutos.

e4nursing9

Você também pode gostar