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All content following this page was uploaded by Veridiana de Lara Weiser on 13 March 2015.
Osmar Cavassan
Ana Maria Andrade Caldeira
Veridiana de Lara Weiser
Fernanda da Rocha Brando
Livro:
Conhecendo Botânica e Ecologia no Cerrado
Autores:
Osmar Cavassan
Ana Maria Andrade Caldeira
Veridiana de Lara Weiser
Fernanda da Rocha Brando
Fotos Capa:
Osmar Cavassan
Veridiana de Lara Weiser
Celso Melani
ISBN 978-85-98621-48-7
Inclui bibliografia
1. Cerrado. 2. Botânica - Ensino. 3. Ecologia -
Ensino. I. Cavassan, Osmar. II. Título.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Apresentação
E m nossa formação temos dois tipos principais de aprendizado. Aquele formal, realizado a partir da
aquisição de informações passadas pelos nossos mestres ou obtidas nos livros e aquela informal,
que se inicia logo após o nascimento, a partir da percepção do ambiente, através dos órgãos dos sentidos. Se
na primeira nem sempre existe a motivação, pois muito frequentemente, tem-se a obrigação em memorizar-se
uma série de informações, distantes da nossa realidade, para preenchermos com suficiência os documentos de
avaliação, na segunda aprendemos o que nos interessa. A experiência vivida corresponde à melhor fonte de
ensinamentos que interferirão em nossos destinos. Dos conceitos e fenômenos aprendidos passamos a atribuir
valores, tornamo-nos responsáveis e adquirimos a capacidade de julgar o que nos parece certo ou errado.
Quando a educação formal e a informal tornam-se distantes, surge o conflito, mas se complementares, poderão
facilitar em muito o aprendizado.
Durante a minha participação no Curso de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, área de Ensino
de Ciências, pude constatar que esta distância existe e é grande. Pesquisadores são avaliados pela quantidade de
comunicações de suas experiências que fazem aos pares através de revistas científicas. Nem todos se preocupam
em produzir transposições didáticas para o Ensino Básico e o conteúdo desenvolvido neste nível de ensino
continua se apoiando em manuais contendo exemplos muitas vezes distantes da realidade do aluno.
Este catálogo tem por objetivo oferecer material didático complementar aos professores, principalmente
àqueles que atuam em ambientes de ocorrência do cerrado. Nele constam experiências dos trabalhos de pesquisa
dos autores, tanto no conhecimento daquele tipo de vegetação quanto nos procedimentos metodológicos
da divulgação daquele conhecimento. Devo reconhecer e agradecer o auxílio Fapesp/Biota no projeto
“Biodiversidade do cerrado: uma proposta de trabalho prático de campo no ensino de botânica e ecologia nos
três níveis de escolaridade” (processo 05/56704-0) e no projeto “Proposta didática para o Ensino Médio de
Biologia: as relações ecológicas no cerrado” (processo 06/58442-5). Agradecer também todos os orientados da
UNESP em nível de iniciação científica do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências:
Job Antônio Garcia Ribeiro, Bruno Palma Mucheroni, Jamile Cardoso Peres, Sabrina Anselmo Joanitti e Talitha
Plácido Palhares; do Curso de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, em especial Tatiana Seniciato e
Patrícia Gomes da Silva, e do Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Botânica do IBB/Botucatu:
Marina Carboni; Ana Gabriela Faraco e Mariana Ninno Rissi, que participaram do primeiro projeto citado.
Os autores deste catálogo o consideram uma primeira experiência de uma série de outras. Assim,
toda crítica será valiosa na elaboração dos futuros documentos, no sentido de cada vez mais, aproximarmos
a produção científica na universidade pública do ensino em todos os níveis de escolaridade e resgatarmos o
interesse pelo estudo dos elementos que compõem o meio em que vivemos.
Osmar Cavassan
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
Sumário
Bibliografia consultada...................................................................................................... 59
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
ambientes naturais. Necessita também de textos com flores, frutos e sementes, assim como suas respectivas
informações corretas sobre os conceitos ecológicos funções podem ser exploradas. Algumas plantas
para o trabalho de ensino e aprendizagem. Isso pode muitas vezes servem de alimento, ornamentação
ser contemplado pela utilização de um conjunto e material para artesanato para as populações que
de fotos ou imagens de um mesmo ecossistema, residem nas suas proximidades. Assim temas sobre
permitindo ao aluno o estudo das interações entre Etnobotânica podem ser inseridos e discutidos de
os organismos lá existentes e com o ambiente físico. forma contextualizada.
Assim a proposta desse material é oferecer As atividades propostas são alguns exemplos
imagens de espécies do cerrado que complementem de como o material pode ser utilizado e não esgotam,
as atividades de campo com informações botânicas e nem poderiam, todas as possibilidades de utilização
ecológicas que possam ser utilizadas em sequências do catálogo na abordagem de conceitos científicos.
didáticas pelo professor de Educação Básica tendo Nossa intenção é que o professor extrapole as
como referência o ecossistema cerrado. propostas apresentadas propiciando aos alunos
O material se evidencia como um exemplo de outras formas de representação destes conceitos,
que é possível trabalhar vários conceitos de diferentes buscando também outras atividades didáticas que
áreas, tais como Botânica, Ecologia e Etnobotânica permitam aos alunos elaborar e interpretar tabelas
contextualizado a partir de um único sistema. e gráficos construídos com os dados levantados pelo
Nas figuras apresentadas o professor estudo das espécies apresentadas, desenvolvendo
encontrará fotos com plantas em fase de floração e esquemas explicativos sobre os principais conceitos
frutificação que podem facilitar o estabelecimento de abordados, sistematizando os conteúdos aprendidos
relações com os conceitos ecológicos de polinização, na forma de textos, maquetes, relatórios, desenhos,
tipos de dispersão de frutos e sementes entre outras entre outras atividades que possam ser suscitadas a
interações ecológicas, podendo complementar as partir do uso desse material.
atividades com conteúdos pertinentes à Zoologia. No
que se refere à Botânica, morfologia externa de folhas,
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
nitidamente um estrato herbáceo e outro arbustivo- de que, pelo menos num passado recente, estiveram
arbóreo. Ambos heliófitos, diferem, no entanto, ligados à porção nuclear. Poucos desses fragmentos
pela suas floras, pelo encontram-se protegidos na forma de unidades de
estrato: determinada camada da vegetação
que constitui o hábitat de determinadas desenvolvimento do conservação estaduais (CAVASSAN, 2002). Neste
espécies.
sistema radicular, Estado, distribuia-se principalmente na Depressão
herbáceo: plantas que têm o porte e a
balanço hídrico e Periférica Paulista, acompanhando de Norte a Sul
consistência de erva, com caule tenro e não resistência ao fogo. a linha de Cuestas Basálticas, expandindo-se para
lenhoso.
Enquanto as plantas algumas regiões no Planalto Ocidental Paulista.
arbustivo: planta que têm o porte de do estrato herbáceo Nestas regiões distribui-se em forma de mosaicos,
arbusto.
tem sistema radicular entre formações de mata estacional semidecídua e,
arbóreo: planta que têm o porte de árvore. predominantemente nos vales, vegetação ribeirinha. Tal situação é aquela
fasciculado e superficial, que ocorre na região de Bauru.
heliófitos: Que só pode crescer e
reproduzir sob total exposição ao sol.
muitas vezes com A importância do cerrado no Brasil reside
órgãos subterrâneos indiscutivelmente na sua alta biodiversidade. Neste
do tipo rizoma, xilopódio ou sóbole, o estrato Estado, além disso, tem-se o limite sul da distribuição
arbustivo-arbóreo apresenta raízes pivotantes deste bioma, em uma situação climática intermediária
e profundas, atingindo muitas vezes até 15 entre tropical e temperada do sul, o que confere
metros de profundidade. Seus troncos são muitas aos ecossistemas que o compõem, uma situação
vezes tortuosos, com súber espesso, folhas distinta da área nuclear bioma: amplo conjunto de ecossistemas
escleromórficas ou densamente pilosas. do bioma Cerrado em terrestres que compartilham as mesmas
características ambientais.
O bioma Cerrado apresenta um tipo de termos de adaptação.
vegetação altamente diverso, com um número estimado No estado de São Paulo, a importância do
de 10.000 espécies de plantas superiores (DURIGAN et cerrado reside em sua localização sobre o aquífero
al., 2004), abrigando também uma grande diversidade Guarani, que vai desde Minas Gerais até o Paraguai.
de outros organismos de diferentes táxons. Assim, Ocorre em uma área de recarga deste aquífero, sendo
tem-se uma vegetação extremamente diversificada mais um bom motivo para preservar o que resta
em fisionomias, táxons e consequentemente, com (BITENCOURT, 2004).
alta diversidade de
rizoma: caule frequentemente
subterrâneo, horizontal, rico em reservas. interelações dos O Cerrado de Bauru
organismos entre si e
xilopódio: órgão subterrâneo, lignificado,
encontrado com frequência em plantas do
com o meio abiótico No município de Bauru, podem-se identificar
cerrado. onde ocorrem. Entre as os seguintes tipos de vegetação nativa: mata estacional
lenhosas destacam-se as semidecídua, mata ribeirinha e cerrado. O cerrado
sóbole: broto ou rebento que surge à
superfície do solo, proveniente de órgãos famílias Fabaceae como ocorre principalmente na região sudeste do município,
subterrâneos da planta.
a mais rica em espécies sendo os remanescentes desta vegetação preservados
súber: tecido protetor e de revestimento e as Poaceae entre as na Reserva Legal do Campus de Bauru da UNESP, na
do caule resultante do crescimento herbáceas. De acordo
secundário da planta.
Reserva do Jardim Botânico Municipal de Bauru e na
com Coutinho (2002), Reserva Florestal da Sociedade Beneficente Dr. Enéas
folhas escleromórficas: folhas duras, a flora do cerrado é Carvalho de Aguiar, em áreas contíguas que totalizam
coriáceas.
superada em riqueza aproximadamente 836,0826 hectares.
em espécies apenas pelas Florestas Amazônica e Apresenta em sua maior parte a fisionomia
Atlântica. florestal, ou seja, grande densidade de árvores,
com dossel contínuo em torno de 6 metros e um
O Cerrado no Estado de São Paulo estrato herbáceo pouco
dossel: conjunto das copas das árvores em
desenvolvido. Esta uma vegetação florestal.
Os remanescentes de cerrado no estado de fisionomia de cerrado
São Paulo constituem áreas disjuntas, sem indicadores é conhecida como cerradão ou savana florestada
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FOTO: O. CAVASSAN
FOTO: O. CAVASSAN
Figura 1B - Fisionomia de
cerrado em Analândia, SP.
FOTO: V. de L. WEISER
ANNONACEAE
Duguetia furfuracea (A.St.-Hil.) Saff.
Nomes populares: marolinho, marolinho-do-cerrado.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: maio
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
ANNONACEAE
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Nomes populares: pimenta-de-macaco, pimenta-de-negro.
A
Comentário:
Árvore com até 7
metros de altura,
típica de cerradão.
Flores brancas.
Frutos maduros
verde-amarelados
externamente
e vermelhos
internamente.
FOTO: O. CAVASSAN
Os frutos são B
muito apreciados
por pássaros que
se alimentam do
arilo que envolve
a semente preta. A
semente apresenta
odor parecido com
o da pimenta-do-
reino.
Floração: fevereiro
a setembro
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
APOCYNACEAE
Aspidosperma tomentosum Mart.
Nomes populares: peroba-do-campo, guatambu, guatambu-do-cerrado.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Árvore com até 8 metros de altura, caule bastante suberoso e acinzentado.
Flores brancas.
Floração: abril
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
APOCYNACEAE
Himatanthus obovatus (Müll.Arg.) Woodson
Nome popular: pau-de-leite.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Arbusto com até 2 metros de altura e com bastante látex branco. Flores
brancas.
Floração: fevereiro
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
APOCYNACEAE
Odontadenia lutea ( Vell.) Markgr.
Nome popular: cipó-cururu.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
ARALIACEAE
Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl.) Frodin & Fiaschi
Nomes populares: mandioqueiro-da-folha-pequena, mandioquinha.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Arvoreta com até 3 metros de altura, típica de cerradão. Flores brancas.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BIGNONIACEAE
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart.
Nomes populares: caroba-de-flor-verde, ipê-mandioca, ipê-verde.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Árvore com até 12 metros. Flores verdes. Frutos maduros marrons. Devido
ao formato de sua copa é indicada para arborização de ruas estreitas.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BIGNONIACEAE
Fridericia platyphylla (Cham.) L.G.Lohmann
Nomes populares: tinteiro, cipó-una.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BIGNONIACEAE
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers
Nome popular: cipó-de-são joão.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BIGNONIACEAE
Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore
Nomes populares: ipê-amarelo-do-campo, para-tudo, ipê-amarelo-do-cerrado.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: setembro
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BIXACEAE
Cochlospermum regium (Schrank) Pilg.
Nome popular: algodão-do-campo.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BROMELIACEAE
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm.
Nomes populares: abacaxi-do-cerrado, ananás.
FOTO: V. de L. WEISER
B
Comentário:
Herbácea até
0,50 metros de
altura. Flores
liláses. Frutos
maduros amarelos
e semelhantes ao
abacaxi.
Floração: outubro
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BROMELIACEAE
Billbergia sp
Nome popular: bromélia.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: janeiro
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
BROMELIACEAE
Bromelia balansae Mez
Nomes populares: caraguatá, gravatá.
FOTO: V. de L. WEISER
B
Comentário:
Herbácea até 0,70
metros de altura.
Flores róseas.
Frutos maduros
amarelos a
alaranjados.
Floração: outubro e
novembro
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
CARYOCARACEAE
Caryocar brasiliense Cambess.
Nomes populares: pequi, piqui, pequizeiro.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Árvore com até 10 metros de altura, sendo que no campo cerrado ocorre
na forma arbustiva. É planta típica de cerrado. Flores cremes. Frutos comestíveis ou
cozidos com arroz.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
CLUSIACEAE
Kielmeyera rubriflora Cambess.
Nomes populares: pau-santo, rosa-do-campo.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Árvore com até 6 metros de altura e com belas inflorescências róseas.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum tortuosum Mart.
Nome popular: mercureiro.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Arbusto com até 2,5 metros de altura. Flores brancas. Frutos maduros
vermelhos.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
EUPHORBIACEAE
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
Nomes populares: coração-de-bugre, pau-de-tamanco, tamanqueira.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.
Nomes populares: angico-do-cerrado, angico-do-campo.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Árvore B
com até 20 metros
de altura. Flores
cremes. Em Bauru,
existem muitos
exemplares em
terrenos baldios
da zona urbana,
remanescentes da
cobertura vegetal
original.
Floração: setembro
e outubro FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Bauhinia holophylla (Bong.) Steud.
Nomes populares: unha-de-vaca, pata-de-vaca.
FOTO: V. de L. WEISER
Floração: abril
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Bowdichia virgilioides Kunth
Nomes populares: sucupira, sucupira-do-cerrado.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Dalbergia miscolobium Benth.
Nomes populares: anileiro, jacarandá-do-cerrado, caviúna-do-campo.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Dimorphandra mollis Benth.
Nomes populares: falso-barbatimão, barbatimão-de-folha-pilosa, faveira.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Árvore com até 3 metros de altura. Flores amarelas. Frutos maduros
marrons.
Floração: janeiro
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Senna sp
Nome popular: cássia.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário:
Arbusto lenhoso,
ereto, produzindo
muitas flores
amarelas e vistosas.
Frutos maduros
marrons.
Floração: abril
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
FABACEAE
Stryphnodendron sp
Nome popular: barbatimão.
FOTO: V. de L. WEISER
Floração: abril
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
MALPIGHIACEAE
Byrsonima intermedia A.Juss.
Nomes populares: murici-de-folha-pequena, murici.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
MALVACEAE
Eriotheca gracilipes (K.Schum.) A.Robyns
Nomes populares: paininha, paineira-do-campo.
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
MELASTOMATACEAE
Miconia albicans (Sw.) Triana
Nomes populares: quaresmeira-do-campo, folha branca.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Árvore com até 5 metros de altura. Flores brancas. Frutos maduros verdes.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
MELASTOMATACEAE
Miconia stenostachya (Schrank & Mart. ex DC.) DC.
Nome popular: papaterra.
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
PASSIFLORACEAE
Passiflora cincinnata Mast.
Nome popular: maracujá.
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
RUBIACEAE
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Müll.Arg.
Nome popular: falsa-quina.
FOTO: V. de L. WEISER
Comentário: Árvore
com até 7 metros
de altura. Flores
brancas. Frutos
maduros brancos.
Floração: julho a
outubro
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
RUBIACEAE
Palicourea rigida Kunth
Nome popular: douradinha-do-campo.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: dezembro
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
RUBIACEAE
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum.
Nome popular: marmelada-brava.
FOTO: O. CAVASSAN
B
Comentário:
Arvoreta com até 3
metros de altura.
Flores amarelas.
Frutos maduros
amarelos.
Floração: outubro a
fevereiro
FOTO: V. de L. WEISER
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
SIPARUNACEAE
Siparuna guianensis Aubl.
Nome popular: cafezinho-fedido.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: maio
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
SMILACACEAE
Smilax polyantha Griseb.
Nome popular: salsaparrilha.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
VOCHYSIACEAE
Qualea grandiflora Mart.
Nome popular: pau-terra.
FOTO: O. CAVASSAN
Comentário: Árvore com até 8 metros de altura, sendo a espécie mais frequente nos
levantamentos realizados em cerrado no Brasil. Flores amarelas. Frutos maduros
marrons.
Floração: fevereiro
51
CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
VOCHYSIACEAE
Qualea multiflora Mart.
Nomes populares: pau-terra-vermelho, cinzeiro.
FOTO: O. CAVASSAN
Floração: fevereiro
52
CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
VOCHYSIACEAE
Vochysia cinnamomea Pohl
Nome popular: quina-doce.
FOTO: O. CAVASSAN
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
VOCHYSIACEAE
Vochysia tucanorum Mart.
Nomes populares: pau-de-tucano, cinzeiro, cambará.
FOTO: O. CAVASSAN
B
Comentário:
Apresenta lindas
inflorescências
amarelas. Frutos
maduros marrons.
É uma das árvores
mais abundantes
no cerradão
bauruense.
Floração: dezembro
a fevereiro
FOTO: O. CAVASSAN
54
CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
PERCEPÇÕES INICIAIS
Se possível organize inicialmente uma visita à trilha presente na Reserva Legal do Campus de Bauru da
UNESP, participando do projeto de extensão universitária “Passeando e aprendendo no cerrado”.
Nessa fase inicial o professor poderá utilizar o material para levantar os conhecimentos prévios dos
alunos em relação às características presentes no contexto da vegetação do cerrado.
• As Figuras 1A, 1B, 1C, são de vegetação de cerrado senso amplo. Solicite aos alunos que indique qual
figura representa um campo cerrado, um cerrado senso restrito e um cerradão. Discuta com os alunos
quais as características que ele observou para fazer esta identificação.
As propostas a seguir englobam exemplos de atividades em que as figuras do catálogo podem ser
utilizadas por escolha do professor ou do aluno.
55
CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
• Verifique quais espécies vegetais presentes no catálogo o aluno já conhecia e com qual nome.
• Por vezes, algumas plantas servem de alimento, ornamentação e material para artesanato pela
comunidade local. Pergunte se os alunos conhecem algumas destas relações.
• Solicite aos alunos que realizem pesquisa junto aos familiares e amigos para que possam saber mais
sobre essas relações (ornamental, alimentação, artesanato) e curiosidades dessas espécies.
• Promova discussões sobre como a população poderia adquirir informações sobre o uso sustentável e
consciente destes recursos naturais.
As atividades a seguir referem-se à utilização de figuras específicas. Por meio destas podem ser
explorados conceitos relacionados à morfologia externa de flores, frutos, sementes e suas respectivas funções.
Há exemplos de interações ecológicas, tais como polinização e tipos de dispersão de frutos e sementes, a partir
dos quais, conceitos de Zoologia podem ser explorados.
5. ANNONACEAE - Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Pretende-se com esta atividade chamar a atenção dos alunos para as características morfológicas do
fruto que facilitam a dispersão das sementes.
• Peça aos alunos para observarem a figura B na página 17 com os frutos dessa espécie. Chame a atenção para
o fato de que existem vários frutos presos em um único ramo. A este conjunto chamamos infrutescência.
Alguns já estão abertos exibindo o seu interior com uma coloração vermelha diferente da face externa
mais amarelada. Estes frutos abertos revelam em seu interior a semente. É preta, no entanto, na foto tem
um aspecto esbranquiçado devido a uma substância adocicada que a envolve denominada arilo.
• Pergunte aos alunos qual a importância do interior do fruto ter uma coloração vermelha mais intensa
e a semente ser envolvida por um arilo adocicado.
56
CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
• Nas figuras das páginas 26 e 31 observam-se fotografias de flores sendo visitadas por um animal. Peça
aos alunos que identifiquem o animal observado. Acrescente informações sobre o grupo taxonômico
ao qual os animais pertencem.
• Questione: Qual característica da flor deve ter atraído esses animais? Como os animais se beneficiam
desta visita? Qual a importância para essas plantas serem visitadas por esse animal?
• Pergunte aos alunos se conhecem outros animais que podem visitar as flores com o mesmo benefício
para as plantas.
• Na figura da página 35, na figura A na página 39 e na figura da página 45 são apresentadas flores nas
quais é possível observar o gineceu (conjunto de pistilos ou carpelos) e o androceu (conjunto de
estames), partes respectivamente feminina e masculina, das flores.
• Peça aos alunos que identifiquem essas estruturas nas referidas figuras e explique suas respectivas
funções.
APLICANDO O CONHECIMENTO
As duas atividades propostas têm como objetivo verificar a percepção do aluno em relação aos elementos
naturais presentes na comunidade onde reside, aplicando os conhecimentos obtidos em uma possível situação real.
9. Solicite aos alunos que relacionem o nome de todas as plantas presentes neste catálogo que eles já
conheciam. Peça para que descrevam com detalhes o local onde os alunos observaram-nas anteriormente.
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
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CONHECENDO BOTÂNICA E ECOLOGIA NO CERRADO
Bibliografia consultada
ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Glossário de Ecologia. São Paulo: ACIESP; CNPq, 1987. 270 p.
ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP II. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders
and families of flowering plants: APG II. The Journal of the Linnean Society (Botany), v. 141, p. 399-436, 2003.
BITENCOURT, M. D. Diagnóstico cartográfico dos remanescentes de cerrado em São Paulo. In: BITENCOURT,
M. D.; MENDONÇA, R. R. Viabilidade de conservação dos remanescentes de Cerrado no Estado de São Paulo.
São Paulo: Annablume; Fapesp, 2004. p.17-28.
CARBONI, M. Estrutura e diversidade vegetal de uma floresta estacional semidecídua ribeirinha com influência
fluvial permanente (mata de brejo) na Reserva Legal do Campus de Bauru – SP da UNESP. 2007. 118 f. Dissertação
(Mestrado em Botânica) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu. 2007.
CAVASSAN, O. O cerrado do estado de São Paulo. In: KLEIN, A. L. (Org.). Eugen Warming e o cerrado brasileiro:
um século depois. São Paulo: Editora UNESP; Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 93-106.
CAVASSAN, O.; PINHEIRO da SILVA, P. G.; SENICIATO, T. O ensino de Ciências, a biodiversidade e o cerrado. In:
ARAÚJO, E. S. N. N. de; CALUZI, J. J.; CALDEIRA, A. M. de A. (Orgs.). Divulgação científica e ensino de ciências:
estudos e experiências. São Paulo: Escrituras, 2006. p.190-219.
COUTINHO, L. M. O Bioma do cerrado. In: KLEIN, A. L. (Org.). Eugen Warming e o cerrado brasileiro: um
século depois. São Paulo: Editora UNESP; Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 77-91.
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