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Módulo 1
DEFINIÇÃO DE PREVENÇÃO
É importante realçar que o conceito formal de prevenção nasce da Saúde Pública e que a
Prevenção existiu desde de sempre, não se tratando, portanto, de um conceito recente.
PREVENÇÃO DO CRIME
Variáveis da Prevenção do Crime: (segundo Lab)
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Fatores dinâmicos = necessidades criminógenas (fatores necessários trabalhar para
diminuir a criminalidade)
A maioria dos entendimentos considera que com a Prevenção (trabalhar as causas) se pode:
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o Inglaterra, 1066: Grupos de homens entre os cidadãos eram mandatados para vigiar
em grupo e soar o alarme em caso de emergência.
o Surge o movimento de vigilantes do “novo mundo” (EUA) como forma de reforçar a
lei e ordem dentro das novas fronteiras.
Por fim, com a evolução do tempo, surge então:
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É mais eficaz e rentável, em termos de custos-benefícios, adotar uma ação coletiva e
proativa para a prevenção do crime.
Eficácia da prevenção do crime implica a cooperação entre agências e parcerias
multissetoriais: habitação, saúde, emprego, serviços sociais, ambiente, polícia e justiça.
PREMISSAS ATUAIS (INTERNACIONAIS) DA PREVENÇÃO DO CRIME:
Foco na prevenção proativa (isto é, antes de se dar o acontecimento)
Maior ênfase em problemas sociais mais amplos (sociais, económicos, …)
Foco no controlo social informal (ex: família, amigos) e nas normativas locais (mais no
modo como se ligam aos controlos formais)
Intervenções descentralizadas e promovidas localmente
Abordagem de parceria e cooperação entre vários agentes (polícia e comunidade)
Foco na produção de soluções holísticas orientadas para o problema
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o Diferenciação
Organização, métodos e abordagens:
Envolvimento da comunidade
o Organização: estruturas governamentais, formação e capacitação, apoio às
parcerias, sustentabilidade
o Métodos: conhecimento baseado nas evidências, planificação da intervenção, apoio
à avaliação
o Abordagens: desenvolvimento social, situacional, prevenção do crime organizado
Cooperação internacional:
o Padrões e normas
o Assistência técnica (grupos mais desenvolvidos ajudarem os menos desenvolvidos)
o Trabalho em rede
o Ligações entre o crime local e transnacional (compreender como o crime local está
ligado com o crime nacional/ transnacional)
o Priorizar a prevenção do crime
o Disseminação
As medidas preventivas:
Custos tangíveis:
o Custos para a vítima
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o Custos para o sistema de justiça criminal (ex: quanto é que sai ao Estado um dia,
um prisioneiro na cadeia)
o Custos da carreira criminal (ex: pessoas que não contribuem para o PIB de forma
legal)
Custos intangíveis:
o Custos associados à dor e sofrimento
o Custos associados ao risco de homicídio
Custos totais do crime: combinando estimativas dos custos tangíveis e intangíveis estima-se o
custo total do crime para a sociedade, por ofensa.
Custos para as vítimas
Vitimação vicariante
o Reação empática face a situações que aconteceram a outros
o Mediatização de crimes mais violentos
Risco percebido
o Perceção de maior vulnerabilidade e de dano potencial (ex: idosos e mulheres-
posições desvantajosas em termos físicos ou de poder social)
Incivilidades: fatores físicos e sociais envolvidos nos distúrbios e declínio comunitário
o Sinais físicos: deterioração de edifícios, lixo, graffitis, vandalismo, carros e edifícios
abandonados,..
o Sinais sociais: embriaguez pública, vadiagem, assédio, venda e uso visível de
drogas..
Os residentes podem sentir fata de controlo no bairro/ vizinhança gerando sentimentos de
insegurança.
Fatores metodológicos
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o Medo/ insegurança (conceito de difícil operacionalização)
o Diferenças entre estudos (por formas diferentes de colocar as questões)
Níveis reais de crime
o Resposta a aumento factual do crime a determinada altura (ex: reportado pelos
meios de comunicação social)
o Perceção de insegurança difícil de reverter (mesmo face a decréscimo das taxas de
crime)
Medo funcional
o Motivação para adotar precauções: ações de autoproteção (ex: evitar certos locais
de risco, utilizar mecanismos de segurança em casa, como alarme ou deixar as
portas trancadas)
Inquéritos de Vitimação
O seu objetivo é inquirir amostrar representativas (para poder obter generalizações) sobre
um certo número de crimes de que tenham sido vítimas num certo período de tempo
Permitem obter:
o Medidas de incidência e prevalência de certos tipos de crime
o Informação sobre as perceções e reações dos indivíduos ao crime
Internacionalmente: inquéritos de vitimação revelam mais do dobro de vitimação do que as
estatísticas oficiais
Ex: Inquérito de vitimação na área metropolitana de Lisboa APAV 2002.
Padrões espaciais:
o Cidades; centro da cidade e bairros “mais pobres”
Padrões temporais:
o Dia (furto em lojas durante a hora de almoço; menos crimes entre as 4h-12h)
o Semana (crime relacionados com o consumo de álcool à noite)
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o Ano (assaltos a casas em época de bom tempo- portas e janelas abertas/ período
de férias)
Padrões de vítimas:
o Vitimação repetida: o risco aumenta com o nº de crimes experienciados e maior
proximidade à última experiência de vitimação.
o Maior risco: mais jovens; homens; desempregados; pessoas que habitam em áreas
citadinas mais “empobrecidas”.
Padrões de alvos:
o Objetos pequenos, acessíveis, leves, de elevado valor, anónimos (não se
conseguindo identificar o dono ou o criminoso) – ex: dinheiro, jóias
Padrões de ofensores:
o Homens
o Criminosos/as de carreira tendem a incorrer em delitos mais cedo do que criminosos
ocasionais
o Taxa de envolvimento no crime decresce à medida que a idade aumenta
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Utilizar: uso concetual, instrumental e persuasivo na compreensão,
julgamento e tomada de decisões
Conclusões e documentação
Avaliação e Disseminação
Avaliação
o Aplicação sistemática e rigorosa de metodologias científicas para aceder
objetivamente ao processo e aos resultados da política de intervenção
o Processo de delinear, obter e providenciar informação que é usada na descrição e
compreensão de um programa e que ajudará a tomar decisões relativamente ao
mesmo
o Porque se deve avaliar:
Decisões de qualidade
Desenvolvimento de outros programas
Gerar conhecimento
o Deve responder a 4 questões centrais:
Relevância
Qualidade
Eficiência
Replicabilidade
TIPOS DE AVALIAÇÃO
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PONTOS A CONSIDERAR
MÉTODOS
Experimentais: exige alto grau de controlo sobre onde, quando, como e para quem é
dirigida a intervenção
Quasi-experimentais: preocupação com comparações entre grupos e uso de dados
quantitativos; compara grupos não-equivalentes sujeitos a diferentes intervenções e
mudanças ao longo do tempo
Investigação por inquérito + naturalísticos: métodos mais descritivos; sobretudo para
obter dados sobre as perceções do contexto, dos processos e dos resultados de um
programa
Investigação ex post facto: estudos retrospetivos; findo o programa, participantes
comparados com sujeitos que não participaram
Nenhum método é superior. O seu uso depende do contexto da avaliação que se quer fazer,
atendendo aos objetivos e constrangimentos.
Estatísticas oficiais
Inquéritos de vitimação
Potenciais fontes de dados secundários:
o Polícia + outras entidades do sistema de justiça: tribunais, estabelecimentos
prisionais e de reinserção social
o Serviços de apoio à vítima
o Serviços de habitação e serviços ambientais
o Serviços de educação, incluindo escolas e estabelecimentos de ensino superior
o Serviços de assistência social
o Prestadores de cuidados de saúde, incluindo hospitais particulares e clínicas
o Instituições de investigação, incluindo universidades
o Serviços de bombeiros
o Grupos comunitários + organizações da sociedade civil sem fins lucrativos
o Empresas de segurança privada e seguradoras
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Identificar as oportunidades, forças e potencialidades da área (ex. capital
social, sociedade civil, projetos existentes onde a futura estratégia se
desenvolverá)
Módulo 2
DIFERENTES FORMAS DE CLASSIFICAR AS ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
Prevenção social
Prevenção comunitária
Prevenção primária, secundária, terciária
Estratégias centradas no ofensor, na vítima, no ambiente, na comunidade
Prevenção situacional
Prevenção pela reintegração
Prevenção universal, seletiva, indicada
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Dissuasão específica
o Atividades do sistema de justiça criminal relativamente a um indivíduo
Tratamento e reabilitação
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CLASSIFICAÇÕES ALTERNATIVAS
Hunter divide a prevenção do crime em diferentes níveis, mantendo as distinções entre prevenção
primária, secundária e terciária.
Desenvolvimental
Comunitária
Situacional
Justiça criminal
Walklate
Estratégias centradas:
o no ofensor
o na vítima
o no ambiente
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o na comunidade
MÓDULO
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PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Esforços para eliminar fatores no meio físico e social que constituem oportunidades para a
ocorrência do comportamento desviante.
O objetivo será remover ou mitigar os aspetos criminógenos da sociedade.
Exemplos:
o Prevenção através do design ambiental
o Iniciativas comunitárias locais
o O papel dos media
o A prevenção desenvolvimental
o Dissuasão geral
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A ideia central é a de que as características físicas de uma área podem
influenciar tanto o comportamento dos/as residentes assim como o dos/as
potenciais ofensores/as.
Para os/as residentes, a aparência e design de uma área podem gerar uma
atitude de maior cuidado, potenciando o contacto entre residentes,
conduzindo a progressivas ações para o controlo e eliminação do crime.
Para os/as potenciais ofensores/as a aparência de uma área poderá sugerir
que os/as residentes a usam, cuidam e prestam atenção ao que ocorre,
intervindo se detetado um comportamento criminoso.
Elementos do Espaço Defensivo de Newman: territorialidade; vigilância
natural; imagem e meio social.
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PREVENÇÃO DO CRIME ATRAVÉS DO DESIGN AMBIENTAL (2ª GERAÇÃO)
DESIGN DE PRODUTO
Design físico aplicado a objetos de forma a proteger do furto/ roubo ou do seu uso noutras
ofensas.
Hot products- objetos mais suscetíveis a ser alvo de crime/ desejáveis:
o Concealable (ocultáveis)
o Removable (removíveis)
o Available (disponíveis)
o Valuable (valiosos)
o Enjoyable (agradáveis)
o Disposable (descartáveis)
Exemplos:
o Sistemas de bloqueio de ignição ou da direção de carros
o Rádios removíveis
o Sistemas de localização
o Pacotes grandes para itens pequenos (menos ocultáveis)
o Alças mais fortes de carteiras/malas
o Caller ID- sistema de identificação dos telefones
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ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL DA PREVENÇÃO BASEADA NA COMUNIDADE
NEIGHBORHOOD WATCH
PATRULHAS DE CIDADÃOS
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o Segurança em casa, neighborhood watch, comunidades seguras, proteção de
crianças e jovens, prevenção do abuso de substâncias nas crianças e jovens,
segurança online, usurpação de identidade, fraude contra idosos…
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o A lista de fatores de risco para a delinquência e criminalidade é extensiva. Poderá
ser agrupada em categorias:
Fatores individuais/psicológicos, familiares, do grupo de pares, da
comunidade e da escola.
Nem todos os fatores de risco são modificáveis e, por isso, alvo dos
programas de intervenção (ex. idade, sexo, etnia)
o A prevenção desenvolvimental revela particular atenção com os fatores individuais e
familiares.
o Fatores de risco individuais:
Baixo nível de inteligência e insucesso escolar
Baixo nível de empatia
Impulsividade
Pobres competências sociocognitivas
o Fatores de risco familiares:
Criminalidade familiar
Famílias numerosas
Pobre supervisão parental
Estratégias punitivas severas
Vinculação familiar pobre/fria
Negligência e maus tratos infantis
Famílias desestruturadas
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o Visitas domiciliárias de enfermeiros/as desde o início da gravidez até ao 2º
aniversário da criança.
o Foco em 3 áreas:
Saúde e atividades saudáveis da criança e da mãe/ cuidados apropriados à
criança/ competências pessoais e sociais para as mães.
o Resultados: redução da negligência e maus tratos infantis e o follow-up (15 anos)
revelou menos fugas de casa, menos detenções e menos abuso de substâncias por
crianças alvo do programa e menos detenções das mães.
Ex. Incredible Years
o Os alvos são famílias cujas crianças apresentam precocemente problemas de
comportamento.
o Dividido em diferentes programas: 0-3 anos; 3-6 anos e 6-12 anos.
o Os pais recebem treino de competências parentais sobre como reconhecer e lidar
com os comportamentos problemáticos dos filhos e como estabelecer regras e usar
incentivos.
o A componente com as crianças centra-se no reconhecimento de emoções, como
lidar com a raiva, nas respostas apropriadas a situações problemáticas e nas
competências educacionais.
o O treino dos/as professores/as foca-se na gestão em sala de aula, no
desenvolvimento de competências com os/as jovens, na gestão de problemas de
comportamento e nas práticas disciplinares.
o As avaliações deste programa são consistentemente positivas.
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Estabelecem tipicamente como alvos jovens que já demonstram comportamentos
antissociais ou delinquentes (prevenção terciária).
Reconhecem a necessidade de focar em fatores que conduzem ao comportamento
desviante e evitar que os/as jovens desenvolvam mais condutas problemáticas.
o Intervenção o ais precoce possível (tipicamente no início da adolescência).
Utilizam uma variedade de abordagens interventivas/ diferentes estratégias.
Ex. Communities That Care
o Não pressupõe um conjunto de estratégias ou programa pré-estabelecido.
o Requer a análise dos problemas que dada comunidade enfrenta, a identificação dos
fatores de risco presentes e o desenvolvimento de uma intervenção desenhada
especificamente para a situação e as necessidades do problema.
o Tem como alvos múltiplos fatores de risco para além dos individuais e familiares.
o Pressupõe o envolvimento de vários indivíduos e recursos.
o Os resultados são apenas evidenciados a longo-prazo mas são promissores.
o O desenvolvimento de intervenções é feito em várias fases:
Fase 1- Preparação da comunidade
Definir a comunidade
Avaliar a motivação da comunidade relativa ao programa
Identificar possíveis participantes
Fase 2- Organização e formação
Convidar um número alargado de participantes da comunidade
Formar subgrupos para tópicos específicos
Educar participantes sobre a avaliação do risco e a prevenção
Fase 3- Análise
Avaliar o risco
Incluir toda a comunidade
Listar os recursos disponíveis e necessidades da comunidade
Fase 4- Desenvolvimento de um plano compreensivo
Criar um plano compreensivo
Definir resultados
Identificar programas/estratégias a implementar
Desenvolver um plano de avaliação
Implementar os programas
Fase 5- implementação e avaliação
Implementar o plano
Avaliar o impacto
Analisar as operações do programa
Identificar alterações necessárias
Implementar alterações
DISUASSÃO GERAL
A ação do sistema de justiça criminal tem como objetivo a eliminação do crime através da
dissuasão.
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o “Influência pelo medo”, “prevenção geral”
o Potenciais ofensores abstêm-se do ato criminal pelo medo da punição
o Não é necessário que ocorra a experiência de punição para que o indivíduo detenha
o comportamento: a ameaça da punição poderá ser suficiente.
Dissuasão Geral
o Previne o ato antes da sua ocorrência (Prevenção Primária)
o Direcionada a qualquer potencial ofensor/a
o Punição de uma pessoa serve de exemplo às restantes
Dissuasão Específica
o Esforços para impedir que um/a ofensor/a viole novamente a lei
o A experiência de punição deverá prevenir a reincidência (Prev. Terciária)
A dissuasão baseia-se na existência de 3 fatores:
o Severidade: os custos associados à punição devem sobrepor-se à recompensa do
ato criminal.
o Certeza: possibilidade de ser apanhado e punido. A ação criminal deve implicar uma
resposta punitiva (das agências de controlo formal).
o Celeridade: rapidez da resposta. A punição contingente à ação tem maior impacto:
associação do prazer à dor.
IMPACTO DA DISSUASÃO
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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PREVER O COMPORTAMENTO DESVIANTE/CRIMINAL
1. O que prever? Risco
o Mais comum é a reincidência
o Âmbito da Prevenção II: Potencial envolvimento em atividades criminais
2. Escolher as variáveis
o Identificar os melhores preditores fatores de risco
3. Grau de precisão da previsão
o Objetivo: maximizar previsões verdadeiras; minimizar os erros
o Falsos positivos: prevê-se que um indivíduo se irá envolver em atividades
criminosas, mas não age dessa forma- indesejáveis de uma perspetiva da liberdade
e direitos individuais.
o Falsos negativos: não se considera que o indivíduo é uma ameaça, mas este acaba
por se envolver em atividades criminais- implicações para a segurança da
sociedade.
A vitimação prévia (ou outro fator) identifica a vítima ou o local como alvo apropriado para
vitimação futura.
O mesmo ofensor comete outra ofensa baseado na experiência passada com essa vítima
ou local: replicação de experiências de sucesso.
A informação sobre a vitimação repetida permite:
o Melhor distribuição de recursos (ex: polícia, foco em hotspots).
o Focar nos alvos que apresentam maior risco.
o Pensar em formas de prevenção informadas pelas ofensas passadas.
PREVENÇÃO SITUACIONAL
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Críticas e Refutações:
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o Novos tipos de bilhetes e máquinas para pagamento, promoções para aquisição de
passes.
o Portas automáticas no metro de Londres.
o Graffiti no metro de Nova Iorque
Pinturas “antigraffiti” e presença de seguranças não funcionaram.
Impedir que o trabalho fosse visto: as carruagens só estão em serviço se
limpas.
Furto de veículos
o Impacto positivo dos sistemas de imobilização de direção e de ignição.
Sistema de imobilização eletrónica obrigatório na UE desde 1995
o Furtos de motociclos diminuiu a partir da obrigatoriedade do uso de capacete.
o Alterações nos parques de estacionamento: restrição do acesso; melhoria da
iluminação; videovigilância; eliminar obstáculos à observação.
Outros furtos
o Identificação eletrónica da propriedade (ex. identificação dos livros da biblioteca,
sistema de alarmes nas lojas e supermercados).
o Diminuir o congestionamento de pessoas nas lojas de forma a aumentar a vigilância
(ex. alargar corredores).
o Demarcar zonas de segurança e colocar espelhos no multibanco.
o Usurpação da identidade: programas antivírus; encriptação dos dados de forma a
inutilizar informação e os computadores roubados; banir as pens drives que podem
captar dados de outros computadores; métodos de validação de identidade nos
pagamentos com cartão de débito ou crédito (cartão do cidadão), chips e PINs..
Revitimação
o Identificação dos alvos de vitimação para implementar medidas.
Incrementar a segurança física dos domicílios; instalação de alarmes.
Demarcação e identificação de propriedades.
Neighborhood watch direcionado a um pequeno grupo de casas.
Abuso sexual de menores
o Internet aumenta a capacidade de abusadores de menores interagir e atraírem
vítimas e aumenta o suporte social.
Bloqueio de páginas da internet por parte dos pais.
o Aumentar o esforço dos potenciais ofensores em entrar em áreas onde estão
crianças; triagem específica nos empregos que lidam diretamente com crianças.
o Limitar o acesso a pornografia infantil e o contacto com outros ofensores.
Crime organizado
o Prostituição organizada.
Desativar estabelecimentos e gerir a permissão de negócios.
Renovação da área para atrair usuários e estabelecimentos legítimos.
o Tráfico humano.
Promover formas legítimas de (i)emigração.
Aumentar controlo nas fronteiras.
o Produção e distribuição de droga.
Limitar a disponibilidade das substâncias e material necessário para a
produção (ex. ectasy).
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Controlo nas fronteiras: revista de passageiros e bagagem (ex. body
screening).
Violência coletiva (controlo de multidões)
o Festas de estudantes, protestos e manifestações, eventos desportivos ou de
entretenimento.
o Considerar o ciclo do ajuntamento desde o planeamento à dispersão.
o Considerar as características do local, do evento, do staff e dos potenciais
problemas.
o Barreiras de controlo de multidões, limitar o acesso ao campo ou palco, providenciar
parques de estacionamento adequados e lugares marcados.
o Limitar a disponibilidade de álcool, remover espectadores que estejam a perturbar,
manter a distância entre grupos rivais, revista aos participantes.
Punir
Controlar
Tratar
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
DISSUASÃO ESPECÍFICA
INCAPACITAÇÃO
VIGILÂNCIA ELETRÓNICA
Vantagens:
REABILITAÇÃO
Martinson (1974) ― “with few and isolated exceptions, the rehabilitative efforts that have
been reported so far have had no appreciable effect on recidivism”.
o “Nothing works”
“What Works”?
o Estudos de meta-análises revelam que o tratamento de ofensores pode ter um
pequeno efeito, mas significativo em termos da redução da reincidência.
10 a 15 %
O efeito reduzido pode ser promovido, realizando programas de “elevado
impacto”.
o Programas específicos para ofensores específicos.
o Princípios do risco, necessidade e responsividade.
o Foco no comportamento abusivo do ofensor de alto-risco.
o Programas de desenvolvimento de competências interpessoais, intervenções
cognitivo-comportamentais, abordagens multimodais e programas baseados na
comunidade.
o Programas estruturados com objetivos bem definidos, orientados por técnicos
especializados, apoiados, geridos e avaliados pelas instituições.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
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