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A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos

construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em


modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O Trabalho na
construção da dignidade humana”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O que é trabalho escravo
Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento
da liberdade.

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito


de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir
legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o
trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros
que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir
carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre
outras atividades agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de
empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada
para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.
Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento
da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam
correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou
mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.
Disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br. Acesso em: 02 set.2010 (fragmento)
TEXTO II
O futuro do trabalho
Esqueça os escritórios, os salários fixos e a aposentadoria. Em 2020, você
trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher.

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo


como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão
acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos
de administração. Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de
empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos
também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela
qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos
como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em desperdício de recursos
naturais e energia, mas e quanto ao desperdício de talentos?”, diz o filósofo e ensaísta
suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrow of Works (Os prazeres
e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).

Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Consequências do uso
de filtros em redes sociais na formação da autoimagem na juventude brasileira”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.

TEXTO I
A dermatologista Michelle Palmiro tem um consultório particular e trabalha
como voluntária no Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo. Independente do
atendimento público ou privado, a especialista conta sobre a procura de procedimentos
estéticos após os pacientes utilizarem um filtro no Instagram. Segundo ela, a demanda
vem sendo maior após a quarentena, com pedidos feitos principalmente por
adolescentes e mulheres acima dos 30 anos.
"Elas chegam atrás de uma pele sem poros, sem filtro, querendo um nariz mais
fino. Até trazem o celular e a foto salva para mostrar os procedimentos”, conta. Pelo
menos uma vez ao dia há essa procura em seus consultórios. Mas o que os filtros fazem
de tão especial? A ferramenta possibilita efeitos no rosto do usuário, aplicando-os em
fotos ou vídeos. Através da câmera do Instagram, por exemplo, é possível ver como você
ficaria com a bochecha mais rosada ou com outra cor de cabelo.
Devido à demanda, o filtro chegou a virar negócio de trabalho. Há dois anos, o
influencer Igor Saringer viu nos filtros do Instagram uma possibilidade de dinheiro e se
estabeleceu como o primeiro influencer brasileiro a criar a ferramenta nas redes. Agora,
ele acumula mais de 1 milhão de seguidores no perfil e tem filtros usados por famosos
brasileiros e internacionais, como Anitta, Pabllo Vittar, Reese Witherspoon e o cantor
Sam Smith.
Fonte (adaptado): https://www.opovo.com.br/noticias/tecnologia/2020/11/06/da-
estetica-ao-financeiro--como-os-filtros-do-instagram-estao-nos-influenciando.html
TEXTO II
A princípio, os filtros no Instagram foram desenvolvidos com o objetivo de
divertir os usuários dessa rede social. Também para aumentar o engajamento e o tempo
passado nela. Contudo, com o tempo, começaram a surgir “efeitos colaterais” de grande
impacto na sociedade, entre os quais um dos mais preocupantes é o movimento de
pessoas que modificam sua aparência para deixá-la com aparência semelhante à
provocada pelos filtros.
De acordo com o estudo realizado em 2017 pela a Academia de Cirurgiões
Plásticos, 55% das pessoas que fizeram procedimentos estéticos em naquele ano tinham
como referência os recursos do Instagram. No Brasil, 20% dos jovens entre 15 a 25 anos
realizaram bichectomia para afinar as bochechas nas selfies.
Diante de tais dados, em 2019, o Instagram removeu filtros que simulavam
cirurgias plásticas ou procedimentos estéticos. Mesmo assim, hoje, ainda existem
diversas possibilidades de filtros nos stories da rede.
Segundo a psicóloga Patricia Capuani, a fixação por uma aparência
computadorizada pode representar riscos psicológicos. “A partir do momento em que
existe uma procura descontrolada pela a perfeição com os filtros, as pessoas passam a
ter reações psicossomáticas. Essa convulsão por um padrão de beleza faz com que não
aceitem a processo biológico do corpo. Claro que é importante ficar confortável com o
que está incomodando, mas sem exagero”.
Fonte (adaptado): https://mundozumm.com.br/filtros-do-instagram/
TEXTO III
Esses filtros, integrados aos dispositivos móveis, modificam a aparência
compondo feições dignas de modelos de capa de revista. Lábios aumentados e mais
carnudos, maçãs do rosto saltadas e rosadas, olhos grandes e mais claros, nariz afinado,
sobrancelhas desenhadas e arqueadas, cílios expressivos, peles claras ou bronzeadas,
dentes brancos, afinamento de maxilar e sardas fictícias são algumas das tantas
modificações aplicadas – em muitos casos de forma severa, através de cálculos
matemáticos que promovem uma simetria facial.
O exagero no uso dos filtros virtuais destaca o desejo da perfeição,
estabelecendo um senso de estética e padronizando perfis que imitam as
influenciadoras que estão mais em evidência. De uma certa forma, percebemos a
perseguição desenfreada, principalmente entre os jovens, por uma imagem com filtro
que renegue sua aparência dentro de uma falsa realidade promovida por um engano
estabelecido. Relatos apontam que algumas adolescentes estão tão habituadas a estes
recursos que só se apresentam nas redes, seja por fotos, vídeos ou stories, utilizando
filtros salvos incorporados ao seu perfil. Com isso, por conta do uso indiscriminado das
ferramentas, podemos perceber que os perfis estão ficam muito parecidos visualmente.
Uma aparência mecanizada onde todos agora possuem um nariz afinado e a pele
homogênea e perfeita.
O exagero nesta utilização dos filtros embelezadores pode alimentar o
sentimento narcísico do ser humano e aumentar, assim, sua necessidade de
espelhamento, pois estimula o desejo de que o outro o perceba sempre belo e perfeito,
expondo, de forma excessiva, suas emoções e promovendo distorções depressivas
através de crises de ansiedade e de uma possível sensação de opressão, uma vez que
não se consegue ser feliz sendo ele mesmo, da forma como se é.
Nosso sinal de alerta deve ser disparado quando essas ferramentas tecnológicas
atiçam a psique a ponto de tornarem-se indispensáveis, atropelando a realidade e sendo
usados de forma exclusiva, extrapolando desejos e satisfações. Importante estarmos
atentos a estes efeitos psicológicos da vida digital que superestimam a nossa imagem e
podem desencadear o que chamamos de síndrome da decepção continuada – é quando
não mais me reconheço como sou, minha imagem real não agrada e só consigo aceitar
a imagem distorcida e perfeita aprovada pela sociedade.
Portanto, a busca e predileção por imagens e perfis mais positivos – e
esteticamente mais atraentes – refletem uma falsa realidade e a mais pura rejeição da
imagem real e segura em prol de uma imagem desejável e aceitável por todos. Perceba
que, quando isso acontece, também está sendo rejeitado o amor próprio e evidenciado
os mais variados complexos, camuflados por uma necessidade de reconhecimento.
Fonte (adaptado): https://portalplena.com/vamos-discutir/6738/
TEXTO IV

Fonte: https://twitter.com/dennydesign/status/1098235741547757570
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios no combate à
violência infantil no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA) informou
que publicará em seu site nota técnica sobre todos os procedimentos que devem ser
adotados em casos de agressão contra menores de idade. O texto será submetido à
assembleia plena do conselho para aprovação.
O presidente da instituição, Carlos André Moreira dos Santos, disse que o tema
é pauta prioritária da instituição. “Além de ser um órgão deliberativo e fiscalizador, o
conselho estadual é um órgão de controle social que vai acolher as denúncias e cobrar
das autoridades competentes, para que sejam tomadas as devidas providências”,
acrescentou.
Pessoas com suspeita de que uma criança está sendo vítima de maus-tratos
podem denunciar o caso aos conselhos tutelares, às polícias Civil e Militar, ao Ministério
Público e também pelo canal Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República.
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio),
Daniel Monnerat, especializado em psiquiatria infantil, explicou que, diferentemente de
pacientes adultos, uma criança vítima de violência pode apresentar quadros de
depressão e ansiedade. Além de perda de interesse em atividades antes prazerosas e
humor deprimido, esses quadros podem ser caracterizados por aumento de
irritabilidade, isolamento social, alterações de sono e no apetite.
Monnerat esclareceu que as crianças podem passar a comer mais ou menos,
como uma atitude compensatória para suprir a ansiedade, por exemplo, de estarem
sofrendo agressões verbais ou físicas. Esses são, segundo o especialista, os principais
pontos que devem ser observados.
“A criança pode apresentar, indiretamente, esses sinais ou sintomas, mostrando
que é preciso investigar e esclarecer se essas agressões podem estar acontecendo ou
não”. Para o professor, quanto mais nova uma criança e mais cedo é vítima de agressão,
mais dificuldade, muitas vezes ela tem de verbalizar o que esteja sofrendo. É preciso que
pais e responsáveis tenham sensibilidade para entender os sinais e sintomas de uma
possível agressão contra os menores.
Fonte (adaptado): https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-
04/agressoes-contra-criancas-aumentaram-na-pandemia-diz-especialista
TEXTO II
A violência contra crianças e adolescentes é uma realidade global, que resulta
em consequências graves e provoca impactos em todas as áreas da vida das vítimas. O
estudo Inspire, conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com
diversas entidades internacionais e divulgado em 2016, estimou que em todo o mundo
cerca de 1 bilhão de crianças e adolescentes entre 2 e 17 anos sofreram violência
psicológica, física ou sexual no ano anterior à coleta dos dados. O levantamento foi feito
em 96 países.
O estudo destaca ainda que meninas e meninos que são vítimas de violência com
frequência são desacreditados ao relatarem o que sofreram. Nesses casos, nada é feito
para reparar os danos causados. Ainda segundo o Inspire, mesmo que a violência seja
“escondida”, suas consequências vão surgir mais tarde e trazer “sobrecarga difusa,
duradoura e de alto custo para crianças, adultos, comunidades e nações”.
No final de 2018, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em parceria com
a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), lançou
a segunda edição do Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de
Violência. O documento é destinado principalmente aos profissionais que trabalham
com crianças para que sejam treinados a reconhecer rapidamente e saber como agir ao
identificar sinais dos mais diferentes tipos de agressão.
O manual classifica a violência em três tipos principais: doméstica ou
intrafamiliar, extrafamiliar e autoagressão (essa última inclui colocar-se em atividades
de risco, formas de se autolesionar e suicídio).
Ao pensarmos em violência doméstica, geralmente imaginamos pais batendo
nos filhos, mas essa categoria pode ser física, psicológica, sexual e manifestar-se por
negligência. Há um universo inteiro de formas como a violência pode se dar, como a
síndrome de Munchausen por procuração (quando um dos pais simula sintomas de
doenças inexistentes no filho), intoxicações, envenenamentos, violência virtua e até o
extremo filicídio (quando a criança é morta por um dos pais). Entre as comuns, a mais
frequente é a negligência, seguida pela violência física, a sexual e a psicológica que, na
verdade, permeia todas as outras formas.
A violência extrafamiliar é aquela que acontece fora de casa e engloba as
violências institucional (praticada por alguém que tenha a guarda temporária da criança,
como em uma escola), social (ausência de suporte biopsicossocial, comum em países
com grande desigualdade social, como o Brasil), urbana (aquela das ruas, geralmente
manifestada em assaltos), macroviolência (representada por terrorismo e guerras) e
também algumas formas específicas, como bullying, cultos ritualísticos e, novamente, a
violência virtual.
Fonte (adaptado): https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/como-reconhecer-e-
agir-ao-suspeitar-de-violencia-contra-criancas/
TEXTO III
Em meio à pandemia e ao isolamento social, os registros de violência física,
sexual e psicológica contra as crianças aumentaram exponencialmente, o que parece
contraditório, já que a maior parte está em casa, local em que, teoricamente, estariam
mais protegidas. Segundo dados da UNICEF, a crise sanitária e financeira potencializou
a violência infantil, sendo que os registros são subnotificados, uma vez que, em sua
maioria, eles se originavam das escolas e hospitais. Assim, com o isolamento social e a
limitação das atividades presenciais, os serviços de proteção perderam parte do
controle sobre registros e ocorrências, o que torna a situação crítica e sem o devido
acompanhamento das autoridades competentes.
O estresse advindo da crise financeira, as inseguranças sobre a moléstia e o
confinamento entre crianças e adultos, na maioria das vezes em pequenos espaços e
sem possibilidades de lazer, seriam a razão das ocorrências de violência física, castigos
severos, perturbação psicológica e, até mesmo, de violência sexual.
Como se sabe, a COVID-19 impactou na economia mundial, aumentando o
número de desempregados e o fechamento de várias empresas, o que, sem dúvidas,
incitou desgastes nas relações familiares e as crianças, mesmo sem a maturidade
necessária, vivenciaram a angústia das famílias, trazendo traumas sem precedentes.
Além das dificuldades de subsistência, o medo e as incertezas sobre as sequelas trazidas
pela doença, o grande número de óbitos ao redor do mundo, associado a um sistema
de saúde precário e incapaz de absorver a demanda, trouxeram a essas pequenas
mentes um convívio próximo com o medo da morte e de perder a sua família.

Fonte (adaptado): https://www.cartacapital.com.br/blogs/lado/a-violencia-contra-criancas-em-tempo-


de-pandemia/
TEXTO IV

Fonte: https://portal.to.gov.br/noticia/2020/8/18/violencia-domestica-infantil-e-uma-realidade-
preocupante-nos-lares-brasileiros-e-precisa-ser-combatida/
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Perigos do lixo
eletrônico para o meio ambiente”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Com 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano, o Brasil é o país que mais
gera esse tipo de material na América Latina, ocupando a 7ª colocação no mundo, junto
com a França.
Devido ao elevado número de equipamentos existentes, o descarte irregular de
equipamentos eletrônicos tem se tornado um problema considerável para o meio
ambiente, visto que, os pontos de descarte não acompanham o crescimento do mundo
moderno.
Alguns exemplos de equipamentos eletrônicos são:

• Monitores de Computadores;
• Telefones Celulares e baterias;
• Computadores;
• Televisores;
• Câmeras Fotográficas;
• Impressoras;

O grande problema do descarte irregular são as substâncias químicas que são


liberadas no meio ambiente, alguns deles são, chumbo, cádmio, mercúrio, berílio,
dentre outros). Ao serem dispensados irregularmente podem provocar a contaminação
do solo e da água. Em contato com o ser humano, pode provocar doenças graves. Além
disso, suas embalagens demoram anos para se decompor.
Fonte (adaptado): https://www.inovarambiental.com.br/perigo-do-descarte-irregular-
de-lixo-eletronico/
TEXTO II
O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, é composto por resíduos
presentes em aparelhos eletro eletrônicos. Se descartados de forma incorreta, podem
poluir o meio ambiente e por esse motivo, a reciclagem desses materiais torna-se uma
prática importante.
De acordo com o graduando em engenharia ambiental da Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI), Lucas Gori Lima, atualmente são produzidas mais de 49 milhões de
toneladas de lixo eletrônicos no mundo, sendo que só no Brasil foram produzidas mais
de 1,4 milhões de toneladas, segundo um levantamento da ONU em 2016.

O Brasil é um dos poucos países em que há algum tipo de legislação, sendo que
apenas os 150 maiores municípios brasileiros, a maioria nas regiões sudeste e sul, são
responsáveis por aproximadamente dois terços de todo lixo eletrônico, segundo ao
levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP/MDIC) e pela
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Diversas substâncias nocivas ao ser humano são encontradas no e-lixo, de acordo
com o estudante de engenharia ambiental Lucas Gori Lima, “o descarte irregular dos
resíduos eletrônicos pode causar sérios danos ambientais e de saúde”, dando destaque
aos metais pesados como o chumbo, mercúrio e cádmio.

Chumbo - encontrado em monitores e tubos de televisores. Ataca o sistema


nervoso, a medula óssea e os rins, sendo eliminado em pequenas quantidades pelo
corpo, reage com o sangue e os ossos causando sérias complicações.
Cádmio - encontrado em computadores e baterias de notebooks. Considerado
um agente cancerígeno. Acumula-se nos rins, no fígado e nos ossos, o que pode causar
osteoporose, irritação nos pulmões, distúrbios neurológicos e redução imunológica.
Mercúrio - encontrado em lâmpadas e em monitores. Prejudica o fígado e causa
distúrbios neurológicos, como tremores, vertigens, irritabilidade e depressão.

Além dos problemas relacionados à saúde, os resíduos eletrônicos também


fazem mal ao meio ambiente. Temos o exemplo do Chumbo, que na natureza pode se
infiltrar na terra e contaminar lençóis freáticos, influenciando em plantações e também
contaminando a água, afetando todo o ecossistema local.

Também devemos levar em conta que a falta da reciclagem do lixo eletrônico


resulta em uma extração desnecessária dos metais, que são primordiais na criação dos
aparelhos. Com a reciclagem sendo realizada de forma correta, boa parte desses
materiais poderiam ser reaproveitados para a criação de novos equipamentos
eletrônicos, diminuindo a necessidade de exploração dos metais na natureza e, por
consequência, minimizando os danos causados ao meio ambiente.
Fonte (adaptado): http://www.impactounesp.com.br/2017/05/e-lixo-para-onde-vai-
seu-lixo-eletronico.html
TEXTO III

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