Você está na página 1de 23

Instituto Estadual de Educação de Maringá

Coordenador: CÉLIO APARECIDO GOMES DA SILVA

ALESSANDRO HENRIQUE FENELON LEME N°01


BRUNO KENDI PENALOZA IDO N°08
CARLA SILVA LIMA N°10
JOÃO PEDRO CABRAL LACERDA N°18
PAOLA ARAÚJO SANTOS N°28
SAMARA DE QUEIROZ MATTOS N°38
ISADORA LIGA PÉREZ BONILHA N°41
2°EMB

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
IMIGRAÇÃO

MARINGÁ
2019

1
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................03
1.A IMIGRAÇÃO HAITIANA NO BRASIL......................................................04
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA.......................................................05
1.3. O BRASIL COMO DESTINO..................................................................07
2. IMIGRAÇÃO BRASILEIRA PARA O JAPÃO..............................................10
3. SOBRE MIGRAÇÕES...............................................................................16
4. EMIGRAÇÃO PARA AS MINAS DA ÁFRICA DO SUL...............................20
CONCLUSÃO..............................................................................................22
REFERÊNCIAS.............................................................................................23

2
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como foco principal analisar alguns


aspectos sobre migrações, fazendo uma dissertação clara sobre
alguns assuntos com notoriedade popular e alguns simplesmente
desconhecidos ou ignorados. Também é de suma importância
ressaltar que, essa pesquisa também foi feita com a finalidade de
mostrar o significado de alguns termos sobre os diferentes tipos de
migração. O trabalho está organizado em 4 capítulos. No primeiro
será falado um pouco sobre A Imigração Haitiana no Brasil, que é
um tema que ganhou muito destaque ultimamente. No segundo, o
assunto tratado será A Imigração Brasileira para o Japão. No
terceiro será explicado aspectos e definições Sobre Migrações. No
quarto capítulo será explicado bem brevemente como se dá A
Imigração para as Minas da África do Sul. A metodologia aplicada
foi a pesquisa bibliográfica, e o material utilizado foi entrevistas e
artigos científicos.

3
A Imigração Haitiana no Brasil

4
Contextualização Histórica

Haiti o país mais pobre da América é marcado pela Desigualdade


social, instabilidade política e violência desde a sua formação.
Tornou-se a primeira república negra do mundo, conquistando sua
independência em 1804 após enfrentar trezes anos de lutas
sangrentas.
Durante a primeira guerra mundial entre 1915 a 1934 as tropas dos
Estados Unidos da América ocuparam o país com a alegação de
garantir os interesses estadunidenses.
Após morte de François, seu filho, Jean-Claude Duvalier, o “Baby
doc” assumiu o poder. Sua ditadura foi marcada pelo totalitarismo e
pelo terror policial dos tontons macoutes (bichos-papões) a guarda
pessoal do governo. Essa exterminou a oposição, perseguiu a igreja
católica e explorou a crença da população no vodu.
Por conta dos constantes protesto populares contra seu regime.
Baby Doc deixa Haiti em 1986.
Haiti passou um longo período de instabilidade e violência. Em 1990
Jean-Bertrand Aristide, ex padre salesiano e partidário da teologia
da libertação, foi eleito como mandatário do país
Em 1991 ocorreu um golpe de Estado e Aristide foi retirado do Haiti.
Retomou o seu poder em 1994 com o apoio de uma coalizão militar
liderada pelos Estados unidos Americano, com aval da organização
das nações Unidas ONU-OEA. Em 2000 se elegeu presidente
novamente, mas houve suspeita de fraude eleitoral, estabelecendo
uma crise entre governo e oposição.
Jean- Bertrand Aristide teve sua segunda vitória em 2000 para
presidente onde compareceram ás urnas menos de 10% dos
eleitores. Concomitantemente ao elevado índice de abstenção,
houve grande violência na capital, onde três bombas explodiram
deixando 2 mortos e 17 ferido. Por conta dos problemas.
identificado nas eleições legislativas e perante as novas suspeita de
5
fraude, a oposição negou-se a aceitar o resultado. Aristide fora
acusado de ter usado o governo de seu aliado René Garcia Préval
para agir de forma ilegal e antidemocrática.
A imigração Generalizada de haitianos fugidos da guerra civil
deixaram a França e os EUA infelizes onde alegavam que somente
a renúncia de Aristide poderia conter a onda de violência, a crise na
ilha e o iminente derrame de sangue na capital. Em 2004 Aristide foi
retirado a força do país por militares estadunidense com apoio dos
franceses, segundo o ex padre, ela teria sido obrigado a renunciar.
Em 29 de fevereiro de 2004 o presidente do supremo tribunal
haitianos, Bonifácio Alexandre assumiu o comando do país
solicitando ajuda á ONU para contenção de crise CSNU, atendendo
ao pedido do mandatário interno, MIF e, em abril de 2004, o
conselho aprovou a resolução 1.542 dando origem a MINUSTAH
comandada pelo Brasil.
Haiti foi atingido por três furações em 2009. Quando estavam se
recuperando em janeiro de 2010 o país teve que sofrer as
consequências de um terremoto de magnitude sísmica de 7.3 na
escala de Richter. Ponto príncipe foi duramente atingida e estima-
se que 80% das construções foram seriamente danificada. Além
dos danos matéria acredita-se que aproximadamente 230 mil
haitiano perderam suas vidas 1,5 milhões ficaram desabrigados em
razão do tremor.
Atualmente encontra-se com uma economia destroçadas, sistema
político desorganizado e a população desnutrida, padecendo conas
rápida disseminação de vírus da síndrome da imunodeficiência
Adquirida AIDS e da bactéria Vibrio cholerae, a Cólera. Com esses
quadro fazer que muitos haitiano optam em deixar seu país para ir
em destino, principalmente para o Canadá, os EUA, França as
Antilhas Francesas a República Dominicana e o Brasil.

6
O Brasil Como Destino

O início do fluxo migratório haitiano com destino ao Brasil começou,


de forma fraca, após o terremoto de 2010, e continuou aumentando
nos anos subsequentes. Segundo dados do Ministério da Justiça,
cerca de 4.000 imigrantes adentraram, de forma ilegal, o país. Os
principais pontos de entrada foram pelas fronteiras do Acre e do
Amazonas, Mas existem outras rodas por Roraima, Mato Grosso e
Amapá. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o número
de haitianos no Brasil atualmente ultrapassa a marca de 10.000,
sendo que, até 30 de julho de 2013, 6.052 deles estavam com seus
vistos permanentes regularizados, de acordo com o memorando n°
907/2013 da Secretaria Nacional da Justiça do MJ. Estudos
apontam que no ano de 2010 foram dadas autorizações de
permanência apenas para 4 haitianos. Em 2011, foram 709. Já no
ano de 2012 fora 4,682, e até junho de 2013 foram 870 concessões.
O Brasil está se tornando cada vez mais atrativo para os haitianos
pois a liderança da MINUSTAH( Missão das Nações Unidas para a
Estabilização no Haiti), a presença de ONGs brasileiras atuando no
Haiti tais como Viva Rio, a ActionAid, a K9 Creixell, a Pastoral da
Criança, a Diaconia, o GAPA(Grupo de apoio à prevenção da Aids),
entre outras, os símbolos, a cultura, as referências e o crescimento
econômico do Brasil fizeram com que o país se tornasse atrativo
para a população do Haiti. O Brasil de dispôs a auxiliar o
desenvolvimento do Haiti. Para isso mantém diversos projetos no
país, como por exemplo a construção da usina hidrelétrica do Rio
Artibonite. Entre outros projetos de arborização e apoio à
agricultura. O Brasil, na Conferência Internacional para o
Crescimento Econômico e Social do Haiti, realizado em 2007, em
Madri, assinou acordo com o governo da Espanha para recuperar a
cobertura vegetal da Bacia do Mapou, um dos principais rios
haitianos. O Ministério do Esporte Brasileiro, com apoio da UNICEF,
promove os programas: Segundo Tempo e Pintando a Cidadania.
Esses projetos além de permitem que alunos joguem bola durante

7
seus períodos escolares, foram responsáveis por criar uma fábrica
de bolas de futebol, onde 200 detentos trabalham de forma
remunerada. Com apoio do Banco Mundial, o Brasil atua em mais
dois projetos. Um deles visa melhorar o sistema de tratamento de
lixo em Porto Príncipe, aumentando a mão de obra com
profissionais qualificados, e fornecimento de equipamentos mais
produtivos. O outro projeto tem como objetivo a melhoria do sistema
de distribuição de comida em território nacional. A atuação do Brasil
por meio dos projetos apresentados, pelas ONGs e em virtude da
liderança da MINUSTAH desde 2004, transformou o país em um
referencial no imaginário da população do Haiti. Isso leva os
imigrantes a escolherem o Brasil como destino. Para chegar ao
Brasil, os haitianos saem, normalmente, de Porto Príncipe seguindo
caminho por terra até a República Dominicana. De lá, partem para o
Panamá e para o Equador, seguindo viagem de ônibus até a Bolívia
ou Peru. Após adentraram os territórios vizinhos do Brasil, eles
seguem de barco ou pela floresta até as cidades de Tabatinga no
Amazonas ou Brasiléia e Epitaciolândia no Acre. No começo, os
haitianos buscaram refúgio com base Direito Nacional dos
Refugiados e na Legislação do Brasil. O Conare(Conselho Nacional
de refugiados) no entanto, entendeu que os motivos apresentados
pelos haitianos não se enquadravam nas hipóteses de perseguição
elencadas pelo direito internacional, tampouco pela lei brasileira
regente.
SEGUNDO O ESTATUTO DOS REFUGIADOS DE 1951 E O
PROTOCOLO DE 1967 DA AGÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA
REFUGIADOS(ACNUR), PROMULGADO NO BRASIL EM 1961,
ENQUADRA -SE UMA PESSOA COMO REFUGIADA QUANDO "[...]
RECEANDO COM RAZÃO SER PERSEGUIDA EM VIRTUDE DA SUA
RAÇA , RELIGIÃO , NACIONALIDADE , FILIAÇÃO EM CERTO GRUPO
SOCIAL OU DAS SUAS OPINIÕES POLÍTICAS SE ENCONTRE FORA
DO PAÍS DE QUE TEM NACIONALIDADE E NÃO POSSA , OU EM
VIRTUDE DAQUELE RECEIO , NÃO QUEIRA PEDIR PROTEÇÃO
DAQUELE PAÍS ."

Após isso, o Conare entrou em contato com o CNIg para encontrar


um meio legal de resolver tal questão. Assim, o CNIg concedeu
visto humanitário de residência aos haitianos, permitindo à eles o
direito ao trabalho e estudo. O Brasil, nos anos seguintes,
intensificou a liberação de vistos de moradia para os haitianos. E
tentou convencer outros países à tornar as fronteiras mais livres
para os refugiados. Vale ressaltar que 90% dos Refugiados que

8
adentram o Brasil possuem algum grau de qualificação profissional.
Portanto não são totalmente iletrados e sem preparo. Sem contar
que a maioria deles fala até 3 idiomas, entre eles espanhol e
francês

9
Imigração Brasileira para o Japão

A partir de 1908, centenas de milhares de cidadãos japoneses


deixaram para trás uma economia então problemática para iniciar
uma nova vida no maior país da América do Sul.
Com uma forte ética de trabalho e um país rico em recursos
naturais, muitos fizeram uma vida bem-sucedida lá. Ao contrário de
suas próprias expectativas, muitos permaneceram no Brasil,
criando filhos e netos.
O Brasil agora tem a maior população de descendentes de
japoneses do mundo fora do Japão e é mais visível no famoso
distrito da Liberdade de São Paulo, com suas arcadas pintadas de
vermelho e restaurantes japoneses.
Mas quando a economia do Brasil passou por momentos difíceis na
década de 1980, esse processo foi revertido e os descendentes de
imigrantes japoneses começaram a olhar para o Japão, o país de
seus pais ou avós, como uma terra de oportunidades.
Há uma boa quantidade de brasileiros no Japão, que são
principalmente descendentes dos imigrantes japoneses que vieram
do Brasil buscando trabalho no Japão. Parte deste fluxo de pessoas
se deve à lei do controle de imigração do Japão.
Inicialmente, alguns receberam vistos de turista, mas em 1990 a lei
japonesa foi alterada para permitir aos descendentes de cidadãos
japoneses vistos de longa permanência e direito ao trabalho. A lei
permite a entrada de famílias de descendentes de imigrantes
japoneses até a terceira geração. Naquela época, o Japão estava
recebendo um grande número de imigrantes ilegais do Paquistão,
Bangladesh, China e Tailândia.
Devido a ascendência japonesa do governo japonês acreditava que
os brasileiros seriam facilmente integrados à sociedade japonesa.
Porém, essa fácil integração não aconteceu, uma vez que os
10
japoneses brasileiros e seus filhos nascidos no Japão são tratados
como estrangeiros.
Apesar de a maioria dos brasileiros no Japão parecer japonês e ter
um histórico japonês recente, eles não “agem como japoneses” e
têm uma identidade brasileira, e muitos, n na maioria dos casos,
falam português como o primeiro ou o único idioma.
Em 2008, no auge desse influxo, havia cerca de 320.000 brasileiros
de ascendência japonesa morando e trabalhando no Japão - um
número que agora caiu para cerca de 170.000.(2015)
A presença sul-americana foi tão forte que as tradicionais
churrascarias brasileiras começaram a aparecer no Japão.
Tal era a concentração de brasileiros em Oizumi, 100 km ao norte
de Tóquio, que se transformou em atração turística, ficando
conhecida como "cidade brasileira" do Japão.
Diz-se que cerca de 10% da população, pouco mais de 40.000 são
brasileiros - e muitos ônibus de curiosos turistas japoneses chegam
para provar um pouco da vida sul-americana.
"Eles são japoneses de todas as idades", diz Shuichi Ono, da
associação de turistas local. "Os mais velhos querem experimentar
a comida, os mais jovens têm aulas de samba e capoeira."
Os brasileiros são conhecidos no Japão como "dekassegui", ou
literalmente "pessoas que saem de casa para trabalhar em outro
lugar".
Em abril de 2009, devido à crise financeira, o governo japonês
lançou um novo programa que incentivaria os imigrantes brasileiros
e outros latino-americanos a voltar para casa com uma bolsa de US
$ 3000 para passagem aérea e US $ 2000 para cada dependente.
Aqueles que participam devem concordar em não procurar
emprego no Japão no futuro.

• PUBLICAÇÃO DO SITE DE NOTÍCIAS: Nikkei Asian Review

TÓQUIO - A partir de segunda-feira, o Japão aceitará formalmente


trabalhadores de colarinho azul do exterior à medida que a lei de
imigração revisada entrar em vigor.
11
A lei foi projetada para resolver problemas com o "programa de
estagiário técnico" existente, uma medida paliativa destinada a lidar
com a escassez crônica de mão-de-obra no país. Os contratados
como "estagiários", principalmente da Ásia, na prática geralmente
serviam como trabalhadores de baixo custo.
Aqui estão cinco coisas a saber sobre o novo programa de visto de.
trabalhador
Cinco coisas a saber sobre a lei de imigração revisada do Japão
O objetivo é esclarecer e proteger os direitos dos trabalhadores
estrangeiros_
MITSURU OBE, escritor Nikkei
01 DE ABRIL DE 2019

Quão diferente é o novo sistema?

Enquanto o programa de estagiário técnico é aberto a qualquer


pessoa com 18 anos ou mais, o novo status de residente para
trabalhadores com "habilidades especificadas no Tipo 1" é aberto
apenas para aqueles com as habilidades técnicas e de língua
japonesa necessárias. Ao contrário dos estagiários, que não podem
mudar de empregadores, aqueles com o novo visto podem mudar
de empregadores e permanecer por até cinco anos através de
renovações anuais de contrato. Espera-se que a maioria dos
solicitantes do novo visto seja quem tenha concluído o programa de
estagiário de três anos.
Os vistos para estagiários técnicos e trabalhadores com habilidades
especificadas são concedidos apenas aos estagiários ou
trabalhadores. Seus cônjuges e filhos são inelegíveis. Os vistos
para dependentes são concedidos somente àqueles com
"habilidades especificadas tipo 2" de nível superior. Os vistos do
tipo 2 podem ser renovados indefinidamente e permitem que os
trabalhadores tragam seu cônjuge e filhos para o Japão. No
momento, apenas trabalhadores de construção e construção naval
são elegíveis para vistos do Tipo 2.

12
O governo espera conceder vistos de habilidades especificadas
para cerca de 340.000 trabalhadores de colarinho azul nos
próximos cinco anos, além de estagiários técnicos. O Japão aceitou
cerca de 480.000 estagiários entre 2013 e 2017.
De acordo com o Gabinete, o Japão tem escassez de cerca de 1,2
milhão de trabalhadores, principalmente em setores de trabalho
intensivo, como construção, agricultura, pesca, hotéis e
restaurantes.

Que tipos de assistência os trabalhadores


recebem depois de chegarem?

Os empregadores são obrigados a ajudar os trabalhadores


estrangeiros a se estabelecerem no Japão, ajudando-os a abrir
uma conta bancária; aprender o idioma, regras e costumes; e
encontre acomodações e serviços médicos. É provável que os
empregadores façam parceria com prestadores de serviços
registrados, que podem incluir escolas de idiomas, agências de
recursos humanos, escritórios de advocacia, câmaras de comércio,
cooperativas agrícolas e organizações não-governamentais.
Uma das maiores diferenças entre os novos vistos de trabalhadores
e o programa de estagiários é a abertura da supervisão de
trabalhadores a empresas privadas. A esperança é que empresas
privadas, como grandes agências de emprego, possam gerenciar
um grande número de trabalhadores com mais eficiência e
profissionalismo. Ainda não se sabe se será esse o caso.
Sob o programa de estagiário, a supervisão dos trabalhadores é
delegada em mais de 2.000 órgãos de supervisão em todo o país -
normalmente organizações comerciais, câmaras de comércio,
cooperativas agrícolas e outras organizações sem fins lucrativos.

Como se qualifica para os novos vistos de


trabalhador?

13
Aqueles que completaram o programa de estagiário de três anos
são elegíveis para vistos do Tipo 1. Aqueles que não participaram
do programa de estagiário podem se inscrever realizando testes de
idiomas e habilidades no Japão ou em seus próprios países. Os
testes serão realizados em nove países asiáticos - Camboja, China,
Malásia, Mongólia, Mianmar, Nepal, Filipinas, Tailândia e Vietnã.
Aqueles que possuem uma qualificação de proficiência em japonês
N4 - em segundo lugar na escala de cinco níveis - estão isentos do
requisito de idioma.
Depois que os candidatos são aprovados nos exames, eles devem
encontrar uma posição aberta em agências de emprego públicas ou
privadas. Depois de receberem uma oferta de emprego, eles
podem solicitar um visto.

E o problema dos trabalhadores desaparecidos?

O Japão aceita mais de 100.000 estagiários técnicos a cada ano.


Destes, cerca de 2.000, ou 2%, desaparecem todos os anos. A
partir de 2018, o paradeiro de mais de 9.000 estagiários era
desconhecido, segundo o Ministério da Justiça.
Existem várias razões para os desaparecimentos. Alguns
estagiários nas áreas rurais podem simplesmente ter se mudado
para um emprego melhor remunerado em uma cidade grande. Mas
em um relatório divulgado na sexta-feira, o ministério disse que
mais de 10% dos casos são devido a problemas com os
empregadores, como falta de pagamento do salário atrasado,
abuso e excesso de horas de trabalho.
Para reprimir o pagamento insuficiente, o ministério agora exige
que os empregadores se submetam ao departamento de imigração
como prova de que estão pagando salários adequados a
trabalhadores estrangeiros, como extratos bancários.
O novo programa de vistos também esclarece outros direitos
trabalhistas, como férias remuneradas e licenças, permitindo que os
trabalhadores voltem para casa para visitas. Anteriormente, os
estagiários tinham dificuldade em voltar para casa antes do final de

14
seus três anos. Mas os estagiários têm os mesmos direitos
trabalhistas que os japoneses e podem tirar férias remuneradas
para visitar seus países de origem, afirma o ministério.
Outro problema recorrente com o programa de estagiários foi como
a gravidez foi tratada. Os estagiários eram frequentemente
instruídos a evitar engravidar para se concentrar no programa.
Algumas mulheres foram demitidas após reconhecerem que haviam
engravidado. O ministério diz que tais demissões são uma violação
punível sob a lei de igualdade de oportunidades de emprego. Os
estagiários que engravidam devem discutir a situação com seu
empregador e decidir se o estagiário pode continuar o programa ou
dar à luz em seu país de origem antes de retomar.

E a questão dos corretores ilegais?


Um dos maiores problemas do programa de trainee é a existência
de corretores de trabalho ilegais. Esses corretores atraem pessoas
para o programa de trainees, prometendo a eles a oportunidade de
ganhar muito dinheiro no Japão. Eles costumam cobrar taxas de
US $ 10.000 ou mais. As dívidas pesadas que às vezes os
estagiários ficam sujeitos, são um fator que contribui para a fuga de
empregos mal remunerados.
Os corretores operam principalmente nos países de envio, mas
também existem no Japão. O Ministério da Justiça diz que
trabalhará para acabar com os corretores, não aceitando pedidos
daqueles que os usam. O Japão também assinou acordos com
agências de aplicação da lei no envio de países para compartilhar
informações sobre atividades de intermediação de empregos.

15
Sobre Migrações

Migração é o deslocamento populacional pelo espaço geográfico,


de forma temporária ou permanente, que desde o início da
humanidade têm contribuído para a sobrevivência do ser humano.
O homem quem migra o faz por alguma razão e, muitas vezes, a
sobrevivência de um determinado grupo social depende de seu
deslocamento pelo espaço, como, por exemplo, durante a pré-
história, quando os primeiros seres humanos migravam em busca
de alimento.
Dentre as principais razões para a migração estão as de origem:
• Econômica, quando o migrante sai em busca de melhores
qualidades de vida, empregos, salários, muito comum em países ou
regiões subdesenvolvidas.
• Cultural e religiosa, no caso de grupos sociais que migram
para o local com o qual identifica, como os muçulmanos que
migram para Meca a fim de facilitar a prática de sua religião.
• Políticas, ocorre com bastante frequência durante crises
políticas, guerras, ditaduras, nas quais vários contingentes políticos
migram, de forma livre ou forçada, para evitar os problemas de seu
país. Exemplo disso, atualmente, são os refugiados sírios que
deixam seu país para fugir de uma guerra civil que já dura quase 3
anos e contabiliza mais de 130 mil mortos.
• Naturais, muito comum em lugares com a ocorrência de
desastres ambientais, secas, frio intenso, calor excessivo etc.

No decorrer da história da humanidade, os grandes fluxos


migratórios internacionais, ou seja, as principais direções de
migração, ocorreram, principalmente, por razões econômicas, mas
nem sempre se deslocaram para o mesmo sentido. Para se ter uma
ideia, entre o século XVI até as primeiras décadas do século XX, o
principal movimento migratório internacional ocorria da Europa para
16
as outras regiões do globo, já que os países europeus foram os
grandes responsáveis pela colonização da América, África e Ásia.
No decorrer do século XX, o fluxo migratório passou a ser muito
maior no sentido contrário, saindo dos países subdesenvolvidos
para os países desenvolvidos da Europa e, principalmente, para os
Estados Unidos e Canadá, que têm recebido muitos migrantes de
várias partes do mundo, até mesmo da Europa, ou então de países
mais pobres para países vizinhos que possuem economias mais
estáveis, nesse caso os migrantes aproveitam que a entrada
nesses países é facilitada por possuírem menos barreiras
burocráticas e migram em busca de melhores condições de vida.
(alguns países não aceitam a migração)
Tipos de migração
• Migração pendular: é um fenômeno que não se trata
propriamente de uma migração, pois é uma transferência
momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de
pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país.
Ocorre comumente nas regiões metropolitanas.
• Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas
muda de cidade, estado ou país por um determinado período,
geralmente alguns meses, e continua tendo como referência de
moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que
vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-
de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita,
retornam para seus estados de origem.
• Êxodo rural: é o deslocamento de pessoas do campo para as
cidades. Essa mudança é permanente e, geralmente, ocorre porque
os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de
vida. Entretanto, essa migração pode ser involuntária, quando
acontece, por exemplo, em decorrência da mecanização do
trabalho no campo.
• Êxodo urbano: é mais raro de acontecer, mas é o oposto do
êxodo rural. Acontece quando pessoas que vivem na zona urbana
(cidades) mudam para a zona rural (campo).
• Nomadismo: apesar de ser muito rara na atualidade, essa
modalidade de migração é caracterizada pela ausência de fixação

17
permanente. As pessoas nômades mudam de lugar periodicamente
e não estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.
• Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo populacional de
um território. Em geral, essa migração é involuntária ou forçada.
Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana
(ocorrida por força da escravidão colonial) e a diáspora judaica
(expulsão dos judeus da Palestina pelo Império Romano).
As migrações, independentemente das classificações, possuem
papel preponderante na organização do espaço, nas relações
sociais e na construção da cultura. As pessoas, quando migram,
carregam consigo todos os elementos que a constituíram, como
sua história, memória e cultura. Ao chegar ao novo local de
moradia, esses elementos interagem com a cultura e história locais
e daí surgem novos e ricos tipos de relações entre as pessoas e
das pessoas com o espaço vivido.
Já a imigração e o movimento de entrada, com ânimo permanente
ou temporário e com a intenção de trabalho ou residência, de
pessoas ou populações, de uma determinada área de um país para
outra, ou de continente para outro.
O imigrante nunca deve ser confundido com:
• o nômade, é aquele que se desloca entre uma ou mais
fronteiras, sem fixar residência;
• o emigrante, aquele que sai de um país com ânimo
permanente ou temporário e com a intenção de buscar trabalho
e/ou residência em outro país;
• o colono, aquele que se desloca para uma região geralmente
pouco povoada de seu país de origem, ou de um território
dominado por este país, com o intuito de ali fixar residência e
produzir economicamente. Esta colonização também pode se
revestir de um caráter político de ocupação, dominação ou
exploração de um território por um governo.
• os escravos, banidos, deportados ou exilados, aqueles
deslocados de seus países de origem compulsoriamente.
• os refugiados, aqueles deslocados temporariamente em razão
de guerras ou catástrofes naturais em seu país de origem.

18
• os expatriados, aqueles trabalhadores transferidos de
empresa transnacional para trabalhar em outro país.

Emigração para as Minas da África do Sul

19
A migração temporária de mão-de-obra de 5 países para as minas
da África do Sul é explorada. É apresentado um modelo
econométrico simultâneo de ambos os determinantes da migração
internacional para as minas da África do Sul e de algumas das
ramificações econômicas de cada um dos países fornecedores de
mão-de-obra. Variações em arranjos institucionais, condições de
mercado e disponibilidade de dados requerem especificação
precisa do modelo estilizado para diferir de país para país. Essas
diferenças são discutidas. Algumas das políticas adotadas em
relação ao trabalho mineiro e aos mercados associados foram tão
dramáticas que tornaram a economia política desse mercado
particularmente intrigante. O modelo é estimado com base em
dados de séries temporais anuais cobrindo 1946-1978. É
demonstrado que a emigração: diminui a produção agrícola
doméstica a curto prazo, melhora a produtividade agrícola e a
acumulação de gado através de remessas investidas a longo prazo,
e aumenta os salários das plantações domésticas.

Por mais de um século, a migração circular de homens mais jovens


para as minas da África do Sul afetou profundamente as
economias, as relações políticas e as estruturas sociais dos países
da África Austral. De fato, as mudanças provocadas pela contínua
emigração temporária levaram muitos observadores a questionar os
benefícios líquidos para as principais regiões fornecedoras de mão-
de-obra: Botsuana, Lesoto, Malawi, Moçambique e as "pátrias" da
África do Sul. As magnitudes do recrutamento de mineradores e,
portanto, os efeitos potenciais sobre as economias fornecedoras de
mão-de-obra são certamente comparativamente grandes. Por volta
das censuras de 1970, o estoque de homens empregados nas
minas da África do Sul em relação à população masculina de Jure
com idades entre 18 e 35 anos ultrapassava 80% no Lesoto, era
próximo a 50% no Botswana e cerca de 15% até em Moçambique
onde a proporção é mais baixa.  Este artigo apresenta um modelo
econométrico simultâneo de ambos os determinantes da migração
internacional para as minas da África do Sul e de algumas das
consequências econômicas de cada país fornecedor de mão-de-
obra. Não são considerados apenas os efeitos de curto prazo da
retirada de mão-de-obra no cultivo tradicional de culturas e os
mercados de trabalho salarial doméstico, mas também os efeitos de

20
longo prazo das poupanças das poupanças dos ganhos das minas
investidos em colheitas e gado nos países de origem.

CONCLUSÃO

21
Nesse trabalho, o tema abordado foi migração. Mais precisamente
sobre emigrações de brasileiros para o Japão, imigração para as
minas da África do Sul, imigração haitiana no Brasil, além dos
aspectos físicos da migração. Podemos concluir que a imigração é
diferente dependendo do país de origem e do país de destino. Ela
influencia vários aspectos na economia do país, principalmente a
questão dos direitos humanos, que vem causando bastante
polêmica quando observamos o modo de agir de alguns países em
relação à imigração. Outro ponto a ser ressaltado é o fato de que os
imigrantes muitas vezes beneficiam a economia do país onde
residem, principalmente na questão de mão-de-obra.

REFERÊNCIAS

22
ALBERTIN, Isaías- “A Imigração Haitiana para o Brasil: Causas e
Desafios”. Conjuntura Austral 4 (20), 95-114, 2013

SASAKI, Elisa- “A Imigração para o Japão”. Estudos avançados 20 (57),


99-117, 2006

EB, Robert Lucas- “Emigration to South Africa’s Mines”. The


American Economic Review 77 (3), 313, 1987

OBE, Mitsuru- “Five Things to Know About Japan's Revised


Immigration Law". Nikkei Asian Review Abril 01, 2019 14:50 JST
MUNDO EDUCAÇÃO- "Tipos de Migração". disponível em:
<mundoeducacao.bol.uol.com.br/amp/geografia/tipos-
migracao.htm>

23

Você também pode gostar