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FACULDADE DE ENGENHARIAS E ARQUITETURA – FEITEP

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO


LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO

ALUNAS
Danieli A. Araujo RA: 2644
Patrícia S. P. Sversuti RA: 2753

MARINGÁ
2021
INTRODUÇÃO

O Trabalho que seguirá discorrerá sobre ligações em estruturas de aço e seus


detalhamentos. A pesquisa realizada para tal trabalho, deu-se de maneira
bibliográfica seletiva realizada na biblioteca da FEITEP (Faculdade de Engenharia e
Inovação Técnico Profissional). Livros, sites, periódicos eletrônicos e revistas
cientificam na área em questão, farão parte do material bibliográfico.
1 LIGAÇÕES PARAFUSADAS

Esse tipo de ligação se classifica pelo tipo de esforço que incide no parafuso que
pode ser de tração, cortante ou uma combinação dos dois, essa combinação pode
variar.

Cuidados com a utilização de aços de diferentes composições químicas devem


sem tomados, pois, alguns tem mais facilidade a corrosão, comprometendo a
estrutura.

Ao trabalhar com aços de baixa liga e alta resistência utiliza-se para parafusos
ASTM A325N Tipo 1m grau 50, já aços patináveis recorre aos parafusos ASTM A325
Tipo 3m grau A.

1.1 PARAFUSOS COMUNS

São instalados sem a necessidade de protenção ou cuidados especiais, mas eles


possuem baixa resistência usa-se normalmente o ASTM A307.

São utilizados em estruturas leves, peças secundárias, plataformas, passadiços,


terças, pequenas treliças ligações em que as cargas são baixas e estáticas.

Figura 1: Parafuso

Fonte: REBELLO, 2007

1.2 PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

Esses parafusos são utilizados em ligações de maior responsabilidade como em


ligações de vigas, emenda de pilares, etc. Podem necessitar de protenção e cuidados
especiais em relação as arruelas. Esses parafusos tem são de aço com um baixo teor
de carbono, por isso possuem alta tensão a tração de ruptura e ao cisalhamento.

Para parafusos de alta resistência ASTM A325N são empregados os seguintes


diâmetros: 16 mm (5/8),19 mm (3/4”), 22 mm (7/8”) e 25 mm (1”) com os seguintes
diâmetros de furos:

• Diâmetro 18 mm para parafusos ø 5/8”,


• Diâmetro 21 mm para parafusos ø 3/4”,
• Diâmetro 24 mm para parafusos ø 7/8” e
• Diâmetro 27 mm para parafusos ø 1”.

Entre os furos aplica o espaçamento padrão de 60 mm para parafusos ø 5/8,


diferente disso usa o espaçamento de 75 mm.

1.3 REBITES

Os rebites são conectores instalados à quente e possui duas cabeças


arredondadas, quando esfria ele aperta a junção das placas, esse aperto é bem
variável. Esse aperto garante o travamento após a aplicação e uma elevada
resistência à tensão. Tem maior resistência a cisalhamento q a tração e são utilizados
em ligações que exigem resistência a vibração e peso.

Figura 2: Rebites

Figura 3: Rebites

2 LIGAÇÕES SOLDADAS

As ligações soldadas se dão por um processo de fusão resultando na união das


peças, as soldas são leves e simplificam muito as ligações, porem elas exigem uma
mão de obra qualificada e um controle na execução, pos isso são preferencialmente
executadas em fábricas.

2.1 SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

É um processo simples, antigo e um dos mais fáceis, neste processo os eletrodos


revestidos possuem uma camada espessa de revestimento que se transforma uma
parte em um gás protetor e outra em escória que por sua vez protegem o metal da
solda de contaminação atmosférica e adiam o esfriamento da mesma, esses eletrodos
são fornecidos em varetas.

Figura 4: Soldagem com eletrodos revestidos

Fonte: Estruturas UFPR

2.2 SOLDAGEM COM PROTEÇÃO GASOSA

Esse é um processo de soldagem em que o arame de solda é alimentado


continuamente. O material fundido é isolado do contato com o ar por uma proteção de
gás, que normalmente é o gás carbônico por sem mais barato. Esse método possui
uma velocidade de solda consideravelmente rápida e uma alta penetração de solda,
porém seu acabamento deixa a desejar.
Figura 5: Soldagem com proteção gasosa

Fonte: Estruturas UFPR

2.3 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO

Nesse processo o material de fusão é depositado na junta através de um tubo.


Durante a soldagem parte do fluxo se funde transformando-se em uma escória
protetora, e as bordas da junta se fundem e o eletrodo que vai preenchendo a junta
de solda. Isso é executado de preferência em fábrica, com equipamentos adequados
e automatizados.

Figura 6: Soldagem com arco submerso

Fonte: Estruturas UFPR

2.4 SOLDAGEM COM FLUXO NO NÚCLEO

Esse processo é semelhante ao de proteção gasosa, diferindo no formato do


arame de solda que é tubular com o fluxo em seu núcleo. Esse Material do núcleo
gera um gás protetor, mas normalmente é injetado gás carbônico no processo.
Figura 7: Soldagem com fluxo no núcleo

Fonte: Estruturas UFPR

2.5 TIPOS DE ELETRODOS

Segundo Valenciani, os eletrodos para a soldagem SMAW, possuem uma


classificação de acordo com as propriedades mecânicas do metal de solda, com a
posição de soldagem, com o tipo de revestimento e com o tipo de corrente.

Cada eletrodo é identificado por um número de código como E XXX X X – X, onde


E representa “eletrodo” e X representa um número. Os primeiros indicam a mínima
resistência à tração do metal de solda, em ksi. O próximo se refere a posição em que
cada eletrodo pode ser usado. Significado: 1 – todas as posições; 2 – plana e
horizontal; 3 – plana; 4 – plana, horizontal, sobrecabeça e vertical descendente. O
penúltimo varia de 0 a 8, refere-se ao tipo de revestimento, corrente, se é contínua ou
alterada e a polaridade, se é direta ou reversa. O número após o traço é utilizado
somente pela especificação AWS A-5.5, que indica a composição do material.

De acordo com a WAINER, alguns eletrodos são mais utilizados, levando em


consideração suas características operacionais e depósitos produzidos, são estes:

• E6010 e E6011: devem ser preferencialmente usados na soldagem de


juntas de aço doce na posição vertical com abertura de raiz;
• E6012: muito utilizados nos dias atuais para reparos, na soldagem de
estruturas menos críticas e no fechamento de grandes aberturas;
• E6013: apresenta baixa penetração e cordões de solda planos, que
permitem a soldagem de chapas finas;
• E7014: possui pó de ferro adicionado na formulação do revestimento, que
permite altas correntes de soldagem, resultando em taxa e eficiência de
deposição mais altas;
• E7016: é básico de baixo hidrogênio, o que permite a solda de alguns aços
com maior teor de carbono e alguns de baixa liga. É o menos utilizado pela
baixa taxa de deposição e menor eficiência em deposição em relação ao
tipo E7018;
• E7018: possui baixo hidrogênio e pó de ferro. Corrente de soldagem mais
alta e maiores taxas de eficiências e deposição. Precisa ser mantido seco,
se for exposto, deve ser selado por um cobre-juntas;
• E7024: possui grande quantidade de pó de ferro, aproximadamente 50%,
o que resulta em altíssimas taxas de deposição e eficiência de deposição.
São limitados às posições plana e horizontal.

2.6 TIPOS DE SOLDA

2.6.1 Soldas de Filete

Segundo Valenciani, as soldas de filete são as mais utilizadas, devido sua


versatilidade, fácil execução e por requer menos precisão, além de não necessitarem
de reparações. Elas apresentam um formato quase triangular para ligarem superfícies
não coplanares. As que possuem forma concava, de acordo com SIDERBRÁS,
possuem maior qualidade, pois consomem menos eletrodos, melhor penetração e
fluxo de tensões.

Figura 8: Exemplo de soldas de filete

Fonte: Cesar Valenciani, 1997


Figura 9: Formas para o filete de solda

Fonte: Cesar Valenciani, 1997

2.6.2 Solda de Entalhe

De acordo com o Instituto de Aço Brasil, elas são mais eficientes quando comparadas
com a solda de filete, pois necessitam de menos metal de solda e não precisam de
elementos adicionais para a conexão. São preferíveis em casos de elementos
solicitados dinamicamente, por ser mais resistente a tensões cíclicas e a impacto.

Figura 10: Tipos de Entalhes

Fonte: Estruturas UFPR


2.6.3 Solda de Tampão
Ela é feita pelo preenchimento de um furo circular ou rasgo, em uma ou duas partes
sobrepostas, para evitar flambagem ou separação das partes sobrepostas. Podem ser
utilizadas em uma conexão ou em combinações com soldas de filete.

Figura 11: Exemplos de solda de tampão

Fonte: Cesar Valenciani, 1997

2.6.4 Simbologia de olda

A fim de melhorar a comunicação entre o projetista e o executor, a American Welding


Society (AWS), em 1940, propôs um sistema de símbolos ideográficos para
especificar qualquer combinação de soldas. Esse sistema indicado na fig.*, indica o
tipo, tamanho, comprimento e localização da solda, além de outras instruções
específicas. (VALENCIANI, 1997)

Figura 12: Símbolos de solda segundo a AWS

Fonte: Cesar Valenciani, 1997


Figura 13: Ligações padronizadas dos elementos

Fonte: Cesar Valenciani, 1997

3. DETALHES DE LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO


3.1 LIGAÇÕES VIGA X VIGA
Figura 14: Vínculo articulado

Fonte: REBELLO, 2007


Figura 15: Vínculo rígido

Fonte: REBELLO, 2007

3.2 LIGAÇÕES VIGA X PILAR


Figura 16: Vínculo articulado

Fonte: REBELLO, 2007

Figura 17: Vínculo rígido

Fonte: REBELLO, 2007


Figura 18: Vínculo articulado

Fonte: REBELLO, 2007

3.3 LIGAÇÕES PILAR X FUNDAÇÕES


Figura 19: Vínculo articulado

Fonte: REBELLO, 2007


Figura 20: Vínculo rígido

Fonte: REBELLO, 2007

3.4 Emendas de vigas


Figura 21: Vínculo articulado

Fonte: REBELLO, 2007


Figura 22: Pilar concreto x viga de concreto

Fonte: REBELLO, 2007

Figura 23: Ligações com tubos

Fonte: REBELLO, 2007


3.5 Emendas de pilares
Figura 24: Vínculo rígido ou articulado pilar H, dependendo da quantidade de parafusos

Fonte: REBELLO, 2007

Figura 25: Vínculo articulado pilar tubular

Fonte: REBELLO, 2007


Figura 26: Vínculo rígido pilar tubular

Fonte: REBELLO, 2007

Figura 27: Vínculo rígido pilar tubular

Fonte: REBELLO, 2007


CONCLUSÃO

Neste trabalho foi abordado brevemente os tipos de ligações parafusadas e


soldadas e o detalhamento das mesmas. Conclui-se que as soldas são mais simples
que as parafusadas, porém exigem mão de obra mais especializada, por isso as
ligações parafusadas são mais utilizadas no canteiro de obra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIGAÇÕES PARA ESTRUTURAS DE AÇO. Filho, Oswaldo Teixeira Baião; et al. 7ª


Edição, 2018. Capitulo 2.

BASES PARA PROJETOS ESTRUTURAIS NA ARQUITETURA. Rebello, Iopan


Conrado. São Paulo: Zigurate Editora, 2007. Capitulo 6.

III. LIGAÇÕES PARAFUSADAS III.1 -INTRODUÇÃO. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<http://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/05/Cap3-
Liga%C3%A7%C3%B5esParafusadas-1.pdf>. Acesso em: 10 Nov. 2021.

II. LIGAÇÕES SOLDADAS II.1. INTRODUÇÃO. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<http://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/05/Cap2-
Liga%C3%A7%C3%B5esSoldadas-1.pdf>.
ENG O VITOR, Cesar; VALENCIANI ; MALITE, Maximiliano. LIGAÇÕES EM
ESTRUTURAS DE AÇO. [s.l.: s.n.], 1997. Disponível em:
<https://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-28032018-
102049/publico/Dissert_Valenciani_VitorC.pdf>. Acesso em: 10 Nov. 2021.

LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS METÁLICAS VOLUME 1 4a. Edição revisada e


atualizada. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<http://site.ufvjm.edu.br/icet/files/2016/07/ligacoes-cbca-1.pdf>. Acesso em:
10 Nov. 2021.

ELETRODOS REVESTIDOS. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:


<https://www.esab.com.br/br/pt/education/apostilas/upload/1901097rev1_apostilaelet
rodosrevestidos_ok.pdf>. Acesso em: 10 Nov. 2021.

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