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FACULDADES KENNEDY

Alunos do Curso de Engenharia Civil


Emanuel José de Andrade
Geraldo Marcio Milagres
Hamilton de Moraes Soares
Renato W. Martins

DIAGNÓSTCO DE RUAS DE BELO HORIZONTE

Belo Horizonte - MG
2009
Emanuel José de Andrade
Geraldo Marcio Milagres
Hamilton de Moraes Soares
Renato W. Martins

DIAGNÓSTICO DE RUAS DE BELO HORIZONTE

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil.


Faculdades Kennedy.
Disciplina: Arquitetura e Urbanismo
Orientador: Professora Maura Kupidlowsky

Belo Horizonte - MG
2009
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1 – LOCALIZAÇÃO DA RUA CRISTINA


1.1. Localização da Rua

...... RUA CRISTINA ENTRE RUAS VIÇOSA E LEOPOLDINA


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1.2. Localização do Bairro e Regional

A Rua Cristina entre as Ruas Viçosa e Leopoldina encontra-se no Bairro Santo Antônio na Regional Centro-Sul.

REGIONAL CENTRO SUL

607 - ANCHIETA
617 - BARRO PRETO
618 - BELVEDERE
637 - CARMO
642 - CENTRO
644 - CIDADE JARDIM
655 - CORACAO DE JESUS
657 - CRUZEIRO
681 - FUNCIONARIOS
715 - LOURDES
716 - LUXEMBURGO
718 - MANGABEIRAS
736 - NOVO SAO LUCAS
768 - SANTA LUCIA
769 - CONJUNTO SANTA MARIA
776 - SANTO AGOSTINHO
778 - SANTO ANTONIO
779 - SAO BENTO
788 - SAO LUCAS
792 - SAO PEDRO
797 - SERRA
801 - SION
815 - VILA PARIS
825 - MORRO DO PAPAGAIO
826 - VILA CAFEZAL
1133 - SAVASSI
1156 - REGIAO DA NOSSA SENHORA
DA BOA
1177 - PARQUE DAS MANGABEIRAS
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2 – PARTE – PARÂMETROS URBANISTICOS


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O trecho da Rua Cristina pesquisado, conforme demonstrado na página 47 do Mapa de Zoneamento e Hierarquização do Sistema
viário acima, classifica o zoneamento do entorno como ZA (Zona Adensada) e o trecho da Rua Cristina como Via Coletora. As ruas
Leopoldina e Viçosa também são classificadas como Vias Coletoras excetuando-se apenas a Rua Santo Antonio do Monte que é
classificada como Via Local.

Conforme descrito no artigo 9º da lei 7166/96: “Art. 9º - São ZAs as regiões nas quais o adensamento deve ser contido,
por apresentarem alta densidade demográfica e intensa utilização da infra-estrutura urbana, de que resultam,
sobretudo, problemas de fluidez do tráfego, principalmente nos corredores viários.”.

Conforme o Art. 27 item III da lei 7166/96: “III - coletora a via - ou trecho - com função de permitir a circulação de
veículos entre as vias arteriais ou de ligação regional e as vias locais”;
“IV - local a via - ou trecho - de baixo volume de tráfego, com função de possibilitar o acesso direto às
edificações”.

O coeficiente de aproveitamento do trecho da Rua Cristina analisado é 1,5.

A cota do terreno por unidade habitacional é 40 m²/unidade.

A taxa de permeabilização para o trecho é 20% da área.

Realizando uma comparação entre a atual Lei de parcelamento e Uso do solo (7166/96 e 8137\00) com a já revogada lei 4034 de
1986 que classificava o trecho da rua como ZC-1, podemos concluir que houveram grandes alterações sendo estabelecidas na lei
atual classificações mais pontuais elaboradas a partir de um estudo mais aprofundado de cada região, sendo criados zoneamentos
mais condizentes com as necessidades de cada região.

Abaixo no Quadro 1 podemos observar as datas, principal característica e vigência das leis que tratam do assunto em Belo
Horizonte.
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Abaixo, na figura 1, podemos observar placa de obra na Rua Cristina no trecho analisado onde podemos observar o zoneamento e
demais parâmetros calculados a partir do tipo de zoneamento atual.

Na revogada lei a Rua Cristina estava classificada como ZC-1


(Zona Comercial 1), categorias de uso como: Residência
Unifamiliar, Residência Multifamiliar Horizontal, Residência
multifamiliar Vertical, Comercio local e de Bairro, Comércio
Atacadista de Pequeno e Médio Porte, Serviço Local e de
Bairro, Micro e Pequena Indústria Não Poluente,Serviço de
Uso Coletivo Local e de Bairro.

Para a lei em vigência (7166/6 e 8137/00) a classificação da


Rua Cristina como coletora já é bem mais restrita em seus
limites ao tipo de uso comercial sendo admitidos
estabelecimentos do grupo 1 e com restrições os grupos 2 e
3.

FIGURA 1 – Placa de construção no trecho analisado


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3 – PARTE: PESQUISA DE CAMPEONATO / LEVANTAMENTO LOCAL

3.1 Relatório Fotográfico

A Rua Cristina possui árvores em toda a extensão do trecho


analisado.

Foto 01 – Arborização
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Apesar de o fluxo de carros ser mais intenso nas Ruas Viçosa


e Leopoldina, nos horários de pico, o transito fica lento na
Rua Cristina devido ao encurtamento da pista causado pelo
estacionamento de veículos em ambos os lados da via.

Foto 02 – Trânsito
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Na Rua Cristina, assim com em todo o Bairro Santo Antônio,


há maior quantidade de casas. Há, porém, uma tendência na
região a verticalização devido ao alto valor imobiliário, o que
vem sendo demonstrado ao longo dos anos. Portanto a
grande maioria dos prédios são novos.

Foto 03 – Mobiliário Urbano


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Algumas casas do trecho, nos últimos anos, foram vendidas e


estão sendo construídos prédios, em sua maioria residenciais.
Isso se deve ao alto valor imobiliário da região.

Foto 04 – Construções
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Apesar de os moradores considerarem o bairro um local


seguro, a guarita mostrada na foto se trata de serviço de
segurança privada que atende ao trecho da Rua Cristina
avaliado.

Foto 05 – Curiosidades
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Devido à declividade do trecho da Rua Cristina entre as Ruas


Santo Antonio do Monte e Viçosa, quando a incidência de
chuva forte ocorre, devido a enxurrada, o alagamento no
cruzamento com a Rua Viçosa e invadindo o comércio local.

Fotos 06 e 07 – Ponto Conflitante


SE
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20%
40%
60%
80%
100%

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3.2 – Resultado das Entrevistas

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PERCENTUAL DE SATISFAÇÃO DA POPULAÇÃO

LO
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3
4

3.3 Infra-estrutura da Rua

O trecho da rua sob análise tem uma boa infra-estrutura. O


asfalto apresenta pequenos pontos remendados. Está
localizada no Bairro Santo Antônio a sede da Copasa, na Rua
Mar de Espanha, 525, de onde é realizado também o
abastecimento de água da região. O sistema de esgoto
também não apresenta problemas. A coleta de lixo é
satisfatória, assim como o sistema de iluminação pública e
telefonia. Já a rede pluvial no trecho final entre a Rua Santo
Antonio do Monte e Rua Viçosa apresenta-se deficiente
provocando alagamento do cruzamento com a última rua
devido a declividade daquele trecho.

Foto 07 – Infra-estrutura
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4 – PARTE: MAPAS

4.1 Volumetria da Rua

Conforme verificado há uma tendência a verticalização


da região, porem o trecho analisado representa bem o
Bairro Santo Antônio onde ainda se pode encontrar
casas de um a dois pavimentos e prédios de três a seis
pavimentos em equilibro relativo. Quanto mais próximo
às vias arteriais da região, mais é observada a
verticalização. Por se tratar de bairro considerado como
Zona Adensada não houve alteração no zoneamento da
lei 7166 / 96 para a lei 8137 / 00. isso se deve a
necessidade de conter o crescimento da região,
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4.2 Uso das edificações

Em sua maioria o trecho analisado e utilizado para fins


residenciais.
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4.3 Estado de Conservação

Por se tratar de uma região de alto poder aquisitivo o


estado de conservação das construções e excelente.
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4.4 Equipamentos urbanos

No mapa estão destacados os principais pontos de


comercio da rua. Podemos pontuar também, nas
proximidades o Shopping Pátio Savassi, Agência da
Caixa Econômica Federal no bairro visinho (Savassi) e
grande centro comercial ao longo da Avenida do
Contorno que delimita o Bairro Santo Antônio.
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4.5 Mobiliários urbanos

No trecho analisado, Rua Cristina entre Rua Leopoldina e Rua Viçosa


não foi identificado Mobiliário Urbano.

4.6 Arborização

O trecho analisado é bem arborizado.


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4.7 Trânsito

O trecho analisado não tem ponto de ônibus. Um item


importante a ser citado e o estrangulamento da via
devido à utilização para estacionamento de ambos os
lados.
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4.8 Vista aérea

2009
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5 – PESQUISA HISTÓRICA

SANTO ANTÔNIO

A Paróquia de Santo Antonio foi fundada em 01/01/1936 (Belo Horizonte foi


fundada em 1897 como a nova sede do governo de Minas Gerais, até então
era Ouro Preto). Inaugurada em 16/06/1940, localizada na Avenida Contorno,
deu origem ao Bairro Santo Antonio, considerado bairro nobre da cidade.
Refugio de muitos para uma ”conversinha” com Deus.

1. ORIGEM:

Um dos primeiros bairros nascidos fora do perímetro da Avenida do Contorno, o Santo Antônio, localizado na região Centro - Sul,
ainda conserva características arquitetônicas e vocação residencial. O bairro surgiu na década de 20 a partir da antiga Colônia
Afonso Pena, que tinha como principal referência uma caixa d’água, situada onde hoje se encontra a sede da COPASA.
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Na década de 70, muitas de suas casas unifamiliares cederam espaço para grandes edifícios. Essa verticalização impulsionou o
mercado imobiliário, que se desenvolveu de maneira rápida e ascendente.

Com ruas que levam o nome de cidades mineiras e uma topografia acidentada que dão uma vista bonita da cidade, o Santo
Antônio, além de ser um dos mais tradicionais bairros de Belo Horizonte, é também um dos mais aprazíveis para se viver.

2. DESENVOLVIMENTO / INFRA – ESTRUTURA:

Apesar da carência de áreas verdes, o bairro ainda possui um grande número de ruas arborizadas. A população, estimada em 23
mil moradores, tem a seu dispor um comércio variado e sofisticado, com butiques de grife, mercearias, farmácias, lavanderias,
sacolões, padarias e serviços de primeira necessidade.

O Santo Antônio é marcado por alguns símbolos. Além do prédio da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG -
FAFICH e a igreja Santo Antônio, um aspecto cultural inusitado na região é a escultura da vaquinha, na Rua Leopoldina. A peça,
instalada na década de 70, é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte e já virou referência
para quem visita o bairro ou mora lá.

O nome de santo dado ao bairro não impediu que o mesmo ficasse conhecido também pelo lado menos devoto. Um bom número
de barzinhos está concentrado entre as ruas Congonhas, Santo Antônio do Monte e Leopoldina, num quarteirão que já serviu de
cenário para o filme O Menino Maluquinho, adaptação do cineasta mineiro Helvécio Ratton para a obra de Ziraldo. Desde os
tempos do Bar do Lulu, uma multidão de botecos vem se multiplicando e ajudando a consagrar a fama boêmia do lugar, entre os
quais se destacam Salsa Parrila, Andaluz, Bar da Fida, Casa da Árvore, Via Cristina, Du Espeto e Casa África. O bairro oferece
ainda opções diferenciadas com o Fuxiquim, especializado em batatas suíças, a Cachaçaria Revista Viva e a Champanheria Ora
Bolhas, além de espaços como o Em Nome do Santo, que abriga ambientes dançantes e múltiplos.
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6 – VALOR IMOBILIÁRIO

VALOR IMOBILIÁRO MÉDIO BAIRRO SANTO ANTÔNIO


R$ 700.000,00
R$ 600.000,00
R$ 500.000,00
R$ 400.000,00
R$ 300.000,00
R$ 200.000,00
R$ 100.000,00
R$ 0,00

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Os dados abaixo demonstram que no período estudado houve um pequeno decréscimo no percentual negociado na Região Sul
sendo estes percentuais redistribuídos para outras regiões da cidade dando-se destaque a região oeste.

Identificamos que as forças que “expulsaram” a atividade imobiliária da região Nordeste foram as mesmas que limitaram sua maior
penetração na região Oeste, isto é, a presença de bairros de população pobre, vilas e favelas ocupando parte dessas regiões.
Já a atividade imobiliária que restou na região Sul atua de forma pontual, construindo prédios de luxo e obtendo o vetor de
expansão da atividade imobiliária residencial, uma vez que reuniu uma série de fatores

A atividade comercial tende a se concentrar na região Sul, corroborando a tese de que o centro histórico da cidade está sofrendo
um processo de deterioração. O deslocamento da atividade comercial para a região Sul a torna mais acessível à elite que habita
nessa mesma região, tornando-a menos acessível à população de classe baixa.
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Tabela de fluxo imobiliário por região


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Tabela - Transações com apartamentos (% cidade)


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7 – PARTE: ANÁLISE DO TRAÇADO URBANO


EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO E DA MANCHA URBANA ZONEAMENTO ALTIMÉTRICO
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POTENCIAL SUBTERÂNEO DE BELO HORIZONTE PIRÂMIDE ETÁRIA DA REGONAL CENTRO SUL


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8 - PONTOS ANÁLISADOS DA RUA

8.1 – TRÂNSITO

Como já descrito um dos grandes problemas da Rua Cristina entre as Ruas Leopoldina e Viçosa é que durante os horários de pico,
devido à rua ser utilizada para estacionamento de veículos de ambos os lados somados ao grande fluxo já existente na Rua
Viçosa, ocorre a diminuição da fluidez do trânsito na rua provocando transtornos a população local. O horário de maior pico
segundo moradores da região é no período do fim da tarde quando a saída da aula e do trabalho intensifica o volume de tráfego na
região. Muito deste aumento do trafego se deve a tendente modificação da região, que vem se tornando cada vez mais comercial.

É necessário, segundo nossa verificação a implementação de mais recursos governamentais para desenvolvimento de outras
regiões, o que traria benefícios de toda a ordem para os moradores da cidade, com a diminuição do tráfego devido ao menor
deslocamento das pessoas para os pólos comerciais mais próximos, maiores oportunidades de renda para as demais regiões
provocando o desenvolvimento imobiliário entre outros. Isso só se dará através da melhoria de outros setores nas demais regiões
como segurança, educação, e saúde.

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