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Belo Horizonte - MG
2009
Emanuel José de Andrade
Geraldo Marcio Milagres
Hamilton de Moraes Soares
Renato W. Martins
Belo Horizonte - MG
2009
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A Rua Cristina entre as Ruas Viçosa e Leopoldina encontra-se no Bairro Santo Antônio na Regional Centro-Sul.
607 - ANCHIETA
617 - BARRO PRETO
618 - BELVEDERE
637 - CARMO
642 - CENTRO
644 - CIDADE JARDIM
655 - CORACAO DE JESUS
657 - CRUZEIRO
681 - FUNCIONARIOS
715 - LOURDES
716 - LUXEMBURGO
718 - MANGABEIRAS
736 - NOVO SAO LUCAS
768 - SANTA LUCIA
769 - CONJUNTO SANTA MARIA
776 - SANTO AGOSTINHO
778 - SANTO ANTONIO
779 - SAO BENTO
788 - SAO LUCAS
792 - SAO PEDRO
797 - SERRA
801 - SION
815 - VILA PARIS
825 - MORRO DO PAPAGAIO
826 - VILA CAFEZAL
1133 - SAVASSI
1156 - REGIAO DA NOSSA SENHORA
DA BOA
1177 - PARQUE DAS MANGABEIRAS
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O trecho da Rua Cristina pesquisado, conforme demonstrado na página 47 do Mapa de Zoneamento e Hierarquização do Sistema
viário acima, classifica o zoneamento do entorno como ZA (Zona Adensada) e o trecho da Rua Cristina como Via Coletora. As ruas
Leopoldina e Viçosa também são classificadas como Vias Coletoras excetuando-se apenas a Rua Santo Antonio do Monte que é
classificada como Via Local.
Conforme descrito no artigo 9º da lei 7166/96: “Art. 9º - São ZAs as regiões nas quais o adensamento deve ser contido,
por apresentarem alta densidade demográfica e intensa utilização da infra-estrutura urbana, de que resultam,
sobretudo, problemas de fluidez do tráfego, principalmente nos corredores viários.”.
Conforme o Art. 27 item III da lei 7166/96: “III - coletora a via - ou trecho - com função de permitir a circulação de
veículos entre as vias arteriais ou de ligação regional e as vias locais”;
“IV - local a via - ou trecho - de baixo volume de tráfego, com função de possibilitar o acesso direto às
edificações”.
Realizando uma comparação entre a atual Lei de parcelamento e Uso do solo (7166/96 e 8137\00) com a já revogada lei 4034 de
1986 que classificava o trecho da rua como ZC-1, podemos concluir que houveram grandes alterações sendo estabelecidas na lei
atual classificações mais pontuais elaboradas a partir de um estudo mais aprofundado de cada região, sendo criados zoneamentos
mais condizentes com as necessidades de cada região.
Abaixo no Quadro 1 podemos observar as datas, principal característica e vigência das leis que tratam do assunto em Belo
Horizonte.
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Abaixo, na figura 1, podemos observar placa de obra na Rua Cristina no trecho analisado onde podemos observar o zoneamento e
demais parâmetros calculados a partir do tipo de zoneamento atual.
Foto 01 – Arborização
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Foto 02 – Trânsito
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Foto 04 – Construções
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Foto 05 – Curiosidades
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40%
60%
80%
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3.2 – Resultado das Entrevistas
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PERCENTUAL DE SATISFAÇÃO DA POPULAÇÃO
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Foto 07 – Infra-estrutura
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4 – PARTE: MAPAS
4.6 Arborização
4.7 Trânsito
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5 – PESQUISA HISTÓRICA
SANTO ANTÔNIO
1. ORIGEM:
Um dos primeiros bairros nascidos fora do perímetro da Avenida do Contorno, o Santo Antônio, localizado na região Centro - Sul,
ainda conserva características arquitetônicas e vocação residencial. O bairro surgiu na década de 20 a partir da antiga Colônia
Afonso Pena, que tinha como principal referência uma caixa d’água, situada onde hoje se encontra a sede da COPASA.
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Na década de 70, muitas de suas casas unifamiliares cederam espaço para grandes edifícios. Essa verticalização impulsionou o
mercado imobiliário, que se desenvolveu de maneira rápida e ascendente.
Com ruas que levam o nome de cidades mineiras e uma topografia acidentada que dão uma vista bonita da cidade, o Santo
Antônio, além de ser um dos mais tradicionais bairros de Belo Horizonte, é também um dos mais aprazíveis para se viver.
Apesar da carência de áreas verdes, o bairro ainda possui um grande número de ruas arborizadas. A população, estimada em 23
mil moradores, tem a seu dispor um comércio variado e sofisticado, com butiques de grife, mercearias, farmácias, lavanderias,
sacolões, padarias e serviços de primeira necessidade.
O Santo Antônio é marcado por alguns símbolos. Além do prédio da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG -
FAFICH e a igreja Santo Antônio, um aspecto cultural inusitado na região é a escultura da vaquinha, na Rua Leopoldina. A peça,
instalada na década de 70, é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte e já virou referência
para quem visita o bairro ou mora lá.
O nome de santo dado ao bairro não impediu que o mesmo ficasse conhecido também pelo lado menos devoto. Um bom número
de barzinhos está concentrado entre as ruas Congonhas, Santo Antônio do Monte e Leopoldina, num quarteirão que já serviu de
cenário para o filme O Menino Maluquinho, adaptação do cineasta mineiro Helvécio Ratton para a obra de Ziraldo. Desde os
tempos do Bar do Lulu, uma multidão de botecos vem se multiplicando e ajudando a consagrar a fama boêmia do lugar, entre os
quais se destacam Salsa Parrila, Andaluz, Bar da Fida, Casa da Árvore, Via Cristina, Du Espeto e Casa África. O bairro oferece
ainda opções diferenciadas com o Fuxiquim, especializado em batatas suíças, a Cachaçaria Revista Viva e a Champanheria Ora
Bolhas, além de espaços como o Em Nome do Santo, que abriga ambientes dançantes e múltiplos.
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6 – VALOR IMOBILIÁRIO
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Os dados abaixo demonstram que no período estudado houve um pequeno decréscimo no percentual negociado na Região Sul
sendo estes percentuais redistribuídos para outras regiões da cidade dando-se destaque a região oeste.
Identificamos que as forças que “expulsaram” a atividade imobiliária da região Nordeste foram as mesmas que limitaram sua maior
penetração na região Oeste, isto é, a presença de bairros de população pobre, vilas e favelas ocupando parte dessas regiões.
Já a atividade imobiliária que restou na região Sul atua de forma pontual, construindo prédios de luxo e obtendo o vetor de
expansão da atividade imobiliária residencial, uma vez que reuniu uma série de fatores
A atividade comercial tende a se concentrar na região Sul, corroborando a tese de que o centro histórico da cidade está sofrendo
um processo de deterioração. O deslocamento da atividade comercial para a região Sul a torna mais acessível à elite que habita
nessa mesma região, tornando-a menos acessível à população de classe baixa.
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8.1 – TRÂNSITO
Como já descrito um dos grandes problemas da Rua Cristina entre as Ruas Leopoldina e Viçosa é que durante os horários de pico,
devido à rua ser utilizada para estacionamento de veículos de ambos os lados somados ao grande fluxo já existente na Rua
Viçosa, ocorre a diminuição da fluidez do trânsito na rua provocando transtornos a população local. O horário de maior pico
segundo moradores da região é no período do fim da tarde quando a saída da aula e do trabalho intensifica o volume de tráfego na
região. Muito deste aumento do trafego se deve a tendente modificação da região, que vem se tornando cada vez mais comercial.
É necessário, segundo nossa verificação a implementação de mais recursos governamentais para desenvolvimento de outras
regiões, o que traria benefícios de toda a ordem para os moradores da cidade, com a diminuição do tráfego devido ao menor
deslocamento das pessoas para os pólos comerciais mais próximos, maiores oportunidades de renda para as demais regiões
provocando o desenvolvimento imobiliário entre outros. Isso só se dará através da melhoria de outros setores nas demais regiões
como segurança, educação, e saúde.