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ART 121, § 1º, CP: À luz das diretrizes indicadas na Exposição de Motivos da Parte Especial do Código
Penal brasileiro, a eutanásia ativa direta – como tal entendida a provocação, por comissão intencional,
da morte de alguém, a seu pedido, em situação de doença acompanhada de padecimento de sofrimento
intenso – deve ser considerada crime de homicídio minorado, previsto no artigo 121, § 1º, do Código
Penal. De acordo com o item 39 da Exposição de Motivos da Parte Especial do Código Penal, "Por
"motivo de relevante valor social ou moral", o projeto entende significar o motivo que, em si mesmo, é
aprovado pela moral prática, como, por exemplo, a compaixão ante o irremediável sofrimento da vítima
(caso do homicídio eutanásico), a indignação contra um traidor da pátria, etc".
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(MPE-CE 2021) O Homicídio Privilegiado (Art. 121, §1º) possui característica SUBJETIVA, portanto é
impossível combiná-lo com as qualificadores também subjetivas. Nesse caso, apenas circunstâncias
qualificadores objetivas podem ser combinadas com o privilégio (Subjetiva + Objetiva).
(MPE-CE 2021) Constitui forma privilegiada do crime de homicídio o seu cometimento por agente
impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob DOMÍNIO de violenta emoção provocada
por ato injusto da vítima. (NÃO É INFLUÊNCIA, CUIDADO)
ART 121, § 2º, III, CP: No homicídio qualificado, o dolo eventual é COMPATÍVEL com o meio cruel. (INF
665 STJ/2020)
(MPE-CE 2021, MPE-MG 2019) Para o STJ a qualificadora de FEMINICÍDIO (art. 121, §2º, VI) é de ordem
OBJETIVA e por isso é possível combiná-la com qualificadora subjetiva do motivo torpe. “A qualificadora
do feminicídio, caso envolva violência doméstica, menosprezo ou discriminação à condição de mulher,
não é incompatível com a presença da qualificadora da motivação torpe.” (MPE-CE 2021)
(MPE-CE 2021) A prática do crime do art. 121, CP, contra autoridade ou agente das forças de segurança
pública é QUALIFICADORA DO HOMICÍDIO, que é de ordem SUBJETIVA
6ª Turma (REsp 1.829.601/PR, j. 12/02/2020), o tribunal reafirmou que o emprego de meio cruel é
plenamente compatível, ao menos em tese, com o dolo eventual. Não há incompatibilidade entre o
dolo eventual e a qualificadora do meio cruel (art. 121, § 2º, III, do CP). O dolo do agente, seja direto ou
indireto, não exclui a possibilidade de o homicídio ter sido praticado com o emprego de meio mais
reprovável, tais quais aqueles descritos no tipo penal relativo à mencionada qualificadora
A qualificadora do motivo fútil (art. 121, § 2º, II, do CP) é compatível com o homicídio praticado com
dolo eventual? SIM. O fato de o réu ter assumido o risco de produzir o resultado morte (dolo
eventual), não exclui a possibilidade de o crime ter sido praticado por motivo fútil, uma vez que o dolo
do agente, direto ou indireto, não se confunde com o motivo que ensejou a conduta. STJ. 5ª Turma.
REsp 912.904/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 06/03/2012. STJ. 6ª Turma. REsp 1601276/RJ, Rel.
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/06/2017.
Dolo eventual x traição, emboscada e dissimulação (são as qualificadora dos inc IV), estes NÃO SÃO
COMPATÍVEIS
Segundo STJ, o dolo eventual não se compatibiliza com a qualificadora do art. 121, § 2º, IV (traição,
emboscada, dissimulação). STF e STJ: O dolo eventual não se compatibiliza com a qualificadora do art.
121, § 2º, IV (traição, emboscada, dissimulação). Para que incida a qualificadora da surpresa é
indispensável que fique provado que o agente teve a vontade de surpreender a vítima, impedindo ou
dificultando que ela se defendesse. Ora, no caso do dolo eventual, o agente não tem essa intenção,
considerando que não quer matar a vítima, mas apenas assume o risco de produzir esse resultado.
Como o agente não deseja a produção do resultado, ele não direcionou sua vontade para causar
surpresa à vítima. Logo, não pode responder por essa circunstância (surpresa).
É compatível com
-motivo fútil
-meio cruel
✦ é compatível com a tentativa ✅
✦é compatível com feminicídio ✅
✦é compatível com o domínio de violenta emoção (Art. 121, § 1º , CP )
É INcompativel com
-traição, emboscada, dissimulação
ADENDO
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ART 121, §1º, I e §2º, IV, em concurso formal impróprio com o art. 125, todos do CP:Tiago, movido por
um sentimento de posse, disparou dois tiros contra sua companheira, Laura, que morreu em razão dos
ferimentos causados pelos disparos. Laura estava grávida de seis meses e, quando da prática do crime,
Tiago sabia da gravidez dela. Nessa situação hipotética, Tiago praticou os crimes de homicídio
qualificado por motivo torpe, feminicídio e aborto. (MPE-AP 2021)
O STJ possui o entendimento de que não há incidência de bis in idem na imputação simultânea da
qualificadora do feminicídio praticado contra a mulher grávida (inciso I do parágrafo 7º do artigo 121 do
Código Penal) e do crime de aborto (artigo 125 do Código Penal), uma vez que o feminicídio tutela a
pessoa de maior vulnerabilidade, que no caso é a gestante e o outro (aborto) tem como bem jurídico o
feto.
“(...) 2. A jurisprudência desta Corte vem sufragando (apoiando) o entendimento de que, enquanto o
art. 125 do CP tutela o feto enquanto bem jurídico, o crime de homicídio praticado contra gestante,
agravado pelo art. 61, II, h, do Código Penal protege a pessoa em maior grau de vulnerabilidade,
raciocínio aplicável ao caso dos autos, em que se imputou ao acusado o art. 121, § 7º, I, do CP, tendo
em vista a identidade de bens jurídicos protegidos pela agravante genérica e pela qualificadora em
referência. 3. Recurso especial provido.”(REsp 1860829/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA
TURMA, julgado em 15/09/2020, DJe 23/09/2020)
º Sim o crime de Feminicídio segundo entendimento do STF e do STJ pode ser qualificado por dois
motivos sem caracterizar Bis in idem, desde que seja com uma qualificadora subjetiva:
#QUALIFICADO DO HOMICÍDIO
ü Motivo fútil. Um motivo não pode ser Fútil e Torpe ao mesmo tempo.
CRIMES CONTRA PESSOA
ü Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum; --
OBJETIVO—
ü Por traição, emboscada, mediante dissimulação ou recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa --OBJETIVO—
ü Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: – SUBJETIVA –
ü FEMINICÍDIO --OBJETIVO—
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#QUALIFICADORAS DO ABORTO:
SERÁ DUPLICADAS: se sobrevém a morte.
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3º Nesse caso entendi que HÁ CONCURSO dos crimes e NÃOCONSUÇÃO:
CONCURSO FORMAL:
O agente comete 1 único crime MAS gera 2 ou + resultados
A pena será: do crime mais grave, aumentada de 1/6 até a 1/2.
Isso chama se: EXASPERAÇÃO
CONCURSO MATERIAL:
O agente comete 2 OU + CRIMES
O JULGAMENTO É separado, MAS a pena será a soma de todas.
Isso chama se: CÚMULO MATERIAL:
ATENÇÃO!!!
MEU ENTENDIMENTO É QUE HOUVE
O crime de homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio em concurso com o de aborto.
E NÃO TEM ESSA AUTERNATIVA
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(MPE-MG 2019) Art 123, INFANTICÍDIO. Em relação ao crime de infanticídio, a lei brasileira
adotou o critério fisiopsicológico, levando em conta o desequilíbrio oriundo do processo
do parto.
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CRIMES CONTRA PESSOA
Art 129, §2º, CP: “(...) na hipótese de transmissão dolosa de doença incurável, a conduta deverá será
apenada com mais rigor do que o ato de contaminar outra pessoa com moléstia grave, conforme
previsão do art. 129, § 2.º inciso II, do Código Penal (...) a transmissão intencional do vírus HIV
configura o crime de lesão corporal gravíssima.” (HC 160.982/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA
TURMA, julgado em 17/05/2012, DJe 28/05/2012)
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ART 138, Calúnia:
É de AÇÃO PENAL PRIVADA - QUEIXA - TCO.
Exceção: EM CASO DO ART. 140, § 2º, DA VIOLÊNCIA RESULTA LESÃO CORPORAL, EX VI 145, CP
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.
(MPE CE 2021)Se a vítima morrer dentro do prazo decadencial de 6m e não ajuizou a ação o CADI
poderá ajuizar para ele o morto, pelo crime de calúnia.
Art. 145, CP: Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando,
no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante
requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante
representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3 do art. 140
deste Código.
CPP: Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
CRIMES CONTRA PESSOA
Art. 24, §1º, CPP – No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Lembrando que a morte da vítima só extingue a punibilidade do réu na ação penal de iniciativa privada
personalíssima (único exemplo: art. 236 do CP - Induzimento a erro essencial e ocultação de
impedimento).
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ART 139, DIFAMAÇÃO:
É de AÇÃO PENAL PRIVADA - QUEIXA - TCO.
Exceção: EM CASO DO ART. 140, § 2º, DA VIOLÊNCIA RESULTA LESÃO CORPORAL, EX VI 145, CP
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ART 140, INJÚRIA:
NÃO ADMITE EXCEÇÃO DA VERDADE (MPE-GO 2019)
PROCEDIMENTO: AÇÃO PENAL PRIVADA É A REGRA
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que resulta lesão corporal: PÚBLICA
INCONDICIONADA. SÓ ESTA É QUE SERÁ INCONDICIONADA! (MPE-GO 2019)
SE a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de um terço, dentre outras hipóteses legais,
quando praticados contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no
caso de injúria. (MPE-GO 2019)
CRIMES CONTRA PESSOA
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Art 146: Não configura o delito de estupro forçar alguém a presenciar ato sexual, pois não há violação
da liberdade sexual – o ofendido não está sendo obrigado a ter relações sexuais contra a sua vontade.
Nesse caso, a hipótese será de constrangimento ilegal (art. 146 do CP).
II, §3º, art 146, CONSTRANGIMENTO ILEGAL: A coação exercida para impedir o suicídio não
configura o delito de constrangimento ilegal, sendo expressa no Código Penal a causa
de exclusão da tipicidade (entretanto, parte da doutrina considera como causa
excludente da ilicitude). (MPE-GO 2019)
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Art 147, crime de AMEAÇA, do CP: é de ação penal pública condicionada à representação , até mesmo
nos casos de violência doméstica, visto que a SÚM 542, só determina ser incondicionada nos casos de
crime de lesão corporal resultante de violência doméstica e familiar. CUIDADO: segundo o art 16, da
Lei 11.340, nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida, só
será admitida a RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do RECEBIMENTO da denúncia,
ouvido o MP. (MPE-GO 2019)
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147-A crime de perseguição ou stalking (MPDFT 2021)
Trata-se, na verdade de crime formal, dispensando a efetiva influência na esfera psíquica da vítima.
(MPDFT 2021)
(MPDFT 2021) Configura crime de perseguição caso haja apenas um ato de perseguição praticado após
a vigência da Lei nº 14.132/2021, mesmo que se registrem outros atos antes da entrada em vigor do
novo diploma, pois trata-se de crime habitual, prevalece na doutrina que, caso a habitualidade
permaneça até à vigência da novatio legis is pejus ou incriminadora, é essa nova lei que deve ser
aplicada, em analogia à Súmula 711 do STF ("A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência").
(MPDFT 2021) Não cabe tentativa no crime de perseguição porque é um Crime habitual, neste não se
admite a tentativa. Quanto ao crime de perseguição, Rogério Sanches Cunha preleciona: "Tratando-se
de crime habitual, consuma-se com a reiteração dos atos de perseguição. A tentativa é inadmissível em
crimes dessa natureza (habitual)" (Atualizações legislativas 2021 - 1º semestre)
(MPDFT 2021) A contravenção penal “perturbação da tranquilidade” (art. 65, LCP) foi revogada
expressamente pela, mas o crime de perseguição (art. 147-A, CP) admite a continuidade
típiconormativa com a contravenção penal do art. 65, LCP justamente pelo Princípio da continuidade
CRIMES CONTRA PESSOA
delitiva. Convém destacar que a revogação formal de um dispositivo não importa, necessariamente, a
supressão do seu caráter criminoso. Explica-se. Havendo a) revogação formal da figura criminosa +
b) transferência de seu conteúdo criminoso para tipo penal diverso, verifica-se o fenômeno
da continuidade normativo-típica. No que tange especificamente ao crime de perseguição, embora a
contravenção tenha sido revogada, a criminalização da perseguição permanece no art. 147-A.
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148, SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO
A forma simples (caput) do delito de sequestro ou cárcere privado é crime material, pois
exige um RN: a efetiva privação da liberdade da vítima. Porém, quando praticado com
fins libidinosos (V, §1º, art 148), o delito é formal, pois o dispositivo não exija que esses
fins sexuais efetivamente sejam satisfeitos (caso isso ocorra, haverá concurso material
com o respectivo delito contra a dignidade sexual). (MPE-GO 2019)
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149-A, TRÁFICO DE PESSOAS: é reduzida (causa de diminuição) a pena se o sujeito for primário E não
integrar organização criminosa. (MPE-GO 2019) E será causa de aumento se o sujeito que cometeu tal
crime for funcionário público e foi no exercício da função ou a pretexto de exercê-la. (MPE-GO 2019)
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Art 154-A, CP, INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO:
(MPE-CE 2021) É PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO, EX VI 154-B CP.
EXCEÇÃO: SALVO SE O CRIME É COMETIDO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA
DE QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL OU MUNICÍPIOS OU CONTRA
EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
(CUIDADO: SÓ OS ARTS 213 ATÉ 218-C É QUE SERÃO DE AÇÃO INCONDICIONADA EX VI ART 225 CP)