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Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte
(em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao
homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia.
Montesquieu também pode ser encarado como um dos fundadores da
Sociologia - talvez como o último pensador clássico ou o primeiro
pensador moderno.
Correntes sociológicas
Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma 'ciência da
ordem', isto é, seus resultados podem ser utilizados com vistas à
melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de
grupos minoritários, sejam eles empresas privadas ou Centrais de
Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade
democrática com vistas a manter o status quo.
A filosofia positiva
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim
como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a
consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis,
vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos
observáveis.Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas
antes da Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a
Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em sua
nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia,
Comte usaria a observação, a experimentação, da comparação e a classificação
como métodos - resumidas na filiação histórica - para a compreensão (isto é, para
conhecimento) da realidade social. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem
e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como
obedecendo a leis gerais; entretanto, sempre insistiu e argumentou que isso não
equivale a reduzir os fenômenos sociais a outros fenômenos naturais (isso seria
cometer o erro teórico e epistemológico do materialismo): a fundação da Sociologia
implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e que
devem ser explicados em termos sociais.Em 1852 Comte instituiu uma sétima
ciência, a Moral, cujo âmbito de pesquisa é a constituição psicológica do indivíduo e
suas interações sociais.Pode-se dizer que o conhecimento positivo busca "ver para
prever, a fim de prover" - ou seja: conhecer a realidade para saber o que
acontecerá a partir de nossas ações, para que o ser humano possa melhorar sua
realidade. Dessa forma, a previsão científica caracteriza o pensamento positivo. O
espírito positivo, segundo Comte, tem a ciência como investigação do real. No
social e no político, o espírito positivo passaria o poder espiritual para o controle dos
"filósofos positivos", cujo poder é, nos termos comtianos, exclusivamente baseado
nas opiniões e no aconselhamento, constituindo a sociedade civil e afastando-se a
ação política prática desse poder espiritual - o que afasta o risco de tecnocracia
(chamada, nos termos comtianos, de "pedantocracia").O método positivo, em
termos gerais, caracteriza-se pela observação. Entretanto, deve-se perceber que
cada ciência, ou melhor, cada tipo de fenômeno tem suas particularidades, de
modo que o método específico de observação para cada fenômeno será diferente.
Além disso, a observação conjuga-se com a imaginação: ambas fazem parte da
compreensão da realidade e são igualmente importantes, mas a relação entre
ambas muda quando se passa da teologia para a positividade. Assim, para Comte,
não é possível fazer ciência (ou arte, ou ações práticas, ou até mesmo amar!) sem a
imaginação, isto é, sem uma ativa participação da subjetividade individual e por
assim dizer coletiva: o importante é que essa subjetividade seja a todo instante
confrontada com a realidade, isto é, com a objetividade.Dessa forma, para Comte
há um método geral para a ciência (observação subordinando a imaginação), mas
não um método único para todas as ciências; além disso, a compreensão da
realidade lida sempre com uma relação contínua entre o abstrato e o concreto,
entre o objetivo e o subjetivo. As conclusões epistemológicas a que Comte chega,
segundo ele, só são possíveis com o estudo da Humanidade como um todo, o que
implica a fundação da Sociologia, que, para ele, é necessariamente histórica. Além
da realidade, outros princípios caracterizam o Positivismo: o relativismo, o espírito
de conjunto (hoje em dia também chamado de "holismo") e a preocupação com o
bem público (coletivo e individual). Na verdade, na obra "Apelo aos conservadores",
Comte apresenta sete definições para o termo "positivo": real, útil, certo, preciso,
relativo, orgânico e simpático.
A Religião da Humanidade
OBRAS
Nem tudo que uma pessoa faz é um fato social, para ser um fato social tem de
atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Isto é, o
que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades
individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja
imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua
depois e que não dá margem a escolhas.
O mérito de Durkheim aumenta ainda mais quando publica seu livro "As regras do
método sociológico", onde define uma metodologia de estudo, que embora sendo
em boa parte extraída das ciências naturais, dá seriedade à nova ciência. Era
necessário revelar as leis que regem o comportamento social, ou seja, o que
comanda os fatos sociais.
Obras
* O homem, 1897;
POSITIVISMO
3. Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas
sim o "como", através da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações
constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à
observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.
O lema da religião positivista é : "O Amor por princípio e a Ordem por base; o
Progresso por fim". Seu regime é: "Viver às Claras" e "Viver para Outrém".
Comte viveu num tempo intermediário entre o apagar das luzes do iluminismo e a
era das grandes generalizações na ciência, um tempo em que o mundo natural
parecia acessível à força do intelecto, no culminar do pensamento mecânico da
Revolução Industrial. Auguste Comte morreu dois anos antes de Darwin publicar A
Origem das Espécies, em 1859. Também não viveu o suficiente para ver a
publicação de O Capital (1867-1894), por seus contemporâneos Karl Marx e
Friedrich Engels, embora tivesse visto o Manifesto Comunista. Esse pequeno
contexto histórico ajuda a entender a filosofia de Comte.
Não é justo julgar o passado com os critérios do presente. Comte, por exemplo,
desconfiava da introspecção como meio de se obter o conhecimento, pois a mera
observação altera e distorce estes estados, e insistia na objetividade da informação.
Os positivistas também eram críticos quanto a fenômenos não observáveis. Comte
descartou toda pesquisa cosmológica, considerando-a inútil e inacessível. Segundo
ele qualquer fenômeno que não pudesse ser observado diretamente seria
inacessível à ciência. Essas duas posições positivistas foram colocadas em cheque
com avanços na química e na física, especialmente com Boltzmann (1844-1906) e
Max Planck (1858-1947), ambos inteiramente convencidos da existência de
partículas não observáveis e confiando na intuição como meio de gerar
conhecimento, num processo similar ao que foi chamado mais tarde de "abdução"
por Charles SandersPeirce.
Uma classe socialé um grupo de pessoas que têm status social similar segundo
critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na
medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar
de status.Segundo a óptica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-
capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe
dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas
por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela
classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a
sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada
passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe
dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a
perpetuação da exploração. Adivisão da sociedade em classes é consequência dos
diferentes papeis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a
teoria de Karl Marx. É do papel ocupado por cada classe que depende o nível de
fortuna e de rendimento, o género de vida e numerosas características culturais das
diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas
mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e
ideológicas.Na Idade Média, a classe dominante era formada pelos senhores
feudais, donos das terras através da aplicação de compulsão e coerção(Uso da
força física ou ameaça direta ou indireta ao individuo podendo atingir sua moral a
fim de levá-lo a praticar uma ação que o mesmo não tem vontade própria de
praticá-la.), e a classe dominada era formada pelos camponeses. Uma classe à
parte era a classe dos guerreiros, que era composta pelos camponeses (alguns
eram senhores feudais) e podia passar para uma classe dominante caso recebesse
terras como prêmio de suas conquistas.
1. Classe A1: inclui as famílias com renda mensal maior que R$ 14.400
Embora sejam vistas como uma instituição social já antiga, as classes sociais tais
como as conhecemos no Brasil atual tem suas origens datadas do início dos anos
cinqüenta, quando o país passou a vivenciar um verdadeiro boom de crescimento
econômico que duraria até o final dos anos setenta. Foi exatamente esse furor
econômico que possibilitou a criação de algo até então inédito na história do país, a
classe média brasileira.Em uma rápida análise da organização dessas classes no
país, percebe-se a seguinte distribuição:
A classe mais abastada e com maior poder de renda, é composta de quatro grupos
sociais distintos, sendo que há exceções, por que existem famílias nobres (elite
tradicional, ilustres e que detinham grande fortuna antigamente), ou as tradicionais,
ilustres e que detinham grande fortuna antigamente, portanto, as pessoas que
pertencem a este grupo, embora não tenham um ganho mensal altíssimo como os
empresários de sucesso, estes participam de associações elitistas, tem um status
social elevado e vivem na classe alta. Os grupos sociais da classe social mais
abastada são:
4. os que sobrevivem dos gastos dos quatro grupos, ou seja, aqueles que prestam
serviços indiretamente ou atendem diretamente a classe mais abastada, e pelo seu
ganho, pertencem a ela. Tendo suas variações, como profissionais liberais
escritores, bem-qualificados ou que ocupam funções políticas e/ou de direção.
Composto por médicos, proprietários de bares chiques, de clubes, de academias
caras, de colégios particulares, de cursos de línguas conceituados, advogados bem-
qualificados, engenheiros conceituados ou bem-qualificados, arquitetos bem
conceituados, donos de construtoras famosas e tradicionais, especialistas, etc.
É com base na alta renda desses grupos sociais que se forma uma nova camada de
clientes. Discute-se então a nova classe média brasileira, criada pela expansão do
emprego público e pela criação de empregos privados que exigiam qualificação
intermediária.
Vale lembrar que a classe média brasileira está plenamente integrada nos
modernos padrões de consumo de massas. O padrão de consumo da classe média
também é muito beneficiado por serviços baratos, fornecidos por classes mais
baixas:
É com base nessa constatação importante que se diz [carece de fontes?] que no
Brasil a sociedade é fraturada em três mundos. O “Primeiro Mundo” vivido pela
classe alta, onde as características do próprio primeiro mundo aparecem
extremadas; o “Segundo Mundo” das classes médias, que não passam de uma
imitação mais barata do “primeiro mundo” das classes altas; e por fim temos o
“Terceiro Mundo” das classes mais baixas, mantidas em condições de pobreza e
miséria, longe de serem incluídas no mercado de consumo de massas.
* Oportunidade de trabalho
* Cultura / lazer
* Acesso à educação
* Religião
Segundo Karl Marx e vários outros pensadores como Ricardo e Proudhon, a luta
de classesseria a força motriz por trás das grandes revoluções na história. Ela
teria começado com a criação da propriedade privada dos meios de produção. A
partir daí, a sociedade passou a ser dividida entre proprietários (burguesia) e
trabalhadores (proletariado), ou seja, possuidores dos meios de produção e
possuidores unicamente de sua força de trabalho. Na sociedade capitalista, a
burguesia se apodera da mercadoria produzida pelo proletariado, e ao produtor
dessa mercadoria sobra apenas um salário que é pago de acordo apenas com o
valor necessário para a sobrevivência desse. Os trabalhadores são forçados a
vender seu trabalho por uma fração mísera do real valor da mercadoria que
produzem, enquanto os proprietários se apoderam do restante. Outra característica
importante do capitalismo é o conceito criado por Karl Marx da mais-valia. A mais-
valia consiste basicamente dessa porcentagem a mais que os capitalistas retiram
da classe do proletariado. Essa porcentagem pode ser atingida, por exemplo,
aumentando o tempo de trabalho dos operários e mantendo o salário. A luta de
classes, segundo Karl Marx, só acabará com o fim do capitalismo e com o fim das
classes sociais. Até os tempos atuais, o comunismo ainda não foi posto em prática
em nenhuma região do mundo, apesar do socialismo, que seria como uma fase de
transição do capitalismo para o comunismo, já ter sido implementado em diversos
países. A proposta mais radical é abolição do Estado e sua reorganização
descentralizada em moldes federativos anarquistas.
Apesar de toda a história da humanidade, segundo Karl Marx, ter sido a história da
luta de classes, a sociedade original não possuía divisões sociais. Isso se deveria ao
fato de que, nesse estágio das forças produtivas sociais, não havia praticamente
excedente. Todos os membros da sociedade eram por isso obrigados a participar do
processo produtivo, de modo que era impossível a formação de uma hierarquia que
diferenciasse as pessoas dessa sociedade. Uma das primeiras formas de
hierarquização dos membros foi a divisão homem/mulher, quando os homens
começaram a explorar as mulheres. A luta de classes origina-se, no entanto, no
momento em que a sociedade passa a ser composta de diferentes castas.
Essa divisão dos membros em classes foi possibilitada quando as forças produtivas
atingiram um certo nível de produtividade, onde o excedente já promovia maior
segurança à sociedade em relação às suas necessidades. Mas, apesar de garantir
uma proteção em tempos escassos, por exemplo, o excedente abriu a possibilidade
do jogo político. O controle sobre o excedente se desenvolve em conjunto com a
formação de uma minoria que ganha assim poder sobre todos outros membros da
sociedade. Dessa maneira origina-se uma diferenciação quanto à tarefa social de
cada membro. Entre as diversas classes que podem se formar, estão sempre
presente as classes dos senhores (não-trabalhadores) e a classe trabalhadora.
Na Roma Antiga, o rei Sérvio Túlio usou o termo proletarii para descrever os
cidadãos de classe mais baixa, que não tinham propriedades e cuja única utilidade
para o Estado era gerar proles (filhos) para engrossar as fileiras dos exércitos do
império [4]. O termo proletário foi utilizado num sentido depreciativo, até que, no
século XIX, socialistas, anarquistas e comunistas utilizaram-no para identificar a
classe dos sem propriedade do capitalismo industrial.
Segundo Marx, o fetichismo é uma relação social entre pessoas mediatizada por
coisas. O resultado é a aparência de uma relação directa entre as coisas e não
entre as pessoas. As pessoas agem como coisas e as coisas, como pessoas.
Marx também argumenta que a economia política clássica não pode sair do
fetichismo da mercadoria, pois considera a produção de mercadorias como um
dado natural e não como um modo de produção histórico e, portanto, transitório.
Ascensão da Burguesia
No século XVII e XVIII, essa classe de forma geral apoiou a revolução americana e a
revolução francesa fazendo cair as leis e os privilégios da ordem feudal absolutista,
limpando o caminho para a rápida expansão do comércio. Os conceitos tais como
liberdades pessoais, direitos religiosos e civis, e livre comércio todos derivam-se
das filosofias burguesas. Com a expansão do comércio e da economia de mercado,
o poder e a influência da burguesia cresceu. Em todos os países industrializados, a
aristocracia perdeu gradualmente o poder ou foi expurgada por revoltas burguesas,
passando a burguesia para o topo da hieraquia social. Com os avanços da indústria,
surgiu uma classe mais baixa inteiramente nova, o proletariado ou classe
trabalhadora.
Aprofundamento
Pela forte carga ideológica que o termo hodiernamente acarreta, falar em burguesia
para períodos anteriores ao século XVII constitui, senão um erro, pelo menos uma
inexatidão histórica que convém precisar. Se desde o século XII há burgueses (id
est, os habitantes dos burgos), e estes paulatinamente vão fazendo do comércio a
sua fonte de receitas, no entanto, para este grupo é preferível usar expressões
neutras do ponto de vista ideológico, como mercadores ou comerciantes.
Isto, porém, não impede subestratificações dentro das Ordens. Em Portugal, por
exemplo, o Clero divide-se entre os que fazem vida no século e o que a fazem
debaixo de uma regra monástica; a Nobreza, divide-se, consoante a riqueza e as
funções, em Ricos-Homens, Infanções (mais tarde Fidalgos) e Cavaleiros; o Povo,
em variadíssimos estratos, consoante a ocupação e a riqueza. E assim também, a
partir do século XII, com o renascimento das cidades, emergem os seus habitantes,
os quais, feitos mercadores, vão progressivamente aumentar as suas riquezas e
aspirar ao ingresso na Ordem superior que é a Nobreza.
Economia
A burguesia tinha como principal economia o comércio, lá por sua vez criaram-se as
oficinas; formadas por mestres, oficias, aprendizes , as oficinas governadas pela
coorporação de ofício; formada pelos mestres de todas as oficinas de um mesmo
produto (ex: tapetes), a burguesia mais tarde na Alta Idade Média aliou-se aos reis
(que tinham apenas uma figura decorativa) pois os reis estavam querendo o poder
dos Senhores Feudais, que eram donos desses centros denominados Burgos. Esse
fato foi chamado "centralização política da Alta Idade Média"
Contudo, há autores capitalistas que afirmam que com o fim da propriedade privada
apenas se abririam novos meios de exploração, sendo, assim, a escravidão do
salário um sofisma, pois sem o dinheiro para dar liberdade ao homem, voltar-se-ia
ao chicote, à exploração direta. Alguns autores que advogam o fim da escravidão
assalariada contra-argumentam que se a liberdade dos indivíduos é dada pelo
dinheiro, os indivíduos não têm liberdade enquanto indivíduos, mas apenas
enquanto detentores de dinheiro. Se os indivíduos são livres não por si, mas por
outra coisa (o dinheiro, o salário), eles não são livres, mas escravos dessa coisa e
daqueles que detém essa coisa (os capitalistas).
Também se define o fato social como uma norma coletiva com independência e
poder de coerção sobre o indivíduo.
Sociologia clássica
Para Émile Durkheim, fatos sociais são "coisas". São maneiras de agir, pensar e
sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo. Não podem ser
confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma
espécie nova de fatos. São fatos sociais: regras jurídicas, morais, dogmas religiosos,
sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc.
Não podemos escolher a forma das nossas casas tal como não podemos escolher a
forma do nosso vestuário sem sofrer algum tipo de coação externa. Os nossos
gostos são quase obrigatórios visto que as vias de comunicação determinam de
forma imperiosa os costumes, trocas, etc. Isso portanto também é um fato social,
visto que é geral.
Spencer não aceita este conceito, como proposição afirma que “uma sociedade só
existe a partir do momento em que à justaposição se junta uma cooperação.” “Há
uma cooperação espontânea que se efetua sem premeditação quando se tenta
atingir fins de interesse privado; e há uma cooperação conscientemente instituída
que supõe fins de interesse público nitidamente reconhecidos.” Às primeiras
Spencer dá o nome de sociedades industriais e, às segundas, o de sociedades
militares. Para Spencer a sociedade não passa de realização de uma idéia, neste
caso a idéia de cooperação.
Nota: Para Durkheim, "coisa" é algo Sui generes, ou seja, é dotado de uma
lógica própria.
2. O sociólogo deve definir aquilo que irá tratar, para que todos saibam, incluindo
ele próprio, o que está em causa. É necessário que exprima os fenômenos não em
função de uma idéia concebida pelo espírito, mas sim das suas propriedades
concretas. As únicas características a que podemos recorrer são as imediatamente
visíveis. Tomar sempre para objeto de investigação um grupo de fenômenos
previamente definidos por certas características exteriores que lhes sejam comuns,
e incluir na mesma investigação todos os que correspondam a esta definição. Por
isso todo fato social é coercitivo, exterior e geral.