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Instituto de História
Disciplina: Educação Brasileira
Estudante: Maria Eduarda de Moraes Vieira Peixoto
Professor: Armando de Castro
Letícia defende então que o discurso cristão aprece muito mais como justificador
teológico da inferioridade social feminina do que inaugurador, visto que desde a
antiguidade existe a presença de um discurso de valorização do masculino, em
detrimento do feminino. O cristianismo se fortalece, portanto, com um discurso que
aprofunda essa depreciação feminina. Este discurso se traduz em dominação masculina,
uma vez que é interiorizado pelas mulheres por meio de algumas estratégias
estabelecidas pela instituição Igreja.
Nessa carta, ele funde a figura de três mulheres na figura de Maria Madalena,
onde o destaque recai sobre a pecadora anônima da cidade. O modelo comportamental
oferecido às mulheres de Maria Madalena então se relaciona com essa associação de
Madalena com a prostituição. Não é a figura ativa de Madalena que é oferecida a elas,
mas dessa mulher desonrada que precisa de cristo para dar significado e rumo a sua
vida. E essa visão, que é trabalhada de forma muito mais sistemática nos séculos
seguintes, aparece pela primeira vez nessa carta do século VI.