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RESPOSTA ANTIGENO-HOSPEDEIRO
2.1 Células NK
Devido ao vírus ser um parasita intracelular obrigatório a resposta
imunológica natural frente a sua invasão tem o intuito de bloquear a
infecção e eliminar as células infectadas, e seu principal mecanismo é a
inibição pelo IFN tipo 1 e morte das células infectadas por células NK.
Durante o ciclo de vida viral é produzido um RNA de fita dupla, e este é
capaz de induzir a expressão de IFN tipo 1, INF- alpha, e IFN-beta pela
célula infectada, citosinas que também são produzidas por macrófagos,
monócitos e fibroblastos e induz uma resposta antiviral ou de resistência
contra replicação viral nas células infectadas. As citosinas INF-alpha e
IFN-beta também podem induzir as células NK a se tornarem mais
eficientes para eliminar células infectadas por vírus.
Quando a célula NK interage com outras ela pode matá-las ou não, isso vai
ser determinado por uma soma de sinais gerados pelos vários receptores de
ativação e inibição expressos simultaneamente em sua superfície celular.
Existem três receptores de inibição, são eles: KIR, ILT, e NLKG2, estes
são caracterizados por apresentarem uma cauda citoplasmática conhecida
por ITIMs (motivos inibidores do imunorreceptor tirosina) que transmite
sinais de inibição por uma cascata de moléculas.
Já os receptores de ativação só são ativados quando as células NK não
conseguem reconhecer a molécula MHC classe I na superfície da célula,
são eles: CD16, NKp46, NKp30, e NKp44 eles também apresentam a
cauda citoplasmática ITAMs (motivos de ativação do imunorreceptor
baseado em tirosina) porém sua atividade transmite sinais de ativação.
3.2 Protozoários
A principal reposta imune para protozoários é a fagocitose, devido a muitos
deles expressarem as PAMPs que podem ser reconhecidas por PRR como
os TLR (receptores Toll like), porém muitos deles são resistentes a morte
fagocítica e conseguem se multiplicar dentro dos macrófagos.
4.1 Intracelulares
Uma característica interessante sobre as bactérias intracelulares facultativas
é que elas conseguem se replicar e sobreviver dentro dos fagócitos, elas
conseguem encontrar uma forma de escapar a ação dos anticorpos
circulantes.
Os primeiros fagócitos a perceberem a infecção são os neutrófilos e em
seguida os macrófagos, esses migram para o sítio infeccioso e fagocitam a
bactéria intracelular, no entanto elas são resistentes à ação de degradação
pelo fagolissômo. Porém essas bactérias ativam esses macrófagos e
estimulam a produzirem e secretarem citosinas como IL-2 que é essencial
para a ativação de células NK. Após ativadas as células NK produzem e
secretam a citosina IFN-gama que tem o papel de estimular e aumentar a
capacidade microbicida dos macrófagos para que assim ocorra a destruição
das bactérias.
A resposta imunológica inata mais eficaz contra bactérias intracelulares é
iniciada pelas células NK, porém na maioria das vezes essa defesa primaria
não é suficiente para eliminar a infecção, por isso a resposta imunológica
adquirida é muito importante.
Os linfócitos T tanto CD4 quanto CD8 conseguem reconhecer os peptídeos
antigênicos de origem proteica, quando esses peptídeos são apresentados
para linfócitos TCD4+ naives estes são ativados, sofrem expansão clonal e
se diferenciam para um padrão de resposta do tipo Th1 e produção de IFN-
gama, essa citosina estimula os plasmócitos a produzirem e secretarem
anticorpos que ativam o sistema complemento o que auxilia os macrófagos.
A ativação dos macrófagos devido a infecções por M.O intracelulares pode
levar a lesões teciduais, como reação de hipersensibilidade tipo tardia
(DTH), como por exemplo na tuberculose com a posterior formação de
granuloma.
Quando uma bactéria intracelular está no citoplasma celular, ela não se
encontra mais suscetível a ação microbiana dos fagócitos, a partir daí sendo
apresentados ao linfócitos TCD4+ entrando em uma via de processamento
antigênico onde serão processadas e apresentadas peptídeos antigênicos por
via MHC I para linfócitos TCD8+.
4.2 Extracelulares
Elas podem viver e replicar no tecido conjuntivo, na circulação ou até
mesmo nos espaços teciduais, essas bactérias quando patogênicas
produzem toxinas que possuem efeitos patológicos diversos e a principal
resposta imunológica inata para conter estas bactérias é a ativação do
sistema complemento, fagocitose e resposta inflamatória.
Essas bactérias podem ser de dois tipos, gram-negativas e gram-positivas,
ambas possuem particularidades que as tornam capazes de ativar o sistema
complemento pela via alternativa, devido a formação do C3 convertase. O
C3 é uma proteína que contêm uma ponte tioester reativa que normalmente
está adormecida, mas ao ser ativada consequentemente forma um complexo
(C3bBbC3b) formando C5 convertase que é muito importante para a
ativação da fase tardia do sistema complemento que culmina na eliminação
do M.O pela formação do M.A.C (complexo de ataque a membrana).
Existem bactérias que possuem em sua parede celular manose, e esta pode
se ligar a lectinas de ligação a manose e assim ativar outra via do sistema
complemento, a via das lectinas. No final este processo também vai
culminar na formação de C5 convertase para originar o complexo de ataque
a membrana (M.A.C)