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2 Lei 12.037/09 3
IDENTIFICAÇÃO CIVIL Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Para a CF/88 (Art. 5º, LVIII), basta a identificação civil para que a pessoa seja identificada, não
submetendo o indivíduo à identificação criminal. Identificar criminalmente significa expor à pessoa
a situação em que muitas vezes causa constrangimento (fotografia sinalética, captura de digitais, IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
banco de DNA, etc). Posto isso, vamos entender como a identificação se dará no Brasil. A identificação criminal consiste na utilização de três técnicas de identificação, a saber:
Art. 1º O civilmente identificado NÃO será submetido a identificação criminal, salvo nos » Dactiloscopia;
casos previstos nesta Lei.
» Fotografia sinalética;
A lei fala em identificação civil, que significa identificar-se mediante o uso de documentos
» Exame de DNA.
oficiais. Assim, o art. 2º pontua quais são os documentos idôneos para comprovar a identificação.
A coleta de material biológico para banco de dados de perfis genéticos leva em conta a coleta
Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos
mediante uso de swab oral, com captura de células da mucosa da parede da bochecha. No entanto,
casos previstos nesta Lei. o sangue também pode ser fonte de material genético, mas hoje não é a primeira escolha por ser
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: invasivo.
de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Banco
genoma humano e dados genéticos. Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais.
§ 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, § 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utili- Digitais serão regulamentados em ato do Poder Executivo federal.
zação para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. OBJETIVO:
§ 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser con- § 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais tem como objetivo arma-
signadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. zenar dados de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face
e voz, para subsidiar investigações criminais federais, estaduais ou distritais.
ANTECEDENTES CRIMINAIS ELEMENTOS CONSTITUINTES:
Art. 6º É VEDADO mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de ante- § 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais será integrado pelos regis-
cedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado tros biométricos, de IMPRESSÕES DIGITAIS, DE ÍRIS, FACE E VOZ colhidos em investigações
da sentença condenatória. criminais ou por ocasião da identificação criminal.
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz
EXCLUSÃO DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL dos presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da
REGRA: identificação criminal.
Retirada da fotografia quando da absolvição do acusado, não oferecimento da denúncia, da § 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com
rejeição da denúncia ou ainda do arquivamento definitivo do IP, desde que apresente provas de ele interoperar, os dados de registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos
sua identificação civil. por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal, estadual e
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado distrital, inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil.
ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado § 6º No caso de bancos de dados de identificação de natureza civil, administrativa ou eleito-
da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, ral, a integração ou o compartilhamento dos registros do Banco Nacional Multibiométrico
desde que apresente provas de sua identificação civil. e de Impressões Digitais será limitado às impressões digitais e às informações necessárias
EXCEÇÃO: para identificação do seu titular.
Retirada do banco de perfil genético quando da absolvição ou após 20 anos do cumprimento § 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros multibiométricos constantes
da pena. de outros bancos de dados com o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a unidade gestora.
I - no caso de absolvição do acusado; ou § 8º Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais TERÃO
CARÁTER SIGILOSO, e aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
II - no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte)
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e administrativamente.
anos do cumprimento da pena.
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência de registros biométricos relacionados
Art. 7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso,
a crimes deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial habilitado.
conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 10. É VEDADA a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional
ATENÇÃO! Há entendimento doutrinário afirmando que permanece a exclusão do banco de
identificação criminal quando houver a prescrição do crime. Multibiométrico e de Impressões Digitais.
§ 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão requerer ao juiz competente, no
BANCO NACIONAL MULTIBIOMÉTRICO E DE IMPRESSÕES DIGITAIS caso de inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico
e de Impressões Digitais.
Mas já era hora do Brasil regulamentar um bando de dados multibiométricos! O pacote anti-
crime cuidou de inserir tal prerrogativa na lei em questão, assegurando a existência de um banco de
dados que armazene traços múltiplos de pessoas, que vão desde reconhecimento facial, fotográfico,
fonográfico, tom de voz, traços somáticos (tatuagem, marcas de nascença, etc) e impressões digitais.
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LEI 9.454/97
Esta lei trabalha com a caracterização de um número único por Registro de Identidade Civil
para cada pessoa. A lei se refere a “cidadão”, no entanto a interpretação deve ser extensiva, até
por que sabe-se hoje que é possível que menores de 16 anos façam a identidade. O registro de
identidade civil tem o OBJETIVO de estabelecer a relação com a sociedade e organismos governa-
mentais e privados.
Art. 1º É instituído o número único de Registro de Identidade Civil, pelo qual cada CIDADÃO
BRASILEIRO, NATO OU NATURALIZADO, será identificado em suas relações com a sociedade
e com os organismos governamentais e privados.