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“OS SERES VIVENTES”


A GRANDE MAIÁ
Paulo Albernaz

SUMÁRIO
PREFÁCIO................................................................2
PREÂMBULO...............................................................4
CAPÍTULO I..............................................................7
1ª Parte..............................................................7
Classificação das Funções e Direção dos Seres Existentes na Terra....7
CAPÍTULO II............................................................57
2ª Parte.............................................................57
Seres Habitantes nas Regiões Nebulosas..............................57
GLOSSÁRIO..............................................................79
BIBLIOGRAFIA...........................................................85

© 1997
Madras Livraria e Editora Ltda
Paulo Albernaz, N.T.0000

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HAON – COMUNIDADE PGEM

@2001
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PREFÁCIO

Para definir e avaliar a obra para a qual, honrosamente, fui convidado


prefaciar, nada melhor que utilizar, como fonte de inspiração e parâmetro
de comparação, a mensagem de um Gênio verdadeiro, no caso, Apolônio de
Tiana, ao enunciar o 1le preceito de seu memorável "Nuctameron".

Se numa ampla retrospectiva analisarmos tudo quanto já se escreveu e


registrou no passado, nos chamados "Livros Sagrados", mitologias,
folclores e literatura de caráter ocultista ou espiritualista, no sentido
de se encontrar os elos verdadeiros que ligam a humanidade atual a suas
origens e ao próprio Cosmo, iremos encontrar sempre e invariavelmente
aspectos parciais dessa tão procurada verdade ou realidade última.

Isso porque, seja sobre o enfoque científico, religioso, filosófico, cada


uma dessas fontes se nos apresenta apenas como uma das facetas do prisma.
Daí porque esse posicionamento isolado tem levado inapelavelmente todas
essas correntes a uma sucessiva formulação e reformulação de teorias e
teses, que se chocam entre si, por falta exatamente de base de
sustentação plena a cada uma delas.

Na verdade, a presente obra estabelece exatamente um critério inverso


para justificar suas assertivas e fundamentações, ou seja, a adoção dos
princípios do ecletismo, analogia e sincretismo, indispensáveis para que
se possa efetivamente estabelecer uma síntese informativa do pensamento
humano, razoavelmente digna de crédito.

A proposta do Autor é ousada, mormente porque exige do Leitor uma


especial disposição para, corajosamente, elevar-se acima de velhos
conceitos, preconceitos e fórmulas mais ou menos arcaicas de pensamento
(às quais, aliás, a maioria das pessoas vive atrelada). Disse um dos
grandes Pensadores patrícios (Henrique José de Sousa):"A pior rotina que
existe é a rotina da Inteligência". E, na verdade, a leitura e melhor
aproveitamento dessa obra exige efetivamente que o Leitor se liberte de
tal rotina.

O Autor, dentro dessa temática, consegue realmente estabelecer conceitos


e firmar fundamentos para uma perfeita síntese Filosófica e Doutrinária,
em que, livre de quaisquer ranços ou tendências partidárias arraigadas,
pode o Leitor vislumbrar os prenúncios da Luz de uma nova e
rejuvenescedora Doutrina esclarecedora que, num futuro próximo, irá com
certeza realizar o ideal de fusão harmônica e perfeita entre todas as
fontes geradas pelo poder criativo do pensamento humano.

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Isso parece-me constituir um dos tais "Ruídos misteriosos que levam, de


um mundo a outro, as mensagens de Deus..."

Aulus Ronald Cirillo

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PREÂMBULO

Ao vermos hoje a humanidade, problemática e conflitante, com os diálogos


à beira do abismo, a máxima incerteza deverá imperar em relação ao nosso
amanhã num futuro próximo. Até os mais sagazes e entendidos nas doutrinas
e vaticínios da Nova Era, da Idade de Ouro no Ciclo de Aquário, duvidam
que ela possa chegar em tão curto espaço de tempo. A degradação, a
corrupção e o descalabro em que se acham afundadas as instituições
humanas é de tal monta, que nenhum país do mundo foge desse pernicioso
esquema.

Então, a chegada da tão esperada Idade de Ouro, que selará a concórdia e


o progresso geral das comunidades humanas, ainda tardará muito para
chegar?

Esse panorama pessimista não deve esmorecer nem desencorajar os


verdadeiros obreiros da evolução do homem. Justamente essa falência das
instituições humanas é um sinal bem claro da aproximação da Nova Era,
portadora de melhores dias para a nossa espécie. Sem a derrocada das
atuais organizações, com seus monopólios, seus oligopólios e demais
instrumentos de opressão do povo, não seria possível se firmarem as bases
de uma nova ordem, justa e equânime, para felicidade geral dos seres
humanos.

A derrocada completa de todas essas organizações opressivas atuais, quase


todas elas baseadas na preponderância da raça branca, é absolutamente
necessária, para que possa se firmar uma Nova Era, comandada por uma nova
raça.

Os seres ainda jovens que estão surgindo ultimamente, embora nascidos de


pais brancos, amarelos ou negros, já trazem dentro de si a nova estrutura
da Raça Dourada, fruto das conquistas dessas três raças. Não importa seu
aspecto externo, que será unificado com o tempo, pois seus dotes mentais
e morais são muitíssimo diversos dos atuais.

Tal transformação já está ocorrendo e mostrando seus efeitos benéficos.


Ela já vem se processando desde o começo do século e dentro de uma
geração, não mais que isso, mostrará seus maravilhosos sinais. No
entanto, para entendermos bem essa transição, teremos de saber muito bem
como se processa e rever toda a sorte de experiências pelas quais passou
a consciência dos homens.

O planeta Terra, este nosso rincão natal, é velhíssimo, e nós ainda não
suspeitamos de sua enorme antigüidade, muito e muito além do que os
nossos cientistas ensinam. Segundo relatam os textos antigos dos Vedas e
outros livros considerados sagrados pelos seus respectivos povos, a raça
humana não nasceu na Terra e já vem de outros planetas do nosso Sistema
Solar, sim, dos astros que se interpõem entre nós e o Sol. Esta é a
verdadeira razão de não encontrarmos aqui o ELO que a ciência apregoa

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existir entre a espécie humana e os animais. Já tratamos exaustivamente


desse assunto em nossos estudos anteriores.

De acordo com os ensinamentos dos brâmanes antigos, os macacos


antropóides e mesmo os chamados pitecantropos não são exatamente os
nossos ancestrais, e sim o resultado desastroso do cruzamento entre
homens e animais. Tal não ocorre mais porque o código genético humano se
completou, o que não ocorria naqueles tempos.

Uma coisa deveremos lembrar a quem quiser, de fato, desvendar esses


assuntos: o tempo que separa os acontecimentos que concorreram para o
desenvolvimento da humanidade é superdilatado e se conta na casa dos
milhões de anos, assim como a marcha das civilizações sobre a face da
Terra.

O entendimento desse processo evolutivo de todos os seres que hoje


habitam a superfície do planeta requer uma minuciosa busca do itinerário
da consciência humana, pelo menos nesse globo ou astro que habitamos.
Isso é o que veremos no decorrer das páginas deste livro, inclusive
analisando o meio ambiente em que se desenvolveu a nossa espécie. Se
omitimos involuntariamente algum detalhe, a mente esclarecida do leitor
facilmente proverá essa falha. O principal é a compreensão do esquema,
para que se tenha uma visão geral do veículo humano em evolução.

O autor

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ARCANO NÚMERO OITO

Uma mulher de rosto vedado e de negro,

trazia uma espada que ia até o interior da terra, pois eu a vi

penetrando pelo assoalho a dentro.

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CAPÍTULO I

1ª Parte

Classificação das Funções e Direção dos Seres Existentes na Terra

A incrível distância que separa uma simples pedra do PLANETÁRIO DA RONDA


é preenchida por uma não menos incrível escala gradativa de seres, das
mais variadas funções, que se distribuem por todo esse imenso e variegado
orbe terrestre. Nos capítulos anteriores, em livros já editados, tivemos
ocasião de abordar a natureza e constituição dos vários reinos existentes
na Terra: mineral, vegetal, animal e humano. Todos eles perfazem uma
verdadeira escala evolutiva. Agora vamos tratar das funções que cada um
desses espécimes exerce na trama da evolução. "Uma andorinha não faz
verão", diz um sábio brocardo popular, o qual vem bem a calhar para o
nosso caso. Qualquer que seja a colocação de cada uma dessas criaturas,
que no seu conjunto formam a Terra e tudo o que nela habita ou existe,
não possuem função isolada. Tudo, absolutamente tudo, inclusive as
pedras, está encadeado numa função única, como seja, a vida da Terra.
Nenhum ser é isolado dos demais, seja pela sua natureza, seja pela sua
função.

Em estudos anteriores, tivemos ocasião de dizer, e mesmo afirmar com


segurança, que o planeta Terra, onde todos nós vivemos, é ele mesmo um
ser vivo, pois abriga todos os seres que mencionamos. Se o orbe terrestre
tem a capacidade de tal envergadura, é porque ele mesmo possui um
metabolismo, tem movimento, etc., e, por isso mesmo, teremos de
reconhecer que o planeta Terra tem vida!

Agora mesmo, nestes últimos instantes do século XX, nós estamos


presenciando um fato, mais que revelador, que é uma prova de que o
metabolismo da Terra funciona, e com admirável perfeição. Nós estamos
fartos de saber que as calotas polares terrestres têm ambas uma grossa
capa de gelo, tanto na região Ártica, como na Antártica.

A crença geral é que, como nesses lugares os raios solares são por demais
oblíquos, não têm condições de produzir o calor necessário para o
derretimento do gelo que ali se acumula. O que nós não sabemos muito bem,
e que os sábios de antigamente ensinavam, é que tais calotas geladas
foram formadas após o Dilúvio, com a finalidade de reter o excesso de
água no planeta, quando recebeu toda a água da Lua, servindo para manter
uma temperatura média ideal para que a Vida que se instalou aqui na Terra
pudesse se manter em condições ideais.

Quando a temperatura global tende a se elevar, como está acontecendo


agora, com a ocorrência do fenômeno "El Nino", correntes marítimas
quentes e inúmeras erupções vulcânicas em vários lugares do planeta, as
citadas calotas polares também esquentam e soltam muito gelo. O aumento
do meio aquoso em volta do nosso astro se traduz por nuvens mais
espessas, céu nublado, muita chuva, inundações, etc.
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Tal estado de coisas tende a baixar a temperatura geral, que volta à


normalidade. Isso é um metabolismo muito bem elaborado por nossa mãe
Terra para manter uma temperatura média ideal.

Nunca deveremos perder de vista, entretanto, que o máximo objetivo da


evolução, não só terrestre como planetária, é o completo desenvolvimento
do homem. Não se trata aqui de uma presunção da espécie humana de querer
ser mais importante que as demais criaturas, mas sim de um fato
incontestável que se verifica com a natureza, como seja, a manifestação
da consciência divina em corpos humanos. Aquilo que a inteligência humana
reconhece pelo designativo de DEUS, reunindo todos os atributos de
criador, mantenedor e supremo dirigente, está no interior de cada ser. Em
nenhum deles, porém, tem a possibilidade de se tornar individualmente
consciente, a não ser no homem. Daí a afirmativa constante das mais puras
tradições da antigüidade de que o homem é a Coroa da manifestação.

Diante desses fatos, teremos de concluir que a mãe natureza só favorece o


homem no seu desempenho e desenvolvimento, na incessante busca da
superação dos acontecimentos, na ânsia de transformar seus fracassos em
sucessos, até merecer de Deus a tão almejada metástase.

Para que fosse atingida a atual fase por que passa a Humanidade, milhões
e milhões de anos já foram gastos, somente aqui na Terra. No entanto,
todo esse tempo é irrisório em comparação com a enorme quantidade de eras
decorridas na Lua, em Vênus e em Mercúrio, mesmo levando em conta várias
outras contagens de tempo, diferentes das que conhecemos na Terra. Não
falemos da preparação e experiências ocorridas em sistemas anteriores,
por não estar ao alcance da nossa mente, justamente por não possuirmos
dados suficientes.

Ao Reino Mineral compete a maior das tarefas, pois atinge a todos os


demais reinos. É nele que se acham gravados os programas a executar. Nas
propriedades dos minerais se baseia todo o esquema evolutivo da Cadeia
Planetária da Terra. Para que se processe qualquer trabalho, há de
existir uma fonte de energia que possa movimentá-lo.

Toda a energia do Sistema Solar provém da luz e da gravitação emanada do


Sol. Na realização desse complexo metabolismo entram as propriedades de
gases como o hidrogênio, o hélio, o oxigênio, etc., cujas imensas massas,
mantendo em suspensão toda a sorte de minerais fundidos e volatilizados,
exercem uma força gravitacional tamanha, que dá movimento e forma a todo
o Sistema Planetário. Se o hidrogênio e o hélio não fossem combustíveis e
o oxigênio não fosse carburante, o Sol não brilharia, nem irradiaria sua
poderosa onda de calor e força gravitacional até os confins do Sistema.
Aí está o Reino Mineral na maior e mais importante função evolutiva, isto
é, fornecer energia para que tudo o mais possa ter vida e movimento.

A propriedade de um mineral se condensar com o calor menos intenso


possibilitou a formação dos planetas e satélites que povoam todo o
Sistema.

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Uma antiquíssima tradição, guardada por milênios sem conta pelos povos
lêmuro-atlantes, cujos últimos remanescentes foram os rishis hindus e os
lamas tibetanos, diz o seguinte:

Essas obscuras palavras referem-se justamente ao aparecimento das


polaridades indispensáveis à evolução das coisas. A própria figura do
Pai-Mãe diz muito. Embora constituindo uma só coisa, já possui a eventual
possibilidade de ser dual, ou melhor, possuir a raiz da polaridade. Isso
quer dizer que a matéria cósmica indiferenciada, negra e imóvel, dava
começo a um movimento giratório.

Qual a origem desse impulso inicial?

A tradição mosaica que se passou para toda a cristandade tem a passagem


muito conhecida, que diz logo no início do primeiro livro da Bíblia, o
GÉNESIS, de Moisés:

A tradução literal do hebraico, como já referimos, seria: Sopro — Deus —


Luz. Chamemos em nosso auxílio aquela famosa frase latina: Spiritus Urbi
Volat: "O espírito sopra onde quer". Nesse caso, na falta de outra
explicação melhor, damos a versão tradicional, que diz que a Suprema
Inteligência Cósmica deu o impulso inicial à matéria cósmica, que começou
a girar no espaço infinito. A ciência moderna, dentro de suas próprias
forças, esbarrando nessa dificuldade do impulso primordial, inventou a
teoria do "Big Bang" — a grande explosão, para explicar o início do
movimento. Esta última versão, no entanto, possui uma série de
indagações, dúvidas e contestações. A primeira pergunta poderá ser a
seguinte: o que explodiu? E logo vêm as outras indagações: por que
explodiu?... Em que lugar?...

O famoso ruído de fundo, que deu origem à teoria, não poderia vir do
funcionamento das estrelas? Ele vem de todas as direções, quando deveria
vir do pretenso lugar da explosão. Como se explica isso? Etc., etc. Não
esquecer que o som não se propaga nos espaços interestelares. Deixamos de
mencionar a antiga crença dos cientista, de que existiria vácuo entre os
astros, o que de fato não foi comprovado. Existe sim uma espécie de
matéria tão sutil, que foi tomada como ausência total de matéria, o que
fere os próprios princípios da nossa Física. Aquele ruído mencionado foi,
de fato, captado pelas ondas hertzianas dos rádiotelescópios. Mas, não
importa, porquanto, de uma forma ou de outra, foi dado o início de um
movimento com que talvez os cientistas irão atinar, no futuro.

15A teoria da explosão é bem pouco convincente, pois o que se vê


invariavelmente pelo espaço afora são imensas nebulosas dotadas de
movimento giratório, o que lhes dá um aspecto espiralado. A dita explosão

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daria um aspecto bem diverso aos universos-ilhas que observamos pelo


espaço cósmico.

Portanto, suponhamos que todos esses grupos estelares sejam dotados de um


movimento giratório, aliás, bem comum a todos os corpos que gravitam no
espaço. O movimento giratório tem a virtude de provocar as diferenças de
temperatura entre as várias partes componentes de uma mesma nebulosa.
Isso provoca o desprendimento de mais energia, gerando pressões na parte
central da grande massa giratória. Todo esse tal processo vai
recrudescendo até provocar o incandescimento do núcleo, e o corpo estelar
começa a brilhar. Todos esses acontecimentos são possíveis graças às
propriedades dos corpos minerais. Suas reações diante do calor, do
atrito, de pressão e do contato de uns com os outros, permitem o
desempenho das funções necessárias para que os minerais formem as
nebulosas, os quasares, os sóis, os sistemas solares, todos os sistemas
planetários, com suas condições favoráveis à proliferação da vida
vegetal, animal e humana.

O estudo, a classificação e a codificação da maioria dessas funções dos


minerais foram observados por dois grandes ramos da ciência humana atual:
a Física e a Química. Seus ramos e sub-ramos formularam leis baseadas na
observação das propriedades minerais, pelas quais o Reino Mineral exerce
a sua importantíssima função em prol da Evolução.

Os minerais sólidos, em forma de rochas, constituem a base e a


consistência ou estrutura das terras, montanhas, areias e tudo de sólido
que existe. Os minerais líquidos formam os mares, os rios, os lençóis
freáticos. Os minerais gasosos formam a atmosfera, as nuvens e fumaças,
que através dos ventos se espalham por toda a superfície do planeta. Isso
sem falar na constituição física dos seres vivos em todos os quais entram
com os minerais maior ou menor contribuição. E a função dos minerais não
pára por aí: em suas múltiplas e diversificadas propriedades estão
baseadas todas as programações ou códigos genéticos de plantas, animais e
homens.

Daí os sábios antigos se referirem à PEDRA DA LEI, numa clara alusão a


esse assunto, e não somente aos Códigos de Ética ou Mandamentos da LEI DE
DEUS. Sim, de fato tal código é de tamanha importância e profundidade, a
ponto de a Sabedoria Tradicional das Idades denominá-lo de Budha Mineral,
sob o nome ultra-secreto de Ag-Zim-Muni. Se fosse apenas um código de
ética, destinado ao homem, único que possui um livre-arbítrio capaz de
segui-lo ou não, de forma alguma faria jus àquele designativo de "Budha",
o qual aponta justamente a suprema função do referido Reino, que no caso
vertente é o Mineral.

Diante disso, compreendemos que todos os seres vegetais, animais e


humanos têm suas vidas baseadas nas funções dos corpos minerais, simples
ou compostos. Estruturas orgânicas, arcabouço, alimentação, reprodução,
enfim, tudo está baseado no mineral e suas propriedades. Até o registro
da nossa memória física está relacionado com as propriedades magnéticas
dos componentes minerais de nossa massa cinzenta. Confere ou não?
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Que dizer, por exemplo, da organização dos cromossomos em nossos genes?

Eles são capazes de reproduzir um novo ser à semelhança de seus pais,


tanto nas formas físicas, como psíquicas e mentais, trazendo tendências
boas ou más de gerações anteriores. Esse processo é bem conhecido dos
sábios hindus, que o chamam de "Skandas e Nidanas".

O mistério da forma pela qual as células retiram do meio ambiente o


material necessário para a sua reprodução foi estudado por dois
bioquímicos norte-americanos, os professores M. W. Nirenberg e J. H.
Matthael. O estudo recebeu o nome de O CÓDIGO GENÉTICO. Trata-se de um
desenho muito esquemático e que tem por objetivo apenas dar uma idéia,
ainda que pálida, sobre a organização e o funcionamento da nossa
programação, que permite o metabolismo do corpo vivo. Esse assunto é
extremamente controvertido e os cientistas modernos ainda não chegaram a
um consenso comum.

Ainda que pareça estranho, nestes últimos tempos, com o advento da


informática, os programas para o funcionamento dos computadores e a
execução de suas múltiplas tarefas, os investigadores já estão chegando à
conclusão de que tudo isso dentro do corpo chama-se CÓDIGO GENÉTICO.

Diga-se, de passagem, que tanto as plantas como os animais e ainda mais


os homens possuem esse esquema de funcionamento, onde estão bem gravadas
todas as atividades que tais seres devem desenvolver. O que nós chamamos
de instinto animal, tanto para estes como até mesmo certos comportamentos
humanos, é oriundo desse Código Genético. É uma espécie de programação de
desempenho para tais seres, que de certa forma os obriga a tais comporta-
mentos. O homem, de uma maneira geral, rege-se por seus dotes mentais e
seu precioso livre-arbítrio; no entanto, sente sempre os impulsos daquela
programação preestabelecida, cabendo-lhe, entretanto, impor sua vontade,
se deve obedecer ou não.

Em nossas observações, notamos que certos animais parecem possuir


inteligência, pelas suas atitudes; no entanto, nada mais é do que a
obediência àquele Código Genético que acabamos de mencionar.

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Vejamos o esquema que foi feito do funcionamento de tal CÓDIGO:

Ao alto (A) está representado o núcleo de uma célula contendo o DNA (a),
que tem em sua estrutura a "instrução" para a formação de proteínas. A
síntese destas vai se formando externamente no ribossomo (B). O elemento
que serve de intermediário do núcleo ao ribossomo é o RNA (b),
estruturando-o de modo a tirar uma cópia, um "modelo" de si mesmo. De tal
modo, a mensagem contida no DNA pode ser transferida para o lado de fora
do núcleo. O RNA — modelo (b-1) dispõe-se no ribossomo. Nesse ínterim o
aminoácido (c) vem "ativar" as enzimas especiais (e). Agora entra em jogo
o RNA-transportador (b-2) que, à semelhança do RNA-modelo, realiza a
síntese provinda das instruções do DNA. Cada um dos elementos do RNA
agarra um aminoácido e o conduz ao ribossomo, de acordo com o RNA-modelo.

Os vários aminoácidos passam a fixar-se, de modo a tornarem-se uma


"cópia" do RNA-modelo, e encadeiam-se exatamente como o RNA-
transportador. Os vários aminoácidos juntam-se, finalmente, ao seu lado,
formando uma cadeia mais ou menos longa. Está pronta a síntese da
proteína (C).

As funções desempenhadas pelos corpos minerais são tantas e tamanhas, que


daria para preencher as folhas de grossos volumes, de grande tamanho.

E os espécimes vegetais, cujos corpos são dotados de programações mais


complexas?

Já tivemos ocasião de abordar, em estudos anteriores, embora


ligeiramente, a grande diferença entre o mineral e o vegetal. A principal
delas é que o mineral modifica-se em contato com o meio ambiente, porém,
não se reproduz. O vegetal, por sua vez, usando as propriedades físicas,
químicas e magnéticas dos minerais, consegue retirar de seu redor os
elementos necessários para a sua alimentação, crescimento e reprodução. A
planta usa a energia primordial do universo, que é a luz solar, para as
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suas transformações. Baseada talvez nesse princípio universal a Raça


Amarela, cuja civilização portentosa chegou a ocupar grande parte da
superfície terrestre, implantou o culto ao Sol, aliás, já herdado dos
lemurianos, morenos escuros. Os chineses, egípcios, caldeus, mongóis,
japoneses, maias, astecas, inças, etc. intitulavam-se "Filhos do Sol".

Enquanto o Homem ainda estava na "prancheta" do Supremo Arquiteto,


minerais, vegetais e animais já criavam condições ambientais para recebê-
lo. O reino mineral forneceu os ingredientes e o potencial relativo. O
reino vegetal teve o seu papel de agente modificador e preparador das
condições favoráveis. Os animais, por sua vez, forneceram o protótipo das
condições corporais.

Os astrônomos e astrofísicos, bem como os biólogos, reconhecem


plenamente, hoje em dia, que as condições favoráveis à vida num planeta
como a Terra foram criadas única e exclusivamente sob a influência da
cobertura verde, que aos poucos foi se alastrando por grande parte da
superfície terrestre.

O vegetal retira da atmosfera o azoto e o gás carbônico, exalando, ou


melhor, libertando o oxigênio tão necessário à vida animal e humana. O
desenvolvimento da árvore foi de suprema importância para o surgimento do
Reino Animal.

A tradição hebraica, na maior das alegorias, fala com grande ênfase de


duas supremas qualidades de árvores plantadas bem no meio do Paraíso
Terrestre. Conforme diz a Bíblia, são elas:

”ETZS RIIM” “ETZS RADONT”


A Árvore da Vida A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal

Ambas foram plantadas uma do lado da outra. Tudo isso é tradição e revela
a imensa sabedoria da antigüidade, oculta pelo desgaste dos milênios nas
ruínas quase irreconhecíveis de um passado muito glorioso, que o tempo
denegriu. No entanto, tudo tem a sua razão de ser. As palavras e as
frases varam os séculos e muitas vezes mudam o seu significado e a sua
transparência. O que era claro e óbvio numa época torna-se obscuro e
ininteligível noutra, onde os costumes — e principalmente os
conhecimentos — se modificam.

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Poderemos dar como exemplo as passagens existentes em livros sagrados


como os Vedas, o Apocalipse, os livros do Velho Testamento, poemas épicos
como o Mahabharatha, etc., que falam em fabulosos veículos aéreos, usados
por personagens da mais remota antigüidade e que somente nesses últimos
decênios passaram a ser considerados menos fictícios.

Aos estudiosos mais sérios e persistentes surge, como a mais antiga e


saudável, a alimentação retirada dos vegetais. O homem, nas eras mais
remotas e em planetas outros que não a Terra, parece ter sido frugívoro,
como diz o "Gênesis" de Moisés, dizendo que Caim, o filho mais velho do
casal Adão e Eva, era agricultor. Somente com Abel é que surgiu o regime
carnívoro, pois ofereceu ao Senhor as gorduras de seu rebanho. Portanto,
um dos mais importantes papéis desempenhados pelos vegetais tem sido, no
decorrer das Eras, alimentar e nutrir os homens e animais. Já tivemos
ocasião de afirmar que os frutos das plantas são as maiores dádivas que a
natureza oferece, principalmente aos homens. Sensibilizam favoravelmente
os sentidos da vista, do olfato e do paladar. São alimentos sadios e
substanciais. É claro que a introdução do regime carnívoro e as
diferenças de temperatura e condições climáticas provocadas pelo
aparecimento das quatro estações do ano, provindas da inclinação do eixo
da Terra em relação ao Sol, mudaram consideravelmente os temperamentos
humanos.

O aparecimento dos também QUATRO temperamentos exigiu do homem uma


profunda modificação em suas necessidades alimentares, que em muitos
casos não pode prescindir de uma alimentação mista, em que a carne entra
de maneira preponderante.

A função das plantas, entretanto, é de maior amplitude, haja vista a


aplicação de seus produtos na elaboração da maioria dos remédios, como
fonte de energia, materiais de construção, vestuário, perfumarias etc. É
preciso que não se perca de vista que a construção ou organização, tanto
do homem como do animal, conta com estruturas tipicamente vegetais, sendo
a principal delas o sistema nervoso, com suas ramificações por todo o
corpo. Existe mesmo quem compare o sistema nervoso humano com uma árvore
invertida, as raízes no crânio e os galhos pelo tronco e membros. A
imaginação de cada um preencherá facilmente outras facetas que deixamos
de citar.

E o papel do animal? Quantas e quão variegadas são as funções executadas


pelos mais diversos espécimes animais?

Existe, no entanto, um ponto de transição entre uma entidade vegetal e


outra animal. Há casos em que as funções de tais seres de tal modo se
confundem, que somente uma acurada observação pode determinar com
precisão a que reino pertencem certos espécimes. A rigor, vai uma
distância muito grande entre o vegetal e o animal. Suas programações,
isto é, seus códigos genéticos, diferem bastante um do outro. A planta
consegue se expandir muito, mas não tem a possibilidade de se locomover
por seus meios próprios. Esta característica já distingue o Reino Animal.
Enquanto a planta é limitada pelas condições do meio ambiente onde
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desenvolve suas funções, o animal desloca-se com desembaraço para o meio


que mais lhe convier. O Budha Vegetal, denominado pelos hindus de a
ÁRVORE DE TCHAYTÂNIA, produz "sangue e leite". Esses dois produtos já
indicam qualidades animais. Mas o "sangue" a que se refere a tradição
hindu sobre a Árvore de Tchaytânia na realidade trata-se de sua resina de
cor vermelho vivo, de gosto agradável e perfumada. Já o "leite" é sua
seiva branca e adocicada. A primeira brota de seu tronco poderoso quando
ofendido; e a segunda, ao serem partidas as extremidades de suas ramas,
junto às folhas.

Ambas são empregadas no preparo de licores ritualísticos, espécie de


"vinho de missa", usado pelos brâmanes desde a mais remota antigüidade. A
ÁRVORE DE TCHAYTÂNIA, o Budha Vegetal, chamado de Mag-Zim-Muni pelos
hindus e tibetanos, é uma árvore majestosa, comparável à já citada ÁRVORE
DA VIDA. Como podemos verificar, as funções de um mineral e de uma planta
variam desde um simples e isolado desempenho até uma complexa e coletiva
função, num máximo esforço possível, dentro dos respectivos reinos. Um
metal precioso como a platina, por exemplo, quase imune ao oxigênio e de
um altíssimo ponto de fusão, consegue manter-se inalterado por milênios.
Quer dizer, desempenha uma função reduzidíssima como mineral, no entanto,
é apreciadíssima em joalheria, justamente pelos mesmos motivos. No outro
extremo encontramos o Budha Mineral, responsável por todas as
programações evolutivas, não só dentro do próprio Reino, como em todos os
outros.

No Reino Vegetal temos a simples função de uma microscópica alga, até o


Budha Vegetal, como a ÁRVORE DE TCHAYTÂNIA, que pode muito bem ser uma
representação do sistema nervoso dos seres vivos, responsável — por isso
mesmo — pelo desempenho das funções evolutivas de plantas, animais e
homens.

Mas voltemos às indagações sobre os seres animais. A ameba, dizem os


biólogos, trata-se do animal mais simples que existe, por ser unicelular;
suas funções, no entanto, estão encadeadas a outras tantas espécies e
chegam a influir até na saúde do homem. De uma simples ameba até o
complexo corpo de um antropóide, desenvolve-se uma infinidade de tipos
animais com as mais variadas funções no ciclo evolutivo da natureza:
bactérias, insetos, peixes, aves, mamíferos, etc. formam um verdadeiro
exército de agentes modificadores do meio ambiente.

Os animais têm funções específicas, embora tenham opção para escolher os


meios de cumpri-las. Citaremos o exemplo de um microscópio animal
unicelular, a Vampyrella Spirogyra, um gênero de ameba (amoebae) que tem
como alimento exclusivo sugar o conteúdo das células de uma alga chamada
Spyrogyra, daí o seu nome. Ela rejeita qualquer tipo de outras plantas
aquáticas, rejeitando-as de um lado e de outro, até atingir o seu alvo
predestinado. A explicação dessa única predileção intriga os biólogos,
pois indica uma escolha de certa forma inteligente, o que não seria
compreensível, considerando-se a individualidade de um animálculo
unicelular, desprovido de qualquer estrutura mais complexa.

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É que a biologia moderna ainda não chegou aos conceitos de "alma grupo",
em que uma única consciência engloba uma infinidade de seres da mesma
espécie e até de funções diferentes. Dois exemplos marcantes desse
conceito são as chamadas "sociedade das abelhas" e "sociedade das
formigas". Apesar de os biólogos ainda não ter encontrado esse
raciocínio, as abelhas e formigas, apesar de semelhantes, cumprem tarefas
diferentes. Existem as formigas-rainhas e as abelhas-rainhas, cuja função
é só procriar. Quem não conhece as formigas cortadeiras, que transportam
o alimento para os formigueiros? E as abelhas captadoras de pólen?
Nenhuma dessas duas põe ovos. E as formigas-soldados? Sua função é
proteger o formigueiro e só isso. E os zangões? Sua única função é
fecundar a abelha-rainha. Uma formiga ou abelha, individualmente, não
possui condições de sobrevivência. Ela depende da vida comunitária do
formigueiro ou colmeia. Então, o verdadeiro indivíduo é o formigueiro ou
a colmeia inteira! Vários tipos de animais, embora mais individualistas,
guardam esse sentimento gregário. Uns vivem em numerosos bandos e outros
apenas em pequenas famílias. É raro o animal que vive isoladamente, e os
que assim agem, como a águia, o tigre e o jaguar, acham-se em fase de
quase extinção. Por falta de ecletismo das várias ramificações da ciência
moderna, é difícil para o biólogo entender a "alma grupo". A Biologia
descuida-se da Física. Na verdade, só poderá entender plenamente esses
mistérios do Código Genético um profundo conhecedor da Eletrônica,
principalmente no campo da COMPUTAÇÃO DE DADOS. O que é realmente um có-
digo genético, senão uma verdadeira "programação" de funções, que o ser
vivo deve executar no decorrer de sua vida?

A ciência humana não conseguiu isso dos modernos computadores? Só ainda


não lhes deu meio e programação para se reproduzir. Já nos referimos ao
fato de alguns biólogos reconstruírem em laboratório uma célula com todos
os seus componentes físicos e químicos. Só faltou uma coisa — a alma —
para que tal reconstituição pudesse viver. Essa "alma", no entanto, nada
mais é do que a programação de funções para que semelhante "objeto"
passasse à categoria de Ser Vivo, com capacidade de movimentar-se,
alimentar-se e reproduzir-se.

Dentro de um formidável encadeamento de funções e ciclos de vida, a


ciência já conseguiu juntar vários tipos de animais, plantas e até
minerais nas chamadas "cadeias alimentares", onde parece terem surgido as
idéias ecológicas hodiernas. De fato, nenhum homem, animal, planta ou
mineral está sozinho nesse plano da manifestação. Uns dependem dos outros
e entre si se ajustam no majestoso e imenso "quebra-cabeça" que forma o
Universo inteiro.

Mais inteligentes que os homens são os astros, porque num planeta como a
Terra, que conhecemos melhor, sua inteligência é o somatório de todas as
inteligências humanas que a habitam. Muitas das tradições antigas
veladamente falam no HOMEM CÓSMICO, que na realidade são os Astros
Inteligentes. À primeira vista, tal afirmativa parece temerária e
desprovida de qualquer sentido. Mas se atentarmos para as relações entre
o grande e o pequeno, entre o Macro e o Microcosmo, chegaremos fatalmente
à conclusão de que, se a nossa Mãe-Terra teve a capacidade de manter e
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abrigar seres inteligentes, ela própria deve ter uma superinteligência.


As mesmas entidades que, em pequenas porções, animam e dirigem os homens,
na sua totalidade animam e dirigem a Terra.

A esta altura dos acontecimentos, já estamos em condições de vislumbrar


melhor o encadeamento interno existente entre os Reinos Mineral, Vegetal,
Animal e Humano. Embora as funções de cada um desses Reinos sejam bem
delineadas, existem plantas que parecem minerais e até animais que com
esses se confundem, como os corais, por exemplo. Existem animais que
parecem plantas ou vice-versa.

Certos homens há que se aproximam dos animais. De uma outra forma, há


animais que se tornam quase humanos, não tanto fisicamente, mas no seu
comportamento.

As tradições antigas afirmam que o homem é o mais antigo dos seres vivos
e que tudo foi feito em função da espécie humana. No próprio "Gênesis" de
Moisés afirma-se que, após ter criado o homem, Jehovah (Deus) fez os
animais e os apresentou ao homem para que este lhe desse os nomes
respectivos. As tradições trans-himalaias afirmam que os animais
superiores, os macacos antropóides, resultaram do comércio entre os
homens e certos animais. A Bíblia, por sua vez, tem ocasião de afirmar
que certos "Anjos" tiveram também comércio com os homens.

Os vários fragmentos do detratado Livro de Enoque igualmente fazem alusão


a esse último fato tão controvertido. Infelizmente, seus restos foram tão
deturpados e cheios de interpolações grosseiras, que tal livro foi
considerado apócrifo.

Na transição entre a Raça Amarela (atlante) e a Branca (Ariana), a


humanidade chegou a um nível de tal degradação e ignorância, que destruiu
quase completamente o pouco que restou da formidável e inacreditável
civilização lêmuro-atlante. Somente agora, decorridos milênios do
desaparecimento dos últimos centros civilizados atlantes, a humanidade
está chegando às fontes do saber universal, assim mesmo com a relutância
de certos cientistas ainda aferrados a uma pseudociência de curtos
horizontes.

O Dr. Harry Haris, da Universidade da Pensilvânia, EUA., por exemplo,


embora não suspeitasse da profundidade de sua descoberta, chegou à
seguinte conclusão:

"O material genético humano compreende várias localizações de proteínas


semelhantes. Por isso o tipo de gene que age numa determinada célula
depende da localização desta. A enzima fosfatase alcalina (FA), por
exemplo, é produzida no homem por genes em três localizações de
cromossomos: um gene age na placenta, outro no intestino e outro no
fígado, ossos e rins. As enzimas resultantes diferem em carga elétrica,
estabilidade, interação química e ligação com anticorpos. A forma
placental humana da F A (fosfatase alcalina) é rara entre animais, nos
quais, em geral, encontra-se na placenta e no fígado uma enzima
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semelhante àquela produzida no fígado humano. Nos animais, uma forma de


enzima semelhante à da placenta humana só foi observada nos chimpanzés,
gorilas e orangotangos. Além disso, apesar de as pessoas só possuírem a
mesma fórmula de FA no fígado e intestinos, para a placenta foram encon-
tradas várias formas de fosfatase alcalina".

Essa observação do eminente professor vem corroborar de forma plena a


teoria de que os antropóides são extremamente iguais ao homem, e a
tradição oriental afirma com segurança que tais seres descendem
diretamente dos homens e não estes daqueles, como dizem. Desse fato
nasce, na verdade, a contradição da chamada "Evolução das Espécies", tão
querida para os biólogos, mas que carece de fundamentos reais.

Como vimos, os Reinos da Natureza foram criados quase que de maneira


simultânea, exceção feita ao Reino Mineral, que necessitou de criar
condições favoráveis nos planetas como a Terra, para que em seu ambiente
pudessem proliferar elementos tais como: vegetais, animais e... homens.
As funções e a dependência de todos os espécimes pertencentes aos quatro
reinos da Natureza são de tal maneira indissociáveis, que nem é possível
estudá-los separadamente com sucesso.

Já tivemos ocasião de nos referir aos Budhas Mineral e Vegetal. Chegou a


hora de tratarmos do Budha Animal, chamado pelos hindus e tibetanos de
"TUR-ZIM-MUNI". Simbolicamente, é representado pelo Touro Sagrado. Tal
símbolo tem sido venerado através dos tempos por inúmeros povos da
antigüidade: o "Boi Apis" das tradições egípcias de um passado remoto; o
"Minotauro" de Creta; os "Centauros" da mitologia grega; o "Bezerro de
Ouro" dos hebreus; o "Touro Alado" dos caldeus; etc., etc. O mais
interessante é que o "Minotauro", por exemplo, é a figura de um homem com
cabeça de touro, o que pressupõe um corpo de gente com idéias e instintos
animais, portanto um ser em degradação, coisa comum nos dias de hoje. Já
o "Centauro", que deveria se chamar "Menstauro", é um touro com cabeça e
tronco de homem, o que revela um animal com coração e inteligência
humana, por isso mesmo, no sentido evolutivo, de progresso, etc. A
Humanidade divinizou o Touro.

Este último é o verdadeiro "Budha Animal" ou touro sagrado. Na índia, no


Tibete e na China as vacas são sagradas, pois "Vac" em sânscrito

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simboliza ou designa a Sabedoria. O símbolo do Touro é tão importante nas


tradições antigas que passou ao Zodíaco, como um de seus signos.

O símbolo do "Budha Animal" representa a própria figura do "Menstauro",


ou seja, a vitória sobre o corpo animal, o domínio das paixões e dos
instintos.

O Arcano XIX do Novo Ciclo faz menção a esse aspecto do Budha Animal,
simbolizando a Trindade Humana: Pai-Mãe-Filho, cavalgando ou dominando o
animal; por isso mesmo os braços da figura tríplice humana seguram e
dirigem o "animal", colocando as mãos sábias e firmes sobre os seus
chifres. Um simbolismo deveras revelador!

Nesse Arcano XIX, ..."O Sol dardejando raios dourados... Um personagem


metade Homem, metade Mulher, montado num boi, cuja cara à esquerda era
preta e à direita branca... O peito do personagem, quando se abria na
metade, via-se a face de uma criança..."

O desenho deixamos para apresentar no capítulo dezenove.

No decorrer dos milênios, os homens vêm observando os animais, tirando


proveito de seus desempenhos. A humanidade conseguiu mesmo adestrar
certos animais, os quais lhe prestam valiosos serviços. Ainda hoje os
animais de montaria ajudam o homem a se locomover e houve, mesmo, eras e
eras em que o animal respondia por todo o sistema de transporte
terrestre. Hoje em dia, em que os animais só são utilizados como meio de
transporte em locais afastados dos grandes centros, existe no entanto um
serviço muito importante prestado pelos animais. Referimo-nos a todas as
espécies de cobaias, que prestam altos e inestimáveis desempenhos nos
laboratórios de pesquisas.

Mais recentemente, o homem tem voltado sua atenção para os animais


aquáticos. Pingüins, focas, golfinhos e até baleias têm revelado um
grande poder de percepção e mesmo rudimentos de inteligência, pois
conseguem se desempenhar facilmente nos mais difíceis aprendizados.
Desses últimos, os golfinhos têm se sobressaído sobremaneira pela sua
capacidade de pronto entendimento às instruções dadas. São dotados de um
delicado aparelho auditivo com que, à semelhança dos morcegos, conseguem
se guiar perfeitamente através de águas de baixa visibilidade.

Uma coisa, porém, que não podemos deixar de abordar, pela sua grande
importância entre os vários reinos da natureza, é o problema das
lideranças. Nos minerais, é quase nula, nos vegetais é fracamente ativa.
Já nos animais as lideranças desempenham papéis bem preponderantes no
desenvolvimento e manutenção de cada espécie. Todavia, na espécie humana
é onde assumem o mais alto grau de relevância.

Já mencionamos as rainhas das abelhas e formigas, em volta das quais se


movimentam as colmeias e formigueiros. Igualmente os lobos, elefantes,
macacos, bisões, búfalos, peixes e outras espécies animais possuem seus
dirigentes, que invariavelmente são os animais mais fortes e capazes do
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bando. Tais chefes são reconhecidos pela maioria e conduzem os seus


rebanhos aos mananciais de água e alimento, defendendo-os dos predadores.

A espécie humana, gregária por excelência, desenvolve os mais variados


tipos de liderança. Até as mais primitivas tribos selvagens têm o seu
cacique, que muitas vezes exerce poder absoluto sobre seus súditos.

Na belicosa marcha da civilização ariana, desde a sua fundação ou


estabelecimento pelo Manu Vaisvávata, no planalto do Pamir, a raça humana
vem testando formas de governo de todos os tipos. Até hoje não
conseguimos uma forma de governo ideal para as nossas necessidades. As
demais raças hoje existentes geralmente têm adotado as experiências que
por nós têm sido feitas. Isso torna o mundo todo no mesmo estado de
coisas. Esperamos que melhore no próximo Ciclo!

Mas voltemos à capacidade funcional dos animais, desde os insetos até os


mais importantes mamíferos. As colônias de fungos e demais parasitas se
desenvolvem em círculos à semelhança dos corais, que formam nos mares
gigantescos atóis. O gênio de arquiteto e acrobata das aranhas constrói
incríveis redes de finíssimo fio para as suas teias, cuja finalidade
prática é apanhar insetos voadores para o seu sustento.

Que dizer da sólida estrutura geométrica em cera, de uma colmeia de


abelhas, cujos favos — de um perfeito desenho geométrico — servem para
armazenar mel e de berço para suas ninfas? O planejamento biológico e a
execução perfeita de suas estruturas básicas superam de muito nossa
capacidade de compreensão. E a construção dos chamados cupins, que se
ergue em meio aos campos, como réplica dos animais "irracionais" às
construções humanas? Não nos esqueçamos de que estamos falando de
insetos, que, segundo a ciência, são desprovidos de qualquer
possibilidade de raciocínio.

E as aves? Para citar apenas fatos mais conhecidos, poderemos nos lembrar
da fabulosa arte de um joão-de-barro construindo as sólidas paredes e
estruturas de seu ninho, no alto dos galhos de uma árvore, com material
que ele mesmo prepara e transporta com seu bico. Há certas espécies de
beija-flor, com suas rapidíssimas asas, que até conseguem recuar em pleno
ar, quando em vôo, e constróem volumosos ninhos nas altas ramagens, de
pequenos gravetos e folhas secas, longe do alcance dos predadores e em
locais protegidos, onde não sofrem o dano de ventos fortes. O pica-pau
tem a capacidade de cavar o seu ninho no oco de grossos troncos e o faz
levando em conta o trajeto do Sol e a ocorrência de ventos perniciosos.

Menção especial devemos fazer aos moluscos e sua capacidade de construir


delicados caramujos em forma espiralada, alguns dos quais com delicados
desenhos coloridos, de rigorosa forma geométrica. Outros constróem
conchas não menos interessantes e elaboradas.

Existem animais que conseguem alterar as condições do meio ambiente.


Entre os mamíferos encontramos o castor, por exemplo, que é habilidoso
"engenheiro", com capacidade de represar riachos de bom volume de água,
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para construir o seu ninho ou toca, com entrada subaquática, colocando a


salvo seu próprio refúgio. A escolha do local para tal obra requer o
reconhecimento e cuidadoso levantamento dos arredores, tarefa digna de um
ser racional e treinado.

Um outro fato a mencionar refere-se aos animais aquáticos, melhor dito,


os peixes: é a chamada piracema. Quando se aproxima a época da desova,
uma grande quantidade de peixes sobe os rios até as cabeceiras, passando
rio acima por cachoeiras e corredeiras, para aí cumprir a desova, como se
algo inteligente a impulsionasse a tal missão. Se assim não fosse, os
rios acabariam por se tornar limpos de sua fauna aquática.

Inúmeros são os pássaros que emigram, justamente nas épocas de


acasalamento ou quando as condições climáticas lhes são desfavoráveis.
Para isso cruzam a Terra até de um hemisfério para o outro, percorrendo
distâncias incríveis, sem errar a direção ou rota.

Enfim, todos os animais parecem obedecer uma orientação deveras


inteligente, a qual, se prestarmos atenção, não emana, na maioria das
vezes, de um indivíduo, mas da coletividade. Um estudo mais acurado ainda
mostrará ao investigador persistente que a ocorrência desses impulsos
inteligentes não é constante, mas apresenta-se na forma de ondas de maior
ou menor intensidade. Tais oscilações provocam um maior ou menor
coeficiente de acertos. Como resultado, as espécies tornam-se mais
numerosas nos picos positivos. Nas depressões ocorre uma redução sensível
na propagação da espécie, podendo ocorrer até sua completa extinção.

Os hindus e tibetanos ilustres chamam a fase de grande desenvolvimento de


Vaga de vida. Trata-se efetivamente de uma onda vibratória positiva que
faz evoluir certas espécies, em determinado tempo, provocando grande fase
de desenvolvimento. Essa lei é válida tanto para os vegetais como para os
animais e principalmente para os homens. Dentro deste gigantesco e
fabuloso esquema, umas espécies ajudam as outras, embora pertencentes a
reinos diferentes.

Há, no entanto, espécies nocivas nos diversos reinos, que agridem e se


tornam perniciosas tanto às plantas, como aos animais e homens. É a
eterna luta pela sobrevivência, que nasceu com o mundo e morrerá com ele.

A tal "ajuda" que uma espécie presta a outra independe do reino a que
pertencem. É um dos fatos bem comuns observados entre os seres vivos em
desenvolvimento e, diga-se de passagem, é a razão principal de se dedicar
um capítulo inteiro a fim de estudarmos e compreendermos essa imensa
trama natural, que visa transformar a Vida Energia, tornando-a em Vida
Consciência.

Um dos componentes químicos indispensáveis à vida é o nitrogênio, que


existe abundantemente em forma gasosa, na atmosfera. Aliás, um dos
fatores de grande importância para a ocorrência de vida num planeta é
justamente a existência de razoável quantidade de nitrogênio livre em
forma de gás, na atmosfera. Mas nessa forma gasosa ele não pode ser
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diretamente aproveitado. Suas moléculas terão de ser primeiramente


quebradas, para que os átomos do mesmo nitrogênio se combinem com os de
hidrogênio e formem a amônia, produto básico para ser utilizado em
diversos processos metabólicos dos seres vivos. A natureza faz isso
suavemente, a cada instante, por meio de bactérias, que vivem livremente
no solo terrestre, de algas azul-verdes e também de um outro tipo de
bactérias que se infiltram nas raízes das leguminosas, produzindo nódulos
característicos. Os micróbios fixadores de nitrogênio trabalham com
enzimas e desenvolvem uma série de reações que os especialistas chamam
de "sistema nitrogênese". As raízes das leguminosas, por exemplo, são
invadidas por bactérias do gênero Rhizobium, que formam nódulos que
estabelecem simbiose com a planta. Esta lhes fornece hidrato de carbono e
os rizóbios dão em troca nitrogênio fixado. Outras bactérias fixadoras de
nitrogênio não formam nódulos, mas associam-se à raiz da planta, ficando
em sua superfície ou mesmo penetrando nela. Também aí ocorre simbiose, na
qual a bactéria obtém da raiz produtos que a planta elabora à custa da
fotossíntese e dela extrai energia, que emprega na fixação do nitrogênio,
cujo produto a planta absorve.

Entre os animais existe toda uma série de fatos semelhantes; no entanto,


eles são das mais diversas modalidades. Já foram encontradas, no interior
dos formigueiros, colônias de certa espécie de pulgões, aos quais as
formigas fornecem alimento em troca de uma substância parecida com o
leite, que os mesmos segregam.

O homem, no entanto, é o ser que mais se utiliza dos demais seres vivos e
até dos minerais, a começar pelas enzimas e bactérias que o mesmo cultiva
em seu sistema digestivo, para promover o processo da absorção dos
alimentos que ingere. Seria fastidioso enumerar o grande rol de animais e
plantas de que o homem lança mão para o seu sustento, conforto, etc. Em
contrapartida, a humanidade planta e cria, pelos mesmos fins, uma longa
série de plantas e animais, tratando-os com carinho e aproveitando ao
máximo os seus produtos.

Inegavelmente, quem mais promove a modificação da superfície ou face da


Terra é o homem, no seu afã de progresso e desenvolvimento. No entanto,
as plantas seriam as verdadeiras responsáveis pelas condições ecológicas
em que se desenvolvem livremente os seres vivos deste planeta.

Por um processo verdadeiramente maravilhoso, as plantas dotadas de


clorofila usam a energia solar captada através de suas folhas, para

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converter em hidrato de carbono toda a água e o bióxido de carbono que


conseguem obter. Nesse processo, libertam o oxigênio tão necessário aos
seres vivos, inclusive a si mesmas, pois, quando de sua respiração,
absorvem oxigênio e expelem bióxido de carbono.

Na verdade, a fotossíntese não se dá numa só etapa, mas constitui uma


série de reações parciais que podem se distribuir praticamente em três
etapas: a) na primeira, a energia radiante captada pela clorofila
decompõe a molécula da água, libertando oxigênio e átomos de hidrogênio
em condição instável e muito reativos. Isso se produz em grande
quantidade; b) na segunda etapa, parte desses átomos se combina com o
bióxido de carbono do ar e acaba formando um composto cuja molécula
contém três átomos de carbono; c) na terceira etapa, o composto
tricarbônico transforma-se em glicose. A energia solar externa só entra
na primeira etapa. As outras, por isso mesmo, são chamadas de fase
escura: independem da luz e da clorofila. A energia incorporada na
primeira fase, passando de reação em reação, vai concentrar-se na
glicose. Na conversão do bióxido de carbono em hidrato de carbono
intervêm muitas enzimas. A série mais comum de reações que conduzem a
esse resultado é geralmente chamada de Ciclo de Três Carbonos, porque há
produção do referido composto tricarbônico.

As plantas servem-se da energia mais abundante no Sistema Solar: a


incomensurável quantidade de energia libertada pelo Sol, em forma de luz,
produto da fusão dos átomos de hidrogênio para a formação do hélio; ela é
inesgotável por eras e eras e poderá ser aproveitada efetivamente por
todos os planetas e satélites do Sistema Solar. É um conjunto harmonioso
de funções cósmicas.

As pretéritas civilizações da Lemúria e da Atlântida usaram largamente


essa fonte de energia, como provam as poucas ruínas das construções
ciclópicas que deixaram à posteridade. Somente agora, com o
desenvolvimento tecnológico atingido pela civilização ariana, que, como
afirmamos, teve de recomeçar praticamente do nada, tomou-se possível
avaliar com maior segurança a finalidade e o uso das fabulosas
construções de um longínquo passado, hoje em ruínas, dos lemurianos e dos
atlantes.

A ciência cada vez mais se aprofunda em revelar os processos de mutação


empregados pelos espécimes vegetais. Existem nas plantas moléculas azul-
verdes, os fitocromos, que funcionam como uma espécie de comutadores
biológicos, ativados pela luz. Esse incrível processo de alta
sofisticação reage plenamente à luz branca do Sol. Já a exposição delas à
luz vermelha acarreta alterações no potencial bioelétrico das plantas, na
adesão de materiais nutritivos das pontas das raízes, na germinação das
sementes e no florescimento das ramas.

Um outro ponto digno de menção é o fato de os vegetais comportarem-se


diferentemente em relação aos diversos fotoperíodos. A alternância dos
períodos de luz e sombra, dias longos ou dias curtos, produz efeitos

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interessantíssimos e importantes quanto ao tempo que as plantas passam em


estado vegetativo e no da floração.

Um outro importantíssimo fator ecológico é a umidade e o movimento das


águas no planeta, cuja energia, para evaporar a água dos rios e dos
mares, para depois chover nas cabeceiras, é igualmente a energia solar.
Há ainda o armazenamento de água nos pólos.

O complicadíssimo sistema de controle da retenção da água pelas plantas,


que é possível pelo mecanismo da abertura e fechamento dos estômatos, é
simplesmente extasiante, pois permite a circulação dos humores que
provocam o metabolismo vegetal.

Que dizer, então, do ainda mais sofisticado processo da manutenção e


circulação dos líquidos pelo corpo do animal e do homem? Não existe, mais
fabulosa ainda, a circulação das águas, como meio líquido vivificante,
que corre pelas veias da Terra?

O reino mineral dá o impulso original, que é aproveitado e ainda


melhorado, cada vez mais, nos reinos vegetal, animal e humano. Mais uma
vez fica provado que o mineral é a base e a sustentação física de todos
os outros reinos.

Esse conjunto de Reinos da Natureza trabalha em perfeita harmonia em


favor de um objetivo principal, o aprimoramento da raça humana, como
"coroa da evolução". No entanto, nunca deveremos nos esquecer de que há
uma força enormíssima, chamada poeticamente de "O Sol Anímico do Seio da
Terra" pelos iniciados nos grandes mistérios, a qual proporciona a
qualidade e a quantidade dos seres vivos na face do planeta.

Em certas ocasiões, a vida desabrocha e expande-se na Terra, e tal fase é


chamada de "Diástole do coração solar do planeta", simbolismo que já
estudamos nos primeiros trabalhos, em edições já publicadas. Em ocasiões
outras, como agora está justamente acontecendo, a vida encolhe e diminui
na face da Terra. Tal fenômeno é chamado de "Sístole do coração solar do
planeta". Por isso vemos a crise e a dificuldade grassar em todos os
países do mundo. A miséria, as doenças estranhas, as secas, as erupções
vulcânicas, os incêndios, a devastação da vegetação, as tempestades e a
desorganização social vêm concorrendo grandemente para essa finalidade.

O efeito retardado da fase anterior provocou um aumento bem exagerado da


população do mundo. Na verdade, há muita gente nas comunidades humanas. A
Terra não suportará o aumento previsto nos índices demográficos em todos
os países do mundo. Alguns governos, justamente os das comunidades
maiores, já estão cumprindo normas rígidas de controle populacional. A
China, por exemplo.

Na verdade, o planeta não poderá produzir tanto alimento para prover a


fome de toda essa gente. Some-se a isso a falta de estrutura básica nas
grandes cidades. Não é apenas incúria dos governos, como querem alguns, é
superpopulação mesmo.
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Justamente por esses motivos é que estão falindo todas as instituições


das sociedades humanas. A incrível desorganização, somada aos interesses
próprios e ainda à extrema ganância de alguns, tem posto a perder o
desejado equilíbrio.

A grande quantidade de seres carentes, sem teto para morar, sem recursos
para sobreviver, leva o nosso sentimento de piedade e solidariedade a um
beco sem saída. Ninguém tem condição de melhorar ou minorar tal
sofrimento, mesmo que queira e disponha de recursos. São tantos os
problemas e tamanhas as dificuldades, que o nosso sentimento íntimo
sente-se incapaz de solucionar esse problema.

Uma coisa, no entanto, poderemos afirmar: somente vão restar os mais


fortes e os mais bem preparados. Essa não é uma dessas posições egoístas
ou de pessoas privilegiadas. É uma questão de uma lei que se chama
"seleção natural". A Natureza impõe sua vontade.

Tudo isso, entretanto, tem sua razão de ser: preparar a Terra e os seres
que nela habitam para a entrada do Novo Ciclo que vai chegar. Não seria
possível admitir seres despreparados na Nova Era.

Mas até agora falamos apenas das funções físicas, nas quais estão
encadeadas todas as espécies de todos os reinos da natureza. E as
energias, as forças que as fazem movimentar? E as consciências que as
orientam? São coisas muito mais refinadas que se apresentam de uma forma
bem sutil, escondidas, ocultas, das quais a ciência não se ocupa nem
suspeita de sua existência. Não obstante, tais forças, tais consciências
existem e atuam em todos os escalões da manifestação.

Já tivemos ocasião de comentar que a Terra é o Quarto Globo ou Planeta do


Sistema Solar. O primeiro Planeta da Ronda Humana, que é a quarta, foi
Mercúrio e no seu tempo de vida ativa desenvolveu a primeira etapa
evolutiva da espécie humana (os negros). O segundo Planeta da mesma ou
atual Ronda é Vênus. O terceiro Planeta (hoje satélite) é a Lua, na qual
desenvolveram-se apenas duas de suas três etapas, tendo a Terra não só de
tê-la como satélite, como assumir o restante de sua evolução. O nosso
amado planeta é, portanto, o Quarto Astro do Sistema e está regido pelo
compasso quaternário em sua evolução. Sendo assim, Quatro Hierarquias co-
mandam o processo evolutivo terreno, razão pela qual a "Cruz de Quatro
Braços" é o ponto central das grandes religiões. O cristianismo e budismo
(religião) dão ênfase especial ao símbolo da cruz.

A cruz cristã, que é fálica, na qual o Cristo está pregado, tem como
significado maior o simbolismo do Homem crucificado no sexo. Já a cruz
Jaina, chamada "Suástica" (inversa da hitlerista), representa a Cruz do
Pramantha onde é enquadrado "Ágni" — o Fogo Sagrado, num aparelho
primitivo chamado "Arani" para produzir fogo na madeira.

Outras religiões a possuem, porém em menor expressão.

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Cruz Cristã Cruz Jaina

O que nos interessa no momento é o fato de a Terra ser regida pelo


quaternário, já indicado pela cruz. Isso quer dizer, na verdade, que o
comando da evolução terrena é exercido por: QUATRO HIERARQUIAS de Seres
Divinos ou Consciências Cósmicas, de onde

35partem as normas de comportamento ou desempenho para os Quatro Reinos


da Natureza. E o Homem, como representante do quarto reino, também terá
de conseguir sua tomada de Consciência. Jamais deveremos nos esquecer de
que a Terra, como Astro principal da QUARTA CADEIA, impõe seu ritmo
quaternário em toda a evolução que aqui ocorre.

Por essa razão a Terra é sempre representada simbolicamente por um


quadrado ou quadrilátero. O nosso atual estado evolutivo permite que se
coloque um triângulo da divindade sobre o primeiro.

Por isso mesmo, vemos o número Quatro repetido continuamente em todos os


padrões terrestres. Essas altas Hierarquias são chamadas pela tradição
Ario-Hindu com os seguintes nomes:

HIERARQUIAS ORIGEM CONSCIÊNCIA


Assuras Mercúrio Mineral
Agniswattas Vênus Vegetal
Barishads Lua Animal
Jivas Terra Humano

Nota: No quadro acima é indicada a consciência do homem e nunca a sua


constituição, aspecto e desempenho.

A seqüência da formação dessas Hierarquias é um assunto de grande


profundidade e extrema complexidade. Encaramos o Universo geralmente como
um complemento à vida na Terra, pois os Astros sempre auxiliam, de
maneira marcante, a vida, o desenvolvimento e o comportamento, não só do
Homem, como também de todos os seres vivos que habitam a face do planeta.

Não devemos nos esquecer, jamais, de que todos os organismos vivos


existem e operam em função, principalmente, da interação eletromagnética,
cuja partícula é o fóton. Tais interações são somente quatro e, de
conformidade com a ciência moderna, controlam o funcionamento e a
existência de todo o Universo.

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Mas a forte atuação do Sol é soberana e reúne quase 90% da influência dos
astros sobre a vida terrena. Em segundo lugar vem a Lua, que, pela sua
proximidade, comanda uns 5% das influências astrais. Então só restam os
outros 5%, que são divididos por todos os outros astros que povoam o
nosso céu. No entanto, aquela idéia de que no Universo os outros corpos
celestes que nos rodeiam são complemento da Terra não poderia jamais ser
correia ou real. Na verdade, a Terra é apenas um minúsculo grão de poeira
que integra a imensidão do Cosmos. Todavia, para nós que habitamos esta
insignificante Terra, rincão hospitaleiro, perdido nessa incomensurável e
infinita grandiosidade do Universo, ela é o nosso TUDO e representa o
palco inconteste da nossa evolução, nesse momento do orbe celeste.

O tempo está na razão direta do tamanho dos astros; embora a Terra


represente apenas uma fração de segundo na fabulosa vida universal, para
nós ela se mostra como uma eternidade, pois não temos certeza de seu
começo e muito menos de seu término!

Por isso mesmo, devemos ignorar ou, na melhor das hipóteses, não prestar
atenção a nada que não se refira à vida terrena. A vida e a morte, a
existência e a não-existência, para nós, fazem parte desse pequenino
planeta, que é a nossa casa terrena.

Uma das hipóteses ensinadas nas mais importantes das filosofias humanas é
que um ser supremo, comandante — um chefe do planeta que habitamos e que
reconhecemos pelo nome genérico de DEUS — paira acima de tudo. Embora Ele
esteja acima das religiões, cada uma o chama para si. Os cristãos o
chamam de Jesus Cristo, os budistas de Budha, os muçulmanos de Alá, etc.
No entanto, na imaginação dos homens existe um Deus maior, que é chamado
de Pai Eterno ou simplesmente Eterno. Como o nosso orbe terrestre está
subordinado diretamente ao Sol, o Eterno deveria ser o Ser Supremo que
comanda o astro-chefe do Sistema Solar. Mas forçosamente Ele se reflete e
se integra no Deus da Terra. Os hindus chamam a isso de Tulkuísmo. A
mente de um ser de tal porte prolonga-se na mente de seus "Tulkus", que
por sua vez formam a Corte ou Ajudantes de tais seres.

A teoria transcendental ensinada nas mais elevadas escolas de Iniciação e


Filosofia é que o Deus Supremo da Terra é o somatório das mentes de todos
os homens que nela habitam. Tal afirmação tem uma profundidade e uma
conseqüência de alta importância.

Uma das tradições mais arraigadas no pensamento humano é o conceito de


que Deus está em toda a parte. Isso engloba a idéia de que Deus está no
interior dos homens, mas não é só aí; Ele faz mover todos os animais, faz
vicejar todas as plantas e até está presente na inércia aparente das
pedras e outros minerais. Ele preside suas propriedades químicas e
físicas e todas as suas possíveis combinações.

Seu jugo, no entanto, é suave e variado. Nos minerais é rígido e


imutável. Nas plantas atenua sua rigidez, permitindo que elas variem de
acordo com o meio ambiente em que vivem. Já nos animais aparece mais
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brando, deixando que eles se comportem conforme seus instintos e de


acordo com as condições ambientais em que vivem. Resta o Reino Humano,
cuja atuação divina é muito sutil, justamente para respeitar o seu livre-
arbítrio. Este é um ponto sagrado para a Divindade: deixar que o homem
decida sozinho sobre o seu sucesso ou fracasso.

Tal ponto é muito bem simbolizado por aquela passagem famosa dos
"Mistérios de Elêusis" na antiga Grécia, em que o hierofante, ao conduzir
as almas para uma nova reencarnação, prevenia as de modo categórico:

É claro que isso só poderia acontecer com as almas mais evoluídas; as


outras, em razão da Lei de Causa e Efeito (Carma), estariam sujeitas em
parte ao Determinismo, do qual os homens teriam de se safar, por seus
próprios esforços. Já o Budha histórico ensinava aos seus discípulos que
ninguém nasce numa família, num país, numa raça e numa condição social
que não tenha sido determinada por seus próprios atos, bons ou maus,
gerados em suas vidas passadas. Em uma palavra, nós vivemos nossas
próprias conseqüências, de acordo com a retribuição de tudo aquilo que
plantamos. O livre-arbítrio tem também o seu outro lado.

Então, cabe aqui uma pergunta importante: qual seria a razão de tudo
isso? Qual seria o porquê de toda essa trama?

À medida que os seres vão subindo na escala evolutiva, maior é a


liberdade que vão tendo. No mundo mineral a Lei é rígida e imutável como
a Pedra da Lei. No vegetal há um leve abrandamento da primitiva rigidez.
O mundo animal foi aquinhoado com uma parcela maior das liberdades
individuais. Sim, porque o animal já tem a possibilidade de ir e vir,
regido por seu instinto e sensibilidade. Com o homem sucede uma extrema
liberalidade da Divindade. Mas, é claro, com a responsabilidade que daí
vem. Esse esquema, em outras palavras, leva o nome de CARMA.

A espécie humana é dotada de uma total liberdade de pensar, agir e falar,


mas por isso mesmo torna-se responsável pelos seus atos, suas palavras e
pensamentos. Com isso o homem tem a máxima liberdade de agir por conta
própria, e não é só isso, pois influi nos destinos de seus semelhantes,
em animais, plantas e até minerais. Se não fosse assim, o homem não
poderia extrair e manipular toda a sorte de minérios e seus produtos. O
homem tem o poder de tudo fazer, respondendo pelos resultados.

O homem é agricultor e manipula toda a sorte de vegetais. O ser humano é


pastor e conduz seus rebanhos na direção de seus próprios interesses. Até
os seres humanos menos aquinhoados tornam-se joguetes nas mãos de seus
exploradores.

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Ora, na razão da sábia Lei de Causa e Efeito, isso gera um Carma


correspondente, porquanto na mesma medida de sua liberdade, a Divindade
também cobra a responsabilidade pelos atos cometidos.

Mas voltemos ao nosso assunto do desenvolvimento de todos os Reinos da


Natureza. A fim de que os elementos químicos pudessem adquirir a
facilidade de reagir física e quimicamente uns com os outros, foi
requerido um intenso trabalho mental posto em prática pelos Assuras, por
um espaço de tempo quase infinito para nós, devido a sua enorme duração,
estimada em bilhões de anos, distribuídos por várias Cadeias Planetárias.

Tais seres imprimiram e gravaram, nos minerais que constituem os astros


desse Universo afora, todas as suas propriedades reativas, que serviram,
mais tarde, de base para a construção de todos os espécimes vegetais,
animais e humanos. Todas essas experiências, classificações e tendências
tiveram de ser gravadas no Código Genético humano em Mercúrio, quando do
surgimento do corpo do homem e antes que esse astro se tornasse ígneo,
consumindo todo o seu combustível.

Daí o fruto de todas essas experiências no organismo humano passou para o


planeta Vênus, onde a hierarquia dos Agniswattas desenvolve as estruturas
do Reino Vegetal dentro do corpo humano.

Vamos recapitular, de forma mais inteligível. Aquelas cósmicas


consciências mentais que os hindus chamam de Assuras, servindo-se dos
melhores avanços dos espécimes animais, construíram as estruturas daquilo
que seria o primeiro corpo humano no Sistema Solar. Para isso, colocaram
o melhor das estruturas minerais neste corpo recém-formado. Isso
aconteceu no Planeta Mercúrio, o primeiro da Ronda Humana. Com isso
dotaram a máquina humana de todas as bases para o seu posterior
desenvolvimento; porém, a consciência era muito incipiente comparada ao
Reino Mineral de que falamos. A máquina humana estava pronta, faltava a
programação.

Antes que o planeta Mercúrio se aproximasse perigosamente do Sol e se


tornasse ígneo, os Assuras trataram de transferir seu árduo trabalho da
construção humana para o próximo planeta que florescera: Vênus. Lá
encontraram os Agniswattas, no afã de construir um novo avanço no
edifício humano. Com as conquistas já conseguidas pelos Assuras e com a
colaboração destes, os Agniswattas formaram uma nova raça humana: os
amarelos. A primeira raça, a dos negros, fora construída pelos Assuras em
Mercúrio. Os amarelos nasceram em Vênus. Não esqueça que os homens sempre
carregam consigo seus animais e suas plantas de estimação e até alguns
minerais.

Se os negros já tinham uma leve consciência, correspondente ao reino


mineral, os amarelos conseguiram maior consciência, correspondente aos
vegetais. Mas acontece que Vênus também caminhou para o Sol, destino de
todos os planetas, e iniciou seu processo de aquecimento gradativo.

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Os Assuras e os Agniswattas não poderiam perder seus esforços já


conquistados em Mercúrio e Vênus; assim, trataram de escolher um novo
planeta para continuar a construção do edifício humano. Mas então
surgiram grandes problemas. Em Vênus havia duas raças, negros e amarelos,
que, usando de seu livre-arbítrio, entraram em confrontos de tal maneira
terríveis, que preocuparam seus construtores.

Quando Vênus começou a esquentar, obrigando a fuga de seus habitantes,


Assuras e Agniswattas trataram de removê-los para a Lua, que era o
próximo planeta habitável. Mas a Lua era um pequeno paraíso e se tornava
muito exíguo para conter duas raças beligerantes, que iriam comprometer
sobremaneira o nascimento e posterior evolução da nova raça que ali teria
lugar, construída pelos Barishads, a branca.

Mais adiante um pouco havia a Terra, de bom tamanho, igual a Vênus, mas
ainda estava muito gelada, devido a seu afastamento do Sol. Acontece,
porém, que a Terra estava com seu eixo perpendicular ao Astro-Rei. Ela
mostrava justamente o pólo onde se localizava um continente, a Antártida
de hoje. Toda a Terra estava atravessando um período glacial e a única
parte menos gelada era seu pólo voltado e aquecido pelo Sol.

O expediente usado pelas Hierarquias criadoras, segundo o relato dos


Vedas, foi remover de Vênus para a Lua apenas a raça amarela e seus
construtores, os Agniswattas. Os negros e seus criadores, os Assuras,
vieram diretamente para a Terra e estabeleceram-se no "Gorro", como era
chamada a Antártida pelos brâmanes.

Vênus então pôde arder em chamas, o que fez em tempos não tão remotos, a
ponto de o fenômeno ter sido observado pelos antigos povos da Terra,
conforme mencionamos anteriormente.

Tudo corria na melhor forma programada pelos Construtores, mas eis que,
houve o desastre não previsto, a explosão do Quinto Astro, que além de
comprometer a evolução geral do Sistema, empurrou a Terra para a órbita
da Lua, a terceira, e acabou por transformar a Lua em seu satélite.

Na Lua, os Barishads, auxiliados pelos Agniswattas, construíram o corpo


da Raça Branca, dotando-a de mais um avanço, a consciência relativa ao
reino animal. Mas a evolução foi interrompida ali, sem que chegasse ao
final. A Lua conseguiu completar apenas dois terços de sua evolução total
e obrigou Agniswattas e Barishads a transladarem-se para a Terra, antes
do tempo e tendo de refazer a evolução já feita na Lua.

Mas aqui os Jivas já tinham começado a construir o corpo de uma nova


raça, que teria a consciência humana, isto é, a mentalidade. No entanto,
a evolução inconclusa na Lua obrigou a vários retrocessos. O primeiro foi
que a Terra recuou da Quarta para a Terceira Órbita. A segunda foi o
retardamento da tomada de consciência, recuando os homens para o
psiquismo, em lugar da mentalidade.

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Entretanto, houve uma compensação por esse atraso. Se a Terra recuou, por
um lado, para a Terceira Cadeia, teve de assumir, pela falta do Astro
explodido, a evolução da Quinta Cadeia, pelo menos em parte. Isso causou
uma enorme confusão, pois se a raça branca teria de receber apenas o
mental concreto, atributo do homem, beneficiou-se pela descida de mais
Hierarquias, num autêntico "saque contra o futuro".

Com isso a humanidade, pelo menos sua elite, teve acesso não só ao mental
abstraio, como também à intuição e até à possibilidade de obter a
Partícula Divina, com a ocorrência dos Avataras Maiores.

Ora, a conseqüência imediata de todas essas modificações que aconteceram


com a evolução terrena foi o aprestamento de uns tantos acontecimentos
que só ocorreriam num futuro tanto ou quanto remoto. Por exemplo, como a
Terra ocupava a Quarta Órbita, desenvolvia o plano arquetípico previsto
para a Quarta Cadeia, onde os homens teriam apenas o desenvolvimento dos
seus quatro veículos inferiores: Corpo Físico (mineral), Corpo Etérico
(vegetal), Corpo Astral (animal) e Corpo Mental (humano). Este último
estava restrito ao mental concreto, ligado de maneira indissolúvel ao
emocional. No entanto, eis que um novo leque de opções abriu-se para a
humanidade. Em lugar apenas de uma Quarta Coisa, houve o aparecimento de
uma Quinta Coisa, relativa à futura quinta cadeia, que adentrou o
primeiro dos corpos superiores do homem e com isso a ocorrência dos
outros dois restantes, conforme foi dito acima. O simbolismo dessa
"quinta coisa" está relacionado com aquela imagem tão nossa conhecida,
que é o "Cristo Pregado na Cruz", embora os próprios cristãos não tenham
se dado conta da profundidade dessa figura, que é justamente o
aparecimento daquela Quinta Coisa. A cruz se refere ao quaternário da
Terra, como Quarta Cadeia, e o Cristo pregado nela é a Quinta Coisa.

Isso posto, já teremos uma idéia das consciências que comandam cada um
dos Reinos da Natureza. O homem é comandado pelo Jivas, mas pode
despertar dentro de si a consciência mental do Assura. O animal pode
chegar apenas até o Agniswatta, que comanda a emoção ou astral. A planta
tem de se contentar somente com o vital ou etéreo, sob a batuta dos
Barishads.

Ainda existe a Quinta Coisa, que não podemos definir ainda com precisão,
mas que faculta ao homem identificar-se com os mundos superiores ou
divinos. Nos meios daqueles que se dedicam a investigar esses assuntos,
fala-se muito nas Hierarquias chamadas de Rishis e Plêiades, estas
últimas também chamadas de Krittikas. Somente essas duas Hierarquias, que
não pertencem ao Quaternário da Terra, mas estão aqui pelo aprestamento
de que falamos, poderiam dar ao homem a consciência do supramental e da
superemoção. Nesse caso, então não existe apenas uma Quinta Coisa, mas
também uma Sexta Coisa. Existem outros simbolismos reveladores, aqui e
ali incrustados na imensa História da Humanidade. Um deles se refere à
tradição hebraica, bem conhecida para nós ocidentais, mas também
existente e arraigada nas tradições orientais. São as chamadas estrelas
de cinco pontas e, mais raramente, a estrela de seis pontas.

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SÍMBOLOS USADOS POR MUITOS PAÍSES DO MUNDO

Estrela de David Signo de Salomão

A chamada Estrela de David foi adotada nas Armas de muitos países,


inclusive o Brasil, Estados Unidos e URSS. Já o Signo de Salomão foi
adotado por Israel, embora seja usado no ocultismo universal e até pela
Igreja de Roma.

Essa Quinta Coisa ainda está relacionada com os "Rishis", o que faculta
ao homem o uso continuado de um Supramental, que não deixa de ser uma
espécie de refinada Razão, também conhecido nas Escolas de Iniciação como
Mental Abstraio. Já a Sexta Coisa tem a ver com aquela Hierarquia das
Plêiades ou Krittikas, que faculta aos homens os estados intuitivos, o
que não deixa de ser uma Supra ou Refinadíssima Emoção.

Esses dois estados pertinentes aos corpos superiores permitem que o homem
supere sua própria natureza, igualando-se à Divindade. O mais
interessante é notar que esses dois fatores inigualáveis já tinham sido
tratados, velada ou subtilmente, no "Gênesis" de Moisés, naquele
magnífico relato do episódio de Adão e Eva ao serem tentados pela
"Serpente Maligna". Lá diz também: "... o homem comeu da Arvore da Vida,
não seja que lance mão da Árvore do Conhecimento' e se torne como um de
nós!"...

Dois símbolos então são apresentados, os quais definem de modo preciso


aquilo que chamamos de Quinta e Sexta Coisas:

A Árvore da Vida (Quinta Coisa).

A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (Sexta Coisa).

Elas estão ligadas, respectivamente, a Rishis e Plêiades, pois essas são


as funções mais importantes que o homem é capaz de exercer, embora o faça
raramente. Os grandes gênios das artes, das ciências, das religiões, das
filosofias, da teurgia, ou melhor, aqueles que se distinguiram como
grandes condutores dos povos, pela sua inteligência e tirocínio, são uma
prova do que acabamos de dizer.

Na mesma tradição hebraica, à "Cruz da Terra", de quatro braços, foram


acrescentados mais dois, em diferentes direções. Sim, aos quatro cantos
do mundo: Norte, Sul, Leste e Oeste, somaram-se também o nadir e o
zênite. Uma a apontar a Terra e a outra apontando o Cosmos, fato já
assinalado no famoso livro Sepher Yetzirah, quando fala nas seis direções
cósmicas já apontadas. Vejamos, num desenho muito esquemático, a forma
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como se posicionam as forças cósmicas que atuam na Terra, tudo de acordo


com os antigos ensinamentos desse antigo livro hebraico:

SEIS DIREÇÕES CÓSMICAS APONTADAS NO YETZIRAH

Esse fato, no entanto, tem outra séria implicação, que é o aparecimento


de uma Sétima Coisa. As seis direções apontadas na razão dos pontos
cardeais resultam no aparecimento de um pólo central, o do observador,
que constitui a Sétima Coisa. Agora não são mais quatro, nem cinco ou
seis para caracterizar a Terra, mas o SETE. Isso deu fama a esse número,
em todos os sentidos.

Temos agora a confirmação do famoso número 137, tão falado nos meios da
alta filosofia. Analisando, temos o l, que é relativo ao TODO manifestado
como realidade única, que é o próprio Deus, cujo corpo é o Universo; o 3,
que é a manifestação das hipóteses do Logos único; e finalmente a
evolução, que é setenária. Aí está explicada a razão daquele número — 137
—, tão venerado pelos filósofos.

Todas essas considerações visam dar uma idéia da grandeza da grande trama
do mundo manifestado, contrariando a obtusa visão dos que enxergam apenas
forças cegas em atuação na Natureza, as quais tentam explicar o
aparecimento da vida, do homem, dos planetas, enfim, do Universo inteiro,
como pura obra do acaso. É preciso, no entanto, não perder de vista que
aquilo que até aqui foi falado não passa de um pálido e grosseiro esboço
do que realmente ocorre nos vários planos da Manifestação.

Um outro ponto de extrema importância e que merece a nossa mais acurada


atenção é o fato assombroso de que todas as condições ocorridas nas três
Cadeias que antecederam a Terra, Mercúrio, Vênus e Lua, foram
reproduzidas na Terra, embora rapidamente, em todos os seus detalhes e
pelas mesmas Hierarquias que as provocaram originalmente.

Nós devemos recordar que uma das coisas que mais embaralha a mente do
neófito é a nomenclatura que essas três Cadeias anteriores receberam nas
tradições ocultas das Escolas Iniciáticas. Vamos explicar melhor, para um
bom entendimento.

A Primeira Cadeia que se desenvolveu em Mercúrio, sob o comando dos


Assuras, em virtude destes seres, que são os Senhores do Mental, cuja cor

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característica é o Verde, foi chamada de Cadeia de Saturno, que também


leva a mesma cor. Tal Cadeia também é chamada do Corpo de Brahmâ ou
Cadeia das Trevas. Este último nome faz jus à primeira raça, que recebeu
o mental e por isso vivia nas "trevas" ou ignorância.

A Segunda Cadeia, que se desenvolveu em Vênus, sob o comando dos


Agniswattas, tomou o nome destes que, por serem os "Senhores Solares",
passou a se chamar Cadeia do Sol. Como os mesmos Agniswattas
desenvolveram o Corpo Vital, sob o influxo do Astral ou Emoção, essa
Cadeia também é chamada de Cadeia de Marte, cor vermelha de "Kama", o
corpo de desejos.

A Terceira Cadeia foi a da Lua, sob o comando dos Barishads,


desenvolvendo o Corpo Astral sob o influxo do Mental, que conservou o
mesmo nome: Cadeia Lunar.

Essa aparente confusão de Planos e de Corpos, no entanto, é fácil de


entender e absolutamente coerente. Sabemos perfeitamente que houve três
Cadeias Planetárias que antecederam a Terra e que foram ativadas e
comandadas por três Hierarquias Criadoras, as quais trabalharam muito
para a formação do veículo humano. No entanto, suas experiências se
concentraram nos reinos mineral, vegetal e animal, a fim de incutir
dentro da consciência humana a integração desses Reinos.

Isso parece fácil, porém é de uma complexidade enorme e requer um


trabalho muito difícil por parte das Hierarquias que construíram o
edifício humano. A tomada de consciência é importantíssima para os
humanos.

Sem falarmos no enorme tempo que foi despendido nesse mister. O tempo de
duração de uma Cadeia Planetária é imenso e compreende cerca de bilhões
de anos.

Só para termos uma idéia desse lapso de tempo, lembramos que, segundo o
cálculo dos geólogos atuais, a nossa Terra já gastou 5 bilhões de anos
para chegar ao ponto em que estamos. De fato, é uma Eternidade.

Notar que não chegamos nem na metade do caminho para a conclusão dessa
etapa. Até agora consumimos o tempo de três Cadeias e uma parte.

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Para entender melhor esse trabalho, montamos o quadro abaixo, onde


constam todos esses dados. Vejamos:

JERARQUIA PLANO CONSCIÊNCIA PLANETA CADEIA

Assuras Mental Mineral Mercúrio Saturno

Agniswatta Astral Vegetal Vênus Sol

Barishad Vital Animal Lua Lua

Jivas Físico Humano Terra Terra

Os Assuras, por meio do mental, deram condições para que pudessem ser
construídos veículos físicos dos homens, animais e plantas, todos eles
constituídos de elementos minerais.

Tal trabalho, é claro, demorou milhões e milhões de anos, pois consumiu o


tempo para o desenvolvimento das quatro primeiras Rondas do nosso Sistema
Solar.

Nós já vimos, em trabalhos anteriores, no Capítulo VI — 1 a parte —, a


maneira pela qual os corpos vão sendo formados a partir do hidrogênio até
chegar aos mais complexos.

A fusão dos átomos de hidrogênio e formação do hélio, com a liberação de


fabulosa quantidade de energia, é a fonte de alimentação do Sistema Solar
inteiro.

Deve ficar claro que a Primeira Ronda levou tanto tempo para se
desenvolver, quase igual à soma dos períodos gastos pelas demais Rondas
do Sistema.

Quem conta o tempo em sua ampulheta é Kronos ou Saturno, outra referência


a um dos nomes daquela Primeira Ronda e também da primeira Cadeia. Não
confunda uma com a outra, pois a primeira Ronda desenvolveu o Reino
Mineral, e a Primeira Cadeia da nossa Quarta Ronda desenvolveu a Primeira
Raça efetivamente humana.

Pois bem, na Primeira Ronda, foram criados os campos de trabalho, isto é,


os planetas, para neles ser desenvolvida a seqüência das realizações
traçadas desde o começo das coisas, no Plano Arquetípico do Eterno. Nele
os Agniswattas deram início à etapa seguinte, que foi o Reino Vegetal.
Isso na Segunda Ronda do nosso Sistema Solar.

Ora, sendo os Agniswattas os Senhores do Astral ou da Emoção, como é que


foram criar o Reino Vegetal? Se atentarmos para o fato de que o Vegetal
cristalizou-se no corpo dos animais e dos homens, na forma do sistema
nervoso (que se assemelha a uma árvore), chegaremos à conclusão de que é

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aí que residem, justamente, os canais por onde fluem todas as nossas


sensações e emoções manifestadas.

O sistema nervoso é o veículo de expansão da emoção, dos sentidos, das


paixões e de todas as impressões que nos entram pelas janelas dos
sentidos. Elas nos dão conta do mundo ao redor.

Todas essas experiências foram novamente levadas a efeito no planeta


Vênus, segunda Cadeia da nossa Ronda. Ali foi criada a segunda raça
humana, a Amarela, que desenvolveu em seu interior a consciência do Reino
Vegetal.

Os Senhores do Plano Vital, os Barishads, foram responsáveis pela


construção de toda a Terceira Ronda e tiveram de repetir suas
experiências na Terceira Cadeia, no Planeta Lua. Não esqueça que a Lua,
quando possuía vida, era um Paraíso e foi palco das primeiras duas etapas
de suas três anteriormente programadas, nas quais os Barishads deram vida
à Terceira Raça Humana: a branca, que pôs em atividade a "dobradinha"
emoção-mente.

Tais experiências, pelo desastre de que já falamos, tiveram de ser


totalmente refeitas na Terra, onde Barishads, auxiliados por Assuras,
Agniswattas e ainda pelos Jivas, deram nascimento às plantas, animais e
homens, que foram reconstituídos.

A rigor, a Terra só deveria ocupar-se da formação da Quarta Raça, a


Dourada, com o mental sendo desenvolvido. Esse seria o plano Arquetípico
do Sistema; os negros, amarelos e brancos aqui deveriam chegar plenamente
desenvolvidos e apenas tomar consciência mental na Terra. Mental inferior
ou concreto, ligado ao emocional. No entanto, arcou com o ônus do atraso
da Cadeia Lunar, que ficou paralisada na altura de suas duas das três
etapas programadas.

Tal atraso provocou, além do mais, uma promiscuidade, se assim podemos


dizer, entre homens e animais, de onde se originaram os antropóides e
pitecantropos. É bem verdade que esse último fato concorreu para que
houvesse também, em contrapartida, um comércio entre homens e os deuses,
super-homens ou "Jinas", donde as lendas do aparecimento de gigantes
"famosos no século", como diz a Bíblia.

As teogonias de todos os povos mencionam tal fato, que foi a razão de ter
ocorrido a "descida" de duas Hierarquias Celestes, que foram: Plêiades e
Rishis, já mencionadas neste estudo. Elas se dispõem em forma de cruz,
tendo no centro o governo central ou geral. Assim, nós temos, nos três
planos da manifestação, a mesma disposição, isto é, na forma de cruz.
Para que se diferenciem suas manifestações nos Três Logos ou Tronos,
teremos as denominações fazendo alusões às Hierarquias dos Kumaras, os
Reis Divinos ou Rishis e às Plêiades como Senhores da Evolução. Estes
últimos têm os expressivos nomes de Manu, Yama, Karma e Astaroth,
respectivamente aos planos Físico, Astral, Mental e Supramental. Lembre
que já estamos sendo muito influenciados pela próxima Cadeia, cujo astro
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feneceu e terá de ser feita aqui mesmo. Os nomes apresentados pertencem à


terminologia hindu, por ser a mais adequada e a mais rica em termos para
designar as funções de que falamos. Além disso, trata-se de um assunto
extremamente esotérico, até agora só do conhecimento de algumas
comunidades.

Atualmente estamos no interregno entre um Ciclo e outro, ou também


chamado de "Oitavo Ramo Racial", que permite isso. Vejamos com atenção a
disposição do quadro abaixo, principalmente com a presença indispensável
dos corpos sutis humanos, que levam os nomes de Mental Abstraio ou
Supramental, que é aquele voltado às atividades consideradas abstraias.
No entanto, há quem ainda faça uma ligeira confusão entre o concreto e o
abstrato. Embora seja um assunto mais que sabido, voltaremos a insistir
no seu real significado: o mental concreto está voltado exclusivamente
para tudo aquilo que possa caber nos limites dos nossos sentidos, isto é,
raciocínio concreto, palpável e lógico; já o mental abstrato ou
supramental engloba tudo aquilo que é imponderável e abstraio, tudo que
nossa mente possa imaginar, sem que nossos sentidos possam comprová-lo
racionalmente.

GRÁFICO ESQUEMÁTICO DAS CHEFIAS NOS TRÊS PLANOS

Obs.: Os nomes constantes do gráfico acima pertencem à velhíssima


tradição védica. No centro de cada cruz figuraria o nome Akbel.

Quando começou a evolução do nosso Sistema Solar, é lógico supor-se que


já haveria o fruto de experiências anteriores, levadas a efeito nos
sistemas já terminados. Onde estariam contidas essas experiências?...

Justamente aqui entram em cena mais duas Hierarquias: Kumaras e Makaras,


que são os nomes dados pelos hindus a duas classes de seres que comandam
a Evolução. Os Kumaras, cujo símbolo é o Cabrito, animal que tem seu
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habitat nos cumes dos montes. Já por si define que são aqueles que estão
no vértice superior da pirâmide evolutiva. A essa Hierarquia pertence um
reduzido número de seres, pois a ela somente estão ligados os dirigentes
das Cadeias e das Rondas.

Aquele problema da explosão do Quinto Astro e paralisação da Cadeia


Lunar, com a reedição de suas etapas na Terra, obrigou a uma série de
modificações no plano Arquetípico original do Sistema Solar.

Se tudo tivesse ocorrido normalmente, como aconteceu em Mercúrio e Vênus


e ainda no início da Cadeia Lunar, a Terra receberia da Lua a evolução do
Corpo Emocional da humanidade já pronta e teria ao seu cargo apenas o
desenvolvimento do mental, característica do Reino Humano. Nas raças
anteriores o homem já possuía o mental, embora sem um razoável
desenvolvimento.

Segundo a filosofia dos brâmanes, o Quarto Senhor, dirigente da Cadeia


Lunar, viria à Terra fazer o papel de opositor, cargo que na Lua foi
exercido pelo Terceiro Senhor. Se não tivesse havido o problema, aqui
teríamos, então, o Quinto Senhor como Regente e o Quarto na oposição.
Isso porque o Quarto Senhor, trazendo todo o "saco" das experiências do
passado, armaria toda a sorte de armadilhas a fim de obrigar o Quinto
Senhor a vencê-las, conquistando com mais firmeza a vitória da Evolução
total da Quarta Cadeia. Essa seqüência simples e lógica não aconteceu.
Paralisada a evolução lunar, tudo teria de ser refeito na Terra.

O Quinto Senhor, seu dirigente, negou-se a receber o ônus de tal


paralisação. Foi então que o Eterno apelou para o Sexto Senhor. Seu
astro, o Quinto, havia explodido e ele não teria condições de preparar
tão cedo a evolução de sua Cadeia. A negativa do Quinto Senhor veio a
calhar. O Eterno colocou o "Sexto no lugar do Quinto". Este passou a
fazer-lhe oposição, porém, sem que tivesse o "saco" das experiências
passadas. Como opção, teve de se valer do Quarto Senhor e, atado a Ele,
promover e lançar todos os obstáculos ao povo e ao novo Senhor da Cadeia
Terrestre.

É preciso lembrar, no entanto, que o Quarto Senhor não tinha também o


fruto total das experiências, pois a Lua cumpriu apenas duas de suas três
etapas. Tornou-se, então, de vital importância recorrer à parte negativa
do Terceiro e do Segundo Senhores, isto é, daquilo que nestes dois
últimos serviria como oposição em Vênus e Lua. Sim, porque em qualquer
tipo de trabalho, desde os mais modestos até o do Planetário da Ronda, há
o produto negativo ou Carma gerado na função e que precisa ser esgotado
na evolução seguinte. Assim sendo, o "cascão" de um Planetário é que vai
fazer o papel do opositor na Cadeia seguinte e com isso se redimir. No
caso que estamos focalizando, o Terceiro Senhor, pela interrupção da
Evolução Lunar, não chegou a esgotar totalmente o seu Carma, tendo de
fazê-lo na Terra! O Segundo Senhor estava quite e nada devia. Se foi
chamado a prestar sua colaboração, só poderia fazê-lo pela Renúncia, pela
Compaixão, pelo INFINITO AMOR À EVOLUÇÃO. Abrindo mão dos direitos

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adquiridos, voltou a operar, para salvação de seus irmãos, que não teriam
como ultrapassar suas dificuldades.

Os textos sagrados, principalmente da índia e do Tibete, falam muito do


papel dos Budhas de Compaixão, seres da mais elevada estirpe e que, tendo
obtido o "Nirvana", abandonam seu direito de usufruir a bela recompensa
pela missão cumprida, até o último feito, e retornam à Terra, esse "vale
de lágrimas", unicamente para ajudar a redenção dos humanos seres,
mergulhados nas trevas da ignorância das Leis Divinas. Tais seres, como
Krishna, Budha, Jesus, etc., não teriam mais necessidade de sofrer no
meio dos homens e, no entanto, assim o fizeram. A prova é a história de
cada um deles, repleta de passagens edificantes e que só beneficiaram as
multidões ignaras, com sua sabedoria infinita e suas máximas, dignas de
um ser Divino.

A História das civilizações está repleta de seres que, de quando em


quando, aparecem entre os homens. Eles sempre trazem sabedoria, bondade e
muita misericórdia. Na maioria das vezes são mal interpretados pelos
homens e, não raro, acabam sacrificados.

Todavia, a Lei permite tal situação com a finalidade de ensinar e


conscientizar os seres humanos que habitam o planeta, para que caminhem
com maior rapidez em direção à conquista do aprimoramento de si mesmos.
Tal situação, no entanto, só é conseguida pelos esforços próprios de cada
um. Os Mestres somente lançam a boa semente dos ensinamentos, que terão
de ser transformados em ótimas realizações, pelos indivíduos em
particular. Na realidade, tais Budhas de Compaixão não interferem no
Carma individual de ninguém. Ninguém tem poder para isso. Entretanto, a
ajuda que oferecem é indireta. Através de ensinamentos dão condições para
que cada indivíduo consiga superar sua própria inércia e conquistar um
lugar ao Sol.

No entanto, que seria da pobre humanidade se tais seres não viessem


trazendo novas luzes, novos pontos de vista e ensinando sempre maneiras
mais eficazes de vencer na vida? Uns se projetaram enormemente no cenário
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das sociedades humanas e passaram por ter fundado inúmeras religiões.


Outros, no entanto, não obtiveram grande fama e suas vidas ficaram na
obscuridade.

Uma outra parte conseguiu apenas uma pequena aceitação de suas doutrinas
e fez bons discípulos, que acabaram divulgando mais que seus Mestres.
Todavia, todas essas tentativas dos Seres Divinos de auxiliar a evolução
humana foram válidas. O terreno em que caíram tais sementes, isto é, as
consciências dos homens, nem sempre foi favorável à excelência da
sabedoria oferecida. Isso vem a transferir a responsabilidade de um
pretenso fracasso desses Seres unicamente para os homens.

Existe um pormenor muito delicado, que geralmente escapa ao raciocínio


dos que buscam entender a atuação dos Seres Divinos. Na verdade, eles não
podem chamar a si a responsabilidade de governar os homens, porque nesse
caso maculariam de forma degradante o livre-arbítrio dos seres humanos,
os quais terão de resolver por si mesmos tanto os seus atos, seus
destinos e, sobretudo, a responsabilidade por tudo isso. Não devemos nos
esquecer jamais de que, ao serem refeitas na Terra, as raças vindas de
planetas anteriores tiveram várias gradações da participação divina. Os
negros, ou os primitivos lemurianos, ainda não possuíram mentalidade
bastante para se conduzirem sozinhos; eram como as nossas crianças, sem
responsabilidade, por isso tiveram a tutela dos Deuses, que viviam e
governavam os seres humanos.

Nós quiséramos ter a facilidade de um poeta para, com voz agradável e que
pudesse calar fundo na alma das pessoas, falar desses seres que estão na
mais alta cúpula da evolução e desenvolvimento do planeta Terra.

Todavia, temos de nos valer das denominações dadas pelas diversas


correntes filosóficas e ocultistas, que pobremente nomeiam tais seres,
mas já com um linguajar humano, repleto de sectarismos e que não define
com o rigor necessário a grandiosidade desses verdadeiros Deuses em forma
humana, comandantes que são das mais altas esferas que governam nosso
Astro.

No entanto, tais nomes são suscetíveis de conduzir ao erro porque, se


numa escola designam certo personagem, na outra podem se referir a outra
entidade. Por isso mesmo, escolhemos aqueles mais homogêneos, com um
menor grau possível de serem mal interpretados.

O quadro a seguir, em forma de cruz, fornece a direção, os nomes e os


respectivos reinos da natureza que sabiamente comandam, nesta Quarta
Cadeia, cujo nome é o Planeta Terra.

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Os nomes constantes do quadro acima são tradicionais da velha doutrina e


sabedoria dos brâmanes. Como se vê, o mistério dos "Budhas de Compaixão"
está ligado ao regente da Primeira Cadeia, também chamada "das Trevas" ou
de Saturno, e com isso se aponta o Mental, que nasceu no Reino Mineral. O
regente da Primeira Cadeia foi o Segundo Senhor, que está ligado ao
MAHARAJA DRI-TRASTRA, a DIANANDA KUMARA, e portanto ao MANU.

Todos os condutores de povos, "de gado" (Gotama), Pastores, Ungidos,


Cristos, etc., pertencem à categoria dos Budhas de Compaixão, são os
seres imolados, as eternas vítimas da Evolução. São tais seres que
fornecem aos homens os "Dez Mandamentos" de todas as épocas.

Em cada raça o Manu conduz os eleitos para um dos pontos designados pela
LEI, para o desenvolvimento racial. Tais lugares são as chamadas "Terras
Santas" e cada raça humana possui um local antes determinado, que nem
sempre é mantido pela tradição, mas acaba por designar não mais suas

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raças originais e sim suas sub-raças, seus ramos raciais e até suas
famílias, como é o caso de Jerusalém, de Lhassa, de Roma, etc.

A Raça Branca teve sua eclosão no planalto do Pamir, onde o Manu


Vaisvavata conduziu os eleitos da Atlântida para a formação da referida
raça na Ásia. A tradição hebraica aponta tal lugar como sendo o Monte
Ararat, onde encalhou a Arca de Noé. Alegoria mais que excelsa, pois
apenas insinua que na Arca da Evolução, onde o patriarca Noé era o Manu
que, na qualidade de Condutor dos Povos, tinha Três Filhos, cada um de
uma raça: Cam (preto), Sem (amarelo) e Jafet (branco) que representavam
as elites das três raças que, provinham da Atlântida. Aliás, a Raça
Branca ainda não existia como tal, apenas as vergônteas ainda em fase de
evolução, pois vieram da Lua sem terem sua evolução completa.

Agora, decorridos cerca de um milhão de anos desde o Dilúvio, todas as


tradições, aliadas às coordenadas étnicas resultantes de amplos
caldeamentos raciais, apontam o Brasil como Berço da Nova Era e sua
prodigiosa civilização, que eclodirá nas plagas sul-americanas.

55Nosso país tem dentro de seu imenso território o ponto central do


continente (marco geodésico) e tornou-se o palco grandioso do
congraçamento entre todos os povos da Terra, cujos representantes para
aqui vieram e vivem harmonicamente, na construção gigantesca do País do
Futuro, independente do quadro de miséria que vem afligindo os mais
carentes, fruto temporário de uma política retrógrada, que felizmente
está nos seus últimos estertores.

Pessoas de todas as raças, de todos os credos, de todas as condições


sociais aqui se misturaram, na mais completa miscigenação de que se tem
notícia na história da humanidade. Embora a aparência seja de confusão,
entretanto, lembramos que "a evolução só se dá em crise", como diz um
sábio provérbio iniciático.

O resultado espetacular e grandioso será a eclosão da Raça Dourada, fruto


esplendoroso da Cadeia da Terra. Mas em que posições e direções
colocaram-se as Hierarquias Criadoras, para que tudo pudesse acontecer?

O nosso Sistema Solar deve ter começado com o Sol, que é um conglomerado
eletromagnético gerador de toda a energia que dá vida e movimenta todo o
nosso complexo sistema. Para podermos aquilatar a quantidade de energia
que se desprende do Sol, façamos o seguinte raciocínio: a Terra é coberta
em 2/3 de sua superfície pelas águas dos mares; ainda existem os lençóis
freáticos, os rios, os lagos, as geleiras eternas nos pólos e nas altas
montanhas. Pois bem, sabemos que a água é composta de duas partes de
hidrogênio para uma de oxigênio (H2O), à parte o problema dos oxidrilos;
uma só gota d'água possui cerca de 16.300 moléculas, as quais possuem
dois átomos de hidrogênio cada, como vimos; imagine-se a quantidade de
hidrogênio que existe somente na água do planeta?

Ora, o Sol é simplesmente 324.000 vezes maior que a Terra e é constituído


quase totalmente de hidrogênio. Já estudamos que o primeiro passo para a
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manifestação, partindo de algo que desconhecemos, mas que os antigos


hindus chamam de Pai-Mãe cósmico e que podemos chamar, segundo os termos
científicos ocidentais, de Matéria Indiferenciada, foi a polarização.

De fato, o primeiro, o mais simples dos elementos conhecidos pela


Humanidade, é justamente o hidrogênio, o qual possui, sem falar nos
"quarks", um próton no seu núcleo e um elétron em órbita, com cargas
elétricas contrárias um do outro.

De fato é o primeiro corpo que surgiu no Cosmos, segundo a nossa


compreensão moderna, embora ditada pelos cientistas que dizem saber tudo
sobre o que acontece no mundo. De acordo com os mais modernos
conhecimentos a que chegaram, apresentam a teoria sobre os átomos, nos
quais o hidrogênio é assim representado.

Eis como representam um átomo desse gás sutilíssimo que parece ser o mais
comum no Universo:

ÁTOMO DE HIDROGÊNIO

Olha aí a polarização! O que faz o Sol? Com uma reserva deveras


incomensurável de hidrogênio, ele provoca a fusão dos átomos de
hidrogênio de sua periferia, separando o próton do elétron com uma
incrível libertação de energia. Aliás, o mesmo processo empregado pelos
cientistas na tão maléfica bomba de hidrogênio.

O próton, de carga positiva, transforma-se em energia, e o elétron, de


carga negativa e circulante, aloja-se em outro átomo de hidrogênio,
formando um conjunto de um próton e dois elétrons em órbita. Mas isso já
não é mais hidrogênio. Essa nova configuração tem a característica do
corpo simples hélio. Esse segundo elemento, que assim acaba de nascer,
possui um próton no núcleo e dois elétrons em órbita.

ÁTOMO DE HÉLIO

As famosas protuberâncias solares não são mais do que os espectros dessa


força eletromagnética que se liberta, alimentando planetas e satélites:
os cometas e asteróides também são alimentados por essa colossal energia
que emana do Sol.

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A vida de uma estrela de quinta grandeza, como o nosso Sol, é estimada em


bilhões de anos terrestres. Quando o hidrogênio, que forma a maior parte
da estrela, esgota-se durante as eras, tudo se transforma em hélio. Aí
começa uma nova fase desse tipo de astro, que então passa a queimar o
novo produto. É a fase das Gigantes Vermelhas.

Com o novo elemento, que passa a constituir a maior parte da estrela,


repete-se a mesma operação. O hélio passa à qualidade de principal
combustível do astro e seus átomos, durante os bilhões de anos de que
falamos, passam pelo lento processo de fusão. Nesse processo, os
componentes daquele gás perdem outro elemento, transformando-se num outro
corpo, mais denso e complexo, como o lítio, por exemplo. Nessa fase a
estrela começa a se tornar mais densa e perde o brilho.

O que aconteceu com o hidrogênio passa a se processar com o hélio e


finalmente com o lítio. Este possui um átomo constituído de dois prótons,
ou melhor, de um nêutron (carga neutra) e um próton (carga positiva) no
centro; dois elétrons (carga negativa) em órbita.

Assim vão nascendo elementos simples cada vez mais complexos e densos, na
formação de planetas, satélites, etc. Nestes últimos a condensação se
processa continuamente, durante as eras, na formação de toda a sorte de
corpos simples, compostos e outros mais que compõem todo o Reino Mineral.

ÁTOMO DE LÍTIO

Depois de cumprida a constituição de todo o Reino Mineral, que, diga-se


de passagem, não é todo planeta que conseguiu, inicia-se numa outra Ronda
a formação do Reino Vegetal, com todas as suas espécies variegadas, que
dependem, é claro, de condições ambientais favoráveis para se
desenvolver.

A mesma coisa se repete com a formação do Reino Animal, com todas as suas
multiformes espécies: invertebrados, vertebrados, mamíferos, aves, peixes
e até vermes. Somente um planeta nessas condições estará apto a receber
como habitante o ser humano, pois o mesmo necessita de todos esses Reinos
para poder viver, se desenvolver e evoluir.

Aqui surge a razão pela qual a Primeira Cadeia da Ronda Humana é chamada
de Cadeia das Trevas ou do Corpo de Brahmâ. Aliás, já nos referimos a
esse assunto. Esta primeira Cadeia ou Planeta que serviu de palco ao
aparecimento do Homem em nosso Sistema Solar, já dissemos também, foi
Mercúrio, como hoje é conhecido pelos astrônomos de todo o mundo, porém
os antigos o chamavam de Saturno, porque era o mais velho ou primeiro da
mesma Ronda atual, mas a confusão ainda perdura.
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Este é, de fato, um assunto muito fascinante. O Homem foi criado a partir


dos animais mais evoluídos, que não eram os antropóides, pois esses ainda
não existiam. Os Construtores, ou melhor, a Hierarquia dos Assuras,
teriam de acrescentar o mental em sua criatura. Então, primeiro teriam de
dar condições para que um cérebro pudesse funcionar nessa mesma nova
criatura. Foi o que aconteceu.

Aproveitando todas as experiências bem-sucedidas no Reino Animal,


aumentaram a capacidade de sua massa craniana. Estava formado o Homem.
Todavia, havia um cérebro pronto para funcionar, sem no entanto haver
consciência e experiência para usá-lo. Como um exemplo que possa se
tornar mais fácil de entender, é como se tivéssemos um novo computador,
mas sem os programas para operação e desempenho.

Naquela CADEIA, o cérebro humano estava pronto, mas sem qualquer luz para
orientá-lo, daí "Cadeia das Trevas". De fato, o homem mais se assemelhava
a uma criança recém-nascida. Ele teria de aprender tudo e só o faria no
decorrer de muitas e muitas eras. É bem por isso que a Raça Negra tem
maior dificuldade de desenvolver seu cérebro, embora tenha todas as
condições para tal. Hoje as condições são outras e todos têm as mesmas
possibilidades evolutivas, mesmo porque farão parte da nova Raça.

Quem trabalhou e lutou muito para a tomada de consciência pelo Homem


foram as Hierarquias Criadoras ou Jerarquias. Os hindus e tibetanos,
herdeiros incontestes da Sabedoria Antiga que provém da Atlântida e da
Lemúria, legaram à humanidade indicações, mais ou menos precisas, da
colocação dessas Jerarquias e o fruto de seu magistral desempenho na
construção dessa imensa manifestação.

É bem verdade que foi necessário recorrer não só aos nomes tradicionais
antigos, como a seus correspondentes no linguajar moderno, com termos
hoje usados pela ciência ocidental, para que o assunto pudesse ser
assimilado com mais facilidade.

O quadro que iremos apresentar é por demais esquemático e visa tão-


somente a boa compreensão do assunto. Seria dificílimo ou mesmo
impossível representar-se a coisa na sua integridade e posições
verdadeiras, até porque teríamos de recorrer às três dimensões conhecidas
e mais uma quarta, que mal começamos a compreender.

O problema da manifestação dos mundos divinos, que se inicia com o


aparecimento dos corpos celestes, é de uma complexidade sem par.
Primeiramente surgem os planos, os esquemas e os projetos na mente dos
Seres Divinos. Só então é que começam a tomar forma física os corpos
celestes. Depois de os mesmos evoluírem em seus respectivos materiais,
começam a surgir os seres que neles habitam, de acordo com seus Reinos,
seus espécimes e suas características. Não é tão simples como poderia
parecer, mesmo para os investigadores.

A mente humana, conforme já dissemos várias vezes no decorrer desses


estudos, tem parâmetros mais ou menos rígidos, para que possa aceitar
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novas idéias. Um assunto completamente fora dos nossos conhecimentos não


é aceito e, mesmo, é rejeitado, por não encontrar ponto de apoio em
nossos raciocínios.

Poderíamos dar um exemplo fácil de ser entendido por nossa cabeça, mesmo
as mais modestas. Suponhamos que dois ou mais astrônomos estivessem
conversando sobre assuntos técnicos em Astronomia. Falar em "paralaxe",
"Grandeza de Sóis", "Ápex Solar" e outros termos pouco comuns não entram
na mente de quem não esteja familiarizado com tais palavras.

Assim é a nossa mente normal: só aceita o que pelo menos tenha um pouco
daquilo que é sabido. Dessa forma a Iniciação tem um máximo cuidado para
não encurralar nossos pensamentos.

Apresentaremos um esquema do Mundo Divino, não manifestado (Arrúpico), de


onde emanaram os impulsos inteligentes que orientam e coordenam toda
manifestação.

Logo abaixo aparecem os planos da manifestação (Rúpicos) nos quais foram


construídos os diversos Reinos existentes na Natureza.

É claro que tudo foi apresentado de uma forma muitíssimo esquemática e


simplista, somente para uma pálida idéia do contexto.

Vemos claramente no gráfico que o Mundo Divino é formado pelo Eterno,


como Oitavo que é o célebre Uno-Trino das Tradições Trans-himalaicas, do
qual emanam os Sete Autogerados, Anjos de Presença Diante do Trono,
Luzeiros, Eloins, Planetários, etc. Isso se repete milhares de vezes na
escada descendente da Evolução, cada vez em mundos mais densos. Cada um
deles com uma vibração própria, designada pelo símbolo planetário:
Saturno, Sol, Lua, Marte, Vênus, Mercúrio e Júpiter.

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Cada qual rege uma Cadeia Planetária, porém, para fazer jus à célebre
frase iniciática, constante do livro Estrela Mater.

Assim sendo, o Segundo Senhor foi o regente da Primeira Cadeia, que


iniciou a Ronda Humana, levada a efeito em Mercúrio. Já o Terceiro Senhor
foi o regente da Segunda Cadeia, em Vênus. O Quarto Senhor, já sabemos,
regeu a Cadeia Lunar ou Terceira, e assim por diante. Isso não impediu
que a Terra, como Quarta Cadeia, tivesse como regente o Sexto Senhor, com
a negativa do Quinto Senhor de continuar à frente da mesma. No entanto, o
Sexto continua fazendo o papel do Quinto, para não truncar a regra, como
já estudamos as por várias vezes.

O Mundo Cósmico é composto de três planos: Mental, Astral e Vital


Cósmico. A seguir vem o Mundo Material, composto de quatro planos, nos
quais se desenvolveram os quatro reinos da Natureza: humano, animal,
vegetal e mineral.

O primeiro impulso foi dado pela Jerarquia dos Assuras, trazendo, é


claro, uma experiência de Sistemas Anteriores, representados por mais
duas importantes Jerarquias, que se escondem atrás de Assuras, que são os
Makaras e os Kumaras.

Já sabemos que os Assuras são senhores do Mental e dominam esse plano,


que é o mais elevado do Mundo Cósmico. Com o seu poder inteligente, eles
deram início à formação do Reino Mineral, mas já deixando condições para
a futura formação, pelos minerais, do futuro cérebro humano.

Naqueles tempos, é claro, o Sol já brilhava pelo poder do Oitavo Senhor,


e o Pai-Mãe, ao se polarizar, produzira o primeiro elemento manifestado:
o hidrogênio.

A esta altura, as duas forças antagônicas, positiva e negativa, com seus


nomes védicos de "Fohat e Kundalini", já produziam seus efeitos, na fusão
do hidrogênio e na produção ou libertação de enorme quantidade de
energia.

Isso dava grande poder de ação à força solar, que passou a aglutinar à
sua volta, ou seja, na sua imensa zona de influência gravitacional,
grande quantidade de matéria cósmica escura, ainda em forma de gases
sutis. Tal matéria, pela força aglutinante do Sol, aliás como toda
Estrela, iniciou a condensação, formando grandes bolas gasosas no espaço
sideral, que passaram a orbitar em sua volta. Quanto mais se aproximavam
do Astro-Rei, maior sua condensação.

Ora, acontece que a força gravitacional do Sol atua de uma forma


vibratória, porém de uma intensidade variável e intermitente. Às vezes
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muito forte, outras vezes bem fraca, formando um campo vibratório e


gravitacional em ondas concêntricas.

Poderemos até fazer uma comparação engenhosa, mais compreensível. Quando


atiramos uma pedra sobre a superfície de um lago sereno, no lugar do
impacto surgem ondas concêntricas e circulares, que vão se afastando do
centro, dotadas que são de uma força centrífuga. Acontece que tal fato se
dá uma única vez, só no momento em que a pedra atinge a superfície das
águas. No caso do Sol, no entanto, a operação se dá em sentido contrário:
nossa estrela emite uma poderosa força centrípeta e contínua. Essa força
aglutinante provoca um fenômeno contrário. Suas ondas também são
circulares e concêntricas, caminhando em direção ao Sol e se fundindo
nele.

É justamente esse fenômeno que permite ao Sol condensar a matéria cósmica


informe, que orbita em suas proximidades, aglutinando-a para formar
planetas, situados justamente nos pontos ou órbitas quase circulares, nas
quais a influência gravitacional solar é bem menor. Tais estenoses da
força de gravidade do Sol, no entanto, vão se aproximando cada vez mais
deste. Assim sendo, os planetas ali aninhados vão se aproximando
gradativamente do sol central.

O fenômeno da aproximação dos planetas do Sol gera uma conseqüência, pois


fatalmente eles vão se esquentando à medida que se aproximam do centro e,
finalmente, um dia eles entrarão em fase ígnea e logo após se integrarão
à Estrela-Mater: Sol. Tal é o mecanismo da formação dos sistemas solares
em geral, segundo a sabedoria dos brâmanes hindus, herdeiros diretos da
sabedoria dos atlantes.

Todavia, existe uma força que delimita o tamanho do nosso Sistema Solar:
é a força de gravidade que emana do Sol e que mantém presos todos os
astros e formam o conjunto; menos os cometas, por serem muito pequenos,
conseguindo andar por fora da órbita de Plutão, que acreditamos ser o
planeta mais afastado do Sol.

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O metabolismo que acabamos de mencionar é de uma duração imensa e escapa,


por isso, à observação dos cientistas modernos. Estes acreditam que o
sistema solar é estático e imutável. Tal afirmação, no entanto, não é
verdadeira. Tanto o nosso como todos os outros sóis são dinâmicos e, com
o correr das idades, vão mudando sempre e continuamente de forma. Nada
existe de estático no universo em desenvolvimento. O cosmos se renova a
cada instante e é praticamente impossível para a nossa vã filosofia
determinar um começo e um fim dessa infinita grandeza do Universo, que é
incomensurável.

Segundo é ensinado desde épocas imemoriais, o planeta Mercúrio é o


primeiro de nossa atual Ronda Humana e esta, terminando em Saturno, dará
por terminada a evolução do homem atual.

Com o planeta Urano irá começar outra Ronda Super-Humana, se assim


podemos chamá-la. Vamos lembrar o que já dissemos em estudos anteriores,
para a nossa melhor compreensão.

A tradição antiga afirma que o corpo humano foi criado primeiramente no


planeta Mercúrio. Seus corpos eram toscos e rudes, mas foi assim que
vieram à existência. Eles pertenciam à Raça Negra, como a mais antiga que
foi feita pelos Construtores.

Nós não devemos esquecer que, antes disso, ou melhor, antes da Ronda
Humana, houve três séries de sete planetas, já fundidos no Sol, que
constituíram as três primeiras Rondas: mineral, vegetal e animal.

Agora nós vamos deixar de lado essas Três Primeiras Rondas, cada qual com
suas séries de sete Planetas ou Cadeias, pois elas já se fundiram na
esfericidade do Sol e passaram a integrar sua evolução.

Vamos nos ater apenas aos Sete Planetas da atual Ronda Humana, que são:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, asteróides (planeta explodido), Júpiter e
Saturno.

Mas não devemos nos esquecer da confusão armada com os nomes citados pela
tradição esotérica e a astronomia moderna. Os nomes acima citados são
atuais. Mercúrio, por ser o planeta mais velho, na tradição esotérica é
chamado de Saturno (Cadeia das Trevas ou do Corpo de Brahmâ). Na mesma
tradição, Vênus seria o nome do quinto planeta, aquele que explodiu, daí
o problema ter repercutido no Quinto Senhor. A Lua, que era planeta,
transformou-se em satélite da Terra; esta, mais Júpiter, possuem os nomes
idênticos aos de hoje. Marte é chamado de "usurpador" ou "intruso" por
ter assumido a órbita original da Terra e por ter sido formado dos
maiores pedaços do planeta explodido. Esses assuntos já foram tratados em
profundidade em estudos anteriores.

Mas voltemos ao nosso assunto principal. Os primeiros homens a pisar na


Terra, com o mental muito pobre ainda, teriam de ser bafejados pelas
Hierarquias Criadoras, para infundir-lhes mais consciência e conquistar
sua evolução, e não tiveram o cumprimento total desses desígnios. Uma ala
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dessas Hierarquias se recusou a fornecer ajuda aos seres humanos e uma


parte deles ficou sem consciência. Como conseqüência, esses poucos
humanos cruzaram-se com animais, gerando monstros, metade homens, metade
animais, dos quais estão repletas as tradições e mitologias dos povos
antigos.

Sabemos que dessa confusão ainda restam os macacos, pois os antropóides


possuem sangue humano. Tentando consertar o estrago, duas Jerarquias
Divinas tomaram corpos humanos e mesclaram-se aos homens, gerando outra
classe de monstros: os gigantes, metade homens e metade deuses. Assim
como os macacos passaram a ter sangue humano, também os homens receberam
o sangue divino.

O famoso Livro de Henoc, muito mal traduzido, e que chegou às nossas mãos
fragmentado e deturpado, no entanto foi vazado nos anais arcaicos, e
igualmente está contido nas teogonias de muitos povos. Tal livro focaliza
o assunto com riqueza de detalhes. A Bíblia também fala do assunto,
embora ligeiramente.

O futuro evolutivo da espécie humana está contido virtualmente em três


Hierarquias, que não entraram ainda no plano da manifestação. São elas,
segundo a sabedoria védica: VIRGENS DE VIDA, LEÕES DE FOGO, OLHOS E
OUVIDOS ALERTA, com seus no mês já traduzidos e que correspondem
respectivamente às Jerarquias já conhecidas: Barishads, Agniswattas e
Assuras.

Convém aqui enfatizar o detalhe seguinte: hoje em dia não se dá mais a


mistura entre animais e homens, porque o código genético animal já está
completo e fechado e não é mais possível alterá-lo, pelo menos no atual
estado de evolução. O mesmo acontece com os homens, porém, naqueles idos
tempos do início da vida na Terra, nenhum daqueles códigos estava
definido ainda, o que permitiu a mistura.

O código genético dos animais foi alterado, naquela época, pela


intromissão do sangue humano. A mesma coisa aconteceu com os homens, em
relação aos Seres Divinos que com eles se misturaram. E a Terra foi
obrigada a receber dois tipos híbridos: os antropóides e os semideuses ou
Iniciados.

Ambos isolaram-se dos respectivos reinos. As comunidades dos grandes


macacos diferem e distanciam-se do resto dos animais. Os semi deuses ou
adeptos isolaram-se do resto da humanidade, ocultando-se em fraternidades
secretas, existentes no Mundo dos Badagas ou Sedotes.

Tais fraternidades localizam-se em hipogeus e profundas cavernas,


inacessíveis aos homens comuns da face da Terra. Mas voltemos ao nosso
assunto principal, esclarecendo a participação das Hierarquias Criadoras
na tomada de consciência do gênero humano.

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Damos a seguir um esquema da evolução nas Quatro Cadeias:

ESQUEMA DA EVOLUÇÃO TERRENA DA QUARTA RONDA


TOMADA DE CONSCIÊNCIA NOS REINOS

CADEIAS l1 CADEIA 2« CADEIA 3S CADEIA 4* CADEIA

Assuras Mineral Mineral Mineral Mineral

Agniswatta Vegetal Vegetal Vegetal

Barishad Rishis Animal Animal

Jivas Agniswatta Humano

Chegamos então à função que cada uma das Jerarquias exerceu na formação
ou constituição do homem.

A Jerarquia dos Jivas completou a maior maravilha da criação, que é o


corpo físico do homem branco, apto a usar o seu mental em toda a sua
plenitude atual. Não existe nada de mais perfeito e funcional na
exuberante natureza.

O próprio homem ainda não aprendeu a usar o seu corpo convenientemente,


algo assim como um jovem estudante praticar tudo o que vê, sem para isso
estar devidamente preparado.

O homem comum nem sequer cogita da maravilha organizada, com múltiplas


funções e possibilidades, que é o corpo onde habita. Cada um dos nossos
sentidos é, por si próprio, um delicado e complicadíssimo aparelho de
percepção, adaptável às circunstâncias ambientais.

Não é necessário entrar em detalhes, por exemplo, sobre a perfeita


seleção, arquivo e uso imediato de todas as informações recebidas no
decurso de nossa vida inteira.

Segundo as mais antigas tradições conservadas em criptas ocultas, pelos


antigos brâmanes e constantes dos anais arcaicos, zelosamente escondidos
nas antigas lamaserias tibetanas, sabedoria essa que provém dos nebulosos
tempos dos Atlantes, quatro Jerarquias ou Hierarquias Criadoras
encarregaram-se de construir o TEMPLO onde habita o ser humano, obra
máxima da evolução.

Como já dissemos, a finalidade de todo esse esforço foi construir um


corpo apto a servir de Avatara aos próprios Criadores, pois assim eles
poderiam agir mais livremente, comunicando aos homens os meios de
conseguir chegar ao fim de todos os trabalhos.

Assim foi que Assuras, Agniswattas, Barishads e Jivas movimentaram a


matéria física, a etérica, a psíquica e a mental, promovendo experiências
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de toda a sorte, para construir essa maravilha que é o corpo da espécie


humana no ciclo atual.

Dentre os atributos mais importantes que caracterizam o ser humano, está


aquele livre-arbítrio de que já falamos muito. Porque é a faculdade que
dá ao homem ser feliz ou desgraçado, errar ou acertar e, principalmente,
ser inteiramente responsável pelos seus atos.

Daremos a seguir um quadro bem esquemático, para se entender melhor a


participação daquelas Jerarquias citadas e como concorreram para nossa
evolução:

HIERARQUIAS QUE FORMAM NOSSA CONSCIÊNCIA

ASSURAS.............................................. CONSCIÊNCIA FÍSICA

ASSURAS + AGNISWATTAS ................................ CONSCIÊNCIA VITAL

ASSURAS + AGNISWATTAS + BARISHADS ............................ EMOCIONAL

ASSURAS + AGNISWATTAS + BARISHADS + JIVAS ........................MENTAL

É bem verdade que o homem, em virtude das contingências pelas quais a


Cadeia Terrestre passou, qual seja, o problema da mistura com os animais
e ainda mais pelo relacionamento com os seres divinos, mudou
completamente o quadro acima, que deveria ser o normal, o certo, o
previsto no plano Arquetípico. Diante de tantas interferências e as
providências tomadas pelo Eterno, o ser humano, em lugar de possuir
apenas uma constituição quaternária, própria da Terra, passou a contar
com uma constituição de forma setenária, ensinada pelas escolas
esotéricas, tendo todas elas se baseado nas tradições de hindus e
tibetanos ilustres. Assim sendo, temos agora todos os elementos para
entender perfeitamente a participação de cada uma das Jerarquias que
realmente concorreram para a construção deste veículo humano que
habitamos.

Apesar de todo o avanço tecnológico que o mental humano conseguiu reunir,


conhecemos ainda pouco do nosso corpo. A Raça Negra teve por finalidade a
plena consciência do nosso corpo físico. De fato, os negros são os que
mais desenvolveram seu suporte físico, e a prova é que os indivíduos
dessa raça são os campeões da força física.

Os espécimes humanos das outras raças deveriam conservar essa virtude;


porém, como isso requer exercícios constantes e como o livre-arbítrio
humano é muito respeitado pela divindade, só consegue isso quem atenta e
quer, conseguindo manter essa qualidade.

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CONSTITUIÇÃO REAL E SETENÁRIA DO SER HUMANO

CORPOS JERARQUIA PRINCIPAL OUTROS NOMES


Atmico Kumaras-Macaras Partícula Divina
Búdico Plêiades Intuição
Mental Sup. Rishis Mental Abstraio
Mental Inf. Agniswattas Mental Concreto
Vital Barishads Duplo Etérico
Físico Jivas Aparelho

Esse é o verdadeiro quadro da situação atual do esquema oculto do homem,


herdeiro das tradições dos antepassados que receberam dos Deuses, seus
progenitores, diretamente, a Sabedoria e os Mistérios que se cumprem nos
céus.

Os homens de hoje constituem ou constróem sua própria cultura,


preparando-se para enfrentar o futuro. Sim, porque o próprio futuro da
Terra alterou-se consideravelmente. Como já vimos nos capítulos
anteriores, não existe um planeta seguinte, completamente apto a receber
a humanidade do futuro.

A formação do Quinto Astro interrompeu-se pela explosão, no processo de


condensação, empurrando a Terra para a Terceira Órbita (da Lua),
prejudicando também o processo evolutivo lunar. Isso, em última análise,
equivale a dizer que a Terra integrou-se na Terceira Cadeia, cumprindo
esta e a sua própria, que é a Quarta, já perto de sua metade.

Ora, se assim de fato for, a Terra terá de compensar seu avanço em


direção à Terceira Cadeia, estendendo-se também para a Quinta Cadeia, que
teria de lhe suceder, mas cujo astro já não mais existe. Como será que a
Terra irá enfrentar esse problema?

Pelos dados que possuímos, que foram baseados nas informações contidas
nos Vedas, dentro de alguns milhões de anos a Terra absorverá a Lua, que
se aproxima cada vez mais. O material do nosso atual satélite aumentará
consideravelmente o volume da Terra, que passará a exercer uma pressão e
perturbação gravitacional ainda maior sobre o planeta Marte, que aliás
passou a ocupar a antiga órbita nossa (da Terra).

Um outro fato é por demais revelador: existe também um certo planetóide,


pertencente ao cinturão de asteróides, que, devido à excentricidade de
sua órbita, costuma aproximar-se da Terra mais do que Marte. Na verdade,
ele passa, por vezes, entre o nosso Planeta e Marte. Trata-se do
asteróide Eros, de regular volume.

Assim que a Terra ficar maior pela incorporação da Lua e com maior poder
gravitacional, fatalmente, Eros, numa das perigosas aproximações, irá
ficar preso e orbitar nosso orbe na qualidade de satélite. Um dia, num
futuro bem distante, Eros também poderá se integrar à Terra, aumentando
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ainda mais a sua massa. A mitologia grega, num arroubo de fantasia, mas
deixando calar fundo uma verdade, ensina que a "Alma da Terra vive em
busca do seu amado Eros".

69A seqüência desses fenômenos astronômicos resultará, bem adiante, na


integração do Planeta Marte ao complexo da Quarta Cadeia.

Isso entretanto vem explicar convenientemente os vários globos que


compõem uma Cadeia Planetária. O planeta em evolução vai absorvendo seus
Globos (satélites), primeiramente na forma de anéis e depois
sedimentando-se sobre sua superfície em camadas superpostas:

Não seriam estas camadas superpostas as famosas "peles" de que fala o


livro de Dzyan, comentado por H. P. Blavatsky, em sua Doutrina Secreta?
Cada um desses globos (satélites) que acabam por sedimentar-se à
superfície de um planeta, após o fenômeno da absorção, vai constituir os
continentes onde se desenvolverão os reinos, as raças e suas subdivisões.

O planeta Marte, segundo as nossas concepções, que foram relatadas nos


capítulos precedentes, seria um dos maiores pedaços que sobraram do
Quinto Planeta (o que explodiu), cujo astro seria ou deveria ser o palco
da evolução da Quinta Cadeia, segundo o plano original.

Na hipótese de a Terra, após absorver a Lua e Eros, ameaçar e fundir


também Marte à sua esfericidade e assumir de fato a evolução da Quinta
Cadeia, as estâncias do livro de Dzyan estariam absolutamente exatas,
quando afirmavam "... que haveria uma Quarta Cadeia, após a qual: A
QUARTA MAIS UMA PARTE e depois a Sexta Cadeia...". Ora, isso quer dizer
que não haveria propriamente uma Quinta Cadeia, mas a união da Quarta
mais uma parte. Traduzindo em palavras menos esotéricas, teremos então:
Terra + Marte farão a Quinta Cadeia.

Como já afirmamos, Cadeia Planetária é um conjunto de astros comandados


por um planeta maior, sobre o qual desenvolve-se uma etapa da Evolução.
Nós estamos apenas cogitando sobre o futuro, baseados em dados que
possuímos. No entanto, as Jerarquias (Hierarquias Criadoras) já estariam
agindo, com seu poder enorme, na criação dos locais onde as Mônadas "que
caminham de globo em globo, de cadeia em cadeia" possam evoluir
convenientemente, cumprindo os desígnios do Senhor dos Senhores.

No decorrer dos nossos estudos, já tivemos oportunidade de tecer


comentários sobre os continentes, nos quais se desenvolveram as Raças que
foram surgindo na Terra. Inclusive assinalamos a América do Sul e
principalmente o Brasil como berço da futura Raça Dourada, que seria, de
fato, a verdadeira Raça Terrena, pois até agora só tivemos os tipos
raciais vindos de outros planetas.

Entretanto, pelo que acabamos de verificar, com a mudança radical nos


planos originais para a Terra, não só a futura Raça Dourada terá sua
eclosão, como também virão certamente outros continentes e raças outras,

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que não pertencerão mais à Quarta Cadeia, e sim à Quinta, com suas sub-
raças, porém desenvolvidas aqui mesmo na Terra.

Quando isso tiver acontecido, os homens estarão bem mais desenvolvidos e


certamente merecerão o nome de Super-Homens ou Jivas. Será então a hora
de os Adeptos que habitam as Fraternidades Ocultas, nos Mundos
Subterrâneos, saírem de suas cavernas e habitarem entre os seres da face
da Terra.

Em tal época, as elites humanas serão comparáveis aos Jivas e não haverá
mais motivo de separação. Tal é a marcha ou direção em que caminham as
Mônadas. Como já dissemos por várias vezes no decorrer dos capítulos
anteriores, o homem foi o primeiro a ser criado por Deus.

Desde a Primeira Ronda, quando foi criado, o homem passou por todas as
formas evolutivas possíveis, tendo na mesma Ronda sido Mineral, quando
foi construído o arcabouço ósseo de seu corpo, pelo menos na mente de
seus construtores. Sim, foram executadas todas as experiências para, mais
tarde, ser realmente construído.

Na Segunda Ronda ele foi vegetal, tirando deste reino todas as


experiências para construir a "árvore" de seu sistema nervoso futuro, que
seria levado a efeito pelos construtores.

Da mesma maneira, ele tornou-se animal, colhendo as experiências


necessárias para seu corpo ser formado pelas Hierarquias Criadoras. Esse
estado animal da Terceira Ronda é que permitiu aquela mistura com os
animais, gerando os antropóides, isso já na Quarta Ronda. No entanto, foi
dos animais que foi tirado o esquema para o seu sistema circulatório.

Como se vê, a Mônada Humana passou por todos os Reinos da Natureza, sem
que no entanto se integrasse em qualquer deles. Esses, sim, é que
participaram da formação do veículo humano.

É preciso não esquecer que a Mônada Humana veio das alturas, e isso quer
dizer das Nebulosas que povoam esse espaço sem fim. Ela cristalizou-se no
homem e certamente continuará sua trajetória em direção ao LUGAR de onde
veio.

Os homens de ciência vivem a cogitar se existe vida no cosmos e se outros


seres inteligentes habitam as galáxias. A humanidade ainda não conseguiu
juntar, nos tempos que correm, provas suficientes para afirmar a
existência de outros mundos habitados; porém, da mesma forma, não tem
provas em contrário.

A verdade é que a vida pulula por toda a parte no Universo. Como já


dissemos, onde há luz, haverá certamente vida. Alguns sóis já formaram
planetas e, estes, seus satélites. Haverá também, assim como em nosso
Sistema Solar, uma zona ecológica com o desenvolvimento da vida orgânica
e até inteligente. Como o "padrão" é um só, à razão daquele "façamos o
homem à nossa imagem e semelhança", o universo estará cheio de
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humanidades, nos diversos estágios evolutivos que as caracterizam. Umas


mais atrasadas, outras mais adiantadas, mas certamente todas vivas e em
evolução permanente. De fato, não se pode conceber, em hipótese alguma,
que a Terra seria o único lugar onde existiriam homens como nós. A Obra
Divina seria muito insignificante se contasse apenas com um único planeta
no Universo inteiro, habitado por seres humanos, que são capazes de
louvar e reconhecer as obras divinas. As pesquisas espaciais estão
revelando um Universo cada vez maior e inacreditável para as nossas
inteligências humanas. Os milhões e milhões de estrelas, agrupadas em
nebulosas, cada vez mais descobertas em lugares mais distantes, numa
distância quase incalculável da Terra, revelam uma Obra grandiosíssima,
de um Ser Supremo inimaginável.

Aliás, nas doutrinas orientais, fala-se que "nem mesmo o mais alto
vidente, no mais alto dos céus, é capaz de desvendar o mistério que
envolve o Ser Supremo, cujo nome ninguém sabe!"...

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CAPÍTULO II

2ª Parte

Seres Habitantes nas Regiões Nebulosas

Uma das mais intrigantes perguntas, que não raro inclina a nossa
imaginação a mergulhar em profundos cismares, é justamente esta:
existirão outros mundos habitados por seres humanos?

Há também quem se contente em indagar se existem seres inteligentes, não


necessariamente humanos, por esse espaço afora. Os mais célicos
contentam-se com a hipótese de que a Terra seria o único lugar, no
Universo inteiro, capaz de comportar seres vivos e inteligentes...

Tratar-se-ia, evidentemente, de uma aberração, de um fenômeno único;


entre miríades de astros, compondo uma infinidade de galáxias, bilhões e
bilhões de sóis, com seus planetas orbitando, tudo isso serviria apenas
para "enfeitar" o céu dos terráqueos, criaturas únicas nesse imenso orbe
celeste? Basta um pouco de raciocínio coerente para não aderir a essa
idéia absurda!...

O Universo manifestado é, por excelência, o mundo maravilhoso que prima


pela multiplicidade, pela evolução, pela renovação, pelo dinamismo, onde
seres, objetos e coisas, assim como os astros, nascem aos milhares,
vivem, crescem e morrem todos os dias numa roda incessante de
manifestações. Diante dessa exuberante natureza, tanto cósmica, como
telúrica e também humana, impossível seria imaginar a ocorrência de fatos
isolados e únicos.

Diante do que foi dito, poderíamos perfeitamente fazer o seguinte


raciocínio: a Via Láctea, como é chamada a nossa galáxia, possui uma
incomensurável quantidade de astros resplandecentes;

73segundo o cálculo dos astrônomos modernos, são alguns bilhões de sóis.


Suponhamos que dentre tantos astros luminosos houvesse uns três milhões
deles iguais ao nosso Sol: é uma porcentagem modestíssima, ou seja, uma
milionésima parte. Dentre esses sóis semelhantes ao nosso, vamos tirar,
outra vez, apenas 1/1000, ou seja, uns 3.000 que possuam planetas em
condições semelhantes às nossas. Seriam, na pior das hipóteses, três mil
possibilidades de se encontrarem humanidades em diversos estágios
evolutivos, mais atrasadas ou mais adiantadas que na Terra, pois deverá
haver etapas variadas para o desenvolvimento.

De acordo com as pesquisas científicas, investigadas pelos nossos atuais


sábios, astrofísicos e astrônomos, a Via Láctea, onde se acha situado o
nosso amado Sol, entre milhões de outros, maiores ou menores, é apenas
uma entre miríades de outras galáxias, de todos os tamanhos.

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Elas se organizam em conglomerados. Vejamos:

Por esse modesto esquema simbólico, podemos perceber a grandiosidade dos


processos estelares que povoam profusamente nosso incomensurável
Universo. De forma alguma poderemos imaginar que o nosso pequenino
planeta seja o único a abrigar vidas humanas. Deverão existir milhões e
milhões de outros planetas habitados!

Não esqueça que essa nossa hipótese é muito modesta e aventa apenas
possibilidades mínimas. Os números reais certamente alcançarão cifras
muito maiores, em todos os estágios de evolução.

Sem sombra de dúvida, miríades de seres habitam as regiões nebulosas,


onde se agrupa uma imensidão de sistemas solares, cada qual com planetas
semelhantes ao nosso e onde existirão regiões ecológicas muito capazes de
proporcionar condições absolutamente favoráveis à vida consciente.
Exatamente como em nossa amada Terra.

Vida é movimento, é energia fluindo, é luz, e o Universo inteiro


movimenta-se incessantemente nesse Cosmos admirável.

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Enquanto houver esse brilho fascinante de estrelas na escura abóbada


celeste, haverá vida e movimento, energia circulando e dando o anúncio
luminoso de sua presença aos olhos humanos.

Por que então aceitar somente a vida do Reino Mineral no céu? Certamente
existe uma imensa variedade de condições, as mais diversas, por esse
espaço afora, e necessariamente entre elas haverá muito lugar para a
ocorrência da vida humana.

Ao falarmos em vida humana, como o mais evoluído dos quatro reinos,


estamos falando de todos os que lhe ficam por baixo, porque não poderá
haver seres humanos sem haver animais: estes dependem das plantas e estas
dos elementos minerais. Terra, água e ar são fatores tão indispensáveis
para a planta quanto o animal depende do vegetal e do mineral para se
manter. A espécie humana necessita de todos os três em conjunto e
harmônicos para a sua sobrevivência.

Poderia haver quem argumentasse que os povos esquimós vivem em regiões


geladas e alimentam-se exclusivamente de peixes, focas e alguns
mamíferos, que também habitam aquelas plagas geladas. O vegetal ali é
escasso ou ausente; portanto, poderia ser dispensado.

A isso poderíamos retrucar que os peixes e focas nutrem-se dos vegetais


marinhos e do plâncton do fundo dos mares. A cadeia alimentar aí está
presente, apesar de aparentemente parecer haver lacunas. O vegetal jamais
poderia ser dispensado; por isso mesmo, consideramos infantis e
ignorantes as idéias de se colonizar esse ou aquele planeta, sem que haja
condições básicas para a manutenção da vida consciente, onde não existam
já implantados os demais reinos da natureza, em sua plenitude.

Os chamados ambientes artificiais, em locais fechados, cubas ou "bolhas"


não darão certo — como já aconteceu em experiências aqui na Terra mesmo.

Tanto isso é verdade que aí reside, justamente, a enorme dificuldade de


os Senhores da Evolução instalarem a Quinta Cadeia no planeta seguinte,
que seria Marte. As sondas espaciais para lá enviadas mostraram que nem o
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reino mineral está bem desenvolvido naquele planeta. Marte possui uma
atmosfera muito rala e sua água, além de pouca, é congelada, fatores
estes que o deslocam completamente das condições mínimas para uma
evolução imediata, ou seja, desenvolver seu Reino Vegetal, Animal e
Humano num tempo relativamente curto para a vida cósmica.

Conforme já ressaltamos por diversas vezes, no decorrer destes capítulos,


o único astro, além da Terra, que em nosso sistema solar reúne condições
melhores de caráter evolutivo é Titã, um dos satélites de Saturno. Ele
possui uma atmosfera espessa, com bastante nitrogênio, a cor azulada como
a Terra, maior do que Mercúrio... só que está muito afastado do Sol. Por
isso, a temperatura ambiente pode ser baixa demais. Isso não invalida a
idéia de existirem ali seres vivos, a não ser por condições ainda
desconhecidas.

O que queremos dizer com tudo isso é que, no estado evolutivo alcançado
pela Terra, que já se encontra em meio caminho para que se complete aqui
o desenvolvimento do Reino Humano, isto é, já contando com o pleno
desenvolvimento dos Reinos Mineral, Vegetal e Animal, haverá condições
para se iniciar a evolução programada para a Quinta Cadeia Planetária, já
que o astro dela feneceu.

O fato de a Terra ter de arcar com o término da Cadeia Lunar e prolongar-


se além da sua própria, encetar a evolução da Quinta Cadeia, esse enorme
período, talvez tivesse dado aos humanos a idéia de serem únicos no
Sistema Solar, quiçá do Universo.

Não tiveram a sorte de verificar a vida na Lua, que terminou antes do


tempo. Se assim não fosse, contaríamos com outro mundo ainda vivo e
habitado, bem próximo da Terra, com suas plantas, seus animais e até
homens. A Lua morreu antes do tempo previsto, pelos fatos que já vimos
exaustivamente, e os homens ainda estavam numa fase muito primitiva para
poder observar e reter na memória, na tradição, aquela tragédia ocorrida
na aurora da humanidade. "O que os olhos não vêem o coração não sente",
diz um velho brocardo popular, muito próprio para o caso. Portanto, a
humanidade não viu o passado, mas tão-somente o cadáver ambulante de um
mundo fenecido. Do outro lado, Marte, que é apenas uma parte de um astro
explodido (o quinto planeta), não tem as condições mínimas para receber a
humanidade e preparar o seu futuro.

Se o Quinto Planeta estivesse vivo e operante, talvez tivéssemos


condições de ver um mundo emergente, com plantas e animais, mas... o
desastre sobreveio.

O homem sente-se sozinho num Sistema Solar vazio de seres


extraterrestres. Daí a sensação de isolamento que a humanidade sente, por
isso vive a inventar histórias de seres de outros planetas fabulosos,
inclusive imaginando seres fantásticos.

Acreditamos que sistemas outros, pela galáxia afora, sejam mais férteis e
povoados, nos quais estarão se desenvolvendo diversos tipos de
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humanidades, as quais não podemos alcançar, pelo menos no atual estágio


evolutivo em que nos encontramos. Não faltarão esforços nesse sentido,
embora as tradições secretas neguem tal possibilidade. Os sábios antigos
afirmam que não poderá haver interferências.

Antes de continuar, porém, queremos tocar num assunto muito importante,


que é o aspecto dos seres que porventura vivam em sistemas outros que não
o nosso. As histórias de ficção científica, aliás muito em voga
ultimamente, contam de estranhos seres inteligentes, cujas formas são
apresentadas como bizarras e algumas das quais bem diferentes dos tipos
humanos que conhecemos e com que convivemos. Nós não podemos concordar
com tais aberrações. Os livros sagrados do Oriente e até nossa própria
Bíblia, mais particularmente o primeiro dos livros, o "Gênesis" de
Moisés, fala textualmente ali que os Eloim (deuses) fizeram o homem à
"sua imagem e semelhança". Ora, isso quer dizer, em outras palavras, que
existe um padrão para o corpo do homem, já seja na Terra ou em outro
astro qualquer, como seja semelhante ao Criador. Vemos com freqüência
figuras imaginárias de seres com uns olhos enormes, como sendo
tripulantes de objetos voadores, que se afirma terem vindo de outros
mundos. Ora, numa rápida observação de tais fisionomias, logo se percebe
que tais olhos enormes teriam, por suposto, globos oculares também
enormes, ocupando a maior parte da cavidade craniana desses supostos
seres, não deixando lugar para seus cérebros e demais órgãos nervosos.
Daí nosso descrédito nesse sentido.

Com a finalidade de investigar o espaço sideral, em busca de outras vidas


inteligentes, os astrônomos não têm poupado oportunidades de buscar vida
humana em outros astros, fora do nosso Sistema Solar. Tais pesquisas
ainda estão em curso.

O papel dos rádiotelescópios tem sido preponderante nesse mister. Foram


feitas diversas captações de rádio — freqüências bem estranhas, que bem
poderiam ser oriundas de seres inteligentes, inclusive algumas oriundas
de planetas que foram achados recentemente; porém, tais ondas não se
repetiram, deixando os astrônomos desapontados. Como as escutas e
experiências vão continuar, deveremos esperar outras novidades para
breve, encurtando o caminho para constatarmos com precisão que em outros
mundos também há vida inteligente.

Toda a tradição antiga afirma que todos os homens que habitam a Terra
vieram do espaço, de outros planetas que não são mais habitáveis, como
Mercúrio, Vênus e até a Lua, que, antes de virar satélite, também era
planeta. Os Vedas e seus comentários, em seus vetustos textos hoje
traduzidos, mas não convenientemente compreendidos, falam dos Senhores de
Mercúrio, de Vênus e da Lua.

Uma das naves automáticas norte-americanas, impulsionada por foguetes


para além dos limites do Sistema Solar, levou em seu bojo uma mensagem
inusitada, em idioma simbólico, universal, com a esperança dos terráqueos
de que um dia ela venha a dar com os "costados" em algum planeta também

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habitado por seres inteligentes. Eis a placa mandada pelos norte-


americanos, que ainda estão esperando os resultados:

Esse assunto da pluralidade dos mundos habitados mereceu especial atenção


dos sábios de perdidas civilizações, que o tempo já apagou da memória dos
homens. No entanto, hindus e tibetanos falam de muitas coisas, repetindo
velhas tradições. Eles falam, em seus Livros Sagrados, da constituição
dos conglomerados siderais, nos quais existe um Sol Central, fonte
emanadora e mantenedora de sete sóis periféricos, os quais, por sua vez,
mantêm, cada um deles, sete sóis menores, também chamados de "sóis
polares", que possuem, cada qual, seus séquitos de planetas.

Tal é o esquema ensinado pelas tradições que provêm da Atlântida,


tradições estas que pressupõem a existência da vida em todas as direções
de cada galáxia. Tais são os relatos extraídos dos manuscritos antigos
como os Vedas, Upanishads, Puranas, Popol M, Dzyan, etc., sem falar das
pedras gravadas peruanas de milhões de anos, encontradas recentemente e
que dilatam a chegada do homem ao planeta Terra a muito além do que pensa
a ciência oficial.

Nosso Sistema Solar, apesar de seu imenso tamanho, é uma miniatura do


esquema cósmico. O centro é ocupado pelo maior astro, em torno do qual
orbitam astros menores, circundados por outros ainda menores. Em suma: um
Sol, nove planetas (dois deles "intrusos"), milhares de satélites,
planetóides ou asteróides.

Ainda há os cometas, estranhos astros que desempenham a função de


fecundadores cósmicos, infundindo a vida nos planetas, num papel ainda
não muito bem entendido pela ciência. Aliás, os cometas são os
responsáveis pela ligação entre dois ou mais Sistemas Solares, fazendo o
mesmo papel que, na Química, se conhece pelo nome de valência. Já tivemos
oportunidade de tratar desse assunto no capítulo segundo.

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Até agora vínhamos falando exclusivamente da vida física, do plano


material, da parte mais densa da manifestação. Mas a vida não é só isso,
conforme já estudamos detidamente em estudos anteriores.

De fato, há uma forma de vida muito mais sutil animando os sóis e as


nebulosas. É a vida arcangélica, a alma dos sóis, a força imanente que
provém do Eterno, irradiando-se pelos confins do espaço sem limites. Como
os astros poderiam evoluir sem uma orientação?

Deverá existir certamente um centro espiritual, desconhecido das mentes


finitas, origem única de todo o Universo manifestado, da qual nasce toda
a vida, a luz e o movimento, desde o espaço sem limites do cosmos, até o
espaço limitado dos astros e seus mundos.

Poderá a mente finita e limitada pela manifestação entender aquilo que é


infinito? Nossa mente, nascida e acostumada à limitação de toda a
espécie, não consegue entender com precisão, por exemplo, um espaço que
não tenha fim. Aceitamos, isto sim, algo que seja tão grande que jamais
poderemos ver e entender o seu fim. Admitir a existência de um espaço que
continue eternamente, em todas as direções, sem que se acabe, é para nós
absolutamente inaceitável e incompreensível. Para onde quer que nos
voltemos, em qualquer direção, encontraremos sóis e nebulosas, galáxias e
conglomerados estelares até onde alcança a nossa vista, ajudada pelos
mais potentes telescópios, e agora com um fabuloso telescópio orbital.
Chapas fotográficas de exposição ultrademorada conseguem registrar pontos
luminosos, tão distantes que sua tênue luminosidade só pode ser vista
após impressionar continuamente a chapa fotográfica por um largo período.

Por tal processo tem sido possível aos astrônomos tomar conhecimento de
corpos siderais que pela visão direta seria de todo impossível. Não é de
hoje que tal técnica tem sido empregada pelos que vivem olhando para os
céus, através das potentes lentes e espelhos de seus telescópios. Mas a
trepidação dos gases que formam a nossa capa atmosférica tem interferido
por demais na nitidez e na qualidade das observações. Por isso mesmo
aventaram a hipótese de um telescópio que orbitasse a Terra, acima da
grossa capa atmosférica. Daí surgiu a idéia de se fabricar tal objeto de
observação, o que foi feito e colocado em órbita e que recebeu o nome de
Hubble. A verdade é que os computadores reproduzem as imagens captadas,
dando cores correspondentes às altas temperaturas, e com isso temos uma
idéia aproximada da forma do objeto que foi detectado. Dessa maneira foi
possível conseguirmos a imagem que iremos apresentar, para que possamos
aquilatar a imensa distância que medeia tais objetos. Uma estrela em fase
crítica explodiu, no fenômeno chamado de supernova. Dela obtivemos esta
foto ou, melhor, um desenho baseado na recente chapa fotográfica sideral,
tirada pelo Telescópio Orbital:

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Foto Sideral dos Anéis de uma Supernova

Dos longínquos extremos, chega-nos a prova de que onde existe luz, ali
existe vida. Assim como um átomo em que as distâncias relativas entre
seus prótons e elétrons são enormes, assim também as distâncias
interplanetárias estão dentro de parâmetros idênticos.

O mesmo acontece entre as moléculas e os sistemas solares. O


infinitamente grande assemelha-se ao infinitamente pequeno, mas nem por
isso a vida cessa de existir, de evoluir, de se renovar.

Apesar de tudo, existe a morte dos astros e das nebulosas, as imensas


massas de matéria negra que, tal qual nebulosas apagadas, se entremeiam
entre resplandecentes sóis, alguns tão grandes e possantes que chegam a
refletir-se nessas massas escuras, produzindo contornos fantasmagóricos,
que imprimem fotografias siderais estranhíssimas, em poder dos astrônomos
dos grandes observatórios.

Há as anãs negras, verdadeiros carvões siderais, resultado final das


transformações sucessivas por que passam as estrelas. Há também planetas
e satélites já fenecidos e mortos, como Mercúrio, Vênus e a Lua, para
citar os mais próximos e conhecidos, que se esgotaram, terminaram ou
interromperam suas respectivas evoluções e se transformaram em arqueus
dos respectivos globos e cadeias.

Nós temos, em nosso Sistema Solar, um caso bastante curioso, que a


moderna astronomia constatou através das sondas espaciais, mas de que a
mitologia grega e as lendas orientais já falavam há milhares de anos. É a
existência de um antigo planeta, no interior da órbita de Mercúrio, cujos
nomes mais comuns foram Vulcano ou Ouranus. Dizem as lendas que tal
planeta estava tão perto do Sol que se confundia com ele. Até há bem
pouco tempo, não se acreditava que tal planeta existisse, até que uma das
sondas automáticas, mandadas para estudar Mercúrio, detectou a presença
de alguns fragmentos, provavelmente de um planeta extinto, orbitando em
redor do Sol, no interior da órbita mercuriana. Tal anel se assemelha a
um ralo disco de pedras siderais em redor do Astro-Rei.

Os antigos tinham razão e ainda quando afirmavam que de tal antigo


planeta é que procederam as Jerarquias dos Kumaras e Makaras, portadores
das experiências vividas em Rondas e Sistemas anteriores. São as moradas
eternas, que caminham de globo em globo, de cadeia em cadeia, de sistema

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em sistema, acompanhando o esforço do Pai Eterno em sua imensa Obra de


transformar a energia em consciência.

Na verdade, para seguir os ensinamentos herdados dos antigos brâmanes da


índia, o planeta Vulcano, do qual restam apenas alguns fragmentos num
anel em torno do Sol, nada mais é do que a última etapa ou Cadeia da
Terceira Ronda, que nos precedeu. Dali veio toda sorte de experiências
passadas. Não só da Ronda anterior, mas também das duas precedentes,
acumulando experiências até de sistemas polares que nos precederam na
escalada da Evolução.

E bem por isso que tornamos a garantir que a Terra não é a única
detentora de inteligências vivas, mas tão-somente um dos inumeráveis elos
que unem a vida cósmica. Há um caso relatado na Bíblia que vem bem a
calhar como exemplo. É o seguinte:

No "Gênesis" de Moisés, quando relata a formação da humanidade, menciona-


se que Adão e Eva tiveram inicialmente dois filhos, que foram Caim e
Abel. No episódio bem conhecido, Caim matou Abel. Ora, continua dizendo o
texto, Caim foi para outras terras e arranjou mulher para constituir
família. Pela história, mal traduzida, só haveria três pessoas na Terra:
Adão, Eva e Caim; donde então surgiu essa outra mulher?...

A história está mal contada, ou melhor, mal traduzida. O mesmo aconteceu


em relação ao planeta Vulcano. E ainda mais de a Terra ser única
detentora do favor de Deus. Tudo isso, um dia, será esclarecido. Um outro
ponto muito interessante, afirmado pelas mais antigas lendas dos mais
diversos povos, é a questão da existência, na mais remota antigüidade,
dos reis divinos que governavam os homens. As velhas primeiras dinastias
egípcias foram dos reis divinos, depois vieram os reis pastores. Na
China, Japão, assim como no Império Inça, seus reis eram divinos,
chamados de "Filhos do Sol", e não pertenciam às gerações dos homens
comuns. Hoje, isso pode parecer muita pretensão daqueles povos e a
encaramos com um certo ceticismo. No entanto, não eram apenas os reis que
se consideravam divinos, nem impunham isso ao povo. Toda a população
acreditava e assim os considerava e reconhecia sem imposição alguma. Eles
tinham razões de sobra para assim acreditarem. Os governantes eram
divinos mesmo, pois nada mais eram que representantes das Jerarquias de
Seres que estavam num plano superior aos homens e que vieram de outros
planetas, portanto, do Céu.

Sabemos muito bem que nos meados da Raça Lemuriana, após a separação dos
sexos, duas Jerarquias Divinas desceram à Terra e misturaram-se com os
homens. Moisés assinala esse ponto do "Gênesis", baseado no Livro de
Enoc, que era bem conhecido em tal época. Os Livros Sagrados da índia,
escritos em língua sânscrita, narram o mesmo episódio citado por Moisés,
porém com tons coloridos e repassados de delicada poesia, tão peculiar
àqueles povos. Lá se fala nos Sete Reis Divinos (Sapta Rishis), chefiados
pelo Grande Rei Divino (Maha Rishi). Seus aspectos femininos pertenciam a
uma outra Jerarquia, que eram as Krítikas, também em número de Sete, e
chefiadas pela Maha-Krítika. No Ocidente elas receberam, ou melhor, foram
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identificadas com as Sete Plêiades da mitologia grega e foram


consideradas Mães dos Deuses, tradição que passou para o cristianismo
ocidental na figura da Virgem Mãe. Sobre Rishis e as Plêiades haveria
muito o que falar, porém reservamos a oportunidade para os capítulos
seguintes, onde haverá necessidade de abordar o assunto com grande
riqueza de detalhes. Por ora, diremos que essas duas Jerarquias descidas
dos céus tiveram necessidade de criar corpos semelhantes aos homens,
justamente para com eles manter relações muito íntimas, infundindo a
Sabedoria.

Pois bem, esses corpos criados e habitados pelos Deuses é que governaram
os homens e receberam aqueles nomes de Reis Divinos, aliás, com muita
propriedade. As litanias da Virgem ainda guardam reminiscências desses
corpos, chamando-a de "Vaso de Honra" ou "Vaso de Insigne Devoção" (Vás
Honorabilis, Vás Isigne Devotionem), sem que a Igreja saiba explicar seu
significado e porque ali estão incluídos. Eles são conhecidos como VASOS
DE ELEIÇÃO.

Já se vê que uma coisa está relacionada com a outra. A Virgem é a Mãe


Imaculada dos Deuses, que são os Vasos de Eleição. Virgem porque tais
corpos foram gerados não pelo comércio carnal, mas pelo poder mental da
Yoga, por outro nome "Krya-Shakti". E as litanias foram as encarregadas
de perpetuar desse modo uma tradição multimilenar, sem que, no entanto,
os que hoje entoam tais ladainhas nem sequer suspeitem de seu real
significado.

Revela-se então, ante os nossos olhos, uma verdade bem mais profunda que
a vã filosofia atual. A vida não é fruto da Terra, mas veio do espaço
infinito. O Sistema Solar cristalizou-a através de suas Rondas. A
primeira delas se caracterizou por experiências que culminaram com o
desenvolvimento do Reino Mineral, na sua forma plena. A segunda Ronda
primou pelas experiências na formação completa do Reino Vegetal. A
terceira delas conseguiu terminar o Reino Animal na sua forma mais
completa. Nosso Sistema Solar adentrou finalmente na Quarta Ronda, dando
nascimento à espécie humana. Tudo isso, é preciso que se diga, não é
fruto nem primazia do Sistema Solar. Este apenas reproduziu uma imensa
cadeia de experiências sucessivas, e que já foi levada a efeito em outros
milhares de sistemas e durante um infinito número de vezes.

Nesta Ronda teremos que registrar a passagem das experiências na formação


e desenvolvimento do edifício humano ocorridas em seus planetas, os quais
cumpriram as suas missões, tais como Mercúrio, Vênus, Lua e agora a
Terra. Tudo isso graças ao concurso das Hierarquias como os Assuras,
Agniswattas, Barishads e Jivas, sem contar aquelas que trouxeram as
experiências anteriores, como Kumaras e Makaras.

Isso posto e o homem já criado na face da Terra, vieram mais duas


Hierarquias, Plêiades e Rishis, que propiciaram à humana criatura a
faculdade de alcançar a supra-emoção e o supramental. Já agora, ao
fitarmos um céu coalhado de estrelas, em noite sem Lua, teremos plena

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certeza de que, em cada ponto luminoso que salpica o céu, existe a vida
palpitante no seio do infinito.

Nós não estamos sozinhos neste planeta quase únicos viventes neste imenso
Sistema Solar. Miríades e miríades de seres habitam outros tantos mundos
pela galáxia afora. Sem contar outras galáxias que, pelo visto, não devem
diferir da nossa, tanto em gênero como em número. Seria o mesmo que
acreditar que só existiria um exemplar da espécie humana, quando existem
bilhões deles, ainda mais, distribuídos por, pelo menos, três raças
distintas.

De fato, temos na Terra três tipos humanos, os quais não podemos admitir
que se originaram uns dos outros, seja pela formação de seus ossos, seja
pela forma de comportamento e até pela forma com que fazem funcionar as
suas cabeças.

Colocando à parte as mais diversas miscigenações havidas entre as raças,


teremos de reconhecer que os tipos puros de cada uma das três raças
existem há milhares de anos, talvez milhões, e que, por mais que os
espécimes se cruzem, jamais chegarão a um tipo puro.

São três tipos humanos com profundas diferenças étnicas e que, embora
obedeçam a um padrão único, diferem profundamente em suas maneiras de
ser. Umas parecem ser mais antigas que as outras. No caso, a raça negra
talvez seja a mais antiga, a raça amarela a do meio e a raça branca a
mais nova e recente.

Os livros mais antigos do mundo, e que se tornaram conhecidos de todos,


são os orientais, principalmente os Vedas, os Upanishads, os Puranas, que
foram escritos numa fabulosa língua, o Zenzar, composto de caracteres
sânscritos. Nós já tratamos desse assunto, quando estudamos as línguas
humanas.

O número de exemplares desses livros soma-se aos milhares e não foram


ainda totalmente decifrados. Embora já tenhamos o domínio de tal língua,
sua gramática, métrica e outros estudos, mesmo parte da etimologia, não
foi possível ainda entender plenamente o sentido de sua retórica, muito
estranha e, para nós, sem sentido lógico. Não seria porque nossos
conhecimentos atuais não são desenvolvidos o bastante para entender tais
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assuntos? Na verdade, quem não domina completamente determinada


sabedoria, ou ramo do saber humano, não entende às claras o que nos chega
através da literatura. A começar pelo R1G VEDA, que dizem se tratar
somente de hinos religiosos, quando contém uma fabulosa sabedoria.

Um outro ponto que merece nossa atenção é a tradução do termo "brâmane",


que pensamos ser apenas o designativo para os sacerdotes antigos da
índia, mais propriamente do bramanismo. Tal tradução seria mais acertada
se fosse considerada como "Intelectual". Nas quatro castas hindus
veríamos então a classe dos intelectuais, que seriam os Brâmanes, os
militares, que seriam os Kshaktrias, os comerciantes, que seriam os
Vaishias, e do povo em geral, que seriam os Shudras. Nessas quatro castas
não estão incluídos os miseráveis, que seriam os párias. Todo esse
assunto vem porque queríamos dizer que em tais livros estão os estranhos
relatos sobre seres humanos que vieram de fora da Terra, trazendo
animais, plantas e senhores de uma vastíssima sabedoria. Eles não vieram
de forma mágica, mas em naves espaciais, capazes de transportá-los em
grande quantidade, juntamente com tudo o que trouxeram. Aí começa a nossa
dificuldade de entendê-los com clareza. Ao tempo em que foram descobertos
aqueles livros, nós ainda não possuíamos sequer aviões. A nossa cultura
ainda estava em uma fase muito atrasada.

Para uma civilização que não conhecia a possibilidade do vôo aéreo, como
entender rotas aéreas, procedimentos para viagens inter-planetárias,
dieta e vestimenta de astronautas, modos de comunicação de uma nave para
outra, mapas siderais e outros assuntos correlates, assunto só poderia
ser de HINOS RELIGIOSOS. Aliás, como aqui no Ocidente se encaram os
ANJOS. Na verdade, todos eles são apenas seres que tinham a possibilidade
de voar para os céus.

Nas lâminas do célebre Taro, desenhado por Toth-Hermes, em que toda a


sabedoria é transmitida através de imagens, vemos na lâmina número XVI
uma torre sendo atingida por um raio e da qual estão despencando dois
seres humanos, de cabeça para baixo, um com coroa ou chapéu e outro com a
cabeça descoberta. A interpretação correta não seria a descida de homens
dos Céus ou a tão falada e comentada "Queda dos Anjos"?

Nós já falamos da célebre Torre de Babel, com a conseqüente confusão das


línguas. Hoje nós entendemos, ou pelo menos os mais estudiosos e argutos,
que tal Torre nada mais era do que uma rampa de lançamento de naves
espaciais, na qual também desciam as que vinham de fora do planeta, com
pessoas falando idiomas inteiramente desconhecidos. A prova disso é a
grandiosidade das pedras que formam o famoso Terraço de Balbek, bem
próximo do lugar onde se localizava provavelmente a célebre Torre. Tais
pedras tinham o formato de gigantescos paralelepípedos, com 21 metros de
comprimento e pesando cerca de duas mil toneladas.

A nossa tão adiantada tecnologia sente-se incapaz de movê-las, muito


menos de aparelhá-las e assentá-las. Trata-se de um grande enigma para a
ciência tanto a finalidade de tal terraço como a maneira pela qual foi
construído. Sem as interpretações que temos insistido em dar, o mistério
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continua e continuará, enquanto a ciência não tratar de dar uma


interpretação coerente. O mesmo acontece com a Grande Pirâmide, cuja
antigüidade é muitíssimo maior do que se pensa.

Tudo o que temos transmitido é coerente e não há sequer uma contradição


nos assuntos tratados, apesar de não serem muito bem entendidos,
justamente por falta de estudos e preparo, pois nossa mente não aceita
algo que desconhecemos completamente. Ela requer sempre um parâmetro para
julgar e aceitar. Do contrário, rejeita.

Nosso preparo nas escolas ficou inteiramente desprovido de dados sobre


seres extraterrenos, por isso nossa resistência em querer aceitá-los. O
caso dos chamados "Discos Voadores" é um exemplo mais que perfeito, pois
é rejeitado pela maioria, sem sequer um argumento plausível.

Uma das mais interessantes interpretações da lâmina XVI do Taro, nesta


versão que é tida como sendo egípcia, nós podemos ver uma torre, que
recebeu uma força vinda dos céus, na forma de um de raio que partiu uma
torre e vê-se dois seres humanos de cabeça para baixo. Não seria a famosa
"Queda dos anjos" ou homens vindos do Céu?

A descrição de tais objetos voadores, que tinham o poder de viajar pelo


espaço afora, até hoje deixa intrigados os pesquisadores, por tratar de
metais desconhecidos, combustíveis ignorados e formas que não se comparam
às nossas astronaves. Por isso a existência dos chamados "Discos
Voadores" é tão controvertida e sem solução. Segundo os Vedas e os
Upanishads (comentários do primeiro) nenhum ser humano se originou na
Terra, todos vieram de fora e de planetas diferentes, por isso a
variedade de raças. De fato, se pensarmos bem, a Terra, com seus
materiais e seu clima, só poderia ter dado origem a um tipo racial único.
A pergunta que se poderia fazer é a seguinte: se cada raça veio para cá e
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desenvolveu uma grande civilização, como é que não puderam conservar as


conquistas conseguidas? De fato, a face da Terra está repleta de ruínas,
de marcas arqueológicas dessas civilizações, as quais foram devastadas
por cataclismos gigantescos, como o Dilúvio e a queda de um antigo anel
terrestre, formado pela integração de um antigo satélite

terrestre. Como a ciência moderna não admite a existência de qualquer


civilização antes da nossa atual, embora as ruínas atestem o contrário,
no mínimo acreditam que foram povos que existiram num passado não muito
remoto, isto é, aquém Dilúvio, que deixaram todos esses monumentos
megalíticos. Os arqueólogos procuram situar tais ruínas em épocas muito
mais recentes, pelos mesmos motivos.

As pirâmides do Egito, os monumentos megalíticos tanto de Stonehenge como


de Tihuanaco, as maravilhas arquitetônicas dos maias, astecas e toltecas
do México, os Moais da Ilha de Páscoa, os monumentos inexplicáveis do
Brasil, das Ilhas da Oceania, etc., etc., teriam sido feitos por povos
recentíssimos, alguns dos quais já extintos.

Ora, isso é abusar da nossa inteligência, pois quem construiu tais


monumentos deveria ter uma tecnologia muito mais avançada do que os povos
semibárbaros aos quais são atribuídos, sem cerimônia. Como os cientistas
modernos não podem explicar tais feitos, atribuem tais construções a
povos sem nenhuma condição para tanto.

Nós temos o caso típico de Machu-Picchu, construída a uma altura


considerável e com técnicas impossíveis de serem imaginadas. Um
arqueólogo brasileiro, radicado nos Estados Unidos, aventou uma hipótese
aparentemente inverossímil: que a maioria dos telhados da cidade
megalítica de Machu-Picchu seriam voltados para a linha que o Sol
percorre no céu, apontando para um possível tipo de aquecimento solar. Os
telhados não existem mais, mas as paredes mostram para onde estavam
direcionados. É claro, dizem os cientistas, os inças, a quem são
atribuídas tais construções, não tinham conhecimento para isso. Mas, e se
existiram povos muito mais antigos que possuíam tais conhecimentos? Pelo
visto, os inças nem suspeitavam da existência de tais ruínas, que estavam
tomadas pela floresta, quando Iram Bingham as encontrou em 1911... A isso
somam-se outras tantas provas arqueológicas, cujos investigadores não se
importam de estudar. As próprias ruínas deixadas pelos inças atestam
haver a existência de pelo menos três civilizações anteriores. Aliás, é
muito comum aos arqueólogos menos avisados classificar todas as ruínas
existentes no Peru como de autoria dos inças. Deixam de lado as outras
civilizações anteriores, como os pré-incas e outras muitas que nem estão
classificadas. Ora, a falta de elementos arqueológicos leva com certeza a
erros enormes, como esses que vamos assinalar. No passado, em vista das
poucas descobertas neste campo de se achar um lugar para se colocar novas
ruínas, opta-se mesmo por classificá-las erroneamente.

A nossa arqueologia deveria atentar mais para os detalhes dos monumentos


que são encontrados, buscando outras interpretações que não as ligadas a

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esse velho esquema da antigüidade do homem. Vejamos, entre muitas outras,


as seguintes ruínas inças existentes no Peru e arredores.

PAREDE ACHADA NO PERU, ONDE SE VÊEM OBRAS DIVERSAS

Essa construção, tida como feita pelos inças, mostra de fato três
estágios de civilização. Na primeira, logo nos alicerces, as pedras que a
compõem são polidas e cuidadosamente assentadas, numa classe de perfeição
muito adiantada. Sobrepondo-se à primeira camada, feita com
extraordinário esmero, vê-se uma outra onde as pedras não são tão
perfeitas e os encaixes muito mais grosseiros. Uma terceira camada de
pedras foi amontoada em cima das paredes, numa verdadeira falta de
habilidade. Ora, isso vem evidenciar que os primeiros construtores
possuíam uma alta tecnologia, os segundos pecaram no esmero e os últimos
não reuniam qualquer sentido de organização.

Quanto tempo se passou entre um estágio e outro? Evidente que se tratava


de grupos humanos em diversas etapas evolutivas. Não seria, por certo, um
curto espaço de tempo o que medeava entre um povo e outro. A migração ou
o extermínio deve ter sido a causa dessas mudanças, sem falar dos
cataclismos telúricos.

Todavia, uma coisa fica mais do que evidente: houve uma enorme degradação
entre um estágio e outro, sendo que os mais antigos eram, por certo, os
mais evoluídos. Há, evidentemente, na marcha das civilizações, momentos
de avanço e momentos de declínio. Isso é inegável, inclusive nos dias
atuais, em que se assiste, a olhos vistos, uma tremenda deterioração das
instituições das sociedades humanas.

Segundo as teorias e os relatos dos sábios de antanho, toda a humanidade


veio mais que pronta, de fora do planeta, trazendo conhecimentos,
tecnologia e sabedoria. Trouxe inclusive animais e plantas de sua
preferência. Tal fato seria mais que justo, pois uma humanidade que se
aventura para um outro astro desconhecido teria de assim proceder. Nós
mesmos já tivemos ocasião, em estudos passados, de transcrever uma
estranha passagem dos Upanishads, onde se lêem com clareza estes dizeres,
que nos chamam muito a atenção:

O que não deixa de ser uma intrigante situação, pois os tais seres que
habitavam o planeta Vênus, e que vieram à Terra, certamente possuíam
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naves espaciais de grande porte, que tiveram a possibilidade de trazer


para cá, além dos homens, plantas e animais, conforme o indicado.

Uma coisa nos vinha intrigando sobremaneira: é o fato de que existem dois
pontos de grande altitude na face da Terra, como sejam os Andes e o
Himalaia, os quais, por suposto, foram os mais poupados pelas águas do
Dilúvio. Num deles há uma grande profusão de livros antigos, como sejam:
os Vedas, os Upanishads, o Mahabharatha e outros mais, numa quantidade
enorme e escritos em sânscrito. Já nos Andes, a tradição conta que não se
achou nada. Nem relatos, nem escrita, nem documentos que possam atestar o
passado daqueles povos. Entretanto, recentemente estão sendo levantados
documentos pétreos intrigantes. Nas ruínas de Tiahuanaco foram encon-
tradas peças estranhas, que denotavam alta tecnologia para sua confecção.
Peças que muito se assemelham a caixilhos para se colocar vidros e
rebaixos de uma perfeição digna de máquinas sofisticadas.

No pensar dos atuais cientistas, como poderiam os antigos ter


instrumentos adiantados, vidros, conhecimentos de alta tecnologia, se
estavam na Idade da Pedra? Diante de tais fatos inegáveis, como essas
próprias ruínas que mostramos, ou teremos de mudar radicalmente as nossas
atuais convicções, entendendo de uma vez que existiram outras
civilizações adiantadíssimas, possuidoras de enormes conhecimentos e que
foram dizimadas sob os escombros dos inúmeros cataclismos que assolaram a
Terra, ou teremos de ficar sempre no terreno daquelas indagações sem
nenhuma chance de entendimento plausível.

A nossa amada Terra nem sempre foi assim como hoje em dia a contemplamos.
Ela passou por terríveis catástrofes mundiais, que abalaram suas antigas
estruturas: "Queda do Anel Terrestre", que chegou a aniquilar a
civilização da Lemúria; o "Dilúvio Universal", o qual afogou a
civilização da Atlântida. Isso somente para citar as catástrofes que a
tradição dos povos antigos registrou e que, assim mesmo, não são muito
aceitas pelos conhecimentos modernos.

A Bíblia, oriunda das tradições do Oriente Médio, afirma que existiu um


Dilúvio que afligiu toda a humanidade. Já a Queda do Anel Terrestre
somente ficou registrada, mais ou menos, no episódio que conta o
aniquilamento das pretensas cidades de Sodoma e Gomorra. Este último, por
ser muito mais antigo, tornou-se confuso.

Hoje em dia, as descobertas e curiosidades arqueológicas encontradas


planeta afora são divulgadas aos quatro ventos, pelos moderníssimos meios
de difusão e divulgação que possuímos, dando um panorama geral de tais
descobertas, permitindo que, aqueles que de fato enxergam as coisas como
elas realmente são, tirem estupendas conclusões. Por isso mesmo, nós, que
vivemos nesta época cheia de novas conquistas nesse sentido, temos
condição de verificar coisas que antigamente não faziam o menor sentido.

Se lermos com atenção os textos antigos, e tendo em vista o que hoje se


divulga, temos condição de interpretar de maneira coerente as diversas

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situações que foram relatadas no passado e que não tinham o menor sentido
para os leigos.

No bloco de granito da página anterior, encontrado nos arredores das


ruínas de Tiahuanaco, encontramos a manufatura, que não poderia ter sido
construída por povos de pouca cultura. Onde ficam os nossos parcos
conhecimentos sobre os nossos antepassados inteligentes?

As descobertas arqueológicas que ultimamente têm sido trazidas a público


são de molde a revolucionar totalmente os esquemas que a ciência moderna
vem apregoando. Mas, para o nosso espanto, essa mesma ciência finge não
se incomodar com tais descobertas. Negá-las não é possível, pois estão lá
para todos verem; então vão, até quando puderem, tentando ignorá-las.

Entre as ruínas arqueológicas, que até hoje não tiveram nenhuma


interpretação científica que fosse convincente, estão as do já citado
Terraço de Balbeck, a Grande Pirâmide do Egito, o complexo de Stonehenge,
o observatório maia de Palenque, o célebre Calendário Asteca do Sol, os
Moais da Ilha de Páscoa, os riscos paralelos de Nazca, o que restou de
Tiahuanaco, algumas rochas entalhadas que se encontraram no México, as
colunas empilhadas na ilha de Nan Madol na Polinésia e outros tantos
achados sem explicação. A ciência oficial simplesmente se cala sobre tais
ruínas, fingindo ignorá-las, justamente por não ter explicações sobre
tudo isso.

Somente se reformularmos os nossos arquivos mentais, que foram


construídos com falsas doutrinas e explicações descabidas, é que teremos
oportunidade de receber e perceber que o mundo dos nossos antepassados
não foi simplório e ignorante. Isso só ocorreu num tempo mais recente, em
que os ensinamentos dos sábios de antanho foram perdidos para o acervo da
humanidade.

Mais recentemente, isto é, há uns vinte anos, encontraram as famosas


Pedras Gravadas de Inça, com desenhos pré-históricos, que nos deixam
muito intrigados.

Mostraremos alguns mais adiante, onde se encontram informações da vinda


de seres de um outro planeta, que se radicaram na Terra. Eles trouxeram
uma sabedoria e tecnologia muito adiantada, pondo por terra os
conhecimentos incertos que temos do passado da humanidade. Nos desenhos
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rústicos encontrados num grande número de peças arqueológicas, feitas


numa qualidade de pedra denominada de andesita, vemos uma tecnologia
estupenda. Sabedoria esta que fala de fisiologia, medicina, astronomia,
astrofísica, geologia e confecção de mapas, tanto da Terra como de
planetas desconhecidos e, ainda, aparelhos de cirurgia, que nos parecem
eletrônicos.

Como encarar tudo isso, diante do pouco que conhecemos de humanidades que
vieram do espaço, trazendo conhecimentos que para nós eram insuspeitados
e mesmo fora de cogitação?

As referências claras que temos de seres que vieram de fora do planeta, a


descrição de suas naves enormes, a posterior ação do tempo, destruindo
tais naves, a feitura de outras bem menores, a descrição de seu
funcionamento e suas estruturas, dos seres que as usaram, rotas cumpridas
por tais aparelhos e outros detalhes, estão espalhadas pelos livros
hindus antigos, Rig-Veda, Ajur-Veda, Baghavat-Purana, Sutapata-Brahmana,
Ramayana, Mahabharata. O Rig-Veda, em pelo menos vinte e tantos trechos,
dedica-se ao assunto, falando que os seres considerados "deuses" tinham
corpo físico exatamente como o nosso, e que vieram de "Shukra", o planeta
Vênus, antes dele ter entrado em estado ígneo.

Se viemos todos de outros planetas, é porque a vida por esse espaço afora
é muito possível. Acreditamos mesmo que todo o espaço exterior seja
habitado por humanidades outras, e nossa vã filosofia moderna não quer
admitir nem pensar que isso seja possível.

Diante de tantos argumentos, só nos resta crer que toda essa imensidão do
Cosmos não fuja à realidade do nosso Sistema Solar. Toda estrela que
brilhe é candidata a possuir um sistema de planetas e em cada Sistema
pelo menos um Planeta deve estar na posição em que está a Terra, com
todas as probabilidades de abrigar humanidades inteligentes, que poderiam
estar em diversas alturas evolutivas.

O que mais nos causa estranheza é justamente o fato de que, se as novas


descobertas reforçam as teorias já colocadas, então são dadas todas as
divulgações possíveis, com o aval dos grandes homens de ciência. Porém,
se as novas conquistas arqueológicas, ou mesmo astronômicas, vão balançar
as teorias estabelecidas, o caso muda de figura e sua divulgação é
barrada e seus resultados contestados. Delas somente temos notícia pelos
investigadores independentes, que assim mesmo são perseguidos e tachados
de charlatães. Faz pouco tempo, houve uma reportagem de um cientista que
pertenceu à Nasa, dizendo que aquela organização vetou e ocultou o
encontro de peças manufaturadas na Lua, que de forma alguma poderiam ser
consideradas naturais. Mas, como não tinham respostas para tais achados,
resolveram ocultá-los.

Por que achar que o nosso planeta é um caso único dentro da imensidão do
Universo? Seria uma presunção sem tamanho. Na verdade, nossa condição de
planeta fértil deverá se repetir de maneira infinita, em cada um dos

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bilhões e bilhões de sistemas solares que existem em nossa galáxia e nas


vizinhas.

Alguns casos isolados já foram divulgados, com estrelas quase do tamanho


do Sol e que possuem planetas orbitando em sua volta, como é o caso de
algumas estrelas do nosso sistema doméstico, isto é, de estrelas que
estão mais ou menos num raio de 10 anos-luz do nosso planeta. Entre
outras, poderíamos citar a Alpha-Centauri, Vega, Estrela de Barnard e
Sirius.

Uma coisa deveremos sempre lembrar: que, num passado não muito remoto, as
sociedades humanas não tinham conhecimento de que o homem poderia voar,
ainda que com aparelhos construídos com essa finalidade: aeroplanos,
balões, dirigíveis, naves espaciais, etc. A notícia do primeiro vôo
humano é bem recente. As primeiras tentativas com aparelhos mais leves
que o ar, como balões, etc., deram-se neste último meio século. Os
aviões, mais pesados que o ar, só subiram no final do século passado e
começo do atual. Os foguetes, naves não tripuladas e satélites
artificiais vieram depois, e somente nestes últimos anos vieram as
incursões espaciais.

Verdade seja dita, que esses avanços foram conquistados num tempo
curtíssimo e até parece que o homem acabou por se recordar de um passado
muito remoto, em que tudo isso já era possível. Mas temos de reconhecer
que a verdade maior é que, apesar dos documentos e das evidências, os
homens não podiam reconhecer uma tecnologia que ainda não possuíam.

Quem não se recorda dos contos das Mil e Uma Noites e das lendas hindus,
em que homens cavalgavam pássaros vivos, de um tamanho descomunal, como o
famoso "Pássaro Roca"? Mas que outro meio de voar os homens de então
poderiam imaginar?

A concepção utilizada era algo imaginário, porém muito mais possível na


imaginação dos nossos ingênuos antepassados recentes, do que aventar a
hipótese de máquinas voadoras. Os únicos veículos de que dispunham eram
de tração animal. Para as nossas crianças de hoje em dia, que têm acesso
às últimas conquistas humanas, o trem de ferro já é coisa do passado.

Por isso mesmo, e muito mais ainda, é que os relatos e aquelas


insinuações dos nossos longínquos avoengos, de se levantar vôo em naves
voadoras e viagens interplanetárias, só poderiam ser desprezadas ou não
entendidas pelos investigadores daquela época em que vigorava um negro
obscurantismo.

Ainda agora, após as conquistas maravilhosas da tecnologia moderna, da


informática e da astrofísica, muitos homens ainda se prendem às idéias do
passado e continuam a publicar coisas erradas ou que desmerecem o nosso
passado. E, o que é pior, continuam a deixar que ensinem tais
barbaridades para as nossas crianças nas escolas.

O caso, por exemplo, de que um observador em Plutão veria o


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Sol bem pequeno e fraco, como ensinam os nossos compêndios de astronomia


ainda hoje divulgados. Perguntamos então: donde provém a luz que banha
Plutão o suficiente para atingir a Terra refletida por aquele planeta?
Forçosamente teria de vir do próprio Sol, que teria lá uma luz intensa,
bastante para ser refletida por aquele planeta, até que possa ser
observado da superfície da Terra!

O fato de o tamanho da nossa Lua ser de dimensões tais que jamais poderia
ser um satélite natural da Terra, mas um planeta pequeno que teria sido
capturado pela força de gravidade do nosso planeta. É o caso do estouro
do Quinto Planeta, resultando nos muitos asteróides que orbitam em torno
do Sol entre Marte e Júpiter e que teria empurrado a Terra para a órbita
da Lua acabando por transformá-la em satélite. A relação Terra-Lua, em
tamanho é muito desproporcional em relação aos outros planetas e seus
satélites em nosso sistema. A diferença é algo impressionante e
descomunal.

O grande desenvolvimento dos conhecimentos astronômicos que hoje


possuímos e mais a possibilidade de nossos vôos interplanetários deveriam
servir para entendermos a linguagem dos livros antigos e as mensagens que
nos passaram. Com isso deveria, por certo, haver uma inteira reformulação
dos antigos conceitos sobre as raças humanas e sua provável chegada à
Terra, reestruturando todos os conceitos sobre hominídeos, pitecantropos,
descoberta do fogo e todas as teorias sobre o nascimento da humanidade
sobre a Terra.

Por certo saíram da imaginação fértil de quem, não atinando com a


verdade, aventou teorias e mais teorias para preencher as lacunas
existentes na história da humanidade. Na falta de outras idéias, foram
aceitas as que pareciam mais convincentes, ainda que não fossem, de fato,
comprovadas.

Hoje sabemos, pela sabedoria que conseguimos, que as grandes conquistas


tecnológicas alcançadas, que os relatos desses livros antigos e todo o
material arqueológico encontrado, referentes à chegada de seres humanos
vindos de outros planetas, não são pura ficção nem delírio de idealistas
exaltados, nem muito menos HINOS RELIGIOSOS... Tais evidências traduzem
realidade palpável de que seres humanos vieram de fora da Terra e aqui se
instalaram, não podendo mais voltar, em vista de não terem meios, nem
fábricas que pudessem recompor suas naves avariadas.

Já falamos das recém-descobertas pedras gravadas encontradas na Província


de Iça no Peru. Uma das quais, que reproduzimos em parte, logo abaixo,
mostra um ser humano cavalgando um dinossauro. Isso implica no fato de a
humanidade ser mesmo contemporânea desses animais antediluvianos,
extintos milhões de anos atrás. Que dizer dos detalhes do desenho, que é
bem tosco? Não esquecer que os povos amarelos não possuíam a arte de
desenhar, coisa que somente a raça branca desenvolveu.

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PEDRA GRAVADA COM MENINO CAVALGANDO FILHOTE DE DINOSSAURO

Essa curiosa pedra gravada, encontrada no Peru, tem inusitada gravura de


um homem cavalgando um dinossauro, e não é só isso: vê-se claramente que
o homem está sobre uma estranha sela e comanda tal animal antediluviano
com grande facilidade e destreza.

A gravura poderia ser feita posteriormente, é verdade, mas uma quantidade


de outras pedras, igualmente gravadas, atesta coisas ainda mais
espantosas, que certamente não conhecemos. O fato indica que a humanidade
é muito mais antiga do que ensina a atual ciência.

Todo o espaço sideral é composto do mesmo material, das mesmas LEIS e dos
mesmos PADRÕES aqui existentes. Aqueles mesmos livros a que nos
referimos, compostos ou copiados de uma Sabedoria muito maior do que
supúnhamos, contam também que os seres existentes nas regiões nebulosas
não podem se transferir de um Sistema Solar para o outro por motivos
óbvios, isto é, tipos de estágio evolutivo diferentes não devem se
misturar para não criar problemas para a Lei que a tudo e a todos rege.

É incontável o número de galáxias ou universos-ilhas que compõem a


imensidão do espaço cósmico, sem limites, infinito. A vida, na realidade,
é a energia cósmica em busca de consciência, e nesse afã infindável vai
tornando o espaço sem limites em pequenos e inumeráveis espaços limitados
de astros e homens. A vida pulsa em todas as direções e planos e reside
no âmago de todas as coisas.

Do Sol Único Espiritual, cujos raios abarcam o infinito, nasce a potente


força criadora, fonte geradora de toda a vida. Seu impulso vigorosíssimo
cruza os espaços ilimitados e penetra fundo nas densas estruturas dos
astros mais compactos.

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É por isso mesmo que fazemos nossas as palavras de um grande Mestre da


Humanidade:

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GLOSSÁRIO

Cadeia Planetária — Nas Escolas Iniciáticas ensina-se que uma Cadeia


Planetária é composta de um planeta, ao redor do qual orbitam vários
Satélites. Os Planetas que não os apresentam é porque ou já foram
absorvidos e se integraram à sua massa ou ainda não os formou.

Disco de Bronze de Taipé — Há em Taipé, capital da Ilha de Formosa ou


China Nacionalista, um museu arqueológico de grande valor, em cujas
prateleiras está esse Disco de Bronze, de idade e época ignorada, que
tem, numa linguagem chinesa antiga, quais dizeres mencionados.

Discos Voadores — Com esse nome são conhecidos os artefatos que voam e
que não são conhecidos de nenhum país. Tais naves também são chamadas de
UFO, sigla da frase inglesa "objetos voadores não identificados". Na
realidade, trata-se de objetos aéreos que aparecem de relance e que
ninguém ainda pode precisar como são, como voam e donde provêm. No
entanto, tanto a Bíblia como outros Livros Sagrados já mencionavam tais
objetos, desde a mais remota antigüidade. Hoje sabemos que nada mais são
do que o produto de seres que aqui chegaram e não puderam mais voltar
para seus planetas. Não puderam ou não quiseram mais fazer naves gi-
gantes, mas uma de reduzido tamanho, o bastante para transportar umas
poucas pessoas. O fato de não terem tido contato com o resto da
Humanidade explica-se porque, em vista de possuírem uma sabedoria muito
superior, sempre evitaram ter esses encontros, para não atrapalhar a
evolução normal dos homens.

Jerarquia dos Kumaras — Segundo os ensinamentos, tanto de hindus como


tibetanos, existem uns poucos seres denominados Kumaras, que são o cimo
da pirâmide de seres que existem num

99Sistema Solar. Como tal, comandam toda a evolução naquela parte do


cosmos.

Jerarquia dos Makaras — De acordo com os mesmos ensinamentos, esses seres


são uma espécie de elite escolhida, segundo escalão dos Kumaras e que
ajudam no comando da evolução das espécies. A fim de termos uma idéia
mais precisa, vamos fazer uma comparação algo grosseira. Suponhamos que
os Kumaras, que são sete, comandados por um Oitavo, fossem os sete filhos
de um rei. Cada um deles comandava ou governava um país de uma Confede-
ração; pois bem, os Makaras seriam a nobreza de cada um daqueles Kumaras.
Assim sendo, iremos transportar essa espécie de parábola para a
realidade. O Kumara-Chefe seria o Espírito do Sol, a entidade que o
comanda e consequentemente o Chefe-Geral de todo o sistema planetário. Os
Sete Kumaras seriam os Dirigentes de cada uma das Cadeias Planetárias em
função na atual Ronda e os Makaras sua equipe que ajuda no governo de
cada um dos planetas em atividade.

Livro de Enoque ou Enoc — Tal livro é citado por diversas vezes na Bíblia
como muito importante e continha valiosos ensinamentos, principalmente no
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que se referia ao "Comércio das filhas dos homens com os deuses", isto é,
a chamada "Queda dos Anjos". Infelizmente, deste livro, que deveria
conter informações importantes, só restaram alguns fragmentos, em idioma
grego e outros em etíope. Tais cópias, mal feitas, foram traduzidas e não
foram levadas em consideração por estudiosos, justamente por contradições
e diversos adendos muito fora de propósito. Dizem até que o Evangelho de
São João foi vazado nos ensinamentos contidos do Livro de Enoque
original.

Livros Sagrados — Dentre os muitos livros que temos atualmente, que a


tradição humana conservou, poderemos enumerar os principais ou os mais
famosos: os Vedas, série de Quatro Livros, que são os seguintes:

O Rig-Veda, que dizem conter hinos religiosos

O Yajur-Veda, que dizem expor a liturgia bramânica

O Sama-Veda, como o livro dos cânticos

O Atharva-Veda, que dizem conter fórmulas mágicas

Os Upanishads — série de nove livros principais que constituem


comentários detalhados aos Vedas Yi-King — atribuído a Fo-Hi, profundo
pensador chinês Tao-Te-Ching — atribuído ao sábio chinês Lao-Tseu

Zend-Avesta — conjunto de livros dos povos parses. Entre

seus principais livros contam-se os seguintes:

Vendidad — que trata de questões cosmogônicas

Yaçna — dedicado aos ritos e sacrifícios

Vispered — que se dedica à liturgia

Khorda — que relaciona os hinos religiosos

Popol-Yuh — Livro Sagrado dos povos quíchuas

Tora (Torah) — os cinco livros atribuídos a Moisés, que

são:

Gênesis — que trata dos princípios da Raça Humana

Êxodo — relata a odisséia do povo hebreu

Levítico — relaciona as normas de conduta do povo

Números — descreve o recenseamento dos hebreus

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Deuteronômio — resumo das máximas de Moisés

Dzyan — livro antiquíssimo, divulgado por Blavatsky no fim do século


passado. Provavelmente de origem tibetana.

Machu Picchu — As ruínas que supostamente são atribuídas aos inças, e que
foram descobertas por Iram Bingham em 1911, acreditamos que são obra de
povos muito mais antigos. Embora o estilo de construção seja muito
parecido, diferem em outros detalhes mais aprimorados. As ruínas achadas
entre os picos andinos talvez nem tenham sido conhecidas pelos chamados
inças.

Padrão Genético — Para construir o organismo humano, os Deuses ou as


Inteligências Criadoras movimentaram todas as forças da natureza, com
todos os seus Reinos e suas Leis, chegando ao final de inúmeras fases e
experiências a um Padrão de funcionamento que conhecemos como Homem. É
claro que, de acordo com os materiais existentes em cada planeta pronto
para tais experiências e suas condições climáticas, o corpo humano
adquiriu umas pequenas diferenças e melhoramentos, que, no entanto, não
poderiam de forma alguma fugir ao esquema básico. São os tipos raciais
que conhecemos, que, embora diferentes na sua constituição exterior,
apresentam as mesmas características.

Parede Inça — Em muitas ruínas em território boliviano, se as ruínas


forem bem observadas e analisadas, verifica-se que são produto de várias
civilizações que floresceram naqueles locais. Os inças, mais conhecidos,
seriam os últimos, cuja estrutura foi dilapidada pelos conquistadores
espanhóis. Mas existem os pré-incas e outras tantas civilizações, algumas
até desconhecidas. Como mostramos no texto do livro, podemos constatar
nas ruínas várias camadas com acabamentos bem diferentes, sendo que as
mais antigas são mais perfeitas.

Pedra gravada do Peru — O desenho que apresentamos, relativo a uma pedra


gravada, encontrada em Iça, uma província peruana, é bastante estranho.
Um médico cirurgião peruano investigou vários milhares de pedras, nas
mesmas condições, contendo figuras espantosas, onde se vêem pessoas de
raça amarela, ostentando penas na cabeça ou usando gorros estranhos, que
demonstram saber coisas incríveis. Isso, num passado bastante remoto,
anterior ao Dilúvio. O pesquisador acima citado recorreu aos exames de
laboratório e à datação em aparelhos que usam o processo do carbono-14.
As pedras citadas mostraram ser de uma incrível antigüidade, pois possuem
uma patina de sílica, que as recobre por completo e que se forma no
decorrer de milhões de anos. Em estudos futuros trataremos desse caso com
maiores detalhes.

Reis Divinos — São homens que dirigiram os povos em cada etapa da


evolução terrena, quando o mental da humanidade não tinha ainda a
capacidade para se governar. Está claro que tais homens privilegiados ou
Reis Divinos seriam avatares dos dirigentes superiores, esquema que
funcionou somente na civilização lemuriana, quando se dizia que os
próprios deuses governavam os homens, daí. a designação. Já a civilização
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atlante, que se seguiu, foi governada não mais pelos deuses e sim pelos
semideuses, seus filhos.

Seres Habitantes em Regiões Nebulosas — Sob este título queremos nos


referir a seres, não necessariamente humanos, mas de todos os tipos, que
possam habitar Sistemas Solares espalhados por esse Cosmos sem fim e que,
vasculhando o céu com nossos instrumentos, classificamos como nebulosas
ou enormes agrupamentos de estrelas, que se apresentam como uma espécie
de luminosas nuvens. Sabemos que os estágios evolutivos são muitos, bem
mais atrasados que nossa Terra, mas, também, em alguns casos, muito além
da nossa imaginação.

Sistema Estelar Doméstico — O nosso Sol, como uma estrela que foi
classificada como de quinta grandeza, na verdade pertence a um certo
conjunto de, mais ou menos, sete estrelas, todas de tamanho mais ou menos
semelhante e que estão dentro de um círculo de dez anos-luz de diâmetro.
Todas elas giram em volta de uma, um pouco maior, que foi identificada
como Sirius. Os astrônomos já descobriram que o nosso Sol leva 108.000
anos para percorrer uma órbita em volta de Sirius. Esse ciclo foi
balizado com o nome de Apex Solar. As idades cósmicas são calculadas pelo
tempo de duração da precessão dos equinócios, cujo ciclo de evolução
total ocultamente é de 27.000 anos numa precessão dos 12 signos, durando
cada idade cerca de 2.250 anos. Nós estamos no fim da Era de Peixes e
vamos adentrar a Era de Aquário. Uns afirmam que será no ano 2000, outros
dizem que será em 2005. Uma tradição astrológica discorda e aponta o ano
2015. Pois bem, quatro ciclos de 27.000 somam 108.000, que é o do Ápex
Solar. Quatro desses 108.000 perfazem o fabuloso número de anos das
Idades Cósmicas, mais precisamente da Kali-Yuga, que é de 432.000 anos.
Imagine-se quantos Sistemas iguais existem em nossa galáxia.

Sistema Solar — Toda estrela, com o correr do tempo, vai formando ao


redor de si um séquito de planetas, que resultam da condensação da
matéria nebulosa existente no espaço e que caem em sua enorme área de
gravitação e passam a cumprir órbitas elípticas em seu redor.

Supernovas — Essa classe de corpos cósmicos é a designação que se dá às


estrelas que crescem desmesuradamente e explodem, num enorme desastre
estelar. A teoria formulada pelos astrônomos diz que uma estrela queima
normalmente todo o seu hidrogênio e entra na fase seguinte, cujo
combustível é o hélio. A queima deste torna a estrela de uma coloração
vermelha, daí a designação de Gigante Vermelha, e, por um acidente, no
processo de condensação, não aguentando as altas pressões, ela acaba
explodindo, lançando à sua volta toda a matéria que acumulou.

Tiahuanaco — Situadas ao sul do lago Titicaca, bem próximo de La Paz,


capital da Bolívia, aparecem ruínas muito estranhas, com restos de
construções muito aprimoradas. Dizem os arqueólogos que são, na verdade,
ruínas de cinco cidades, construídas em épocas diferentes. As construções
que ainda restam são da última delas. Ninguém conseguiu identificar seus
construtores, apenas as evidências apontam para povos de alta sabedoria e
tecnologia.
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Torre de Babel — A Bíblia fala muito dessa torre, construída "para se


chegar até o Céu". Em primeiras interpretações, afirmava-se que todos os
homens se empenharam em construir uma torre tão alta, tão alta, que
pudesse atingir os céus. Depois se disse que a tremenda audácia dos
homens em se empenhar em tamanha empresa teve como castigo a confusão de
línguas, para que deixassem de se entender e não pudessem mais continuar
tão imponente construção. Na pesquisa das verdadeiras origens desse
insólito monumento, chegamos às seguintes conclusões: a) em várias das
pinturas, tanto da Antigüidade como da Idade Média, notamos principalmen-
te que sempre foram representadas torres perto de rios e em vales, nunca
no alto das montanhas; se fosse para atingir os céus pela altura,
deveriam escolher a segunda hipótese; b) os desenhos ou pinturas
apresentados são de idéias muito acanhadas: as concepções parecem de
crianças; c) os locais focalizados são incertos e só num deles foi
designada a Babilônia, onde dizem terem encontrado até os supostos
alicerces de tão falada construção; d) não muito longe desses locais, foi
encontrada uma construção deveras interessante, que é o famoso Terraço de
Balbeck. O piso de tal terraço é algo estranho, mesmo para os tempos
modernos, pois é formado de gigantescos paralelepípedos de granito,
medindo cerca de 23 metros de comprimento e pesando por volta de duas mil
toneladas cada um. Diante dessas observações, poderemos traçar idéias
sobre o que realmente aconteceu com aquela famosa Torre de Babel. Ela
seria, na verdade, uma rampa de lançar naves para o espaço, "para atingir
os céus". Ora, o famoso local conhecido como Terraço de Balbeck seria um
local ideal para isso. Cientistas russos, interessados em estudar as
ruínas antigas, no Oriente Médio, encontraram fragmentos de rochas
fundidas por alta temperatura, justamente nas bordas de tal terraço, bem
iguais aos que acharam nos arredores dos locais de lançamento dos
foguetes espaciais russos. Até a tal "confusão de línguas" tem sua razão
de ser. Se no local subiam e desciam naves vindas de fora da Terra, é
claro que viria muito gente falando idiomas aqui desconhecidos, daí a
propalada confusão.

Vasos de Eleição — Dizem as mais secretas tradições, guardadas pelos


homens que mais estudaram esses assuntos, que aqueles Seres que se
cruzaram com os humanos, na chamada "Queda dos Anjos", tinham corpos
perfeitíssimos e que foram guardados em custódia naqueles inacessíveis
redutos das Fraternidades Secretas. As litanias à Virgem ou Ladainhas
falam em Vasos Honoráveis e também em Vasos de Insigne Devoção e que a
Igreja não tem a menor idéia de sua verdadeira significação.

Vida Arcangélica — Segundo as crenças religiosas de vários povos, os


chamados Anjos seriam seres celestes, portanto vindos dos Céus. Hoje nós
reconhecemos que a representação de seres mostrados com asas seria a
demonstração de que poderiam voar e que vieram à Terra por meios então
desconhecidos. Um fato intrigante é o fato de aquele personagem bíblico
Jacob ter lutado fisicamente com um Anjo. Ora, se isso é verdade, então
aquele ser vindo dos céus não era tão diáfano assim e teria um corpo
semelhante ao do homem. Além desses seres vindos dos Céus, fala-se em
seres muito superiores a eles e que são as inteligências que animam e
dirigem os sóis e os planetas. Õ nome que se dá a tais seres, em nossa
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tradição, é Arcanjo, numa nomenclatura pouco entendida, mesmo pelos adep-


tos de tais crenças.

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BIBLIOGRAFIA

As mensagens das Pedras Gravadas de Ica


Javier Cabrera Darquea – 1980 – Melhoramentos

La Doctrina Secreta
H.P.Blavatski – Editorial Glem – 1946 – Buenos Aires

La Evolution Solaire
Mario Roso de Luna – 1909 – Paris

La Langue Hebraïque Restituèe


Fabre D’Olivet – La Proue Editor, Lausanne – 1971

Mitos e Símbolos na Arte e Civilização da Índia


Heinrich Zimmer – Ed. Palas Athena – 1989 – São Paulo

Trois Upanishads
Shri Aurobindo – Editions Albin Michael – 1955 - Paris

© 1997
Madras Livraria e Editora Ltda
Paulo Albernaz, N.T.0000

FIM

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