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Cultura Jurídica Grega

 “Milagre Grego”: descoberta da razão – método do conhecimento: captar na


realidade externa o universal como permanente e uno;
o Dimensões da Paideia Grega:
 Arete heroica;
 Techne política;
 Sophia científica.
o O logos se manifesta na criação da cultura grega:
 Razão Mítica: justifica o mundo através da representação;
 Razão Estética: representação expressa na forma de intuição do belo
na arte;
 Razão Epistêmica: demonstradora pela qual a razão da explicação da
realidade.
 Arete Heroica:
o Herói: vida à serviço da pólis;
o Homero: expressão estética do momento heroico;
 Hegel: religião grega como religião do belo.
 Techné Política:
o Preparar e formar o cidadão para os debates na ágora;
o Sofística;
o Sócrates: ética compondo a política;
o Liberdade Interior: não se é escravo de ninguém;
 Sócrates: não se é escravo da parte animal da sua natureza;
o Igualdade:
 Participar da assembleia;
 Igualdade perante a lei;
 Direito e liberdade de falar na ágora;
 Direito de abrir o diálogo;
 Criar suas próprias leis.
o É a vida política a razão de ser da vida individual;
o Liberdade da Pólis: não ser governada por um tirano.
 Sophia Científica:
o Mudança qualitativamente radical na explicação do real;
o Três Momentos:
 Thauma: espanto diante do trivial;
 Aporia: problema fundamental – busca pela essência;
 Fundamento de toda realidade – do real como tal;
 O que é o que é?
 Unidade na Pluralidade e Permanência da Mudança;
 Igualdade: o universal – o que é igual no conjunto dos seres?
 Euporia: soluções teóricas que os sábios vão propor;
 A razão passa a ter confiança absoluta em si para dar conta de
explicar a realidade;
 Três Períodos:
o Cosmológico;
o Antropológico;
o Sistemático.
 Período Cosmológico:
o Físico e Noético (é a razão que encontra a solução da aporia);
o Vertente Naturalista: busca a verdade das coisas na realidade do mundo
material;
 Thales de Mileto: água;
 Demócrito: átomo – construção totalmente intelectual: partículas
materiais, mas deduzidas e postas pelo intelecto.
o Vertente Idealista: tem como princípio um elemento ideal posto pela razão;
 Anaxágoras: nous consubstanciado com a matéria – transição entre
correntes;
 Parmênides: o mesmo é o ser e o pensar;
 Pensar o ser na absoluta identidade consigo mesmo;
 Absoluto pensado como ser;
 O ser é e o não ser não é: identidade de ser e pensar;
 O ser das coisas é dado somente pelo intelecto: o ser é na
medida em que é pensado;
 Uno, Simples, Eterno, Imutável, Imóvel e Finito;
 Arte (poema), Religião (deusa Justiça) e Filosofia;
 Campo do Nous: razão;
 Princípio da Identidade: o ser é idêntico a si mesmo;
 Princípio da Não Contradição: não se pode falar do não-ser;
 Princípio do Terceiro Excluído: não há uma vida do ser-não-
ser.
 Heráclito: nada é fixo, tudo flui;
 O puro movimento é a própria alma do real: o logos é puro
movimento;
 Devir: movimento permanente das coisas – movimento do
pensar;
 Logos: pensamento que dá unidade a todas as coisas – energia
individual em nós: alma;
 A luta e o conflito levam à unidade, não à extinção dos
opostos;
 Pensar dialeticamente.
 Período Antropológico:
o Antígona: conflito família e Estado;
 Conflito surge em razão do indivíduo da ação desconhecer o valor
ético da lei humana e o que se põe ao lado da lei humana desconhece
o lado ético da família.
 Negação de validade efetiva à lei contrário;
 Declínio de ambos:
 Destruição da família como essência ética pelo Estado;
 Destruição da base do Estado – família – destruindo sua
própria essência.
o Protágoras:
 O homem é a medida de todas as coisas: relativismo e subjetivismo;
 Verdade substituída pela opinião e esta é medida pelos sábios
segundo a utilidade;
 Preocupação com o que aparece;
 Virtude política: o que é útil à cidade;
 Justiça: o que é útil à cidade – garantir sua existência e
conservação;
 O necessário à cidade é conhecer e formular opiniões eficazes
sobre a realidade política.
 Os homens vivem em sociedade porque não tem as habilidades que
os animais têm para sua sobrevivência.
 Razão.
o Sócrates:
 Encontrar uma saída para a crise do ethos surgida pelo movimento
sofista;
 Conhecer a si mesmo;
 Ética e Lógica;
 Intelectualismo.
 Platão:
o Ontologia:
 Encontrar a unidade na pluralidade e o permanente na mudança;
 Ideias: o sensível vai sendo descartado pelo raciocínio até se chegar
ao conceito universal;
 O universal – Hegel.
 Dialética: ciência que tem como método exclusivo o uso da razão até
alcançar por meio da inteligência o que constitui o bem em si;
 Método de superação da contradição do sensível;
 Resultado: universal considerado em si mesmo;
o Gnosiologia:
 O sensível não oferece base para uma verdade científica;
 Linha Dividida:
 Imagens das coisas sensíveis;
 Coisas Sensíveis;
 Conhecimento científico: por hipótese com auxílio de
instrumentos científicos;
 Dialética.
o Justiça:
 Justiça como ideia e como virtude:
 Virtude a coordenar as demais virtudes;
 Ideia a constituir a própria estrutura do Estado.
 Melhor receber uma injustiça que praticá-la;
 Estado come leis justas porque editadas por quem pratica a virtude da
justiça;
 Justiça: dar a cada um o que convém (é devido);
 Estado: igualdade proporcional;
o Dividido segundo as atribuições de cada um;
o Cada um se põe no seu lugar.
 Indivíduo: harmonia entre as partes da alma.
 O homem justo harmoniza as três partes da alma;
 Estado Ético – realiza a justiça: educação como finalidade;
 Cabe ao Estado realizar a justiça.
 Aristóteles:
o Ética Eudemonista: eudaimonia como atividade ou desenvolvimento das
aptidões do ser no sentido de realizar a sua perfeição – seu telos;
 O prazer não tem qualquer função na determinação da eudaimonia.
o Razão Teórica v. Prática: nos tornamos justos realizando atos de justiça;
 Virtude é um hábito;
Hábito que se dirige para realizar a função que lhe é
característica;
 As virtudes éticas não se destinam ao conhecer, mas ao agir;
o Características da Ação Moral:
 Não basta conformidade com o virtuoso, é necessário que se saiba da
justiça do ato;
 Voluntariedade: decisão que se motiva pela própria ação;
 Agir com firme e inabalável certeza – sem dúvida da moralidade do
ato;
o Mediania: harmonia – termo médio que equilibra os extremos;
o Justiça:
 Sentido Amplo: conduta de acordo com a lei;
 Abrange as demais virtudes.
 Sentido Estrito (Particular): hábito que realiza a igualdade;
 Justiça Distributiva:
o Igualdade Geométrica;
o Igualdade de Relações;
o Particulares e comunidade;
o Distribuição: mérito;
 Nem todos concordam com a base do mérito.
 Justiça Comutativa:
o Igualdade Aritmética;
o Igualdade de bens;
o Relações interpessoais;
o Elementos da Justiça:
 Outro: só pode ser praticada em relação ao outro;
 Outro enquanto igual ao sujeito que a pratica – racional;
 Vontade: só é possível a prática de um ato justo na medida em que
alguém o quer;
 Conformidade com a Lei:
 Lei não é produto do arbítrio do legislador político – tem a lei
natural como critério de validade;
o A lei que se destina ao bem comum expressa a justiça;
o Realizar a autarkeia do homem;
 Conformidade com a lei escrita ou a não escrita, conhecida de
todos os povos;
 Justo legal e justo natural;
 Conformidade com a Lei e Equidade:
 Equitativo é o justo que vai além da lei escrita, não além da
lei natural;
 O équo é o justo enquanto atende ao ditame da lei não escrita,
do qual indaga o legislador ao elaborar a lei escrita;
 Bem Comum: é justo o que beneficia a comunidade;
 Igualdade:
 Justiça: sua essência se identifica como igual;
 Na ação considerada em si mesma: a justiça é o termo médio
entre carência e excesso;
 No objeto da ação: é injusta a ação que se pratica no sentido
de receber mais bem que o outro;
 Pressuposto – Igualdade Fundamental: ser humano na justiça
universal e cidadão na justiça particular;
 Themis, Nomos e Dike:
o Themis: compêndio da grandeza cavaleiresca dos primitivos reis;
 Lei;
 Validade, Legalidade e Autoridade do direito.
o Dike:
 Justiça;
 Cumprimento da Justiça;
 Igualdade: busca por um direito igualitário.
o Nomos: direito consuetudinário válido para todas as situações.
 Só na pólis se pode encontrar aquilo que abrange todas as esferas da vida espiritual e
humana;
o Atenas e Esparta: Estado como fim último;
o Legislador: educador do povo
 Esparta:
o Estado: força educadora;
o Acampamento militar permanente.
 Drácon:
o Leis escritas;
o Não ameaçaram a dominação social da aristocracia apesar de um direito
comum a todos.
 Sólon:
o Crise: situação de dependência dos camponeses + endividamento e possível
escravidão;
o Legislador ateniense por excelência – direito ateniense comum a todos.
 Leis semelhantes, justiça imparcial. Igualdade Jurídica;
 Segundo conjunto de leis – 30 anos depois de Drácon.
 Primeiro grande representante do espírito ático: coluna fundamental
do edifício da formação ática.
o Pensamento Político:
 Centralidade da Dike: exigência de igualdade – direito igualitário;
 Justiça com lugar insubstituível na ordem do mundo.
 É impossível passar por cima do Direito, este acaba por
triunfar – efeitos imanentes da injustiça.
 A justiça aparece como uma ordem natural que por si mesma
se regulamenta.
 A justiça leva à eunomia, a injustiça à disnomia.
 Desobedece-se ao direito pela hybris.
 Em tempo a retribuição certamente vem: maldições hereditárias.
 Clístenes:
o Reformas claras: criava a cidade-estado unida, solapou as bases da
dominação social da antiga aristocracia.
 Criou as condições que iriam permitir o nascimento da democracia.
 Revoluciona as estruturas de parentesco.
o Isonomia e Igualdade Jurídica;
o Importância do demos.
 “Pai da Democracia Anteniense”
 Guerras Médicas;
 Ésquilo: Os Persas e Oresteia;
 Efialtes: enfraquecimento do conselho aristocrático;
 Perícles:
o Sobre sua autoridade, o poder do demos aumentou: Soberania do demos.
o Sistema em que os pobres controlam a cidade.
o A igualdade dos cidadãos.
 Democracia: política se torna atividade mais importante na comunidade grega;
o Pólis livre no sentido de autonomia;
o Preocupação com boas leis para um povo constituído de homens livre e,
como livres, iguais.
o O cidadão na cidade grega era um ser livre: sua vontade se confundia com a
da sua cidade;
 Harmonia Total;
 Não havia separação da vida pública e privada;
 As leis a que se submetia eram leis que ele mesmo se dava;
 Estado: objeto mais alto do mundo.
 O Estado é o fim último em Atenas e Esparta
 Hegel: a constituição democrática é a única possível, porque os
cidadãos não estão conscientes dos interesses particulares. Liberdade.

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