Você está na página 1de 6

ARTE – 8º ano

HISTÓRIA DA ARTE: LINHA DO TEMPO

LINHA DE TEMPO:

PRÉ- HISTÓRIA:
-Período Paleolítico, mesolítico (em algumas regiões do planeta), neolítico e idade dos metais;
-Primeiras manifestações artísticas, pinturas e gravuras encontradas nas paredes das cavernas.

ANTIGÜIDADE:
-Aparecimento da escrita que sucede até a queda do império romano. Período das grandes civilizações,
como a Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma.

ARTE MEDIEVAL:
-Deus centro do universo;
-Arte Bizantina: mosaico
-Românica: uso de rosáceas para facilitar a iluminação interna dos templos;
-Góticos: teocentrismo atingiu seu apogeu, toda a vida do homem deveria ser voltada para o aspecto
religioso e as igrejas deveriam tornar- -se amplas e mais altas.

ARTE MODERNA
-Do teocentrismo Medieval o homem avança para o humanismo e coloca- se como centro do universo.
-Descobre que existem outros povos que habitam o planeta;
-Surge a renovação artística e cultural.

ARTE CONTEMPORÂNEA
-Da Revolução francesa até nossos dias
-Ascensão da burguesia;
-Além da pintura e escultura, surge a instalação artística, a releitura artística, a arte digital, etc.

IDADE ANTIGA III: 8º ANO

1
ARTE GREGA - Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à
inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos, que se dedicavam ao
bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente.
Os gregos (ou helenos, como eles preferiam-se designar-se) eram, mais do que um povo
homogêneo, uma série de tribos que tinham em comum a língua, os principais deuses e a noção de
que descendiam de antepassados em comum.
Nessa civilização predomina o racionalismo, o amor pela beleza entendida como suprema harmonia
das coisas, o interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”. Ali
nasce a democracia, o governo do povo.
A mitologia cria um conceito religioso, pois os gregos não possuem um conceito científico das suas
origens, então usam a sua criatividade. Os deuses possuem as qualidades e os defeitos humanos.
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas
manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração
intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal. Tudo isso provoca
consequências fundamentais na história da arte que determinam a sobrevivência de muitos conceitos
e formas desde então até hoje.

ARQUITETURA
Ainda que as suas cidades tivessem necessidade de muralhas, de casas e palácios, de praças, de
ruas e aquedutos, ainda que todas essas necessidades tivessem sido satisfeitas a sua investigação
apontou para um só tipo de edifício: o templo, a casa dos deuses.
A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos
fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-
se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento
horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram
construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
ORDEM DÓRICA - A ordem dórica é austera e maciça. Nascida do sentir do povo grego, nela se
expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por
sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência.
ORDEM JÔNICA - A ordem jônica representa a graça e o feminino em contraste com a austeridade e
a masculinidade da ordem dórica.
ORDEM CORÍNTIA - A terceira ordem grega, depois da dórica e da jônica, é a coríntia, variante
decorativa da jônica. De fato, muitos pormenores são quase idênticos, exceto as proporções. Em
contrapartida, são diferentes a base da coluna, muito mais trabalhadas, e principalmente o capitel,
onde aparecem as volutas da ordem jônica, aplicadas nas quatro faces, mas elas são agora um
elemento menor, em forma de sino invertido, envolvido por duas filas de folhas de acanto – uma
planta herbácea de folhas grandes e muito decorativas. É mais decorativa do que funcional,
sugerindo luxo e ostentação.

NOTA DO PROFESSOR: Além destas colunas usadas e citadas na arquitetura grega, outra forma
utilizada como suporte de sustentação eram figuras femininas esculpidas chamadas de Cariátides.

Abaixo, ilustração definindo as características das ordens arquitetônicas Dórica, Jônica e Coríntia.

2
OBS: Observe sobretudo as diferenças entre os estilos Dórico, Jônico e Coríntio e as partes de uma
coluna (Capitel, Fuste e Base).

Onde o Capitel equivale à parte superior da coluna; o Fuste equivale à parte do meio da coluna e a
Base é a parte inferior da coluna

ESCULTURA 
Das obras originais, muito pouco nos chegou, talvez porque foram realizadas com materiais preciosos
(como por exemplo, a grande estátua da deusa Atena, esculpida por Fídias para o interior do
Paternon, toda em ouro e marfim) e, portanto, incitavam ao roubo; ou porque desapareceram no
decurso dos séculos, devido às pequenas dimensões e maior fragilidade em relação à arquitetura.
O que conservamos, sobretudo da época clássica, são as cópias que os romanos ricos
encomendaram para o adorno das suas residências. Cópias que se revelam, ao compará-las com os
poucos originais que sobreviveram, de qualidade decadente. Realizadas muitas vezes em mármore,
quando o original era em bronze, ou vice-versa, trazem consigo todas as adaptações necessárias à
mudança de material, sendo brancas da cor do mármore, enquanto que os originais gregos estavam
vivamente decorados: negro para os cabelos e para os olhos, vermelho para os lábios, várias cores
para o vestuário, até em tons contrastados de vermelho e azul nas inúmeras obras do período mais
antigo. Contudo, frequentemente sobressaem nas cópias precisamente os detalhes formais mais
úteis para o nosso objetivo: reconhecer o estilo.
A estatuária grega nasceu para venerar os deuses. Mas os deuses gregos, contrariamente dos
egípcios ou persas, são concebidos à imagem e semelhança do homem, têm paixões e pensamentos
humanos. Na escultura, o antropomorfismo – esculturas de formas humanas – foi insuperável. As
estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.
As esculturas também ocupavam os tímpanos dos templos. Nas métopas colocavam-se cenas
míticas com dois ou três personagens, com histórias de heróis, gigantes e centauros. No friso jônico
(Friso: escultura em baixo-relevo), o artista tinha maior liberdade criativa, desenvolvendo uma ação

3
sequenciada, numa secessão narrativa sem interrupção. Os temas mais utilizados eram as
procissões, os desfiles e as corridas de cavalos.
Dividimos a escultura grega em três períodos principais: Arcaico, Clássico e Helenístico.
No Período Arcaico, séculos VIII-VI a.C., os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes
figuras de homens. Primeiramente, aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal,
braços e pernas colados ao corpo, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas
ou um dos pés ligeiramente avançado, uma postura estática e, sobretudo por uma expressão facial
conhecida como o sorriso grego. Essa expressão, na verdade, era fruto de um domínio restrito na
exploração das feições humanas, que fazia com que o escultor arcasse as sobrancelhas, repuxasse
os lábios, mas não fizesse com que as maxilas acompanhassem o sorriso. Percebe-se a influência
egípcia em virtude da frontalidade e rigidez das formas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros,
palavra grega que significa homem jovem, simboliza o deus da juventude e da plenitude. A versão
feminina é chamada de Koré, representam jovens virgens, graciosas e encantadoras, com longas
túnicas pregueadas, que eram pintadas cde cores vivas, luminosas e cintilantes.
Período Severo, 500-450 a.C., é um período transitório entre os estilos Arcaico e o Clássico. (OBS:
Não aprofundaremos esse período artístico das esculturas em nossos estudos)
No Período Clássico, século V a.C., passou-se a procurar movimento nas estátuas, há maior uso do
bronze, mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu
feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. As
principais características desse período são o realismo idealizado, o naturalismo, o equilíbrio e a
serenidade.
Período Helenístico, século IV-I a.C., podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos
não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as
emoções e o estado de espírito de um momento. O desafio e a grande conquista da escultura do
período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que
mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser
observados. Além disso, aparece o pathos muito pronunciado, a composição desequilibrada para
valorizar o dramatismo, a expressão da dor física através do rosto e na tensão muscular e o
abandono do realismo idealista e da serenidade.

Período Arcaico Período Clássico

O Moscóforo, Koré de Peplo, Posseidon do Cabo O Discóbolo, Míron, cerca


570/60 a.C., cerca de 530 a.C., Artemision, cerca de 460 de 450 a.C., Museu
mármore de mármore a.C. , atribuído a Calamis, Nazionale Romano, Roma.
Himeto, altura policromado, bronze, altura 209 cm,
desde o joelho 96 altura 120 cm, Museu Arqueológico
cm, Museu de Museu de Nacional, Atenas. Estilo
Acrópolis, Atenas. Acrópolis, Severo.
Atenas. Período Helenístico
4
Vênus de Milo, autor Laocoonte e seus filhos, de Agesandro, Vitória de Samotrácia,
desconhecido, às vezes é atribuída Polidoro e Atenodoro, Museu do Museu do Louvre, Paris.
a Alexandros de Antioquia, cerca Vaticano, Roma. Período Helenístico.
século II a.C., mármore, altura 202
cm, Museu do Louvre, Paris.

PINTURA - A pintura grega encontra-se na arte cerâmica, porque, infelizmente, tivemos quase o
desaparecimento total da pintura maior.  Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo
equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado
para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para
armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma
correspondia à função para que fossem destinados. Como por exemplo, a ânfora, uma vasilha em
forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;  a hidra, que como o nome indica, 
(derivado de ydor, água) era utilizado para recolher água das fontes e caracterizava-se por três asas,
uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar; a cratera, com uma boca
muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os
gregos nunca bebiam vinho puro); o oinokoe (nome que provém de oinos, vinho e chêin, verter), quer
dizer, jarro para o vinho, o lekithos que era um vaso para óleos ou perfumes, etc.
As primeiras pinturas tinham caráter geométrico, séculos VIII e VII a.C., e as figuras humanas e de
animais eram bem estilizadas. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades
diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.
A pintura grega apresenta cerâmicas com figuras negras sobre o fundo vermelho, as figuras eram
dadas pelas linhas de contorno cheia de cor, sem nenhuma profundidade ou perspectiva. Por volta de
500 a.C., o esquema decorativo se inverte, agora o fundo do vaso é negro e sobre este fundo
homogêneo destaca-se, em vermelho, a figura. Esta inversão não foi uma simples variante gráfica,
porque realizar a figura reservando uma parte do fundo vermelho, natural, que podia ser enriquecido
com traços negros, constitui o ponto de partida para dar movimento à simples silhueta, mediante
linhas que sugerem volumes. Finalmente, chegou-se à aplicação de novidades como o escorço (a
representação com simples linhas da profundidade espacial das três dimensões) e a perspectiva, são
as cerâmicas com figuras vermelhas sobre o fundo branco.
A pintura grega apresenta cerâmicas com figuras negras sobre o fundo vermelho, as figuras eram
dadas pelas linhas de contorno cheia de cor, sem nenhuma profundidade ou perspectiva. Por volta de
500 a.C., o esquema decorativo se inverte, agora o fundo do vaso é negro e sobre este fundo
homogêneo destaca-se, em vermelho, a figura (figuras vermelhas sobre fundo negro). Esta
inversão não foi uma simples variante gráfica, porque realizar a figura reservando uma parte do fundo
vermelho, natural, que podia ser enriquecido com traços negros, constitui o ponto de partida para dar
movimento à simples silhueta, mediante linhas que sugerem volumes. Finalmente, chegou-se à
5
aplicação de novidades como o escorço (a representação com simples linhas da profundidade
espacial das três dimensões) e a perspectiva, são as cerâmicas com figuras vermelhas sobre o
fundo branco.

Fonte: http://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-na-antiguidade/arte-grega/

Você também pode gostar