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ELEMENTOS DA NARRATIVA EXERCÍCIO

1. Considerando os elementos da narrativa, leia cada uma das citações a seguir e coloque,
dentro dos parênteses que as precedem, a letra:

V – se a afirmativa for verdadeira;


F – se a afirmativa for falsa.

a) (   )              O espaço é o lugar onde se passa a ação. Exemplo:


“No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama
afobado.”   (Mário de Andrade)

b) (   ) A personagem é a pessoa que participa da história. Exemplo:


“Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino,
pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação.”
(Guimarães Rosa)
           
c) (   )  O tempo determina a ordem em que os fatos acontecem. Exemplo:
Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio
por aí se   estendendo grande, fundo, calado que sempre.” (Guimarães Rosa)

a) F – F –V
b) F – V – F
c) V – F – V
d) V – V – F

Para narrar uma história, é preciso considerar os elementos: espaço, tempo e personagens.
O poema a seguir é um texto narrativo e foi publicado em Libertinagem, livro que Manoel
Bandeira lançou em 1930.

Poema tirado de uma notícia de jornal

João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão
sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro.
Bebeu.
Cantou.
Dançou.
Depois se jogou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

2.Responda, considerando a leitura do poema:

a)    O que aconteceu?


b)    Quem é a personagem da história?
c)    Onde (espaço) acontece a história?
d)    Quando (tempo) aconteceu a história?

RESPOSTA:
1B
2.
a) Um homem entrou num bar, bebeu, cantou, dançou e matou-se.
b) João Gostoso
c) Bar Vinte de Novembro e a Lagoa Rodrigo de Freitas
d) Numa noite.

Texto: O verde 
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore
incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um
lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores;
esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do
cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a
árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem
folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não
voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu:
fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore
um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-
idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de
suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos
brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas
flores desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão)
Exercícios:
1) Por que, no começo do texto, o narrador afirma que “Estranha é a cabeça das
pessoas.”
2) Observe a frase: “Na época da floração, ela enchia a calçada de cores.” (2º
parágrafo).
a) Qual é a época da floração?
b) O que significa a expressão “enchia a calçada de cores”?
3) Observe a frase: […] esquecíamos o cinza que nos envolvia […]” (2º
parágrafo). Que cinza era esse ao qual o autor se referia?
4) Por que a árvore parou de florescer?
5) Releia atentamente a seguinte frase e responda às questões:
“Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro
símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as
manhãs estava ao pé da árvore com um regador.” (2º parágrafo).
a) Qual é a primeira impressão que temos ao ler que a vizinha regava a árvore
todos os dias?
b) Essa impressão se confirma no final do texto? Por quê?
6) Por qual motivo a árvore foi morta?
7) Identifique, no texto , os elementos da narrativa abaixo:
a) Narrador:
b) Espaço:
c) Enredo:
d) Clímax:
e) Desfecho:
f) Personagens:
g) Tempo:
 

Gabarito
1.É estranha a cabeça das pessoas porque parece que elas nunca estão satisfeitas. Ora querem
mais árvores nas ruas, ora não querem árvores nas ruas.
2. a) Tem início no outono.
b) Enchia a calçada de vida.
3.Era o cinza do concreto das casas, do asfalto das ruas.
4.Uma vizinha de meia-idade resolveu jogar veneno na árvore porque, segunda ela, estava sujando
a calçada com flores.
5.a) Que ela havia feito algo para matar a árvore
b) Sim. Confirmou-se.
6.Possivelmente por envenenamento.
7.a) narrador-personagem
b) rua, calçada
c) Uma árvore que enchia a rua de vida, mas que, de repente, parou de florescer.
d) Os vizinhos foram atrás de uma senhora suspeita de envenenar a árvore.
e) A senhora matou a árvore por motivo fútil.
f) Os vizinhos.
g) “Uma vez”; “na época da floração”

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