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LORENA – SP
2016
FABRÍCIO COTRIM SILVA
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LORENA – SP
2016
INTRODUÇÃO
Quando ouvimos alguém falando sobre política oude alguém inserido nesse
contexto inevitavelmente associamos ao roubo e corrupção, pois é o que temos
experimentado no dia a dia de nossa nação.
Por muitos anos os cristãos se ausentaram da vida política por entenderem
que apenas os filhos do diabo deveriam ocupar essas Instituições e como
consequência disso temos a maior crise econômica em nossa história.
Tratamos a Alienação Política para entendermosnossa omissão enquanto
cristãos, nos torna os principais responsáveis pela degradação sociopolítica,
esquecendo que nosso dever não se baseia apenas no contexto espiritual do
homem.
Vemos através dos meios de comunicação os Três Poderes cuja finalidade
deveria ser servir a Nação, aparelhados em prol de uma Ideologia Política e não da
República.
Para melhor compreensão abordaremos a origem do termo Política e as
consequências da mesma quando pessoas de bem preferem se ausentar ou calar-
sesobre o referido assunto. Veremos no decorrer da história Deus levantando
homens que transformaram o curso de nações pelo poder do Evangelho e sendo sal
e luz no meio dos homens.
“Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras?
Porventura essa fé pode salvá-lo?
Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano.
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes
derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?
Tiago 2.14-16
ORIGEM
Martinho Lutero
Martinho Lutero foi o primeiro dos reformadores a tratar do assunto em sua
obra “Da autoridade secular, até que ponto se lhe deve obediência” (1523).
Lutero viveu num período de frequentes guerras ou ameaças de guerras.
Pode-se mencionar: a disputa entre Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano
Germânico e Francisco I, monarca francês; a ameaça turca que em 1529 estava nas
fronteiras de Viena; e a Guerra dos Camponeses (1524-1525), em que Lutero esteve
envolvido. Governantes e teólogos que estavam ao lado de Lutero questionavam-se
a respeito da legitimidade de um cristão, ao contrário do que expõe o Sermão do
Monte, utilizar-se da força da espada. Estes questionamentos e especificamente o
pedido de uma posição de Lutero sobre o tema da autoridade civil ou secular,
levantados por Wolfgang Stei, pregador da corte de Weimar, e pelo duque João
Frederico da Saxônia, deram origem ao escrito Da Autoridade Secular, até que
ponto se lhe deve obediência, tendo sido escrito a partir de dezembro de 1522 e
publicado em março de 1523. Como base para o escrito Lutero utilizou suas
pregações em Weimar em outubro de 1522.
João Calvino
Abordou a matéria nas Institutas da Religião Cristã (1559), ao tratar “da
administração política. ”
Por causa de sua reflexão firmemente apoiada nas Escrituras, o reformador
tinha um elevado conceito acerca do estado e dos governantes civis. O apóstolo
Paulo havia ensinado que as autoridades são "ministros de Deus" e foram por ele
instituídas com vistas ao bem comum, merecendo assim a obediência dos cidadãos
(Epístola aos Romanos, cap. 13). Calvino, seguindo a mesma linha de raciocínio,
acentuou que a carreira pública era uma das mais nobres funções a que um cristão
podia aspirar e deixou claro que os cidadãos tinham o dever de obedecer às leis e
honrar os seus magistrados. Os governantes, por sua vez, tinham solenes e graves
responsabilidades diante de Deus em relação às pessoas entregues aos seus
cuidados.
Calvino estava em parte reagindo contra os anabatistas, que desprezavam as
instituições políticas e o exercício de cargos públicos como algo indigno de um
cristão, e contra os diferentes grupos de anarquistas e revolucionários da época.
Como a maior parte dos protestantes do século XVI, ele era favorável a uma estreita
associação entre a igreja e o estado, cada qual respeitando a esfera de atuação do
outro. A alegação de que Calvino teria sido o ditador de Genebra é injustificada. Na
realidade, ele nunca exerceu nenhum cargo político naquela cidade e durante
grande parte da sua estadia ali teve um relacionamento difícil com os magistrados
civis, sempre desejosos de interferir nos negócios da igreja.
O mais surpreendente é que quase todos os reformadores articularam uma
teologia do Estado e várias obras foram lançadas em rápida sucessão nessa época.
Martin Bucer
De Regno Christi [O reino de Cristo] (1551)
Foi um reformador protestante em Estrasburgo, que influenciou as
vertentes luterana, calvinista, anglicanae doutrinas e práticas. Bucer era
originalmente um membro da Ordem Dominicana, mas depois da reunião e sendo
influenciada por Martinho Lutero, em 1518 ele conseguiu que seus votos monásticos
fossem anuladas. Ele então começou a trabalhar para a Reforma, com o apoio
de Franz von Sickingen.
John Ponet
Foi um Inglês protestante clérigo e escritor controverso, o Bispo de
Winchester. Conhecido como um teórico da resistência que fez um ataque
sustentando sobre o direito divino dos reis.
Escreveu o livro, “Um breve tratado do poder político” (1556).
Christopher Goodman
Foi um Inglês reforma clérigo e escritor. Ele era um exílio Marian, que
deixou a Inglaterra para escapar da perseguição durante a Contra-Reforma no
reinado da rainha Maria I de Inglaterra. Ele foi o autor de uma obra sobre “Os limites
à obediência aos governantes” (1558); contribuiu para a Bíblia de Genebra.
E no período pós-reforma foram escritas duas obras influentes: Lex Rex [A lei
é o rei] (1644), de Samuel Rutherford, e Política (1603), de Johannes Althusius, que
tem “a distinção de ser uma das contribuições centrais para o pensamento político
ocidental”. O movimento de reforma não foi, portanto, somente um movimento de
redescoberta do evangelho, como revelado nas Escrituras Sagradas, que visou
renovar a igreja. Foi também um amplo movimento de reordenação da sociedade, à
luz da revelação de Deus em
sua Palavra. Como escreveu Daniel Elazar, “a estrada para a Democracia
Moderna começou com a Reforma Protestante no século XVI, em especial entre
aqueles expoentes protestantes reformistas que desenvolveram uma teologia
política que remeteu o Ocidente de volta aos caminhos do autogoverno popular, com
ênfase na liberdade e igualdade”. Desse modo, contrariando muito do pensamento
secular, o que se descobre nessas obras é que a verdadeira origem do contrato
social, garantidor das liberdades fundamentais do ser humano, encontra-se na
Reforma Protestante e, em última análise, na mensagem
evangélica oferecida nas Escrituras e confiada à igreja.
Índia
Na Índia em 1829 findou uma prática religiosa graças à intervenção cristã;
essa prática consistia na cremação das viúvas ainda vivas logo após a morte do
marido. Pense em quantas esposas indianas pediam ao seu “deus” longevidade
para seus maridos.
Inglaterra
Na história da Inglaterra encontramos William Wilberforce influenciando o
Império Britânico com sua campanha e debate por 40 longos anos em proibição do
tráfico de escravos.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a campanha contra a escravatura foram lideradas por
abolicionistas, e cerca de dois terços dos líderes desses abolicionistas eram clérigos
cristãos que pregavam a política do púlpito, e pregavam que a escravatura era um
erro e que as leis da nação deveriam ser mudadas, pois tais práticas eram contrárias
aos padrões morais de Deus na Escritura.
Mais recentemente o Reverendo Martin Luther King foi um pastor batista que
pregava a partir da Bíblia que as leis precisavam ser mudadas para que a
segregação racial findasse, influenciando o governo para o bem.
CONCLUSÃO
Nestes breves relatos históricos pudemos perceber como homens comuns
mas com princípios Eternos conseguiram mudar o trajeto de algumas nações para o
bem. Por entender que a vida cristã faz parte do cenário político e que ultrapassa os
limites das quatro paredes que nos acostumamos durante muitos anos;ela nos leva
a verdadeira “Seara” que aguarda com expectativa que algum Ceifeiro venha mudar
sua história.
BIBLIOGRAFIA
http://marciomorena.jusbrasil.com.br/artigos/121944032/as-origens-do-pensamento-
politico-a-polis-grega
http://monergismo.com/phillip-kayser/politica-e-escapismo/
http://ojs.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/viewFile/11691/6544
http://monergismo.com/andrew-sandlin/cristianismo-mae-da-liberdade-politica/