INTOXICAÇÕES DECORRENTES DA AUTOMEDICAÇÃO COM

PLANTAS

Sonia Aparecida Dantas Barcia

Farmacêutica Toxicologista
Centro de Controle de Intoxicações - CCISP
sadbarcia@hotmail.com

1. Usos de plantas medicinais

 Etnomedicina – uso popular
o Uso de plantas medicinais por tradição familiar ou da cultura regional
o Nomes locais
o Plantas sem identificação botânica adequada, sem estudos de eficácia e toxicidade.
o Sem definição de dose/efeito

 Terapia com chás

o Não existe legislação que defina responsabilidades
o Podem ser ministrados por qualquer profissional
o Não existe controle de qualidade das plantas utilizadas, origem e identificação
botânica correta.
o Doses nem sempre adequadas
o Sem acompanhamento adequado dose/efeito
o Não existe fiscalização sobre o material comercializado

 Farmácia viva
o Cultivo de plantas medicinais coordenado por um grupo ligado à saúde, visando o
preparo caseiro de formulações farmacêuticas
o Não existe controle de qualidade
o Plantas trazidas, principalmente, pela etnomedicina,.
o Orientação precária com relação a dose/efeito
o Sem dados de toxicidade
o Sem avaliação dos efeitos obtidos

 Fitoterapia
o Tratamento prescrito por profissional médico
o Fórmulas farmacêuticas bem definidas com controle de qualidade da matéria prima e
do produto final
o Posologia definida com relação definida entre dose/efeito
o Produtos controlados por legislação específica
o Aqui existe fiscalização?

2. Riscos de Intoxicações por plantas medicinais

 Confusões com nome popular
 Local de aquisição da planta
 Modo de preparo
 Posologia
o Quantidade utilizada para preparo
o Quantidade ingerida por dia
 o Validade do preparado
o Duração do “tratamento”
 Indicações e usos:
 Interações:
o Medicamentos
o Fitoterápicos
o Alimentos
 Exemplos de interações com medicamentos
o Plantas com saponinas:
 Aumentam a absorção

o Plantas com taninos

 Diminuem a absorção

o Plantas hipoglicemiantes
 Podem interagir com depressores do SNC

o Plantas antihipertensivas
 Podem levar a hipotensão grave