Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trauma, Dor e Ato o Olhar Da Psicanálise Sobre Uma Tentativa de Suicídio
Trauma, Dor e Ato o Olhar Da Psicanálise Sobre Uma Tentativa de Suicídio
Enviado por
Maria Carolina ManochioDireitos autorais
Formatos disponíveis
Compartilhar este documento
Compartilhar ou incorporar documento
Você considera este documento útil?
Este conteúdo é inapropriado?
Denunciar este documentoDireitos autorais:
Formatos disponíveis
Trauma, Dor e Ato o Olhar Da Psicanálise Sobre Uma Tentativa de Suicídio
Trauma, Dor e Ato o Olhar Da Psicanálise Sobre Uma Tentativa de Suicídio
Enviado por
Maria Carolina ManochioDireitos autorais:
Formatos disponíveis
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.
£,)3%
3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
-ÙNICA -EDEIROS +OTHER -ACEDO
"LANCA 3USANA 'UEVARA 7ERLANG
-ÙNICA -EDEIROS +OTHER
-ACEDO
0SICØLOGA 2%35-/ !S RELA ÜES EXISTENTES ENTRE TRAUMA DOR PSÓQUICA E ATO SÎO
PSICANALISTA
ABORDADAS POR MEIO DA ANÉLISE DO CASO CLÓNICO DE UMA PESSOA QUE
DOUTORA EM
0SICOLOGIA 05#23 EFETIVOU UMA TENTATIVA DE SUICÓDIO %XPLORA
SE A INTER
RELA ÎO ENTRE
PROFESSORA ADJUNTA O TRAUMÉTICO A RUPTURA DAS BARREIRAS DE PROTE ÎO AO PSIQUISMO E O
E COORDENADORA PREDOMÓNIO DO IRREPRESENTÉVEL QUE TEM COMO CONSEQàÐNCIA O ATO DE
DO 3ERVI O DE
!TENDIMENTO
TENTAR TIRAR A PRØPRIA VIDA ! PARTIR DA METAPSICOLOGIA PSICANALÓTICA
E 0ESQUISA EM NOMEIA
SE A TENTATIVA DE SUICÓDIO COMO UM ATO
DOR
0SICOLOGIA DA 0ALAVRAS
CHAVE 4RAUMA DOR PSÓQUICA TENTATIVA DE SUICÓDIO ATO
&ACULDADE DE DOR METAPSICOLOGIA PSICANALÓTICA
0SICOLOGIA DA
05#23 E -EMBRO
0LENO DA 3OCIEDAD !"342!#4 4RAUMA PAIN AND ACT A 0SYCHOANALYTIC LOOK ON THE
0SICOANALÓTICA DEL ATTEMPT OF SUICIDE 4HE EXISTING RELATIONS AMONG TRAUMA PSYCHIC
3UR DE "UENOS !IRES
PAIN AND ACT ARE APPROACHED BY MEANS OF THE ANALYSIS OF THE CLINICAL
"LANCA 3USANA 'UEVARA CASE OF A PERSON THAT HAS PERFORMED A SUICIDE ATTEMPT 4HE INTER
7ERLANG RELATION AMONG THE TRAUMATIC THE BREAKING OF THE PSYCHE PROTEC
0SICØLOGA DOUTORA TION BARRIERS AND THE PREVALENCE OF THE hUNREPRESENTATIVEv CONTENTS
EM #IÐNCIAS
-ÏDICAS3AÞDE
PREDOMINANCE THAT AS A CONSEQUENCE PRODUCES THE ACT OF TRYING TO
-ENTAL 5NICAMP TAKE ONES OWN LIFE 4HROUGH PSYCHOANALYTIC METAPSYCHOLOGY A
PROFESSORA SUICIDE ATTEMPT IS NAMED AS A PAIN
ACT
ADJUNTA E DIRETORA +EYWORDS 4RAUMA PSYCHIC PAIN ATTEMPT OF SUICIDE PAIN ACT
DA &ACULDADE
0SICOLOGIA DA PSYCHOANALYTIC METAPSYCHOLOGY
05#23 MEMBRO DO
'RUPO DE 4RABALHO
PARA IMPLANTAR A
%STRATÏGIA .ACIONAL
DE 0REVEN ÎO AO
3UICÓDIO -INISTÏRIO
DA 3AÞDE
! PSICANÉLISE NASCE A PARTIR DA INVESTIGA ÎO DE &REUD A RES
PEITO DO PADECIMENTO HUMANO NEURØTICO 3EU EMPENHO
EM COMPREENDER O QUE O SINTOMA MANIFESTAVA E AO MESMO
TEMPO ESCONDIA MOTIVA &REUD A EMBRENHAR
SE NUMA INVES
TIGA ÎO POR CAMINHOS TORTUOSOS E DIFÓCEIS 0ARA CRIAR E MANTER
A VITALIDADE DA PSICANÉLISE ELE PRECISARÉ AO LONGO DO TEMPO
DEFENDER COM CORAGEM E DETERMINA ÎO CONCEITOS FUNDAMENTAIS
COMO INCONSCIENTE SEXUALIDADE RECALCAMENTO E TRANSFERÐN
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
CIA 3EM DÞVIDA AO LONGO DE SUA OBRA O PILAR CENTRAL Ï SUA CREN A NA ETIOLOGIA
INCONSCIENTE E SEXUAL DOS PADECIMENTOS PSÓQUICOS
.A BUSCA POR MELHORES RECURSOS TÏCNICOS A SEREM UTILIZADOS NA CONDU ÎO DE
UM PROCESSO DE CURA &REUD ATENDE AO INUSITADO PEDIDO DA PACIENTE
%MMY 6ON . ELA DESEJA QUE ELE A ESCUTE EM SILÐNCIO % ASSIM EXERCITANDO A
CAPACIDADE DE ESCUTA &REUD IRÉ DESCENTRANDO O ANALISTA DO LUGAR DE PODER PARA
O QUAL A HIPNOSE ACENAVA "USCA A PARTIR DE ENTÎO CADA VEZ MAIS A PARTICIPA ÎO
DE UM SUJEITO ACORDADO E ATIVO NO PROCESSO DE CONHECIMENTO DE SEU INCONSCIEN
TE !SSIM AO DAR Ì TRANSFERÐNCIA UM LUGAR DE DESTAQUE NO CENÉRIO DA CLÓNICA
&REUD REDIMENSIONA O PAPEL DO ANALISTA ABRINDO UM ESPA O ÞNICO DE ESCUTA ÌS
REPETI ÜES SINGULARES DE UMA HISTØRIA 2EVISITANDO VIA AUTO ANÉLISE SUA HISTØRIA
INFANTIL OS RECÙNDITOS MAIS ÓNTIMOS DE SEU SER &REUD TORNA SE UM GUIA AINDA MAIS
HABILITADO PARA ACOMPANHAR A VIAGEM ANALÓTICA DE SEUS PACIENTES $ESSA MANEIRA
OS CONCEITOS DA PSICANÉLISE E SUA METAPSICOLOGIA SERVIRÎO COMO INSTRUMENTOS DE
INVESTIGA ÎO E ACESSO Ì PECULIAR NATUREZA HUMANA
! PSICANÉLISE COMO TEORIA E TÏCNICA PROPÜE UM OLHAR LIVRE DE hPRÏ CONCEITOSv
PARA AS DORES DA ALMA &REUD AO REFERIR SE ÌS DOEN AS DE ETIOLOGIA
PSÓQUICA AlRMA QUE hOS LEIGOS QUE GOSTAM DE ROTULAR INmUÐNCIAS MENTAIS DESTA
ESPÏCIE COMO @IMAGINA ÎO INCLINAM SE A DEMONSTRAR POUCO RESPEITO POR DORES
DEVIDAS Ì IMAGINA ÎO EM CONTRASTE COM AS CAUSADAS POR FERIMENTOS DOEN A OU
INmAMA ÎOv !CRESCENTA AINDA QUE ISTO Ï CLARAMENTE INJUSTO POIS CONSIDERA
QUE MESMO QUE AS DORES SEJAM CAUSADAS PELA IMAGINA ÎO hELAS PRØPRIAS NÎO
SÎO MENOS REAIS NEM MENOS VIOLENTAS POR ISTOv P
&IEL A ESSE POSICIONAMENTO A RESPEITO DOS PADECIMENTOS PSÓQUICOS JÉ NOS TEXTOS
DE E UM TEMA OCUPA &REUD O TRAUMA -ARCA SE NESSE TEMPO INICIAL
UMA ESTREITA RELA ÎO ENTRE TRAUMA REALIDADE E HISTERIA %NTRETANTO Ì MEDIDA QUE
&REUD APROFUNDA SEUS ESTUDOS A CONCEP ÎO DE TRAUMA SOFRE IMPORTANTES TRANS
FORMA ÜES !SSIM AS AlRMATIVAS DELE A RESPEITO DO TRAUMA PERMITEM ENCONTRAR
INDEPENDENTEMENTE DA CLÓNICA COM O PACIENTE HISTÏRICO UMA VERDADEIRA VITALI
DADE DO CONCEITO RESULTANDO NO QUE PODE SE CHAMAR UMA TEORIA DO TRAUMA
&REUD AlRMA QUE hTRANSFORMA SE EM TRAUMA PSÓQUICO TODA
IMPRESSÎO QUE O SISTEMA NERVOSO TEM DIlCULDADE EM ABOLIR POR MEIO DE PENSA
MENTO ASSOCIATIVO OU DA REA ÎO MOTORAv P %SSE MOMENTO TEØRICO FREUDIANO
PERMITE QUE SE FA A UMA LEITURA ANTECIPADA MAS LEGITIMADA POR SEUS AVAN OS
POSTERIORES DE QUE O APARELHO PSÓQUICO TRABALHA PARA MANTER CONSTANTE EM SEU
INTERIOR A hSOMA DE EXCITA ÎOv E ALCAN A TAL CONDI ÎO NA MEDIDA QUE TRAMITA
TODO O CONSIDERÉVEL AUMENTO DE EXCITA ÎO POR VIA ASSOCIATIVA OU VIA DESCARGA
MEDIANTE UMA REA ÎO MOTORA CORRESPONDENTE
! CARTA DE DE SETEMBRO DE ESCRITA A &LIESS EXPLICITA O ABANDONO DA
TEORIA DO TRAUMA ABRINDO UM ESPA O FUNDAMENTAL PARA O CONCEITO DE FANTASIA
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
#ONSIDERA
SE QUE O ABANDONO DA IDÏIA DE UMA CENA REAL DE SEDU ÎO PARA EXPLICAR
A ETIOLOGIA DA HISTERIA NÎO PODE RESULTAR EM UMA LEITURA APRESSADA DA EXCLUSÎO
DE UMA TEORIA DO TRAUMA NA PSICOPATOLOGIA PSICANALÓTICA !LÏM DO ABANDONO DE
UMA IDÏIA DE SEDU ÎO REAL &REUD RENUNCIA Ì LINEARIDADE DA COMPREENSÎO DE UMA
PATOLOGIA / EFEITO TRAUMÉTICO NAS PRODU ÜES PSÓQUICAS EVIDENCIA A IMPOSSIBILIDA
DE DA MANUTEN ÎO DO TRAUMA UNICAMENTE VINCULADO Ì HISTERIA .UM MOVIMENTO
DE ABANDONO MAIS DO QUE NUNCA SE ABREM PORTAS PARA PENSAR A SIGNIlCA ÎO
PSÓQUICA INTERNA DOS EFEITOS DE UM TRAUMA SEJA REAL OU IMAGINÉRIO
.O ANO DE &REUD ESCREVE h!LÏM DO PRINCÓPIO DO PRAZERv %STE TEXTO NASCE
DE SUA EXPERIÐNCIA COM OS HORRORES DA GUERRA E POSSIBILITA A DESCOBERTA DE QUE
A REPETI ÎO NÎO SE DÉ APENAS NOS CAMINHOS DO PRAZER !PRESENTA SEU CONCEITO DE
COMPULSÎO Ì REPETI ÎO E TAMBÏM RESGATA ALGUMAS CONCEP ÜES SOBRE O INGRESSO
DE QUANTIDADES NO APARELHO PSÓQUICO TEMÉTICA QUE JÉ DE ALGUMA FORMA ABORDARA
NO h0ROJETO PARA UMA PSICOLOGIA CIENTÓlCAv EM
! NO ÎO DE EXCESSO ESTÉ INTIMAMENTE VINCULADA EM Ì NO ÎO DE QUAN
TIDADES QUE INVADEM O PSIQUISMO ROMPENDO A PROTE ÎO DAS PÉRA
EXCITA ÜES
/BSERVA
SE QUE &REUD AVAN A EM RELA ÎO AO QUE JÉ ANUNCIARA EM SOBRE A
DIFEREN A ENTRE DESCARGA E FUGA #ABE Ì FUGA UM RECURSO NO QUE SE REFERE AOS
ESTÓMULOS EXTERNOS JÉ QUE EM RELA ÎO AO QUE INGRESSA NO PSIQUISMO A DINÊMICA
Ï OUTRA ! INTOLERÊNCIA DO APARELHO FRENTE AO QUE O INVADE GERA UMA TENDÐNCIA A
DESPRENDER
SE DESSA SITUA ÎO POR CAMINHOS CONHECIDOS OS QUAIS FORAM ElCAZES EM
SITUA ÜES ANTERIORES .O TEXTO DE &REUD UTILIZA A METÉFORA DE UM TERRITØRIO
INVADIDO PARA EXPLICAR O QUE SE PASSA NO APARELHO PSÓQUICO QUANDO FRENTE Ì VIVÐN
CIA DE UM EXCESSO SÎO ROMPIDAS AS BARREIRAS PÉRA
EXCITA ÜES 0ODE
SE IDENTIlCAR
AÓ A RETOMADA DE SUAS CONCEP ÜES SOBRE A TEORIA DO TRAUMA !GORA &REUD NOMEIA
O TRAUMÉTICO NÎO APENAS NO TERRENO DA NEUROSE POIS AMPLIA SUA PROPOSI ÎO A
RESPEITO DO DUALISMO PULSIONAL QUE HABITA O HOMEM .A REPRODU ÎO DO CIRCUITO
PULSIONAL OBSERVA
SE A FOR A DEMONÓACA DA PULSÎO DE MORTE A REPETI ÎO SE DÉ A
PARTIR DO QUE NUNCA FOI REGISTRO DE PRAZER PARA O APARELHO PSÓQUICO
#ONSIDERA
SE SER A FOR A DESTRUTIVA DE 4ÊNATOS O MOTOR QUE IMPULSIONA AS
DIVERSAS MANIFESTA ÜES DO COMPORTAMENTO SUICIDA !SSIM ESTE ARTIGO TEM COMO
OBJETIVO APRESENTAR POR MEIO DE UMA ILUSTRA ÎO CLÓNICA AS RELA ÜES EXISTENTES
ENTRE TRAUMA DOR PSÓQUICA E ATO CONSIDERANDO
SE A OCORRÐNCIA DE UMA SITUA ÎO
DE TENTATIVA DE SUICÓDIO .ÎO SE PRETENDE AlRMAR OU DEFENDER UMA ESPÏCIE DE
EQUA ÎO QUE hEXPLIQUEv AS TENTATIVAS DE SUICÓDIO DE MODO GERAL !O CONTRÉRIO
lEL AOS ENSINAMENTOS DA PSICANÉLISE DEDICA
SE ESPECIAL CUIDADO E ATEN ÎO Ì SIN
GULARIDADE SEMPRE PRESENTE NO SOFRIMENTO HUMANO 0RETENDE
SE DESSE MODO
DESENVOLVER UM RACIOCÓNIO TEØRICO COM APLICABILIDADE CLÓNICA O QUAL DEMONS
TRA SEREM ALGUMAS SITUA ÜES DE TENTATIVAS DE SUICÓDIO RESULTANTES DE CONTEXTOS
NOS QUAIS O SUJEITO SE VÐ ACOMETIDO POR UM EXCESSO TRAUMA QUE SEU APARELHO
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
PSÓQUICO MOSTRA
SE INCAPAZ DE PROCESSAR E METABOLIZAR / MATERIAL CLÓNICO APRE
SENTADO ILUSTRA SITUA ÜES QUE VIABILIZAM PENSAR A TENTATIVA DE SUICÓDIO COMO UM
ATO RESULTANTE DA VIVÐNCIA E DA EXPERIMENTA ÎO DE INTENSA DOR PSÓQUICA .ESSA
SITUA ÎO O ATO DE MATAR
SE PARECE SER A ÞNICA VIA DE DESCARGA POSSÓVEL
%NTENDE
SE PORTANTO QUE FRENTE A ESSA TENTATIVA DE SUICÓDIO A PESSOA ENCON
TRA
SE NO TERRENO DA PSICOPATOLOGIA ! PALAVRA PATOLOGIA DERIVA DO GREGO PATHOS
QUE SIGNIlCA SOFRIMENTO E DA QUAL TAMBÏM SE DERIVAM AS PALAVRAS PAIXÎO E PAS
SIVIDADE "%2,).#+ ! INTER
RELA ÎO ENTRE ESTES TRÐS SENTIDOS DA PALAVRA
PATHOS PARECE DESTACAR
SE NA SITUA ÎO DE UMA TENTATIVA DE SUICÓDIO QUE SE PRETENDE
ILUSTRAR !O CONSIDERAR
SE A TENTATIVA DE SUICÓDIO COMO UM ATO DECORRENTE DA FOR A
DO TRAUMÉTICO QUE RESULTA NA INCAPACIDADE DE DAR lGURABILIDADE Ì DOR PSÓQUICA
DESTACA
SE A DINÊMICA SINGULAR DE UM ATO "USCA
SE COMPREENDER A RELA ÎO ENTRE
SOFRIMENTO PAIXÎO EXCESSO E PASSIVIDADE CONSIDERANDO O TEMA DO TRAUMA E
SEUS EFEITOS NO PSIQUISMO 0ROPÜE
SE ENTÎO COMO TEMA CENTRAL DESTE ARTIGO A
COMPREENSÎO DESTA SITUA ÎO NA QUAL FRENTE Ì A ÎO DO TRAUMÉTICO A AUSÐNCIA DE
PALAVRAS PROVOCADA PELA FOR A DO IRREPRESENTÉVEL LEVA O INDIVÓDUO A UM ATO DE
TENTAR DAR lM Ì PRØPRIA VIDA / PRElXO PSICO ACRESCIDO DA PALAVRA PATOLOGIA ALUDE
A ESSA DIMENSÎO DE EXCESSO RELACIONADA AO QUE Ï PARA O APARELHO PSÓQUICO DE
DIFÓCIL OU IMPOSSÓVEL ELABORA ÎO
#ONFORME "ERLINCK QUANDO PATHOS ACONTECE hALGO DA ORDEM DO EX
CESSO DA DESMESURA SE PÜE EM MARCHA SEM QUE O EU POSSA SE ASSENHOREAR DESSE
ACONTECIMENTO A NÎO SER COMO PACIENTE COMO ATORv P ! DESMESURA DE
PATHOS ALUDE A ALGO QUE EXCEDE QUE VAI ALÏM DO POSSÓVEL DE SER SUPORTADO !SSIM
ENTENDE
SE SER PERTINENTE PROPOR UMA ARTICULA ÎO ENTRE A NO ÎO DE PATOLOGIA E
UMA SITUA ÎO DE INVASÎO DE INTENSIDADES DECORRENTES DO TRAUMÉTICO NO TERRITØRIO
PSÓQUICO %NTENDE
SE SER A hPATOLOGIAv UM PROCESSO QUE ENVOLVE SEMPRE A NO ÎO
DE TEMPORALIDADE NA MEDIDA QUE ALUDE AO OCORRIDO ANTES REMETE Ì SUCESSÎO DE
FATOS E A ACONTECIMENTOS IMPORTANTES NA VIDA DA PESSOA ! PARTIR DESSES FATOS
DESSA LINHA DE TEMPORALIDADE OCORREM AS DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO
DAS POSSÓVEIS SITUA ÜES DE CONmITO PSÓQUICO &)3#("%).
$IFERENTE DE UMA PROPOSTA DE CURA DA MEDICINA QUE VISA RESTABELECER UM
ESTADO ANTERIOR OU SEJA VISA RETORNAR A UM ESTADO ANTES SAUDÉVEL NA CURA PSI
CANALÓTICA SE SÎO COLOCADOS OBJETIVOS TERAPÐUTICOS ESSES APONTAM SEGUNDO
(ORNSTEIN hA ALGO QUE ANTES NÎO EXISTIA A NÎO SER EM FORMA POTENCIAL
O PROJETO TERAPÐUTICO TEM A VER DE FATO COM O DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALI
DADES QUE AS INIBI ÜES SINTOMAS E ESTEREØTIPOS CARACTERIAIS DO PACIENTE HAVIAM
DIMINUÓDOv P !CREDITA
SE QUE EM ALGUMAS SITUA ÜES DE TENTATIVAS DE SUI
CÓDIO CONSIDERANDO
SE A ESCUTA ANALÓTICA TRATA
SE EXATAMENTE DO QUE MENCIONA
O AUTOR ! ESCUTA DO ATO DA TENTATIVA DE SUICÓDIO PODE AJUDAR O SUJEITO A CRIAR
EOU DESENVOLVER SUA POTENCIALIDADE SIMBØLICA 0ORTANTO PARTE
SE DO PRESSU
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
POSTO DE QUE O QUE Ï DESCARREGADO NO ATO DE TENTAR ACABAR COM A PRØPRIA VIDA
TEM ÓNTIMA RELA ÎO COM UM EXCESSO DERIVADO DE VIVÐNCIAS TRAUMÉTICAS ÌS QUAIS
NÎO FOI POSSÓVEL DAR UMA ATRIBUI ÎO DE SENTIDO OU OBTER UMA CAPTURA NO MUNDO
REPRESENTACIONAL DO SUJEITO
/ CASO DE TENTATIVA DE SUICÓDIO ABORDADO NESTE ARTIGO CIRCUNSCREVE
SE A UM
MODELO NO QUAL A VIVÐNCIA TRAUMÉTICA IMPRIME
SE COMO UMA MARCA A FERRO E FOGO
QUE IMPÜE UMA REPETI ÎO CEGA / QUE SE REPETE Ï A INTENSIDADE NÎO QUALIlCADA
OU SIMBOLIZADA !SSIM A TENTATIVA DE SUICÓDIO COMO SAÓDA PÜE EM EVIDÐNCIA
UM ATO QUE PRECISA SER ESCUTADO E HISTORIZADO !O BUSCAR A PRØPRIA MORTE O
SUJEITO CONVOCA O ANALISTA A UMA ESCUTA DO QUE ESTÉ ALÏM DO DESEJO RECALCADO
DA NEUROSE 4RATA
SE DE UMA ESCUTA DA URGÐNCIA POIS SE SABE DA POSSIBILIDADE
DE QUE FRENTE A UM FRACASSO DE UMA TENTATIVA OUTRA PODERÉ VIR A OCORRER /
ATO SUICIDA EXPLICITA UM FRACASSO NO PROCESSAMENTO PSÓQUICO DE INTENSAS CARGAS
AFETIVAS +./",/#( &)3#("%). '%2%:
!-"%24).
! TENTATIVA DE SUICÓDIO PODE RESULTAR EM UMA SITUA ÎO SEM PONTO DE RETORNO
7ERLANG E "OTEGA ALERTAM SOBRE O FATO DE QUE A DAS PESSOAS
QUE ACABAM SE MATANDO JÉ HAVIAM TENTADO O SUICÓDIO ANTES 0ORTANTO SEGUNDO
OS AUTORES A EXISTÐNCIA DE UMA TENTATIVA DE SUICÓDIO MOSTRA A PROBABILIDADE DE
QUE UM SUICÓDIO VENHA REALMENTE A OCORRER
/ EIXO TEØRICO DA PROPOSI ÎO DE SER A TENTATIVA DE SUICÓDIO UM ATO
DOR
PODE SER INFERIDO DO TEXTO DE DE &REUD NO QUAL O CONCEITO DE TRAUMA
Ï RECUPERADO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA DO VIOLENTO DO INTRUSIVO QUE GERA
UMA DEMANDA SIGNIlCATIVA DE PROCESSAMENTO PSÓQUICO -AIS DO QUE COLOCAR
EM PAUTA UMA DISCUSSÎO ENTRE TRAUMA REAL E FANTASIA EVIDENCIA
SE A PARTIR
DISSO A NECESSIDADE DE PENSAR A PARTIR DA PERSPECTIVA DO SUJEITO NO EFEITO DO
EXCESSO QUE O INVADE .ESTA LINHA DE PENSAMENTO ALINHA
SE ESTE ARTIGO 4RA
TA
SE DE PROPOR A INTER
RELA ÎO EXISTENTE ENTRE VIVÐNCIAS DE EXCESSO PORTANTO
TRAUMÉTICAS DOR PSÓQUICA E ATO $EVIDO Ì IMPOSSIBILIDADE DE UM PROCESSO DE
SIMBOLIZA ÎO DESSAS QUANTIDADES O TRAUMÉTICO NÎO ENCONTRA MEIOS DE METABO
LIZA ÎO PSÓQUICA ! OPERA ÎO QUE FALHA Ï A DA SIMBOLIZA ÎO
.O PRESENTE TRABALHO PARTE
SE DE CONSIDERA ÜES A RESPEITO DA MAGNITUDE DO
TRAUMÉTICO CONFORME PROPOSTO POR &REUD EM SEU TEXTO DE hUM
ACONTECIMENTO COMO UM TRAUMA EXTERNO ESTÉ DESTINADO A PROVOCAR UM DISTÞRBIO
EM GRANDE ESCALA NO FUNCIONAMENTO DA ENERGIA NO ORGANISMO E A COLOCAR EM
MOVIMENTO TODAS AS MEDIDAS DEFENSIVAS POSSÓVEISv P 0ORTANTO PROPÜE
SE
SER A TENTATIVA DE SUICÓDIO NAQUELAS SITUA ÜES NAS QUAIS SE ENCONTRA NA HISTØRIA
DE VIDA DO SUJEITO UM CONTEXTO DE PREDOMÓNIO DO TRAUMÉTICO UMA FORMA DE DAR
VAZÎO A ESSE EXCESSO VIA ATO DE TENTAR TIRAR A PRØPRIA VIDA !PRESENTA
SE UMA ILUS
TRA ÎO CLÓNICA A PARTIR DA QUAL SE PRETENDE TRABALHAR A INTER
RELA ÎO EXISTENTE ENTRE
TRAUMA DOR PSÓQUICA E ATO ASSIM COMO APRESENTAR O CONCEITO DE ATO
DOR
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
-/2&).! % $/2 03°15)#!
/ CASO A SER APRESENTADO INTEGROU UMA INVESTIGA ÎO MAIS AMPLA A RESPEITO DA
HISTØRIA DE VIDA DE TENTADORES DE SUICÓDIO E SUA MOTIVA ÎO PARA COMETER TAL ATO /
MATERIAL CLÓNICO QUE SERÉ AQUI PARCIALMENTE EXPOSTO DERIVOU
SE DE UM CONJUNTO
DE ENTREVISTAS REALIZADAS COM 'ERUSA POR OCASIÎO DE SUA INTERNA ÎO HOSPITALAR
POR TENTATIVA DE SUICÓDIO
'ERUSA TEM ANOS E Ï A PRIMEIRA lLHA DE SEUS PAIS %STÉ PRESTES A CONCLUIR
O CURSO SUPERIOR NA ÉREA DAS CIÐNCIAS HUMANAS 3UA INFÊNCIA FOI TUMULTUADA
DEVIDO AO ALCOOLISMO PATERNO E A VIOLENTAS BRIGAS NO NÞCLEO FAMILIAR /S RELA
CIONAMENTOS FAMILIARES GIRAVAM EM TORNO DE BRIGAS POR CIÞMES DESCONlAN A E
AMEA AS DE MORTE 3EUS RELACIONAMENTOS AMOROSOS SEMPRE FORAM ÌS ESCONDIDAS
TENDO ROMPIDO HÉ POUCO TEMPO UM NAMORO DE QUATRO ANOS APARENTEMENTE
SEM MAIORES DIlCULDADES 3UA PRIMEIRA TENTATIVA DE SUICÓDIO FOI POR INGESTÎO DE
MEDICAMENTOS SENDO A SEGUNDA A MAIS GRAVE POR INGESTÎO DE MORlNA
/ TRAUMÉTICO ADENTRA SUA HISTØRIA DESDE A INFÊNCIA 1UANDO TINHA CERCA DE
DOIS ANOS E MEIO NASCEU SEU IRMÎO 3OBRE ESTE FATO CONTA
h,EMBRO QUANDO MEU IRMÎO NASCEU 2ASGUEI TODO O MEU VESTIDO / PAI E A MÎE FORAM EMBORA E EU lQUEI
ALI NINGUÏM ME EXPLICOU NADA NÎO SABIA ONDE ESTAVA O NENÐ NADA %U RASGUEI TODO O VESTIDO ME LEMBRO
BEM DA CENA ! MÎE CONTA QUE NAQUELA SEMANA EU lQUEI BEM SENSÓVEL QUERIA CHAMAR A ATEN ÎO E O MEU
PAI ME BATEU %U TINHA UNS ATAQUES ASSIM QUANDO EU lCAVA BRABA EU BATIA A CABE A NO CHÎO ESPERNEAVA
.ÎO CHEGAVA A ME MACHUCAR 3Ø BATIA A CABE A NO CHÎO GRITAVA !OS POUCOS IA ME ACALMANDO -AS MEU
PAI PERDEU A PACIÐNCIA E ME DEU UMA SURRA QUE ERA PARA NUNCA MAIS EU FAZER AQUILO ! MÎE CONTA QUE EU
NUNCA lZ MAIS AÓ COMECEI A TER ASMAv
.A DINÊMICA DOS FATOS RELATADOS 'ERUSA ANUNCIA O DESTINO QUE TERÉ O QUE NÎO
PUDER SER PROCESSADO PSIQUICAMENTE 3E NÎO PODE REPRESENTAR VIA PALAVRAS O QUE
A ATACA INTRAPSIQUICAMENTE FRENTE AO NASCIMENTO DO IRMÎO PASSA A MANIFESTAR NAS
CRISES DE ASMA O QUE LHE Ï DE INDESCRITÓVEL SENTIDO ! CRISE DE ASMA ESTÉ ASSOCIADA
NO CONTEXTO MÏDICO A UMA IMPOSSIBILIDADE DE EXPIRAR /U SEJA O PACIENTE COM
ASMA RETÏM O QUE INSPIRA NÎO CONSEGUINDO TRANSFORMAR OXIGÐNIO EM GÉS CAR
BÙNICO #/ &AZENDO UMA ANALOGIA 'ERUSA NA IMPOSSIBILIDADE DE DESFAZER
SE
DO QUE A ATACAVA POR DENTRO O EFEITO DO TRAUMÉTICO MUTILA
SE PSIQUICAMENTE
%LA NÎO CONSEGUE ENCONTRAR RECURSOS NAS PALAVRAS &ICA SEM PODER hTROCARv COM
O AMBIENTE QUE A CIRCUNDA E hTRANSFORMAv DOR EM ASMA &RENTE Ì DESAUTORIZA ÎO
PATERNA lCA INVADIDA POR UM EXCESSO E SUBMETIDA lSICAMENTE A UMA DOEN A
.ESSE SENTIDO O TERMO PATHOS MOSTRA A DESMESURA QUE SE hNOMEIAv EM ATO E NÎO
EM PALAVRA / EXCESSO Ï UM COMPANHEIRO NO DIA
A
DIA DE 'ERUSA
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
h-EU PAI ERA ALCOOLISTA E UM HOMEM MUITO VIOLENTO %LE NÎO BATIA MAS DIZIA COISAS QUE MAGOAVAM E
MACHUCAVAM MUITO %RA MUITO CASTRADOR EU NÎO PODIA FAZER NADA TER AMIGOS SAIR TER NAMORADOS %LE
NÎO DEIXAVA lCAVA COM CIÞMES %RA BEM DIFÓCIL TINHA UM GÐNIO VIOLENTO 1UANDO BEBIA lCAVA PIOR MAS
MESMO SEM BEBER NÎO ERA FÉCILv
/ INÓCIO DE SUA ADOLESCÐNCIA PROVOCOU SEGUNDO A PRØPRIA 'ERUSA UMA
IMPORTANTE MUDAN A NO VÓNCULO JÉ FRÉGIL COM SEU PAI / PAI SE AFASTOU FÓSICA E
AFETIVAMENTE DELA PASSANDO A CONTROLAR SUAS SAÓDAS E AMIZADES 'ERUSA SENTIA SE
MUITO TRISTE POR NÎO PODER SAIR E FAZER AS COISAS DE QUE GOSTAVA 3UA ROTINA SE
RESTRINGIA A IR DA CASA PARA O COLÏGIO E DO COLÏGIO PARA CASA !CABAVA OBEDECENDO
AO PAI POR MEDO DE SEU GÐNIO VIOLENTO INDEPENDENTEMENTE DA BEBIDA
h%RA DIFÓCIL PORQUE MUITAS VEZES EU QUERIA IR E NÎO ACHAVA JUSTO ELE ME PROIBIR EU NÎO PODER FAZER AS
MINHAS COISAS -AS AÓ SE CRIAVA TODO UM PROBLEMA DENTRO DE CASA 0OR OUTRO LADO EU ME SENTIA MEIO QUE
CULPADA DE ESTAR CRIANDO BRIGA DENTRO DE CASA COM A MINHA MÎE COM O MEU IRMÎO SENDO QUE MUITAS
VEZES EU ACABAVA FAZENDO ESCONDIDOv
3EU TEMOR ERA COMPROVADO NA REALIDADE COM O COMPORTAMENTO PATERNO .ÎO
SE TRATAVA DE FANTASIAS EM RELA ÎO A UM PAI CIUMENTO MAS SIM DE EXPERIMENTAR
FATOS REAIS DE VIOLÐNCIA
h5MA VEZ EU BRIGUEI COM ELE PORQUE CHEGUEI UM POUCO MAIS TARDE EM CASA E ELE TINHA UMA ARMA ESTAVA
NO MEIO DA SALA COM A ARMA;= 5MA VEZ A GENTE BRIGOU E ELE VEIO PARA CIMA DE MIM ME BATEU E EU
TIVE UMA LUXA ÎO NO DEDO -EU IRMÎO VEIO ME DEFENDER ELE PEGOU A ARMA E AMEA OU MEU IRMÎO 3E A
GENTE DEIXASSE A COISA CHEGAVA AO EXTREMO ;= 3E A GENTE DESAlASSE ELE ELE PEGAVA A ARMA %NTÎO EU
lCAVA QUIETAv
! RELA ÎO COM A MÎE SEGUNDO 'ERUSA ERA MELHOR 0ORÏM APØS UMA MARCANTE
SITUA ÎO DE VIOLÐNCIA DO PAI PARA COM A ESPOSA E FRENTE Ì RECUSA DESTA EM MAN
TER SE SEPARADA DELE 'ERUSA PASSA A TER TAMBÏM DIlCULDADES NO RELACIONAMENTO
COM A MÎE %XPRESSA CLARAMENTE NÎO ENTENDER A MANUTEN ÎO DO CASAMENTO
POR PARTE DELA 0ERCEBE SE NESSE MOMENTO A DESESTABILIZA ÎO DE UM VÓNCULO DE
CONlAN A E APOIO ENTRE AMBAS ! VIOLÐNCIA DO PAI QUE TINHA SEGUNDO 'ERUSA
A MÎE COMO ALVO PRINCIPAL NO QUE DIZ RESPEITO NÎO APENAS A AMEA AS DE MORTE
MAS TAMBÏM A DESCONlAN AS DE TRAI ÎO EVIDENCIA NÎO SE TRATAR DE UM CIÞME
NEURØTICO 0ELO CARÉTER QUASE PERSECUTØRIO E DELIRANTE DAS FANTASIAS PATERNAS DE
TRAI ÎO ASSIM COMO PELA VIOLÐNCIA DESMEDIDA INSINUAM SE POSSÓVEIS FANTASIAS
E DESEJOS HOMOSSEXUAIS DESTE HOMEM &REUD MENCIONA O CASO DE
UM PACIENTE QUE SENTIA INTENSOS CIÞMES DA ESPOSA $ESCREVE O MODO COMO ESSE
HOMEM VIGIAVA hA MENTE INCONSCIENTE DE SUA ESPOSAv P INTERPRETANDO SEUS
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
ATOS MAIS CASUAIS COMO CONlRMA ÜES DE TRAI ÎO &REUD AO TRA AR
UM PARALELO ENTRE A AMBIVALÐNCIA DA PARANØIA E O CIÞME EXCESSIVO CONSIDERA
QUE A hAMBIVALÐNCIA SERVE ASSIM PARA O PARANØICO AO MESMO OBJETIVO QUE O
CIÞME SERVIA AO MEU PACIENTE O DE UMA DEFESA CONTRA O HOMOSSEXUALISMOv
P 3ERIA ESSA UMA HIPØTESE TAMBÏM VIÉVEL NO CASO DO PAI DE 'ERUSA PELA
FREQàÐNCIA E CARACTERÓSTICA DE REPETI ÎO NAS CENAS DE INTENSOS CIÞMES QUE TINHA
NA RELA ÎO COM A ESPOSA E COM A lLHA
3OBRE O IRMÎO 'ERUSA CONTA QUE HÉ POUCO TEMPO OBTEVE DELE MESMO
A CONlRMA ÎO DAS SUSPEITAS A RESPEITO DE SUA HOMOSSEXUALIDADE -ENCIONA
QUE SEUS PAIS SEMPRE lZERAM DE CONTA QUE NÎO SABIAM O QUE SE PASSAVA COM
O IRMÎO
h! GENTE SEMPRE SE DEU BEM 0ASSAMOS POR MUITAS COISAS JUNTOS E COMO SOMOS IRMÎOS Ï DIFERENTE ! MÎE
VIVEU TAMBÏM MAS Ï MÎE %LE Ï GAY MAS MINHA MÎE NÎO SABE -ELHOR ELA NÎO QUER SABER .ÎO Ï QUE ELE
ESCONDA SØ NÎO VÐ QUEM NÎO QUER 4ODO MUNDO NO TRABALHO DELE SABE /S AMIGOS DELE VÎO LÉ EM CASA ELE
TEM AMIGOS BEM AFEMINADOS %LA NÎO ACEITA DE JEITO NENHUM %LE VAI Ì PARADA GAY E MOSTRA AS FOTOS ³
TAPAR O SOL COM A PENEIRA %LA ME DÉ UMAS INDIRETAS PERGUNTA QUE TIPO DE lGURA MATERNA ELE TERIA MAS
O QUE ELA QUER Ï QUE EU CONlRME QUE ELE NÎO Ï GAY %U NÎO FALO NADA / PAI TAMBÏM NÎO SABIA NÎO SABIA
COMO A MÎE NÎO QUER SABER 1UANDO IA ALGUMA AMIGA DELE LÉ EM CASA ELES lCAVAM FELIZES E ALIVIADOSv
!PESAR DA BOA RELA ÎO QUE DEMONSTRA TER COM O IRMÎO PERCEBE SE NO RELATO
DE 'ERUSA QUE AMBOS ACABAM SE ENCONTRANDO POUCO SENDO QUE !NDRÏ TEM
ATUALMENTE UMA VIDA AINDA MAIS DISTANCIADA DE 'ERUSA E DA MÎE .A MEDIDA
QUE ELA CONTA FATOS DE SUA INFÊNCIA E DE SUA ADOLESCÐNCIA lCA EVIDENTE O QUANTO
ELA E SEU IRMÎO SE APROXIMAVAM PELO TEMOR DE QUE ALGO DE TERRÓVEL ACONTECESSE
DEVIDO AO CARÉTER VIOLENTO DO PAI
#OM ANOS 'ERUSA FAZ SUA PRIMEIRA TENTATIVA DE SUICÓDIO )NGERE GRANDE
QUANTIDADE DE REMÏDIOS MAS ASSUSTADA COM A FORTE TAQUICARDIA ACABA PEDINDO
AJUDA Ì MÎE E AO IRMÎO SENDO LEVADA Ì EMERGÐNCIA DE UM HOSPITAL ,EMBRA
h-INHA MÎE lCOU BEM NERVOSA MEU PAI ESTAVA TÎO ALCOOLIZADO QUE NEM VIU NADA lCOU DORMINDO %U NÎO
TINHA VONTADE PRØPRIA ;= O MEU PAI CONTINUAVA DAQUELE JEITO NÎO PODIA IR Ì CASA DAS MINHAS AMIGAS
NÎO TINHA NINGUÏM PARA CONVERSAR &IM DE SEMANA NÎO PODIA POIS TINHA QUE lCAR ESTUDANDO E FAZENDO OS
TRABALHOS /S E OS ANOS FORAM BEM DIFÓCEIS ;= -AS AÓ EU PENSEI EM IR AO PSIQUIATRA TODA VEZ QUE
ELE VIA QUE EU IA AO PSIQUIATRA ME DIZIA QUE EU ERA LOUCAv
3ER NOMEADA COMO LOUCA DEIXA 'ERUSA AINDA MAIS SEM POSSIBILIDADE DE
ENXERGAR UM CAMINHO DE ESPERAN A "USCAR AJUDA Ï ADQUIRIR A CONDI ÎO DE
LOUCA #OM OUTRA ILUSTRA ÎO CONTA O MODO COMO hRESOLVIAv E EXPLICITAVA SUA
INDIGNA ÎO OU RAIVA 0OR NÎO QUERER DEBUTAR CONFORME DESEJO PATERNO ELA CORTA
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
TODO SEU LONGO CABELO !CABA POR DEBUTAR DE CABELO CURTO COM UMA IMAGEM
DESPERSONALIZADA DA FEMINILIDADE CUJO EXERCÓCIO SE DÉ SEMPRE ÌS ESCONDIDAS OU
NO TERRITØRIO DA DOR 0RECISA FAZER UM ESFOR O FRENTE ÌS POUCAS AMIGAS QUE VÎO
ATÏ SUA CASA PARA QUE NÎO PERCEBAM O AMBIENTE FAMILIAR .ESSAS OCASIÜES O PAI
MOSTRAVA
SE AMÉVEL NA FRENTE DOS OUTROS MAS SE ALGO O DESAGRADASSE QUANDO
ESTAVAM A SØS AS AMEA AS VOLTAVAM
!O ABORDAR O ASPECTO IMPERATIVO DE SILENCIAR SOBRE O TRAUMÉTICO -AIA
CONSIDERA QUE A SOLIDÎO DO SILÐNCIO FAZ COM QUE O OCORRIDO NÎO POSSA SER INS
CRITO NUM REGISTRO DE SIGNIlCA ÜES A lM DE OCUPAR UM ESPA O DE PASSADO PARA
CHEGAR A UM POSTERIOR ESQUECIMENTO 0ORTANTO ESSA ESPÏCIE DE hBURACO NEGROv
NOMEADO PELA AUTORA PASSA A FUNCIONAR COM UMA FOR A DE ATRA ÎO 0OR ISSO NO
TERRENO DO TRAUMÉTICO NÎO SE ESTÉ DESCREVENDO UM PROCESSO DE RECALCAMENTO
MAS SIM DE CLIVAGEM
!O TRABALHAR AS PROPOSI ÜES DE &REUD A RESPEITO DA CISÎO DO EU )CHSPALTUNG E
DA DEFESA DENOMINADA POR &REUD DE DESMENTIDO 6ERLEUGNUNG &IGUEIREDO
TRAZ UMA IMPORTANTE CONTRIBUI ÎO / AUTOR PROPÜE QUE 6ERLEUGNUNG SEJA NOMEADA
COMO DESAUTORIZA ÎO ! DESAUTORIZA ÎO SEGUNDO &IGUEIREDO NEGA A AUTORIZA ÎO
PARA QUE UM EPISØDIO DE RUPTURA SE INSCREVA NO CAMPO DA EXPERIÐNCIA DO SU
JEITO E QUE ESTE SUJEITO SE CONVERTA EM AUTOR DESTA EXPERIÐNCIA .O PROCESSO DE
DESAUTORIZA ÎO hO QUE SE RECUSA NÎO Ï UMA DADA PERCEP ÎO MAS O QUE VEM OU
VIRIA DEPOIS DELA SEJA COMO UMA PERCEP ÎO QUE A PRIMEIRA TORNA POSSÓVEL UMA
POSSIBILIDADE DE SIMBOLIZA ÎO UMA CONCLUSÎO LØGICA APARENTEMENTE NECESSÉRIA
OU UMA LEMBRAN A QUE A PERCEP ÎO PODE ATIVARv 4RATA
SE ENTÎO DE IMPEDIR
VIA DESAUTORIZA ÎO hQUE O QUE SE VÐ LEVE O PSIQUISMO AO QUE PODERIA INFERIR
DAQUILO QUE FOI VISTOv P
0ARA &ERENCZI A Ï EXATAMENTE A IMPOSSIBILIDADE DE REPRESENTAR
O OCORRIDO QUE TORNA O TRAUMÉTICO PATOGÐNICO !O MESMO TEMPO QUE BUSCA
PROTEGER
SE DESSA MANEIRA O SUJEITO DENUNCIA SUA FRAGILIDADE PSÓQUICA ! VIVÐN
CIA TRAUMÉTICA lCA EXCLUÓDA DE UM CONTEXTO SIGNIlCATIVO 3EGUNDO &ISCHBEIN
hA TENDÐNCIA Ì DESCARGA E AO ATO SÎO OS ELEMENTOS BÉSICOS QUE OBSERVAMOS
NAQUELES ESTADOS NOS QUAIS O SUJEITO REPUDIA A DOR DE RECONHECER SEUS LIMITES E
CARÐNCIAS 3ÎO ESTADOS DE REPÞDIO DAS REPRESENTA ÜES QUE DÎO lGURABILIDADE Ì
DOR PSÓQUICAv P
.A HISTØRIA DE 'ERUSA ESSE ASPECTO ESTÉ PRESENTE EM SEUS RELATOS SOBRE A
MORTE DE PESSOAS DA FAMÓLIA
h&IQUEI PENSANDO SOBRE ESSA COISA QUE EU TENHO COM O MEU PAI %LE JÉ FALECEU E EU NÎO CONSIGO SENTIR SABE
% COM A MORTE DA MINHA VØ A MESMA COISA ACONTECEU ;= -AS EU ACHAVA QUE ERA POR EU NÎO CONVIVER
COM ELA TODO O DIA ;= % COM MEU TIO TAMBÏM FOI A MESMA COISA % EU FUI NO ENTERRO DOS DOIS ! VØ
INCLUSIVE CHEGUEI A VER QUANDO ELA ESTAVA MAL NA 54) 6I ELA MORTA DEPOIS QUANDO ARRUMARAM ELA
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
QUANDO VESTIRAM ELA PREPARARAM ELA %U NÎO ESTAVA JUNTO MAS EU VI ;= %U CHOREI MAS PARECIA QUE ERA
UMA COISA NATURAL SABE % A VØ MORREU ASSIM NINGUÏM ESPERAVA QUE ELA FOSSE FALECERv
%M O PAI DE 'ERUSA TEM O DIAGNØSTICO DE CÊNCER NA LARINGE &AZ O
TRATAMENTO APARENTEMENTE COM CERTO SUCESSO MAS SURGE UM NOVO CÊNCER NO
PULMÎO EM JANEIRO DE / ESTADO DE SAÞDE DELE PIORA CONSIDERAVELMENTE ATÏ
SER DESENGANADO PELOS MÏDICOS 'ERUSA ENVOLVE
SE MUITO NOS CUIDADOS COM O
PAI SENDO QUE REVEZA SUAS ATIVIDADES DE ESTÉGIO DA FACULDADE COM PERÓODOS NO
HOSPITAL CUIDANDO DELE APØS UM LONGO TRATAMENTO EM CASA .ESTA MESMA ÏPOCA
ROMPE UM NAMORO DE QUATRO ANOS 3ENTE
SE POUCO APOIADA PELO NAMORADO NA
SITUA ÎO DE MORTE IMINENTE DO PAI %STE ROMPIMENTO NÎO FOI APARENTEMENTE
DIFÓCIL PARA ELA POIS RELATA QUE HÉ TEMPOS SE SENTIA DISTANTE DELE 0ERCEBIA
O MUITO
OCUPADO COM SUAS PRØPRIAS COISAS E SENTIA
SE POUCO CONSIDERADA POR ELE 0ORÏM
DESDE JANEIRO DE POR SENTIR
SE CANSADA E MUITO DESANIMADA 'ERUSA BUSCA
DE NOVO AJUDA PSIQUIÉTRICA
%M AGOSTO DE NA FASE TERMINAL DA DOEN A PATERNA 'ERUSA NO HOSPI
TAL TEM UMA DISCUSSÎO COM A MÎE QUE DESENCADEIA SUA SEGUNDA TENTATIVA DE
SUICÓDIO
h&OI MUITO UMA SOLU ÎO EU ESTAVA MUITO CANSADA MUITO ESTRESSADA / ESTOPIM FOI QUANDO QUE EU BRIGUEI
COM A MÎE NO HOSPITAL .ØS BRIGAMOS POR CAUSA DE UM CREME %U COMENTEI QUE TINHA UM CREME QUE ESTAVA
EM PROMO ÎO E QUE A MINHA TIA ESTAVA VENDENDO NO HOSPITAL $AÓ ELA ME CHAMOU DE CONSUMISTA QUE EU
ESTAVA NUM HOSPITAL QUE TUDO ERA BARATINHO PARA MIM COME OU A ME DIZER UM MONTE DE COISAS ;= %LA
DIZIA QUE A MINHA FACULDADE JÉ ERA CARA QUE ELA NÎO SABIA COMO A GENTE IA lCAR DE PENSÎO DEPOIS QUE O MEU
PAI FALECESSE % EU ME SENTI ASSIM UM CHEQUE DINHEIRO TUDO QUE EU FAZIA PARECIA QUE NÎO TINHA VALOR
NENHUM %U ME SENTI UM NADA %U SAÓ DO HOSPITAL E QUANDO CHEGUEI EM CASA TUDO QUE ELA FALOU ESTAVA NA
MINHA CABE A ,EMBRO QUE TENTEI LIGAR PARA O MEU TERAPEUTA MAS NÎO CONSEGUI FALAR COM ELE ;= %STAVA
PRECISANDO FALAR COM ALGUÏM MAS SABIA QUE NINGUÏM IA ESTAR EM CASA DAÓ FUI PARA A COZINHA E VI OS VIDROS
DE MORlNA QUE ERAM DO PAI ;= %U TOMEI TUDO QUE TINHA ERAM SEIS VIDROS $EPOIS QUE TOMEI DEITEI E
APAGUEI RAPIDINHO 3Ø LEMBRO DE UMAS VOZES NO HOSPITAL ME CHAMANDO 0ERDI TOTALMENTE A NO ÎOv
! TENTATIVA DE SUICÓDIO DE 'ERUSA Ï CONSIDERADA MUITO GRAVE PELOS MÏDICOS
&ICA DEZ DIAS NA 54) CORRENDO RISCO DE VIDA POR SÏRIOS PROBLEMAS RESPIRATØRIOS E
UMA PARADA CARDIOVASCULAR 0RECISA DE VENTILA ÎO MECÊNICA E CUIDADOS ESPECIAIS
3AI DA 54) MAS SEU ESTADO DE SAÞDE EXIGE A PERMANÐNCIA DE MAIS DIAS DE
HOSPITALIZA ÎO 3EU PAI VEM A FALECER EXATAMENTE NO PERÓODO DE SUA INTERNA ÎO
#ONTA QUE QUANDO PEQUENA REZAVA PARA O PAI MORRER POIS ACHAVA QUE ESSA
ERA A ÞNICA FORMA DE TEREM PAZ DENTRO DE CASA / PAI ESTAVA APOSENTADO DESDE
QUE ELA TINHA ANOS E lCAVA DURANTE O DIA EM CASA COM OS lLHOS ALCOOLIZADO
ENQUANTO A ESPOSA TRABALHAVA
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
h! GENTE TINHA MUITA RAIVA POR CAUSA DA SITUA ÎO TODA QUE ESTAVA ACONTECENDO -UITAS VEZES A GENTE
PENSAVA QUERIA QUE ELE MORRESSE MESMO ,EMBRO QUE NÎO QUERIA QUE ELE PARASSE DE BEBER PORQUE EU PENSAVA
QUE POR UM LADO ATÏ ERA BOM POIS ASSIM ELE MORRE MAIS CEDO ! GENTE SEMPRE TINHA A IMPRESSÎO QUE ERA
SØ ELE MORRENDO PORQUE A MÎE TENTOU SE SEPARAR UMA VEZ E SE ELA SE SEPARASSE DELE ELE IA MATAR ELA E IA
ACABAR ACONTECENDO ALGUMAS OUTRAS COISAS QUE ELA TINHA MEDO %NTÎO PARECIA QUE ESSA ERA A ÞNICA SOLU ÎO
1UE ELE MORRESSE MESMO ERA ISSO QUE A GENTE COMENTAVA DELE % QUANDO ELE PARAVA DE BEBER PARECIA SER
PIOR PORQUE ELE lCAVA INSUPORTÉVELv
#OMO 'ERUSA NÎO ACOMPANHA A MORTE DO PAI SENTE SE CONFUSA EM RELA ÎO
AO OCORRIDO
h%STÉ TUDO BEM MISTURADO ³ ESTRANHO PORQUE QUANDO EU ESTAVA NO HOSPITAL ELE MORREU %U NÎO CONSIGO
SENTIR QUE ELE MORREU Ï ESQUISITO ;= .ÎO ACOMPANHEI QUANDO ELE MORREU ENTÎO Ï ESTRANHO NÎO CON
SIGO SENTIR !TÏ CONVERSO COM MÎE MAS Ï MEIO ESTRANHO ;= 1UANDO EU SOUBE O QUE TINHA ACONTECIDO
A PRIMEIRA COISA QUE EU SENTI FOI UM ALÓVIO %U SABIA QUE ELE NÎO ESTAVA SOFRENDO MAIS ELE JÉ ESTAVA UM
CORPINHO PEQUENO !O MESMO TEMPO ME DÉ UM ALÓVIO ALIVIO PORQUE TIPO ISSO FOI MUITO MARCANTE NA
MINHA PERSONALIDADE SABE v
! CLIVAGEM PROTEGE 'ERUSA DE UMA INVASÎO DE SENTIMENTOS MAS DEIXA
A
NO TERRENO DA DOR / CONCEITO DE CLIVAGEM AQUI Ï UTILIZADO NO SENTIDO QUE
LHE ATRIBUI -AIA 0ARA A AUTORA A CLIVAGEM ESTÉ RELACIONADA NOS TEXTOS
DE &REUD A UM MOVIMENTO DE RECUSA %SSA RECUSA hABRE A POSSIBILIDADE DE QUE
POSSAM COEXISTIR NO EGO DUAS ATITUDES PSÓQUICAS DIFERENTES FRENTE Ì REALIDADE A
PRIMEIRA LEVA A REALIDADE EM CONSIDERA ÎO A SEGUNDA ATENDO
SE Ì SOBREVIVÐNCIA
PSÓQUICA NEGA
Av -!)! P 0ARA PROTEGER
SE DA DOR 'ERUSA ACABA
ABRINDO MÎO DE PARTE DE SI MESMA .ÎO PODE SENTIR QUANDO NA VERDADE ESTÉ
ATORDOADA PELA DOR QUE PROVOCA ESSE EXCESSO NÎO REPRESENTADO SIMBOLICAMENTE !
DOR NÎO CONSEGUE SER PROCESSADA COMO SENTIMENTO 3EGUNDO &ISCHBEIN A
BAGAGEM REPRESENTACIONAL DO SUJEITO PROTEGE
O DO IMPACTO DE ESTÓMULOS .O CASO
DE 'ERUSA FALTA
LHE ESSE RECURSO ! CLIVAGEM APARECE COMO ÞNICA POSSIBILIDADE
DE hDEFESAv 0ARA -AIA NA CLIVAGEM hCOLOCA
SE EM XEQUE A INTEGRIDADE
NARCÓSICA NA MEDIDA QUE AQUILO QUE Ï SILENCIADO EXIGE A REDElNI ÎO DO SUJEITO
ENDURECENDO SUAS VIAS DE AFETA ÎO PARA COM O MUNDO O EU TERÉ QUE VIGIAR ESTE
QUE DENTRO DELE Ï VIVO E MORTO SIMULTANEAMENTEv P
.O TEXTO h0ROJETO PARA UMA PSICOLOGIA CIENTÓlCA &REUDv UTILIZA
A CONCEP ÎO DE INVASÎO DE QUANTIDADES NO APARELHO PSÓQUICO AS QUAIS DE TÎO
INTENSAS CHEGAM ATÏ MESMO A FAZER DESAPARECER A POSSIBILIDADE DE INVESTIMENTO
EM UM MUNDO REPRESENTACIONAL .ESTA SITUA ÎO FRENTE A QUANTIDADES INTENSAS E
INESPERADAS A CAPACIDADE DE RETEN ÎO DE MEMØRIA Ï SUBSTITUÓDA POR UMA CONDI ÎO
DE PASSAGEM EQUIVALENTE A UMA AUSÐNCIA DE MEMØRIA !SSIM NESSE CONTEXTO
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
&REUD ABORDA A QUESTÎO DA DOR PSÓQUICA ! DOR ESTÉ INTIMAMENTE
LIGADA A UM ACRÏSCIMO DE QUANTIDADES NO APARELHO PSÓQUICO ! DOR DEIXA UMA
MARCA UM RASTRO EFEITO DESSE EXCESSO ! CONDI ÎO REPRESENTACIONAL ESTÉ ABALADA
NESSA SITUA ÎO 6ALLS ESCREVE QUE h&REUD ESTÉ EXPLICANDO AQUI COMO O
TRAUMA VAI GERANDO NO APARATO PSÓQUICO ESPA OS SEM INVESTIMENTO DE REPRESEN
TA ÎO DE UM OBJETOv !CRESCENTA AINDA O AUTOR QUE POR MAIS QUE EM SEGUNDA
INSTÊNCIA TENTE
SE BUSCAR ESSA REPRESENTA ÎO MESMO QUE AINDA SE CONSIGA ISSO
hME PARECE QUE SERÎO INVESTIDAS EM TODO CASO REPRESENTA ÜES QUE SE PRESTAM AOS
lNS DE REPETIR A SENSA ÎO DOLOROSA E SEGURAMENTE O QUE MAIS SE REPETIRÉ NELAS NÎO
SERÉ SOMENTE DETERMINADA CENA SENÎO O FATO DE QUE QUALQUER CENA DA VIDA POSSA
TERMINAR EM DORv /U SEJA TAIS CENAS SEGUNDO O AUTOR hBUSCAM SIMPLESMENTE
REPETIR A DOR O TRAUMAv P 0ORTANTO NESTA LEITURA ENCONTRAM
SE SUBSÓDIOS
PARA SE PENSAR QUE O EFEITO DO RESTO DA DOR LEVA A UMA BUSCA DE REPETI ÎO OU
MELHOR TEM COMO EFEITO A INSTALA ÎO DE UM CIRCUITO DE REPETI ÎO DA DOR -ESMO
QUANDO ALCAN A ALGUM TIPO DE REPRESENTA ÎO ESTA VISA REPRODUZIR A DOR O TRAUMA
5MA DOR PRIMEIRA EXCESSO GERA REPETI ÜES QUE SÎO hTENTATIVAS DE CRIAR UMA
REPRESENTA ÎOv DO IRREPRESENTÉVEL MAS QUE DIANTE DA IMPOSSIBILIDADE DISTO
CEDEM ESPA O AO ATO COMO ÞNICA ALTERNATIVA DE DESCARGA
!S VIVÐNCIAS DE MAUS
TRATOS E VIOLÐNCIA DEIXAM Ì 'ERUSA UM MODELO DE DOR
QUE lCA SE REPETINDO NUM CIRCUITO NO QUAL ORA Ï ATIVA ORA Ï PASSIVA #ORTA SEUS
CABELOS ATO DIRIGIDO CONTRA SI MESMA NO hPROTESTOv CONTRA TODOS OS CORTES QUE
RECEBE DO PAI TENTANDO DESVIAR A HOSTILIDADE QUE TERIA A lGURA PATERNA COMO
ALVO !NTES FRENTE AO NASCIMENTO DO IRMÎO A IRA SE TRANSFORMA EM ASMA "ATIA
COM A CABE A NO CHÎO MACHUCAVA
SE lSICAMENTE FRENTE A UMA DOR DA ALMA /
QUE SE PASSAVA COM 'ERUSA POR OCASIÎO DO NASCIMENTO DO IRMÎO NÎO PODE SER
NOMEADO COMO UMA SITUA ÎO DE CIÞMES 4ALVEZ FRENTE Ì POBREZA DOS VÓNCULOS
COM AS lGURAS PARENTAIS A CHEGADA DE UM IRMÎO AMEA ASSE DEIXÉ
LA AINDA COM
MENOS DO POUCO QUE RECEBIA
.ESTA SEQàÐNCIA DE CONTAR FATOS DE SUA HISTØRIA DESCREVE UMA CENA ENTRE O
PAI E A MÎE QUE A MARCOU PROFUNDAMENTE
h%U LEMBRO DO PAI INDO PARA O BANHEIRO AMEA ANDO BASTANTE A MÎE / MEU IRMÎO SEMPRE SE METIA DESDE
PEQUENINHO SE METIA NAS BRIGAS !Ó ELE PEGOU A ARMA FOI PARA O BANHEIRO E TRANCOU A PORTA COM A MÎE LÉ
DENTRO ! GENTE lCAVA TENTANDO OUVIR O QUE ESTAVA ACONTECENDO -EU IRMÎO lCAVA TENTANDO ABRIR E BATENDO
NA PORTA % AÓ DEPOIS ELE LEVOU A MÎE PARA O BANHEIRO DOS FUNDOS E lCOU TRANCADO AÓ TAMBÏM / TEMPO TODO
ELE ESTAVA COM A ARMA ;= ³RAMOS SØ NØS DOIS EM CASA ;ELA E O IRMÎO= % AÓ DEPOIS VEIO A VIZINHA
PORQUE OUVIU O BARULHO VEIO E TENTOU ACALMAR MEU PAI %LA OUVIA A BRIGA NA JANELA lCAVA CONVERSANDO
ACALMANDO ELE PEDINDO PARA ELE SAIR DALI -INHA MÎE ESTAVA BEM NERVOSA CHORANDOv
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
1UANDO CONTA O OCORRIDO DIZ QUE NÎO CONSEGUE ENTENDER O FATO DE NÎO TER
TIDO NENHUMA REA ÎO DEPOIS DE A MÎE TER SAÓDO DAQUELA SITUA ÎO EU ME LEMBRO
QUE O MEU IRMÎO ABRA OU A MINHA MÎE COM FOR A E EU NÎO CONSEGUIA FAZER NADA lQUEI PARADA !
PASSIVIDADE DE 'ERUSA ATUALIZA O IMPACTO DO TRAUMA NÎO PODE FAZER NADA COM
O EXCESSO FRENTE Ì DESMESURA DO VIVIDO / ÞNICO ATO QUE PODE FAZER Ï CONTRA SI
MESMA
0ROPÜE
SE PORTANTO BUSCAR COMPREENDER A REFERÐNCIA AO TEMA DO EXCESSO $E
QUE EXCESSO FALA SEM PALAVRAS O ATO DE 'ERUSA / EXCESSO PARA ELA Ï A AMEA A REAL
DE DESAMPARO / NASCIMENTO DO IRMÎO AMEA A SUA SOBREVIVÐNCIA PSÓQUICA ! MÎE
DEIXA
A JUNTO COM O IRMÎO EM CASA PARA SEREM CUIDADOS POR UM PAI ALCOOLIZADO
/ QUE ESTÉ DESCUIDADO EM 'ERUSA FAZ COM QUE O TRAUMÉTICO IRROMPA
.A ETIOLOGIA DESSA MODALIDADE DE TENTATIVA DE SUICÓDIO O TEMA EDÓPICO NÎO
SE FAZ PRESENTE COMO NA NEUROSE NO TERRENO DA EXCLUSÎO 4RATA
SE AQUI DE UMA
VIVÐNCIA EDÓPICA NA QUAL TANTO O PAI COMO A MÎE OU AMBOS NÎO PUDERAM COLOCAR
EM UM TEMPO ANTERIOR ESSA CRIAN A NO LUGAR DE hSUA MAJESTADE O BEBÐv &REUD
USA ESTA EXPRESSÎO PARA DESCREVER O LUGAR OCUPADO PELA CRIAN A NA
RELA ÎO COM OS PAIS Ì MEDIDA QUE ELA PASSA A SER DEPOSITÉRIA DE TUDO QUE ESTES
DESEJARAM SER hA CRIAN A DEVE SATISFAZER OS SONHOS E OS DESEJOS NUNCA REALIZADOS
DOS PAIS TORNAR
SE UM GRANDE HOMEM E HERØI NO LUGAR DO PAI OU DESPOSAR UM
PRÓNCIPE A TÓTULO DE INDENIZA ÎO TARDIA DA MÎEv P $ESSA FORMA O AMOR
PARENTAL MANTERIA ESSA ESTREITA LIGA ÎO COM O PROCESSO DE RENASCIMENTO DO NAR
CISISMO DOS PAIS FRENTE AO NASCIMENTO DE UM lLHO
.A HISTØRIA INFANTIL DE 'ERUSA FALTOU
LHE OCUPAR ESSE LUGAR DE SER O OBJETO DE
ESPERAN A DOS IDEAIS NÎO REALIZADOS PELOS PAIS 'ERUSA NÎO FOI INVESTIDA COMO
UM OBJETO DE ESPERAN A PARA O QUAL SE ABRE A NO ÎO DE DEVIR E DE POSSIBILIDADE
DE INVESTIMENTO EM PROJETOS DE VIDA !S CONSTANTES RESTRI ÜES SOFRIDAS FALAM DE
UM ESPA O FAMILIAR MARCADO PELA DESESPERAN A ! FANTASIA DE SER A MORTE DO PAI
A ÞNICA ALTERNATIVA DE SALVA ÎO FAZ COM QUE BUSQUE COMO SAÓDA ESTE CAMINHO DE
MORTE DE DESFAZER VÓNCULOS COM %ROS 5M PAI ALCOOLISTA UMA MÎE SUBMISSA E
FRUSTRADA COM SUA VIDA MAS PRESA NESTA ESCOLHA QUE A DEPRIME UM IRMÎO QUE
NÎO PODE SER NOMEADO EM SUA HOMOSSEXUALIDADE #ABE Ì 'ERUSA CONlRMAR
COM SUAS TENTATIVAS DE SUICÓDIO COM SEUS ATOS DE TENTAR ACABAR COM A PRØPRIA
VIDA O PREDOMÓNIO E A VITØRIA DA DESESPERAN A ! DESESPERAN A AQUI Ï PROPOSTA
NO SENTIDO QUE LHE OUTORGA &ISCHBEIN 0ARA O AUTOR hA DESESPERAN A
QUE APARECE NESSES MOMENTOS ESTÉ DADA PELA CLAUDICA ÎO DO APARELHO PSÓQUICO
NA REALIZA ÎO DE SEUS MOVIMENTOS DE REINVESTIDURA /S SUJEITOS SE QUEIXAM DE
UMA VAGA SENSA ÎO DE VAZIO DE TRANSTORNOS INDIZÓVEIS E DE SENTIREM
SE IMERSOS
EM UM UNIVERSO PLENO DE CARÐNCIAS E COM DIFUSA EXCITA ÎOv P 0ARA O
AUTOR O TRAUMÉTICO ATACA O INVESTIMENTO NARCISISTA E DAÓ RESULTA A EXPERIÐNCIA
DE DESVALIMENTO
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
'ERUSA Ï NOMEADA PELA MÎE DURANTE A BRIGA NO HOSPITAL COMO UMA CONSU
MISTA ALHEIA AO QUE PODERIA OCORRER COM A FAMÓLIA APØS A MORTE DO PAI 'ERUSA
NÎO SE RECONHECE NAS PALAVRAS DA MÎE MAS TAMBÏM NÎO SABE NOMEAR
SE 3ENTE
SE
hUM NADAv E ASSIM USA A MORlNA DO PAI PARA SILENCIAR SUA DOR 3UA TENTATIVA
TEM CONSEQàÐNCIAS COMO A DEFORMA ÎO DE SEU CORPO ³ COMO SE ELE PASSASSE A
ESPELHAR O EXCESSO QUE LHE ACOMPANHA DENTRO
h#HEGUEI A TER UMA PARADA CARDIORRESPIRATØRIA MAS NÎO lQUEI COM NENHUMA SEQàELA 1UANDO EU FUI PARA
A 0SIQUIATRIA DO HOSPITAL E ME OLHEI NO ESPELHO E lQUEI MUITO ASSUSTADA COMIGO )SSO QUE JÉ NÎO ERA O JEITO
QUE EU ESTAVA ANTES $IZEM QUE EU ESTAVA ENORME PARECIA UMA MULHER DE CENTO E POUCOS QUILOSv
/ !4/
$/2 % ! %3#54! !.!,°4)#!
.ESTE TEXTO ABORDOU
SE A SEQàÐNCIA DE EXCESSO DOR E ATO QUE ESTÉ PRESENTE NA
TENTATIVA DE SUICÓDIO QUE TEM COMO PONTO DE ANCORAGEM AS VIVÐNCIAS TRAUMÉTICAS
DO SUJEITO ! PARTIR DO MATERIAL APRESENTADO PROPÜE
SE NOMEAR A TENTATIVA DE
SUICÓDIO RESULTANTE DE VIVÐNCIAS TRAUMÉTICAS COMO SENDO UM ATO
DOR
%NTENDE
SE COMO ATO
DOR UM ATO DECORRENTE DA VIVÐNCIA DE SITUA ÜES TRAUMÉ
TICAS ACRESCIDAS DA INCAPACIDADE PSÓQUICA DE PROCESSAR ESTE EXCESSO .O ATO
DOR
OBSERVA
SE O PREDOMÓNIO DO ATO COMO FORMA DE EVACUA ÎO DESSAS QUANTIDADES
QUE PROVOCAM DOR PSÓQUICA E DEIXAM O SUJEITO ENCURRALADO NUM PROCESSO DE
REPETI ÎO 0ARA COMPREENDER
SE A OCORRÐNCIA E DINÊMICA DESSA MODALIDADE DE
ATO Ï NECESSÉRIO RECORRER AOS CONCEITOS DE TRAUMA DOR PSÓQUICA COMPULSÎO Ì
REPETI ÎO E IRREPRESENTABILIDADE
/ CONCEITO DE COMPULSÎO Ì REPETI ÎO FOI AQUI ENTENDIDO COMO FOR A DE
IMPULSÎO DO ATO
DOR POIS ELE Ï SEGUNDO ,APLANCHE E 0ONTALIS hAO
NÓVEL DA PATOLOGIA PROCESSO INCOERCÓVEL E DE ORIGEM INCONSCIENTE PELO
QUAL O SUJEITO SE COLOCA ATIVAMENTE EM SITUA ÜES PENOSAS REPETINDO ASSIM
EXPERIÐNCIAS ANTIGAS SEM SE RECORDAR DO PROTØTIPOv P $ESSA AUSÐNCIA
DE MEMØRIA DECORRE A SENSA ÎO DE MOTIVA ÎO ATUAL E DE NOVIDADE QUE ACOM
PANHA A REPETI ÎO ! DOR RESULTARÉ EXATAMENTE DO CIRCUITO QUE EVACUA MAS
NÎO ELABORA O EXCESSO
$OR COMPULSÎO Ì REPETI ÎO E ATO SE CONFUNDEM NA BUSCA DE DAR lM A ALGO
QUE ATORMENTA O SUJEITO ! DESESPERAN A Ï A COMPANHEIRA E MOTOR DE COMBUSTÎO
PARA A BUSCA DE lM / ATO
DOR ESTÉ RELACIONADO Ì INCAPACIDADE DE ATRIBUI ÎO DE
SENTIDO A ESSA QUANTIDADE QUE INGRESSOU NO PSIQUISMO 4AL MODALIDADE DE ATO
DENUNCIA UMA URGÐNCIA SUBJETIVA CONFORME DESCREVE 3ELDES !O USAR A
EXPRESSÎO hURGÐNCIA SUBJETIVAv O AUTOR ESTÉ SE REFERINDO Ì POSSIBILIDADE DE APLICAR
A PSICANÉLISE ÌQUELAS SITUA ÜES DE URGÐNCIA NAS QUAIS O SUJEITO NÎO PODE AINDA
SUSTENTAR UMA DEMANDA OU SEJA SITUA ÜES DE DESESPERO .ESSE CASO PODE
SE
hOFERECER
LHE UMA ASSISTÐNCIA IMEDIATA QUE LHE DÉ A POSSIBILIDADE DE CAPTAR COM
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
AS VARIÉVEIS QUE TRAZ AQUILO QUE SUMIU NO DESESPERO O QUE O DEIXOU PERPLEXO
AGONIADO E INCLUSIVE DESACOR OADOv P
³ NECESSÉRIO CONSIDERAR QUE DIVERSOS AUTORES DA PSICANÉLISE -!2#%,,)
"2!#/..)%2 +./",/#( &,%#(.%2 SALIENTAM QUE A
TENTATIVA DE SUICÓDIO DEVE SER SEMPRE ENTENDIDA COMO INDÓCIO DE UMA PERTURBA ÎO
IMPORTANTE NOS ARRANJOS PULSIONAIS E RECURSOS DEFENSIVOS %SPECIlCAMENTE -AR
CELLI E "RACONNIER EVIDENCIAM QUE hEMBORA EFETIVAMENTE HAJA URGÐNCIA DE
ESCUTAR O SUICIDA NEM SEMPRE HÉ URGÐNCIA DE AGIR DE @FAZER ALGUMA COISA %M
MATÏRIA DE TENTATIVA DE SUICÓDIO A ÞNICA URGÐNCIA Ï A URGÐNCIA DA ESCUTAv P
! NECESSIDADE DE ESCUTAR E DE BUSCAR FORMAS DE CONSTRUIR UM RECURSO A lM DE
PROCESSAR PSIQUICAMENTE O QUE PROVOCA DOR PSÓQUICA APØIA SE NA PROPOSI ÎO DE
QUE NA TENTATIVA DE SUICÓDIO O SUJEITO ESTÉ FRENTE Ì FOR A DO TRAUMÉTICO +NO
BLOCH DESCREVE COMO SENDO DA ORDEM DO TRAUMÉTICO hAQUILO QUE ROMPE
COM OS SISTEMAS DE REPRESENTA ÎO OU SEJA O IRREPRESENTÉVELv P 3EGUNDO
&LECHNER hPARECE FUNDAMENTAL ESCLARECER QUE A TENTATIVA DE SUICÓDIO OU O
SUICÓDIO SE CONVERTERÉ EM UM MOMENTO NO QUAL UMA QUEBRA ENTRE PENSAMENTO
E ATO DEVERÉ FAZER SE PRESENTEv P
0OR MEIO DE UM EXEMPLO RELATIVO A PACIENTES COM IMPULSOS SUICIDAS &ERENCZI
DESCREVEU O MODO COMO UM TERAPEUTA PODE CONVOCAR O PACIENTE A
FALAR SOBRE A SITUA ÎO TRAUMÉTICA MAS AGORA EM OUTRO CONTEXTO 0ARA O AUTOR Ï
FAVORÉVEL MOSTRAR AO PACIENTE QUE ELE NÎO ESTÉ INTEIRAMENTE SØ !lRMA &ERENCZI
B QUE
hTALVEZ NÎO LHE POSSAMOS OFERECER TUDO O QUE CABERIA EM SUA INFÊNCIA MAS SØ O FATO
DE QUE POSSAMOS VIR EM SUA AJUDA JÉ PROPORCIONA O IMPULSO PARA UMA NOVA VIDA NA
QUAL SE FECHA O DOSSIÐ DE TUDO O QUE SE PERDEU SEM RETORNO E ALÏM DISSO EFETUANDO
O PRIMEIRO PASSO Ï PERMITIDO CONTENTAR
SE COM O QUE A VIDA OFERECE APESAR DE TUDO
.ÎO REJEITAR EM BLOCO MAS VITALIZAR O QUE AINDA PODE SER UTILIZÉVELv P
! CAPACIDADE DE CONSTRUIR UM ESCUDO PROTETOR A PARTIR DO COMPLEXO REPRE
SENTACIONAL QUE SERVIRÉ COMO UM RECURSO IMPORTANTE PARA O SUJEITO PROCESSAR
OS ESTÓMULOS EXTERNOS DEPENDE SEGUNDO &ISCHBEIN hDA SEDIMENTA ÎO
DAS EXPERIÐNCIAS DE VIDA DE CADA SUJEITO E DA AJUDA QUE TEVE DE SEUS OBJETOS PRI
MÉRIOS PARA PROCESSÉ
LASv P ! RESPEITO DA POSSIBILIDADE DE ELABORA ÎO DAS
EXPERIÐNCIAS TRAUMÉTICAS -AIA CONSIDERA QUE hÏ PRECISO FAZER SURGIR NO
SETTING AFETOS QUE POR SUA DIMENSÎO TRAUMÉTICA PROVOCAM CISÜES PATOLØGICAS PARA
O SUJEITO %NTENDO QUE O SUJEITO QUE TEM SUA VIDA PSÓQUICA EM PARTE DEVASSADA
POR ASPECTOS TRAUMÉTICOS AGE A DOR SENDO INCAPAZ DE SIGNIlCÉ
LAv P .ESSE
SENTIDO PARA A AUTORA MUITAS VEZES NO ESPA O TRANSFERENCIAL A COMPULSÎO Ì RE
PETI ÎO SE APRESENTARÉ COMO hUMA OPORTUNIDADE ÌS VEZES ÞNICA DE FAZER MOVER
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
ESSA ENGRENAGEM TÎO DELICADA QUE SE MONTA A PARTIR DAS VIVÐNCIAS TRAUMÉTICAS
PATOLØGICASv P !O MARCAR A DIFEREN A ENTRE AGIR A DOR E EXPRESSAR A DOR
A AUTORA CONSIDERA QUE A REPETI ÎO DOS AFETOS NESSE ESPA O POSSIBILITA A RETIRADA
DAS EXPERIÐNCIAS TRAUMÉTICAS DA CLANDESTINIDADE E DO ESTADO DE DISSOCIA ÎO
! ESCUTA ANALÓTICA Ï FATOR ESSENCIAL QUANDO O ATO OCUPA O LUGAR DAS PALAVRAS
%SCUTAR O ATO
DOR Ï ESCUTAR O IRREPRESENTÉVEL OU SEJA Ï A ESCUTA DO QUE ESCAPA
AO COMPLEXO REPRESENTACIONAL DO SUJEITO ! REPETI ÎO SERÉ TRABALHADA E NOMEADA
NO TERRENO DA TRANSFERÐNCIA E ASSIM PODER
SE
É CONSTRUIR JUNTO COM O PACIENTE
PALAVRAS QUE METABOLIZEM O EXCESSO .A MESMA LINHA DE PENSAMENTO ADOTADA
NESTE ARTIGO &ISCHBEIN ASSINALA QUE NESSES CASOS hNÎO SE TRATA DO DESVE
LAMENTO DE UMA HISTØRIA RECALCADA MAS DE INSCRI ÎO E DE ARMAR O TEXTO DO QUE
NÎO FOI REPRESENTADOv P 3OMENTE O TRABALHO COM UMA HISTØRIA SIGNIlCANTE
PODERÉ CONTER UM ATO !SSIM O ESPA O DE ESCUTA PODE SER UM FATOR VITAL NA
VIDA DESSE SUJEITO APRISIONADO PELA REPETI ÎO 0ARA -AIA A POSSIBILIDADE
DE RECUPERA ÎO DA EXPERIÐNCIA TRAUMÉTICA EM UM PROCESSO DE ANÉLISE hPODERÉ
CONFERIR UM LUGAR PSÓQUICO AOS AFETOS E ÌS MARCAS TRAUMÉTICAS QUE POR SUA CA
RACTERÓSTICA PATOGÐNICA SE REPRODUZEM AD INlNITUM OBLITERANDO A POSSIBILIDADE DE
DEVIR SUBJETIVOv P !S SENSA ÜES ENVOLVIDAS NA CLIVAGEM NÎO DEIXAM LUGAR
hA UMA EMO ÎO PROPRIAMENTE DITAv &)3#("%). P !SSIM AO TIRAR
ESSA EXPERIÐNCIA DO ESTADO DE DISSOCIA ÎO DEVOLVE
SE AO SUJEITO A CAPACIDADE
DE APROPRIAR
SE DE SI MESMO DE TRANSFORMAR DOR EM SENTIMENTO !O ROMPER A
CISÎO QUE O INCAPACITA A SER DONO DE SEU DESTINO ABRE
SE Ì PALAVRA UM RECURSO
DE MEDIA ÎO DO MUNDO PSÓQUICO
'ERUSA APØS SER ESCUTADA CONTA
h%U ME SENTI MAIS LEVE TAMBÏM ACHO QUE VIR AQUI ME FEZ PENSAR NAS COISAS
%U INCLUSIVE DORMI MELHOR SEM REMÏDIO QUE Ï UMA COISA QUE EU NÎO ESTAVA
CONSEGUINDO .O HOSPITAL EU ESTAVA TOMANDO UM REMÏDIO ATÏ PARA PODER DORMIR
%M CASA EU NÎO ESTAVA CONSEGUINDO DORMIR FALTAVA O REMÏDIO ;= %U ACORDO
ATÏ ANTES DO RELØGIO QUE ERA UMA COISA QUE EU NÎO OUVIA O CELULAR TOCANDO NO
VOLUME MÉXIMO $E MANHÎ NOS ÞLTIMOS DIAS ;= EU NÎO ESTAVA CONSEGUINDO
ACORDARv
! TENTATIVA DE SUICÓDIO DE 'ERUSA PODE SER ENTENDIDA COMO UM ATO
DOR QUE
TRAZ CONDENSADO EM SI UMA HISTØRIA DE EXCESSOS %XCESSO DE FALTAS QUE A VÎO
DEIXANDO Ì MERCÐ DA IMPOSSIBILIDADE DE ATRIBUIR UMA REPRESENTA ÎO SIMBØLICA
A SUAS VIVÐNCIAS .ESTE CENÉRIO DE DESESPERAN A 'ERUSA VAI TECENDO OS lOS DE
UM ENTRAMADO QUE NÎO ALTERA SUAS REPETI ÜES ! DESMESURA DO QUE A INVADE
CONDENA
A A NÎO TER ESPERAN A )NVESTIR EM UM TEMPO FUTURO EXIGE UM MON
TANTE DE ENERGIA QUE EVIDENCIA SUA CARÐNCIA 'ERUSA EXPRESSA NÎO PODER AlRMAR
QUE NÎO VOLTARÉ A TENTAR SE MATAR POIS JÉ O FEZ DUAS VEZES !O MESMO TEMPO
ESBO A UMA ESPERAN A NESSE ESPA O DE ESCUTA AO FALAR DE SEU ENTUSIASMO COM
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
42!5-! $/2 % !4/ / /,(!2 $! 03)#!.£,)3% 3/"2% 5-! 4%.4!4)6! $% 35)#°$)/
O INÓCIO DE UM PROCESSO TERAPÐUTICO PARA O QUAL FOI ENCAMINHADA !CREDITA
SE
QUE A RELA ÎO ANALÓTICA VIABILIZE O ACESSO DE 'ERUSA A UM TERRITØRIO VITALIZADO E
DE ESPERAN A PARA QUE ELA POSSA ENTÎO INTERROMPER UM CONHECIDO CIRCUITO DE
TRAUMA DOR E ATO
2ECEBIDO EM !PROVADO EM
2%&%2º.#)!3
"%2,).#+ - 4 0SICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL 3ÎO 0AULO %SCUTA
"/4%'! .* 7%2,!.' " h!VALIA ÎO E MANEJO DO PACIENTEv
IN 7%2,!.' " "/4%'! .* ORG #OMPORTAMENTO SUICIDA 0ORTO
!LEGRE !RTMED
&%2%.#:) 3 A h#ONFUSÎO DE LÓNGUAS ENTRE OS ADULTOS E
AS CRIAN ASv IN /BRAS COMPLETAS DE 3ÉNDOR &ERENCZI 3ÎO 0AULO -ARTINS
&ONTES
B h2EmEXÜES SOBRE O TRAUMAv IN /BRAS COMPLETAS DE
3ÉNDOR &ERENCZI 3ÎO 0AULO -ARTINS &ONTES
&)'5%)2%$/ , # 0SICANÉLISE ELEMENTOS PARA A CLÓNICA CONTEMPORÊNEA
3ÎO 0AULO %SCUTA
&)3#("%). * % -ÉS ALLÉ DE LA REPRESENTACIØN EL ACTO 2EVISTA DE
0SICOANÉLISIS DE LA !SOCIACIØN 0SICOANALITICA !RGENTINA V N "UENOS !IRES
!0! P
&,%#(.%2 3 !CERCA DE LOS INTENTOS DE AUTOELIMINACIOØN Y SUICIDIOS EN LA
ADOLESCENCIA 0UBLICACIØN 0RIMERO #ONGRESSO DE 0SICOANÉLISIS Y AS *OR
NADAS CIENTÓlCAS DE LA !SOCIACIØN 0SICOANALÓTICA DEL 5RUGUAY 4OMO
)) P
&2%5$ 3 %DI ÎO STANDARD BRASILEIRA DAS OBRAS PSICOLØGICAS COMPLETAS DE 3IGMUND
&REUD 2IO DE *ANEIRO )MAGO
h%SBO OS PARA A COMUNICA ÎO PRELIMINAR DE v V P
h0ROJETO PARA UMA PSICOLOGIA CIENTÓlCAv V P
h4RATAMENTO PSÓQUICO OU MENTALv V P
h!LÏM DO PRINCÓPIO DO PRAZERv V P
h!LGUNS MECANISMOS NEURØTICOS NO CIÞME NA PARANØIA
E NO HOMOSSEXUALISMOv V P
h° GUISA DE INTRODU ÎO AO NARCISISMOv IN %SCRITOS SOBRE A
PSICOLOGIA DO INCONSCIENTE 2IO DE *ANEIRO )MAGO
'%2%: !-"%24). - h%NTRE EL PASAGE AL ACTO E ACTING OUTv
0ULSIONAL 2EVISTA DE 0SICANÉLISE 3ÎO 0AULO %SCUTA P
(/2.34%). , )NTRODU ÎO Ì PSICANÉLISE 3ÎO 0AULO %SCUTA
+./",/#( & / TEMPO DO TRAUMÉTICO 3ÎO 0AULO %DUC
,!0,!.#(% * 0/.4!,)3 * " 6OCABULÉRIO DA PSICANÉLISE 3ÎO
0AULO -ARTINS &ONTES
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
- .)#! -%$%)2/3 +/4(%2 -!#%$/ % ",!.#! 353!.! '5%6!2! 7%2,!.'
-!)! - 3 %XTREMOS DA ALMA 2IO DE *ANEIRO 'ARAMOND
-!2#%,,) $ "2!#/..)%2 ! -ANUAL DE PSICOPATOLOGIA DO ADOLES
CENTE 0ORTO !LEGRE !RTES -ÏDICAS
3%,$%3 2 h,A URGENCIA SUBJETIVAv 2EVISTA 0SICOLIBRO "UENOS !IRES
0AIDØS P
6!,,3 * , -ETAPSICOLOGIA Y MODERNIDAD EL 0ROYECTO FREUDIANO "UENOS
!IRES ,UGAR %DITORIAL
-ÙNICA -EDEIROS +OTHER -ACEDO
MONICAKM PUCRSBR
"LANCA 3USANA 'UEVARA 7ERLANG
BWERLANG PUCRSBR
£GORA 2IO DE *ANEIRO V 8 N JANJUN
Você também pode gostar
- Visagismo Unidade IDocumento20 páginasVisagismo Unidade ISilmara Silva100% (4)
- Noções de Administração PúblicaDocumento9 páginasNoções de Administração PúblicaJoel Régis0% (1)
- 1aestudo Do Livro Falar e Ouvir LiderDocumento1 página1aestudo Do Livro Falar e Ouvir LiderClaudio MeloAinda não há avaliações
- TCC de Psicopedagogia - Hiperativos Na EscolaDocumento54 páginasTCC de Psicopedagogia - Hiperativos Na EscolaPaula Barbosa Pudo100% (2)
- ATRIBUIÇÃO CAUSAL E INFERÊNCIA DE DISPOSIÇÕES NO MUNDO SOCIAL (Final)Documento66 páginasATRIBUIÇÃO CAUSAL E INFERÊNCIA DE DISPOSIÇÕES NO MUNDO SOCIAL (Final)Sofia Lourenço100% (1)
- Técnicas de Negociação E Venda: UFCD 7843Documento59 páginasTécnicas de Negociação E Venda: UFCD 7843Pedro Nuno SantosAinda não há avaliações
- Funções Da Linguagem MóduloDocumento2 páginasFunções Da Linguagem MódulotainancostaAinda não há avaliações
- Transcrições 4 Pilares Haroldo e ZaqueuDocumento3 páginasTranscrições 4 Pilares Haroldo e ZaqueuGabriellaAraújoAinda não há avaliações
- ALMEIDA, Miguel Vale De. Género, Masculinidade e Poder.Documento29 páginasALMEIDA, Miguel Vale De. Género, Masculinidade e Poder.cadumachadoAinda não há avaliações
- Sexo LivreDocumento3 páginasSexo Livredeivisson2009Ainda não há avaliações
- A Historia Do Lead - KaramDocumento2 páginasA Historia Do Lead - KaramÉbida SantosAinda não há avaliações
- (Artigo) Relação Entre VO2 Máximo e Desempenho FísicoDocumento10 páginas(Artigo) Relação Entre VO2 Máximo e Desempenho FísicoEd BergsteigerAinda não há avaliações
- RelacionamentoDocumento7 páginasRelacionamentoVrr BordadosAinda não há avaliações
- AQ Portugues BrasilDocumento4 páginasAQ Portugues BrasilsofiahimeAinda não há avaliações
- Comunicação Verbal e Não Verbal - R05Documento30 páginasComunicação Verbal e Não Verbal - R05Paulo Pereira Dos SantosAinda não há avaliações
- Planejamento EstratégicoDocumento5 páginasPlanejamento EstratégicoDouglas Alves VianaAinda não há avaliações
- Crack - A Morte Numa TragadaDocumento3 páginasCrack - A Morte Numa TragadaAna SchwerzAinda não há avaliações
- Conselhos de Puta VelhaDocumento3 páginasConselhos de Puta VelhaTatiana FaleiroAinda não há avaliações
- J. D. Salinger - Um Dia Ideal para Os Peixes-BananaDocumento14 páginasJ. D. Salinger - Um Dia Ideal para Os Peixes-BananaThiago Mattos100% (1)
- Combo Jogos Terapêuticos 2Documento46 páginasCombo Jogos Terapêuticos 2Zilene Martins Vieira FlausinoAinda não há avaliações
- A Questao Espiritual Dos AnimaisDocumento2 páginasA Questao Espiritual Dos AnimaisLuciane JulianiAinda não há avaliações
- Espiritismo e Politica - Aylton Paiva - 1a Edicao - Prefacio de Jaci Regis - PENSE PDFDocumento50 páginasEspiritismo e Politica - Aylton Paiva - 1a Edicao - Prefacio de Jaci Regis - PENSE PDFmundobrAinda não há avaliações
- Conceitos de LiderançaDocumento21 páginasConceitos de LiderançaKimbellyAinda não há avaliações
- A Importancia Da Seguranca No Trabalho PDFDocumento7 páginasA Importancia Da Seguranca No Trabalho PDFPaulo Alexandre GalvãoAinda não há avaliações
- Como Preencher o BriefingDocumento14 páginasComo Preencher o BriefingHelio KorehisaAinda não há avaliações
- 139084-Texto Do Artigo-270164-1-10-20171004 PDFDocumento13 páginas139084-Texto Do Artigo-270164-1-10-20171004 PDFRoge CavalcanteAinda não há avaliações
- Oficina 01 - Avaliação Psicopedagógica e Desenho InfantilDocumento81 páginasOficina 01 - Avaliação Psicopedagógica e Desenho InfantilViviane100% (5)
- Triunfo Pessoal, Joanna de ÂngelisDocumento77 páginasTriunfo Pessoal, Joanna de ÂngelisGiovanni MilanAinda não há avaliações
- Os Elementos Da Danca CiganaDocumento15 páginasOs Elementos Da Danca CiganaClaudia CarvanaAinda não há avaliações
- A Confecção de Livro Artesanal Como Recurso Didático-Pedagógico Na Educação Infantil - DEBUSDocumento5 páginasA Confecção de Livro Artesanal Como Recurso Didático-Pedagógico Na Educação Infantil - DEBUSMariaLuiza23Ainda não há avaliações
