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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL/PDE
LONDRINA – 2011
VILMA HIDEKO SUMIGAWA
LONDRINA
2011
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NA ESCOLA
A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: VILMA HIDEKO SUMIGAWA
Escola de Atuação: COLÉGIO ESTADUAL ANTÔNIO DE MORAES BARROS
Município da Escola: LONDRINA
NRE: LONDRINA
Professor Orientador IES: Profa. Dra. ROBERTA PUCCETTI
IES vinculada: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Área PDE: ARTES
Produção Didático-Pedagógica: A CONSTRUÇÃO DO TRIDIMENSIONAL PELO
ORIGAMI
Público objeto da intervenção: Alunos da 2ª e 3ª série do Ensino Médio.
Localização: Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros, situado na Rua Serra
do Roncador, 574, Jardim Bandeirantes.
C) TÍTULO
A Construção do Tridimensional pelo Origami.
I. INTRODUÇÃO
O ORIGAMI
Origami (dobraduras) é a arte japonesa que consiste na dobradura artística
do papel, permite a confecção de inúmeras figuras e animais.
O origami proporciona entretenimento instrutivo, não exige aptidão
especial, prende a atenção da criança e do adulto, diverte, distrai e instrui.
Requer um pouco de paciência. Começar com figuras mais simples e
progredir aos poucos para adquirir prática e executar cada etapa devagar, com
cuidado prestando muita atenção nas instruções.
Hoje com o crescimento da cultura de apertar botões, controlada por
computador, a arte de transformação de um simples pedaço de papel em um
modelo de origami é um tipo de magia agradável e envolvente.
A história do origami é bastante obscura, mas é claro que não pode ser
anterior à invenção do papel há dois mil anos atrás na China. O mundo do
“origami” não é Chinês e sim Japonês e é utilizado no mundo inteiro com o
respeito de ancestral da arte caseira. Quando a China foi invadida pelo Japão em
610 DC, o segredo do papel viajou com eles e foi imediatamente assimilado
dentro da cultura japonesa, não somente como origami, mas também como
biombos, esteiras, bolsas, guarda-chuvas, roupas e muitos outros objetos.
Como uma indicação da importância do papel para os japoneses, a palavra
“origami” é formada por “ori” (dobrar) e “kami” que significa papel ou também
Deus (“kami” tornou-se “gami”, quando combinado com “ori”). Na verdade, os
primeiros modelos de origami foram criados com propostas simbólicas ou
religiosas, não para recreação.
O crescimento do origami criativo no Ocidente iniciou-se na década de 50,
embora fosse uma tradição espanhola sem importância e praticada pela
criatividade individual ocasionalmente antes daquela época. Curiosamente, desde
aquela década, esta arte também passou por uma evolução criativa no Japão,
tanto que há hoje várias centenas de livros impressos na língua Japonesa, a
maioria contendo novos trabalhos criativos. Uma grande quantidade de novos
trabalhos também está vindo do Ocidente, toda arte de estilos dispondo da
encantadora simplicidade à espantosa complexidade e da expressividade à
geometria.
O origami é a arte de dobrar papéis, que a muito tempo esteve relacionada
as festas japonesas, mas seu reconhecimento mundial, fizeram com que
surgissem outras faces dessa arte, com algumas transformações, culturais e
estéticas.
Tridimensional
Uma superfície plana tem duas dimensões: altura e largura, por isso se
chama bidimensional. Sobre esta superfície podemos traçar linhas, fazer figuras
ou manchar com cores.
Quando um objeto com volume tem três dimensões: altura, largura e
profundidade é um objeto tridimensional. Sobre este objeto podemos acrescentar
ou retirar elementos em qualquer lado e não só em um plano.
A Forma
Na linguagem das artes visuais, a linha descreve uma forma, a linha
articula a complexidade da forma.
Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero.
Cada uma das formas é dado características específicas, e a cada uma é
atribuído significados, outros, ainda por associá-los através de nossas próprias
percepções psicológicas e fisiológicas. Ao quadrado se associam enfado,
honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo
infinitude, calidez, proteção. Todas as figuras planas são formas básicas e
simples, que podem ser facilmente descritas e construídas, de forma verbal e não
iguais com o mesmo comprimento. O círculo é uma figura de curva contínua, e
seu contorno é equidistante de seu ponto central. O triângulo equilátero é uma
figura de três lados e três ângulos iguais. A partir de combinações e variações
infinitas dessas três formas básicas, derivam todas as formas físicas da natureza
e da imaginação humana.
Volume
As imagens representadas sobre uma superfície, como o papel, são
bidimensionais (os desenhos, pinturas e fotografias). Os objetos que caracterizam
volume tem três dimensões: comprimento, largura e profundidade; são as formas
sólidas, também chamadas de tridimensionais. Para se desenhar um objeto
tridimensional em uma folha de papel (plano), temos que usar um artifício para
dar ao observador a ilusão de profundidade e de volume do objeto, usando a
perspectiva de observação.
Configurando volumes, as próprias linhas e superfícies passam a
desempenhar novas funções. Sem perderem a identidade espacial própria,
ou as funções anteriores (portadoras de movimento ou contornos), as linhas
individuais assinalam agora linhas comuns entre áreas vizinhas, unindo-as ao
mesmo tempo que as separam, e indicando em que lugar, precisamente, ocorre
uma mudança de direção nas várias faces que compõem a figura do volume.
Também as superfícies terão novas funções. Como áreas separadas, embora
vizinhas, cada qual atuando como plano bidimensional, as superfícies se
configuram sempre no sentido diagonal para formar um espaço que será
tridimensional. O espaço característico de volume é o da profundidade.
Lembramos que na pintura a noção de profundidade é sempre visual, virtual.
As formas de uma escultura podem ser percebidas também pelo tato. Ao
fecharmos os olhos e passarmos os dedos em uma escultura, poderíamos
percebermos pelo tato como ela é, se é leve ou pesada, seu tamanho, se tem
forma grande ou pequena, sua textura, se são lisas ou ásperas, redondas ou
angulares.(OSTROWER,1989)
Movimento.
Embora o movimento visual se condense em determinadas áreas do plano,
as linhas não se detêm nunca, dessas áreas de condensação surgem
impulsionadas e novamente se dissolvem em rítmos amplos, quase que
movimentos de respiração de espaços infinitamente constantes.Introduzimos um
novo elemento espacial a superfície. Ela representa uma forma específica de
organização do espaço, caracterizando-se pela presença simultânea de duas
dimensões: altura e largura. Elas se compensam, cada uma contrabalançando a
projeção da outra no espaço. Dependendo das proporções, elas se mobilizam.
Na presença de superfícies, portanto, o movimento visual é reduzido. É como se
tivéssemos diante de nós um espaço em repouso. Aqui, o movimento visual
resulta unicamente da diferença de tamanho entre as várias superfícies, da
posição assimétrica que ocupam no plano e das linhas do ornamento. É bem
pouco o movimento.
O conteúdo expressivo de uma obra de arte se baseia no caráter dinâmico
ou estático do movimento visual articulado. Ou melhor, há sempre uma
combinação de ambos – dinâmico/estático – integrando estados de ser
contrastantes (estados que são fundamentais): movimento e não-movimento,
tensão e não-tensão. Dai se formula o estado de ânimo da obra. A referência para
o conteúdo expressivo é direta na arte ou na vida.
O movimento “além de ser expressivo, é também descritivo. A
espontaneidade de ação é controlada pela intensão de imitar propriedades de
ações ou objetos. Os gestos descritivos usam as mãos e os braços,
frequentemente sustentados pelo corpo todo, para mostrar como alguma coisa é,
ou poderia ser, grande ou pequena, rápida ou lenta, arredondada ou angulosa,
distante ou próxima. Tais gestos podem se referir a objetos ou eventos concretos.
A representação pictórica deliberada, provavelmente tem sua origem motora no
movimento descritivo”.(ARNHEIM,1986:p.162).
CONCLUSÃO
A proposta em ação
O projeto desenvolvido no Colégio Estadual Antonio de Moraes Barros, localizado
na região oeste de Londrina, com alunos da 2a e 3a série do Ensino Médio.
Propomos o estudo do contexto histórico do origami nas diversas culturas, a
apropriação e o desenvolvimento das proporções, por meio de atividades para
exploração dos tamanhos dos papéis a serem utilizados nas etapas dos módulos
de encaixe dos origamis, a manipulação e a confecção de formas básicas e a
criação de novas estruturas. As ações envolvem produções artísticas, na
construção do tridimensional pelo origami. A Experimentação de materiais para
dobraduras seguindo o estudo do retângulo áureo na construção das medidas
proporcionais dos módulos de papel para encaixe das figuras ou seres a serem
produzidos e articulados: na forma, espaço e movimento; construções
tridimensionais básicas; estudo da forma e proporções do material a ser utilizado,
levando ao conhecimento conceitos de representação espacial em artes de forma
interdisciplinar. Procurando desenvolver através destas atividades a percepção
visual e a produção de formas tridimensionais, bem como a representação do
objeto tridimensional no bidimensional. Como compartilhar estudos e pesquisas
na composição de formas tridimensionais com o uso do origami possibilitará ao
aluno a apropriação prática e teórica dos modos em suas composições nas
diversas culturas, relacionadas à produção, divulgação e consumo. Produzindo
assim, trabalhos de artes visuais visando a atuação efetiva do aluno em seu
ambiente escolar.
A proposta prevê ainda exposição das produções para a posterior exploração e
aproveitamento das imagens nas multimídias com o público alvo do tema e a
apresentação dos resultados desse trabalho para a comunidade escolar envolvida
no projeto.A proposta revela a importância da produção do Origami (a dobradura)
na articulação dos elementos que envolvem a tridimensionalidade, como a forma,
espaço e movimento suas relações na composição e representação visual,
propiciando ao educando a construção do conhecimento em Arte. Enfatizando o
fato histórico, as diversas culturas, conhecendo, respeitando a existência de
diferenças nos padrões artísticos, estéticos e culturais. No desenvolvimento e
exploração dos conhecimentos da técnica e formas do origami, utilizando-se dos
sistemas de medidas, proporções, comparando, analizando características da
matemática de uma forma lúdica e artística. Esta forma de linguagem possibilitou
a manipulação de diferentes técnicas e modelos. Ao trabalhar o movimento,
observação e apreciação das suas produções com módulos simples, mostraram-
se interessados em reproduzir módulos mais difíceis. Este envolvimento
possibilitou a mediação dos conhecimentos de arte e matemática de uma forma
concreta, de forma a proporcionar a apreciação, comparação a outras áreas da
natureza por toda sua vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GRILLO, L.M. Fazendo Arte com Kirigami. Editora Escolar, São Paulo, 2009.
_. Origami Omnibus: Paper folding for everybody, 20 ed. Tokyo, New York:
YEN, T. Make your own DNA. Trends in Biochemical Sciences. 20: 94, 1995.
REFERÊNCIAS ON LINE:
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