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Composição química dos ácidos nucleicos: DNA e RNA

As unidades básicas dos ácidos nucleicos são os nucleótidos. Cada nucleótido é constituído por:

– um grupo fosfato (Ácido Fosfórico);


– uma pentose (a desoxirribose, no ADN e a ribose no ARN)
– uma base azotada.

Há cinco tipos de bases azotadas, agrupadas em dois grupos:

– as púricas (lembra pureza, logo AG, de água), têm um duplo anel (Adenina e Guanina);
– As pirimídicas, têm um anel simples (Timina, Citosina e Uracilo).

Os nucleótidos estabelecem ligações entre si, formando cadeias polinucleotídicas. O fosfato do


segundo nucleótido liga-se ao carbono 3`da pentose de um nucleótido e ao carbono 5`da pentose do
outro nucleótido) . Estas ligações designam-se por ligações fosfodiéster.
Estrutura do ADN

No início da década de 50 do século XX, foram introduzidos trabalhos que conduziram à descoberta
da estrutura do DNA.

Chargaff realizou análises químicas em diversas espécies e pode concluir que:

– o número de timinas era, aproximadamente, igual ao número de adeninas;


– o número de citosinas era, aproximadamente, igual ao número de guaninas.

Consequentemente, a quantidade total de purinas era, aproximadamente, igual à quantidade de


pirimidinas.

Esta relação de igualdade entre as bases presentes na molécula de DNA, mais tarde designada por
Regra de Chargaff, só foi compreendida após a descoberta da estrutura deste ácido nucleico.
Por outro lado, Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, utilizando a difração de raios X,
bombardearam amostras de ADN criatalizado, tendo obtido padrões que permitiram concluir que a
molécula deveria ter uma estrutura helicoidal.

Em 1953, com base nos resultados das experiências anteriores, James Watson e Francis Crick,
apresentaram o Modelo de Dupla Hélice para o ADN.

Segundo este modelo, a molécula de DNA é composta por duas cadeias polinucleotídicas, que se
dispõem em sentidos inversos, designando-se, por isso, antiparalelas.
Cada cadeia de nucleótidos apresenta nas extremidades uma ponta livre, uma designada 3`e outra
designada 5`. Cada cadeia desenvolve-se em sentidos opostos, iniciando-se na extremidade 5`e
terminando na 3`. Assim, à extremidade 5`de uma cadeia irá corresponder a extremidade 3`da outra
cadeia. Por esta razão, as cadeias são designadas antiparalelas.
Nas zonas mais externas da dupla hélice, encontra-se o grupo fosfato e a desoxirribose, enquanto
que na parte mais interna, formando os “degraus”, surgem as bases azotadas. A ligação entre as duas
cadeias faz-se por pontes de hidrogénio que se estabelecem entre as bases azotadas, verificando-se
uma complementaridade, ou seja, a adenina só emparelha com a timina (por duas pontes de
hidrogénio), enquanto que a guanina só se liga com a citosina (por três pontes de hidrogénio). Por
esta razão diz-se que as bases são complementares. Esta constância nas ligações justifica as
proporções encontradas por Chargaff.
Estrutura do RNA

A molécula de RNA :

– é formada por uma única cadeia polinucleotídica;


– a base azotada timina é substituída pelo uracilo;
– em determinadas regiões, a cadeia pode dobrar-se devido ao estabelecimento de
pontes de hidrogénio entre as bases complementares (A-U e C-G);
– pode apresentar-se sob três formas distintas: o mRNA (RNA mensageiro); o tRNA
(RNA de transferência) e o r RNA (RNA ribossómico).

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