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27- Leia o texto de Adorno a seguir.

Se as duas esferas da música se movem na unidade da sua contradição


recíproca, a linha de demarcação que as separa é variável. A produção musical
avançada se independentizou do consumo. O resto da música séria é submetido
à lei do consumo, pelo preço de seu conteúdo. Ouve-se tal música séria como se
consome uma mercadoria adquirida no mercado. Carecem totalmente de
significado real as distinções entre a audição da música “clássica” oficial e da
música ligeira.

(ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a regressão da audição. In:


BENJAMIN, W. et all. Textos escolhidos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1987. p.
84.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Adorno, é


correto afirmar:

a) A música séria e a música ligeira são essencialmente críticas à sociedade de


consumo e à indústria cultural.

b) Ao se tornarem autônomas e independentes do consumo, a música séria e a


música ligeira passam a realçar o seu valor de uso em detrimento do valor de troca.

c) A indústria cultural acabou preparando a sua própria autorreflexividade ao


transformar a música ligeira e a séria em mercadorias.

d) Tanto a música séria quanto a ligeira foram transformadas em mercadoria com o


avanço da produção industrial.

e) As esferas da música séria e da ligeira são separadas e nada possuem em comum.

28- A indústria cultural é considerada importante corrente teórica porque


caracteriza o espírito dominante de uma sociedade, uma relação de controle.
Situação muito bem relatada por Theodor Adorno. A partir desta afirmação, é
correto afirmar que a cultura de massa possui sua própria lógica, uma vez que

a) quanto maior o número de pessoas, vendo e ouvindo a mesma mensagem no


mesmo local, maior o seu efeito.
b) as pessoas que participam da cultura de massa devem buscar ser atingidas pela
mensagem, sempre da mesma forma pelos mesmos meios de comunicação.
c) não existe comunicação de massa quando a mensagem atinge um público variado e
quantitativo que se encontra em diferentes locais e situações.
d) a comunicação de massa perdeu sua função com o ingresso das mídias sociais.
e) elementos coerentes da mensagem divulgada pelos meios de massa ganham uma
nova qualidade – roupagem -, que permite agradar o maior número de pessoas
possível, determinando o consumo.
29- Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant,
substituiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra entidade a ideia.
A Ideia, para Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de
evolução dialética, regido pela marcha triádica da:

a) experiência, juízo e raciocínio.


b) tese, antítese e síntese.
c) matéria, forma e reflexão.
d) realidade, crítica e conclusão
e) Tese, lógica e síntese

30- Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. Endereçou a todos a


mesma crítica, a de não terem compreendido o que há de mais fundamental e
essencial à razão: o fato de ela ser histórica.

Com base nessa afirmação, coloque V para o que for correto e F para o que for
falso.

( ) Ao afirmar que a razão é histórica, Hegel considera a razão como sendo relativa,
isto é, não possui um caráter universal e não pode alcançar a verdade.

( ) Não há para Hegel nenhuma relação entre a razão e a realidade. Submetida às


circunstâncias dos eventos históricos, a razão está condenada ao ceticismo, isto é, “ao
duvidar sempre”.

( ) A identificação entre razão e história conduz Hegel a desenvolver uma concepção


materialista da história e da realidade, negando entre ambas a possibilidade de uma
relação dialética.

( ) No sistema hegeliano, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é


o próprio tecido do real e do pensamento. O mundo é a manifestação da ideia, o real é
racional, e o racional é o real.

( ) Karl Marx, ao afirmar, na Ideologia alemã, que não é a história que anda com as
pernas das ideias, mas as ideias é que andam com as pernas da história, critica, ao
mesmo tempo, o idealismo e a concepção da história de Hegel e dos neo-hegelianos.

a) F. F. F. V. V.

b) F. F. V. V. F.

c) V. V. V. V. F.

d) F. F. F. F. V.

e) F. F. F. V. F.
GABARITO

27) D

28) E

29) B

30) A

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