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NED – NÚCLEO DE ESTUDOS DIRIGIDOS

ATIVIDADE DISCURSIVA 1

Ano Letivo: 2011/1


Estudos Dirigidos 1
Habilidade: Compreender e Expressar
Professora M.Sc. Jozanes Assunção Nunes

Caro(a) aluno(a),

Esta atividade discursiva vale 25 % de sua frequência no ED 1. Antes de


respondê-la, estude o Texto Teórico anexo.

Observações:
1) O registro e o controle das frequências são feitos automaticamente pelo
Portal Universitário - PU. Dessa forma, a frequência do aluno somente será
registrada através da publicação correta da atividade. Não se esqueça de
salvar e publicar a atividade ao concluir a tarefa.

2) Caso você não conclua toda a tarefa de uma só vez, você poderá salvá-la
e publicá-la apenas quando concluí-la. Você também poderá fazer o texto
em outro local e copiá-lo apenas quando for publicá-lo.

3) O manual do aluno/NED traz informações importantes, como estrutura


pedagógica dos Estudos Dirigidos, dinâmicas das atividades, processo de
avaliação, frequência, calendário escolar, entre outras. Leia-o com atenção
e consulte-o sempre que tiver alguma dúvida.

Boa Atividade!

Profa. M.Sc. Jozanes Assunção Nunes


Habilidades que serão desenvolvidas
Operatória(s):
• Compreender o conteúdo do texto.
Específica(s) – (Diretrizes da Matriz Pedagógica NED):
• Identificar/Relacionar/Comentar diferentes ideias expressas no texto(s);
• Identificar/comentar a intenção com que foi escrito o texto;
• Relacionar informações verbais e não verbais (explícitas/implícitas) em texto(s);
• Reconhecer os sentidos produzidos por aspectos não verbais do texto.

QUESTÃO 01
Analise a charge do humorista Bessinha e leia o texto a seguir para responder à questão.

http://4.bp.blogspot.com/_UL5gef6g4hI/SyZyjhXF3nI/AAAAAAAAEQY/72e95Tx29L4/s1600-h/bessinha098432.jpg

A menos de um mês da tragédia que se abateu sobre as cidades serranas do Rio de Janeiro, a
mídia – sobretudo a mídia papel – já saiu do tema. A cobertura foi, como prevíamos, meramente
reativa, na base do "aconteceu, virou notícia". Com certeza, o reencontro da mídia com essa
complexa realidade das áreas de risco, da ocupação de encostas, das enchentes, dos eventos
climáticos extremos, vai-se dar nas próximas tragédias ao som das lamúrias pela perda de
centenas de vidas.

"Já encheu o saco!" devem ter gritado os iluminados das redações para impor ao reportariado
mais um longo ciclo de omissão. Não esperaram sequer pela contagem final dos mortos, que
pode ultrapassar fácil a casa dos quatro dígitos.
A mídia fugiu de campo, de Dirceu Martins Pio – 01/02/2011.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=627IMQ004 – Acesso em 07/02/2010

É possível relacionar a crítica veiculada na charge do humorista Bessinha à opinião


de Dirceu Martins Pio, expressa no artigo apresentado “A mídia fugiu de campo”?
Discorra sobre a questão, definindo seu posicionamento por meio de argumentos
que o fundamentem.
Habilidades que serão desenvolvidas

Operatória(s):
• Compreender o conteúdo do texto.
• Comparar textos analisando os aspectos temáticos e estruturais

Específica(s) – (Diretrizes da Matriz Pedagógica NED):


• Estabelecer conexões entre informações do texto e do contexto;
• Identificar/Relacionar/Comentar diferentes ideias expressas nos textos;
• Localizar/Reconhecer informações nos textos, fazendo uso de inferência;
• Expressar julgamento de valor;
• Perceber/explicitar semelhanças temáticas entre textos de gêneros diferentes.

QUESTÃO 02

Leia os trechos do artigo do jornalista Carlos Castilho sobre o comportamento da imprensa


na cobertura da tragédia que se abateu sobre as cidades serranas do Rio de Janeiro e
assista à reportagem do Jornal Nacional “Moradores de Teresópolis relatam como
sobreviveram à enxurrada”, apresentados abaixo.

Texto 1

O trabalho de campo dos repórteres das redes de televisão estava orientado no sentido
de buscar impacto dramático e mostrar ousadia individual nas reportagens produzidas. A
valorização das lágrimas, atitudes heróicas e dos gestos solidários era onipresente. Nada
de errado nisso e nem se pode atribuir culpa a fulano ou beltrano. A questão é que as
populações afetadas pelas enchentes foram relegadas à condição de coadjuvantes na
produção informativa, quando na verdade elas eram os atores principais.

É neste momento que o papel mediador da imprensa assume toda sua relevância. Pois é
nesse contexto que a relação da mídia com a população cria as condições para que os
afetados possam cobrar seus direitos e sejam ouvidos na busca de soluções. Dar voz à
população no meio de uma tragédia significa incluir os atingidos na reconstrução do
que foi destruído.

A imprensa diante dos complexos dilemas da reconstrução após as tragédias de verão, por Carlos
Castilho - 19/1/2011 – Com adaptações.
Você pode ler o texto completo em: http://reflexionis.wordpress.com/2011/01/21/a-imprensa-diante-dos-complexos-dilemas-da-reconstrucao-apos-as-tragedias-de-verao/ - acesso em 07/02/2010
Texto 2:

Moradores de Teresópolis relatam como sobreviveram à enxurrada


Reportagem do Jornal Nacional – 13/01/2011

Acesse um dos sites abaixo:


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/moradores-de-teresopolis-relatam-como-sobreviveram-enxurrada.html

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/vc-viu-no-jn-destaques-da-semana-da-maior-tragedia-climatica-do-
brasil.html

Caso não consiga acessar nenhum dos sites, leia a reportagem.

Moradores de Teresópolis relatam como sobreviveram à enxurrada


A repórter Renata Vasconcelos percorreu um longo trecho a pé para ver os estragos pela cidade.

A repórter Renata Vasconcelos percorreu um longo trecho a pé em Teresópolis para ver os


estragos. E os relatos dos sobreviventes são dramáticos.
Carro de polícia, ambulância, motocicletas. A partir de certo ponto, nada passa. Só pessoas a
pé. Daí a dificuldade das equipes de resgate em chegar às áreas mais críticas, porque o acesso
está completamente bloqueado por destroços, por lama, troncos de árvore. A fiação elétrica está
toda destruída.
O cenário é de desolação, é de guerra. As pessoas parecem retirantes descendo das áreas mais
atingidas com pertences, sacolas, tudo o que puderam carregar, em busca de abrigos em áreas
mais seguras.
Temos uma ideia da força da água quando vemos os carros que foram carregados. Não é
possível identificar o que era rua. Só vemos lama, móveis e carros revirados.
Na entrada de uma casa, há cadeiras pelo chão e podemos ver na parede a marca de onde a
água chegou.
“Quando essa enchente chegou, estávamos eu, meu filho, minha filha e minha mãe, que não
anda. Nós fomos parar quase no teto. Ficamos presos dentro de casa a madrugada toda.
Ficamos boiando na cama. Foi Deus que nos protegeu. Eu não sei nadar, meus filhos não
sabem nadar e nós ficamos flutuando na água. Agora vamos começar do zero”, contou uma
mulher muito emocionada.
“Está um caos. Você não faz ideia. Absolutamente caótico. Tem uma pedra imensa que está
ameaçando descer morro abaixo. As pessoas estão abandonando as casas”, contou um homem.
No local onde havia um córrego, agora há um rio caudaloso. Uma senhora foi carregada por
voluntários.
“Perdemos familiares, tios, primos, uma criança de oito anos que foi embora. Acabou tudo. A
gente não tem como ficar nesse lugar mais. Temos que pegar todo mundo e ir embora. O
momento que mais marcou foi quando eu abri a porta da minha casa e minha rua não existia
mais. Eu olhei o condomínio Fazenda da Paz, que ficava em frente a minha casa, e só tinha
corpos em cima”, disse outra mulher.
Em todo o estado há vários postos de arrecadação. O governo federal informou que os
moradores das regiões atingidas vão poder sacar até R$ 4.650 do FGTS, o Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço, a partir de sexta-feira (14).
Edição do dia 13/01/2011

A reportagem do Jornal Nacional reforça ou nega a afirmação: “A questão é que as


populações afetadas pelas enchentes foram relegadas à condição de coadjuvantes na
produção informativa, quando na verdade elas eram os atores principais”. Comente,
fazendo constar de seu texto:

- Referência às ideias do jornalista Carlos Castilho expressas no artigo “A imprensa


diante dos complexos dilemas da reconstrução após as tragédias de verão”;
- Seu posicionamento em relação ao tema.
Habilidades que serão desenvolvidas
Operatória(s):
• Compreender o conteúdo do texto;
• Comparar textos analisando os aspectos temáticos e estruturais.

Específica(s) – (Diretrizes da Matriz Pedagógica NED):


• Estabelecer conexões entre informações do texto e do contexto;
• Identificar/Relacionar/Comentar diferentes ideias expressas nos textos;
• Reconhecer os sentidos produzidos por aspectos não verbais do texto;
• Perceber/explicitar semelhanças temáticas entre textos de gêneros diferentes.

QUESTÃO 03

Analise a charge abaixo e leia o texto “Na falta de tragédias, Datena exibe paixão por
helicóptero”:

Texto 1

http://pimentacomlimao.files.wordpress.com/2010/04/85522804.gif
Texto 2

Na falta de tragédias, Datena exibe paixão por helicóptero


Mauricio Stycer
Folha de São Paulo – Ilustrada – 30/01/2011

Passada a primeira onda de enchentes e tragédias de janeiro, o jornalismo na televisão se vira


como pode nesta fase de rescaldo, com reportagens piegas aqui e dramas acolá.
No caso do ‘Brasil Urgente!’, da Band, um clássico da gritaria vespertina, a novidade parece ser
a paixão cada vez maior de José Luiz Datena por helicópteros.
Na falta de uma enxurrada, um acidente, um crime ou uma tragédia de grandes proporções, o
espectador pode ficar tranquilo, pois o apresentador vai lhe oferecer emoções, seja a bordo do
helicóptero pilotado pelo comandante Hamilton, seja em algum Águia da Polícia Militar de São
Paulo. Na última terça, até choveu forte. ‘O dia virou noite, comandante Hamilton’, sublinhou
Datena. Mas quando ‘o melhor repórter do ar do mundo’, segundo o apresentador, partiu em
buscas de imagens de impacto, o espectador se deu conta de que não havia muito a mostrar.
Hamilton localizou uma rua alagada perto do parque D. Pedro, no centro de São Paulo, e ali
parou. Ficou tanto tempo que, a certa altura, Datena mandou-o correr dali: ‘Se você fica parado
aí, dá a impressão de que a cidade inteira está debaixo d’água.
(...)

DIA SECO

Na quarta, o "Brasil Urgente" volta a Guarulhos e mostra uma reportagem sobre um ônibus
queimado por moradores revoltados com as enchentes. "Estou sempre do lado do povo, mas
não nesse tipo de manifestação. Porque aí vira bagunça. Anarquia."

Nem uma gota caiu em São Paulo na quarta. Hamilton, então, dedica-se a mostrar, do alto,
imagens da Polícia Militar. A equipe do "Brasil Urgente" acompanha a rotina do grupamento,
elogiadíssimo por Datena.

"Vamos mostrar toda a logística do Águia. A valorosa equipe... Assuma, Hamilton.

Vai, Hamilton!!!", grita.

Corre a notícia de um assalto em um hipermercado no Tucuruvi, na zona norte.

"Não prenderam ninguém, Hamilton?" "Ainda não, Datena." O apresentador, então, fala com um
policial. "Se prenderem os bandidos, queremos dar a boa notícia, capitão". "Pode deixar", diz o
militar. "Se prendermos, avisamos a sua produção."
(...)

Na volta do bloco comercial, reencontramos Hamilton sobrevoando uma favela, repleta de


policiais. "Comandante Hamilton, melhor "news ar" do mundo", diz Datena. "Policiais com arma
na mão. Uma mulher estaria em cativeiro. Então não é sequestro relâmpago", grita.
São 19h15, hora do próximo programa. E Datena se despede de Hamilton e do público,
agradecendo a audiência, mas sem contar como acabou a história.
MAURICIO STYCER é repórter e crítico do portal UOL
Disponível em: http://www.aesp.org.br/noticias.asp?id=65613&t=8 - Acesso em 07/02/2011.

Nos textos acima, há um ponto de vista comum. Identifique-o e faça um comentário


crítico sobre a questão.

Boa atividade!

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