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Acadêmica: Paola Bueno Maciel

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar como uma equipe gestora está


estruturada nas escolas nos dias atuais, em especial no que se refere a gestão
democrática e o período complicado em que vivemos com a pandemia da
COVID-19, pensando a formação dos gestores e como a mesma contribui para
a prática no dia-a-dia escolar. O trabalho foi realizado na disciplina de Prática
de Ensino PED V, do curso de Pedagogia da Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santo Ângelo, para que
enquanto acadêmicos do curso de Pedagogia tivéssemos mais conhecimentos
e pudéssemos ter novas aprendizagens no que se refere à importância da
formação dos gestores para atuar em uma gestão democrática.
No decorrer do semestre, mesmo com aulas síncronas por motivo dos
regulamentos de distanciamento social em virtude da pandemia da COVID-19,
estudamos a estruturação da gestão democrática, a qual fortalece relações
dialógicas e estrutura um sistema de ensino, que visa a formação de sujeitos
participativos e preocupados com a efetivação de uma educação de qualidade.
Além disso, tivemos a oportunidade de estudar sobre o planejamento
educacional em sistemas e instituições, aliados a tomada de decisões na
execução das ações pensadas, bem como na elaboração de documentos
essenciais para o andamento escolar. No decorrer das aulas também
estudamos sobre o papel do pedagogo dentro da gestão democrática, o qual é
um grande articulador e inspirador no processo de ensino e aprendizagem,
efetivando a qualidade das ações pedagógicas e administrativas. Ainda
analisamos como deve ser estruturado o Projeto Político Pedagógico (PPP), o
qual pertence à organização do trabalho pedagógico da escola, bem como têm
vínculos com a preparação da didática da aula, além de outras atividades
pedagógicas e administrativas na escola.
Como maneira de contribuição para a minha formação e para novos
conhecimentos, visitei a Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim
Rolim de Moura, localizada no interior do município de Vitória das Missões,
para observar durante três manhãs como é organizada a equipe gestora da
escola, e o que pensam sobre a gestão democrática, a prática pedagógica,
bem como ao acesso, permanência e aprendizagem dos alunos e também a
respeito do reflexo da pandemia na educação. A prática teve duração de 12
horas e foi desenvolvida nos dias 25 de maio e 1 e 2 de junho.
O relatório, em um primeiro momento, é composto por um referencial
teórico que trata dos conceitos estudados e analisados na disciplina de Prática
de Ensino PED V, no decorrer do semestre. Posteriormente, há a apresentação
da instituição de ensino visitada e um relato juntamente com uma análise crítica
das observações realizadas com a equipe gestora da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Joaquim Rolim de Moura. Para finalizar, são
apresentadas as considerações finais adquiridas ao longo do trabalho.
Gestão democrática
A gestão educacional é um termo que ganhou grande ênfase no que se
refere ao contexto educacional, principalmente a partir da década de 1990, e
cada vez mais está se tornando um assunto importante através da orientação
das ações dos sistemas de ensino e das escolas, pois esta, é a fundamentação
para uma boa organização e para o estabelecimento de unidade dos
segmentos educacionais, bem como para a movimentação e participação dos
sujeitos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade.
Dessa maneira, precisamos ter muito claro a diferença entre a gestão da
administração, pois esta última, possui limitações a serem superadas, além de
ser vista como um processo racional, linear e fragmentado correspondendo a
algo mais controlado e comandado por administradores, e não gestores, isto é,
uma realidade com visão objetiva e jamais subjetiva, em que as decisões
dificilmente irão ser tomadas dentro do grande grupo, pois conforme o Luck
Cabe ao administrador, o dirigente maior da hierarquia,
estabelecer as regras do jogo e não aos membros da unidade
de trabalho, a partir do entendimento de que, por sua ‘’posição
subalterna’’, estes não têm possibilidade de perceber o
conjunto dos aspectos da unidade de trabalho, cabendo-lhes,
apenas, implementar as decisões. (LUCK, 2015, p.61).
Ao contrário, então, à perspectiva administrativa, surge a gestão
democrática, como parte integrante da educação nacional, além de ser
obrigatória em instituições escolares públicas, sendo um forte instrumento para
estabelecer e fortalecer o diálogo nos sistemas de ensino e nas escolas,
buscando atender as reais necessidades de aprendizagem dos educandos,
aumentando a participação de todo o corpo docente, dos alunos e de toda a
comunidade escolar.
Está sempre preocupada com a qualidade de ensino, para formar
sujeitos ativos, autônomos e agentes para com as decisões a serem tomadas
em sociedade, preocupados com o bem-estar social e com o sucesso individual
e profissional. A gestão democrática, desse modo, é uma oportunidade para a
redemocratização da escola, entende-se assim que
A escola é uma instituição de serviço público que se
distingue por oferecer o ensino como um bem público.
Ela não uma empresa de produção ou uma loja de
vendas. Assim, a gestão democrática é, antes de tudo,
uma abertura ao diálogo e à busca de caminhos mais
consequentes com a democratização da escola
brasileira em razão de seus fins maiores postos no
artigo 205 da Constituição Federal. (CURY, 2010,
p.21).
Dentro dessa visão, o diálogo ganha constante ênfase por fortalecer as
relações entre os indivíduos, sendo esta, um grande instrumento para a
solução de muitos conflitos em razão de estimular à problematização, assim
desenvolve novas ideias a respeito de novos assuntos.
A construção da democratização da educação se faz com a presença e
permanência de todos no processo educativo, sendo que o sucesso escolar
será o resultado da sua qualidade. Nesse viés, encontramos os elementos que
fazem parte dessa gestão conforme Araújo (2000), que é a participação, a
autonomia, a transparência e a pluralidade. A participação é muito importante
nesse segmento, pois dá suporte e é condição básica para a gestão
democrática, logo uma não é possível sem a outra.
A democratização da educação não se configura apenas na ampliação
ao acesso do atendimento escolar de qualidade, isto é, se assume pelos
dirigentes educacionais e pelos tantos tipos de pessoas que fazem parte de
alguma forma do processo educativo, podendo inaugurar e ganhar maior
significado democrático na prática social da educação, pois nos dias de hoje,
há uma necessidade de uma gestão contemporânea, que visa impor novos
campos de articulação e de consulta, com conselhos de classe, Conselhos
Escolares, Círculos de Pais e Mestres (CPM) e os conselhos do Fundef, da
merenda e do ECA.
Por isso, a gestão democrática da educação “trabalha com atores
sociais e suas relações com o ambiente, como sujeitos da construção da
história humana, gerando participação, corresponsabilidade e compromisso”
(BORDIGNON; GRACINDO, 2001, p. 12).
Sobre o papel do gestor democrático, que além de estar atento ao
Projeto Político Pedagógico (PPP), precisa nortear um caminho para dinamizar
a escola e motivar todos os envolvidos do processo, mesmo em meio a
dificuldades, em consequência da própria democratização fazer com que
surjam múltiplas opiniões, o gestor poderá fazer com que essas dificuldades se
tornem fáceis, pois ‘’para chegar a uma posição de destaque, chegam as
dificuldades, mas só os bons conseguem mantê-las’’ (SANTANA, GOMES e
BARBORSA, 2012, p.65).
O gestor, desse modo, jamais poderá parar de adquirir novos
conhecimentos, sendo que somente com esse meio, terá condições de exercer
sua função com excelência, estando preparado psicologicamente e
intelectualmente, mas acima de tudo, o gestor deverá ter a dimensão que
sozinho jamais conseguirá fazer com que a escola se torne um espaço
dinâmico e prazeroso de aquisição de novos conhecimentos e de sucesso no
aproveitamento do trabalho, isto é, ele precisará descentralizar as múltiplas
tarefas do cotidiano voltadas somente a ele, pois se queremos que haja a
democratização em toda a escola, todos devem ter funções e
responsabilidades compartilhadas, assim
O gestor escolar tem de se conscientizar de que ele,
sozinho, não pode administrar todos os problemas da
escola. O caminho é a descentralização, isto é, o
compartilhamento de responsabilidades com alunos,
pais, professores e funcionários. Isso na maioria das
vezes, decorre do fato de o gestor centralizar tudo, não
compartilhar as responsabilidades com os diversos
atores da comunidade escolar. Na prática, entretanto, o
que se dá é a mera rotinização e burocratização das
atividades no interior da escola, e que nada contribui
para a busca de maior eficiência na realização de seu
fim educativo. (PARO, 2008, p.130).
Nota-se, portanto, que quanto melhor for a relação entre o gestor com os
funcionários, professores, alunos e comunidade escolar, mais fácil será o seu
trabalho, e consequentemente, haverá um ensino de qualidade. E é através da
sua autonomia e iniciativa que terá oportunidade de desenvolver melhor essa
interação.

Planejamento Educacional em sistemas e instituições

O Planejamento Educacional é um grande instrumento político e


pedagógico que sustenta os sistemas e as instituições educacionais, que busca
aliar as práticas pensadas com uma gestão democrática, tendo a presença
marcante das intenções e necessidades do grande grupo, encaminhando logo
o processo de ensino e aprendizagem visando uma educação de qualidade.
Este importante elemento que a escola deve ter conhecimento cada vez
mais, não estará se importando somente com as competências políticas dos
seus profissionais, pois eles também necessitam de aprendizagens técnicas
com fins sociais. Logo, este planejamento não poderá se limitar e preconizar-se
às ideologias que não priorizam o desenvolvimento de sujeitos participativos.
Pensando nesta perspectiva, Saviani nos mostra que
[...] o planejamento educacional é, nas diferentes
circunstâncias, um instrumento de política educacional, isto é, a
forma pela qual se busca implementar determinada política
preconizada para a educação [...] a tentativa de operar
transformações sociais pela ação do Estado sob a égide da
ideologia do nacionalismo desenvolvimentista conduz à tensão
entre a ideia de plano de educação como instrumento da ação
do Estado a serviço do desenvolvimento econômico-social do
país e a ideia de plano de educação como mero instrumento de
uma política educacional que se limita a distribuir recursos na
suposição de estar, dessa forma, preservando a liberdade de
iniciativa no campo educacional (SAVIANI, 2007, p. 177).
No que se refere ao Planejamento Educacional em sistemas de ensino,
este está de acordo com a tomada de decisões e na execução das ações
pensadas, complementando politicamente a esfera da educação propriamente
dita. Já o Planejamento Educacional voltado para as instituições, irá ser
marcado pela elaboração do Projeto Político Pedagógico e dos demais
documentos essenciais para o andamento pleno da instituição, enfatizando a
aliança entre a teoria e a prática de seus profissionais, buscando destacar os
objetivos a serem traçados para uma educação de qualidade. O Planejamento
nessa perspectiva, precisa vir ao encontro ‘’[...] como meio, por excelência, do
exercício do trabalho pedagógico de forma coletiva, como possibilidade de
superação de práticas fragmentadas’’ (SOUZA, GOUVEIA, SILVA,
SCHWENDLER, 2005, p. 34).
Nesse sentido, para haver um bom planejamento, é necessário que
antes a equipe gestora, busque avaliar as práticas aplicadas na escola,
juntamente com seus professores, funcionários, alunos e comunidade escolar,
para poder haver condições de melhorias no que precisa ser mudado e
continuação daquilo que está trazendo bons resultados. É bom também, que a
partir destas constatações, que os profissionais tenham bem claro, que, o
planejamento deve sempre estar ao seu favor, os auxiliando como um
processo eficaz que trará bom efeito no que constrói.
Utilizando o Planejamento Educacional, os profissionais da educação
devem buscar aliar os recursos disponíveis com resultados para uma
aprendizagem satisfatória, bem como, articular relações e atividades com
cunho pedagógico, técnico, democrático, político e burocrático, para isso,
devem estar preparados no âmbito profissional e pessoal.
Notamos esse conhecimento, nas ideias de Calazans, que por sua vez
acredita que
Considerando que o planejamento é um ato de
intervenção técnica e política, seria essencial que o
profissional por ele responsável (planejador) estivesse
preparado para manter uma articulação permanente a
fim de estabelecer coordenação entre a esfera técnica,
o nível político e o corpo burocrático. Esta articulação
seria indispensável para que o planejador se
preparasse para manter uma postura autônoma na
estrutura e no sistema de relações das instituições e da
sociedade. (CALAZANS, 2003 p. 15).
É clara a importância que o um Planejamento Educacional possui nos
sistemas e instituições de ensino, pois é através dele, que os educares terão
condições de alcançar os seus objetivos, com muita dedicação, pois sustenta
diariamente as metodologias aplicadas em sala de aula e no entorno da escola,
isto é ‘’É preciso resgatar a dimensão pedagógica do planejamento como uma
atividade que propicia a aglutinação em torno da escola [...]’’ (PADILHA, 2001,
p.67).
Sendo assim, não há como planejar sem estar inserido
pedagogicamente na realidade em que se encontram os alunos, pois conforme
Vasconcellos
Planejar é tentar intervir no vir-a-ser, antever, amarrar
ao nosso desejo os acontecimentos no tempo futuro.
Para isso, é preciso conhecer o campo que se quer
intervir, sua estrutura e funcionamento [...] Acontece
que a realidade não se dá a conhecer diretamente, não
se entrega; o esforço de decifração e interpretação visa
a apreender o dinamismo do real já configurado, tendo
em vista nele entrar, seja no sentido de usufruir ou de
transformar (VASCONCELLOS, 2002, p. 83).
Planejar, é, portanto, um ato de educar, não conseguimos ir a nenhum
lugar se não pudermos planejar, sendo no dia-a-dia com tarefas pessoais,
como na escola ou em outro trabalho. Precisamos compreendermos que cada
vez mais, se queremos uma educação de qualidade, que desenvolva sujeitos
participantes, ativos, pensantes e transformadores, necessitamos estar sempre
à procura de novos conhecimentos para serem compartilhados de acordo com
as demandas que iremos encontrar na caminhada pedagógica.

O papel do pedagogo na gestão democrática

O pedagogo ocupa um vasto espaço na organização do trabalho


pedagógico, com características ainda indefinidas, visto como um grande
mediador no processo de formação cultural que acontece em diversas
situações na escola, tendo uma presença marcante em todas as práticas
pedagógicas na escola e na realização das atividades planejadas.
É ainda, um grande articulador e inspirador no processo de ensino e
aprendizagem, efetivando a qualidade das ações pedagógicas e
administrativas. Logo, passa a ser conhecido também como um gestor que
auxiliará nas decisões e na elaboração de práticas a serem tomadas dentro da
gestão escolar, conforme é estabelecido na Lei nº 9.394/96 no artigo 14, que
define
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de
acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes 6 princípios:
I – participação dos profissionais da educação na
elaboração
do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
(BRASIL, 1996).
Nesse viés, o pedagogo terá diversas funções na gestão escolar, isto é,
poderá coordenar, promover, organizar, participar, avaliar e intervir em todo o
processo de ensino e aprendizagem, bem como de formação cultural e social
dos sujeitos que participam da comunidade escolar, contribuindo para a
efetivação de uma gestão democrática que esteja preocupada com o
desenvolvimento de cidadãos participativos. Nesse sentido, conforme Vila e
Santos, direcionam que, ‘’Cabe ao pedagogo em conjunto com os demais
setores da escola, direcionar em seu plano de trabalho as ações específicas de
sua função no 9 cotidiano escolar’’ (SANTOS e VILA, p. 9).

Os pedagogos, são vistos na contemporaneidade, então, como


profissionais que casa vez mais veem preenchendo as necessidades em
equipes gestoras pedagógicas, habituam-se tanto no âmbito legislativo como
também no âmbito social. São denominados como supervisores escolares,
coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e mais
especificamente, como professores pedagógicos, dispondo de diversas
funções, pois de acordo com Huberman (1986) estes profissionais não
trabalham somente com uma só disciplina, mas em diversas situações de
várias áreas, sendo elas voltadas ao conteúdo ou não.

Saviani nos mostra nesse sentido que

Daí a tendência a secundarizar a escola, esvaziando-a


de sua função específica, que se liga à socialização do
saber elaborado, convertendo-a numa agência de
assistência social, destinada a atenuar as contradições
da sociedade capitalista (SAVIANI, 2005, p. 99).

Todavia, não se deve atribuir ao pedagogo a função de ser conhecido


por resolver diversos conflitos e os problemas emergências, pois sua formação
perpassa isso, pois é um dos mais importantes profissionais da educação,
sendo que qualquer indivíduo passará pela sua formação. É inquestionável que
estes profissionais sejam ainda mais valorizados pelas políticas públicas, pois
assim como planejar, decidir, coordenar, executar ações, acompanhar e
controlar, avaliar sua prática e dos educandos, o pedagogo precisa efetivar seu
processo de ensino e aprendizagem, para o sucesso das aprendizagens dos
alunos.

Para além disso, a escola também irá precisar especificar as funções


dos demais profissionais. Para isso, a demanda pelo pedagogo ganhará
ênfase, pois este dentro da gestão, irá articular a organização das práticas
pedagógicas e posteriormente a efetivação das propostas, garantido a
concretização dos trabalhos pedagógicos e administrativos, assim, Saviani
novamente afirma que

O pedagogo é aquele que domina sistemática e


intencionalmente as formas de organização do
processo de formação cultural que se dá no interior das
escolas. [...] Daí a necessidade de um espaço
organizado de forma sistemática com o objetivo de
possibilitar o acesso à cultura erudita (SAVIANI, 1985,
p. 28).

Portanto, o pedagogo, estará articulando as ações nas instituições


escolares, possibilitando que todos os envolvidos do processo de ensino e
aprendizagem tenham consciência das funções que serão desempenhadas no
âmbito escolar, bem como, competência para encaminhar seus trabalhos,
assumindo o compromisso e responsabilidade na sua área, sendo ela
específica ou não.

Projeto Político Pedagógico (PPP)

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394 de


1996), há uma especificação, a qual prevê que cabe à escola a
responsabilidade de elaborar, executar e avaliar seu Projeto Pedagógico.
Nesse sentido, a escola terá a incumbência, dentre muitas outras, de refletir,
analisar e ficar atenta no que se refere à intencionalidade educativa que deseja
passar no processo de ensino e aprendizagem.
Nessa perspectiva, o Projeto Político Pedagógico (PPP) é alusivo e
pertence à organização do trabalho pedagógico da escola, bem como terá
vínculos com a preparação da didática da aula, além de outras atividades
pedagógicas e administrativas na escola. Assim, o Projeto Político Pedagógico
(PPP), irá nortear e mostrar caminhos, com novas direções, para ser possível a
concretização de compromissos elaborados e pensados coletivamente, pois
conforme Veiga
O projeto pedagógico, ao se constituir em processo
participativo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma
de organização do trabalho pedagógico que desvale os
conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações
competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a
rotina do mando pessoal e racionalizado da burocracia e
permitindo relações horizontais no interior da escola. (VEIGA,
2004, p.38).
Assim, o Projeto Político Pedagógico (PPP), irá se fundamentar por meio
das ações do corpo diretivo e de toda a equipe escolar, sendo mais elaborado
pela coordenação pedagógica e pela orientação educacional, as quais irão
conduzir o sistema de construção, execução e avaliação de todo o projeto
pedagógico.
Portanto, cabe ao gestor executar as regras e leis, assim como, deve
estar ciente de que sua postura é fundamental nesse momento, pois terá que
usar seus conhecimentos e competências para administrar, impor, mediar e
resolver conflitos que irá passar em todo o espaço da escola, fazendo com que
lhe seja possível a realização de um trabalho articulado com todos, ou seja, há
que se ter consciência de que não só cabe à equipe diretiva e os demais
gestores esta tarefa, é necessário a participação constante dos professores,
dos pais e responsáveis, dos alunos, das pessoas que fazem parte dos
procedimentos técnico-administrativos e das partes estruturadas da sociedade
local, assim como contando também com a contribuição dos segmentos que
fazem parte das Superintendências Regionais da Secretaria de Estado de
Educação. Entendemos então, que
A ideia-chave de projeto é, então, de unidade e considera o
coletivo em suas dimensões de qualidade técnico-política e de
democracia participativa. A construção, a execução e a
avaliação do projeto são práticas sociais coletivas, fruto da
reflexão e da consistência de propósitos e intencionalidades.
(VEIGA, 2009, p.165).
É através do Projeto Político Pedagógico (PPP) que será possível, então
a integração e inclusão dos responsáveis pela gestão da escola, em que esses
farão também um diagnóstico, bem como, uma comparação do que melhorou e
do que pode ser melhorado, apresentando de forma avaliativa, os pontos
negativos e positivos do processo, para assim ser possível a elaboração de
outros documentos que fazem parte do regimento interno da escola. Em vista
disso, compreende-se que ‘’O Projeto Político-pedagógico expressa a
identidade da escola, e os profissionais precisam conhecê-lo, defendê-lo e
colocá-lo em prática, pois participam de forma coletiva dessa construção’’
(SANTANA, GOMES e BARBOSA, 2012, p.65).
No que diz respeito ao tempo no Projeto Político Pedagógico (PPP), se
faz em duas variações, sendo eles: o tempo cronológico e o tempo pedagógico.
O primeiro representa o tempo real em que acontecem as coisas, isto é, por
exemplo, as horas, os minutos e os segundos. Já o tempo pedagógico é ‘’[...]
aquele tempo da experiência vivida.’’ (VEIGA, 2009, p.165), que irá acontecer
na sala de aula, durante o processo de ensino e aprendizagem, nas decisões
pedagógicas tomadas, em que as novas aprendizagens são construídas, no
momento de diálogos, do compartilhamento de ideias e na solidariedade.
3. APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Rolim de Moura,
está localizada na zona rural do munícipio de Vitória das Missões, Rio Grande
do Sul, na comunidade Rolim de Moura. A escola possui atendimento em dois
turnos, de manhã das 7:30 horas às 11:40 horas e de tarde das 13:10 horas
até as 17:00 horas, tendo turmas de 1º à 5º ano dos anos iniciais e do 6º ano
ao 9º ano dos anos finais. A escola atende 110 alunos e 20 professores, além
da equipe diretiva e dos funcionários que atuam no espaço.
A escola foi fundada em 1972, a partir da junção de duas comunidades
escolares, juntamente com a Administração do município de Santo Ângelo e a
doação de um terreno de dois senhores que moravam na localidade, foi
decidido que seria construída uma nova escola que viesse atender a todos.
Sendo assim, todo o material que as duas escolas tinham, foram enviados para
o novo espaço, atendendo alunos de 1ª até a 5ª série.
Com a emancipação do município em 1992, ocorreu o processo de
desativação das pequenas escolas que não tinham muitos alunos, desta forma,
a escola passou a ser um grande polo recendo crianças e jovens de muitas
comunidades vizinhas.
Os objetivos da escola são a partir do Projeto Político Pedagógico (2019,
p.9):
tem sido formar cidadãos críticos, responsáveis, formadores de
opiniões e participantes do contexto social; oferecer acesso à
cultura geral, ao conhecimento sistematizado, ampliando,
assim, seus horizontes. Além disso, a escola trabalha os
direitos e deveres do cidadão, ética, cidadania, temas
transversais e polêmicos da atualidade.(2019, p.9).
No que se refere à filosofia da escola, esta consiste em “Mediar o
conhecimento, formando cidadãos conscientes e participativos” (PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2019, p.6).
A escola é um espaço amplo e favorável a aprendizagem. Possui salas
de aula um para cada turma, em cada turno. Também dispõe de um laboratório
de informática com 12 computadores, biblioteca bem equipada e organizada,
auditório com sala de vídeo e para a prática de esportes, um grande ginásio,
bem como um parquinho para as crianças poderem se divertir de outras
formas. O pátio que a escola possui é grande e bonito, com um lindo jardim e
várias árvores frutíferas. Além disso, conta com uma sala para os professores,
secretaria junto com a sala da direção e coordenação. O refeitório não é muito
grande, porém muito bem equipado, assim como os banheiros e corredores
bem higienizados e adaptados. Vale ressaltar que todos os espaços fechados
possuem climatizadores.
A escola entende que sua função, é basicamente de:
socialização do saber sistematizado. Pretende que o
domínio de instrumentos culturais e científicos,
consubstanciados no saber elaborado auxilie no
conhecimento e compreensão das realidades sociais,
favorecendo a atuação dos indivíduos na luta pela
transformação social. A difusão de conteúdos é a tarefa
primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos,
concretos e, portanto, indissociáveis das realidades
sociais. (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2019,
p.19).
Os educandos na perspectiva do Projeto Político Pedagógico (2019, p.9)
são descritos como ‘’ na maioria das vezes, interessados, capazes de aprender
e interagir com o mundo, construindo conhecimentos. Mas ainda, precisam
constantemente de estímulos, pois apresentam uma carência afetiva e um
descuido com o material escolar. Os educadores tem a função de
formar cidadãos críticos, responsáveis, atuantes, que
tenham visão de mundo, profissionais felizes, sendo
um mediador da aprendizagem. Que haja um trabalho
em conjunto, com objetivos comuns, que cada um
cumpra com suas responsabilidades em prol do todo
(comunidade escolar), são algumas expectativas.
(PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2019, p.9).
No que se refere à aprendizagem (Projeto Político Pedagógico, 2019),
pode ser definida como uma mudança relativamente permanente no
comportamento que resulta da experiência. Desta forma a metodologia está
inserida na perspectiva de uma ‘’[..] tendência progressista “crítico-social dos
conteúdos”, a metodologia não é neutra e existe questionamento de conteúdo
(saber, conhecimento).’’ (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2019, p.19).
Na avaliação, para a escola esta ‘’ [...] é concebida como um processo
contínuo que se faz mediante observações, registros, trabalhos diversos,
relatórios, debates
4. RELATO E ANÁLISE CRÍTICA DAS OBSERVAÇÕES
As observações da disciplina de Prática de Ensino V, na Escola
Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Rolim de Moura, foram realizadas
durante três manhãs nos dias 25 de maio e 1 e 2 de junho de 2020.
As observações foram realizadas com a coordenadora diretora da escola
e com a coordenadora pedagógica da escola, sendo que a primeira possui sua
formação em Curso Norma, graduação em Letras e é pós-graduada em
Psicopedagogia, e a outra é graduada em Pedagogia, tendo especialização
Organização do Trabalho Pedagógico e Orientação Educacional. Tanto a
coordenadora como a diretora foram bem flexíveis com a disponibilidade de
tempo para atenderem os requisitos da entrevista.
Mesmo que a escola está seguindo protocolos de distanciamento social,
a equipe gestora faz plantão de atendimento durante todas as manhãs de
segunda-feira até sexta-feira, logo são muito participantes e preocupadas com
o andamento das aulas. Por esse motivo, foi possível desenvolver a prática de
forma presencial, seguindo todos os regulamentos de cuidados em virtude da
pandemia da COVID-19.
Por questão de melhor organização o relato das observações será
dividido em 5 tópicos, sendo eles: gestão escolar democrática, prática
pedagógica, avaliação, acesso, permanência e aprendizagem e educação em
tempos de pandemia.

4.1. Gestão escolar democrática


No dia 25 de maio, a entrevista contou com a presença da coordenadora
pedagógica, está mostrou os dados da escola e documentos essenciais para o
funcionamento da instituição. Foi possível notar que a mesma ficou muito feliz
com a visita.
A partir disso, comecei a questioná-la sobre como era constituída a
equipe gestora da escola, a qual possui uma diretora, uma vice-diretora e a
coordenadora pedagógica. Após isso, lhe perguntei sobre o que ela sabia a
respeito de gestão democrática, respondendo que sim, pois acredita que é o
tipo de sistema que irá produzir bons resultados para o sucesso do processo
de ensino e aprendizagem, no que se refere ao desenvolvimento participativo
de todos os docentes, funcionários, alunos e comunidade no âmbito escolar.
Feito a leitura de um pequeno comentário acerca de como precisa ser
devidamente a gestão democrática, seguimos para o roteiro da entrevista.
A coordenadora por sua vez, destacou que a direção consegue informar
a maioria dos pais sobre os acontecimentos da escola. Já para os que não têm
sinal de telefone ou de internet, a comunicação fica mais difícil. Se percebe,
nesta perspectiva que toda a equipe gestora tenta ao máximo incluir seus
alunos em um processo educativo que abranja a todos, buscando a interação
das famílias dos alunos para que estes estejam sempre cientes do que
acontece em sala de aula e como são seus filhos na escola.
No que se refere ao conselho escolar, este é formado por
representantes de toda a comunidade escolar, sendo a composição paritária,
tendo o mesmo número de pessoas entre funcionários e não funcionários.
Nota-se que a escola é bem dinâmica nas escolhas, pois é feita com a opinião
de todos, ou seja, todos participam.
O conselho escolar da instituição, também é constituído por normas de
funcionamento definidas e conhecidas por todos, além de que participa das
definições orçamentárias da escola. A escola também conta com a presença
de grêmios estudantis que participam da tomada de decisões da na escola,
para assim melhor ajudar os alunos a desenvolver noções de organização.
Nesse sentido, se nota que os objetivos da escola estão sempre a favor da
formação de cidadãos atuantes e que estes desenvolvam a liderança, portanto
é válido que os alunos participem de corporações que também dão
sustentação à escola.
A coordenadora frisou também, que há a atuação bem marcante do
Círculo de Pais e Mestres (CPM), que estão sempre envolvidos em
programações da escola e em reuniões importantes para o melhor
funcionamento do espaço. Fica claro, portanto, que tento esta escola o Círculo
de Pais e Mestres (COM) bem organizado e com pessoas certas para
representar as demais famílias, de certo modo, mostra também aos alunos o
quão importante é dar a importância à colaboração e cooperação de todos para
que a educação abranja ativamente a comunidade escolar, propiciando a
educação de qualidade.
Na perspectiva da abertura de debates e diálogos com todos, a
coordenadora afirmou que este é muito importante e é diariamente
concretizado, pois na sua visão, é o melhor caminho para a gestão
democrática, para assim ser possível a discussão e a negociação de
encaminhamentos relativos ao andamento escolar. Nesse viés a escola está
correta também, pois busca oportunizar essa troca de diálogo com todos,
sendo uma Pedagogia participativa, levantando hipóteses para que possa
mudar o que necessariamente precisa ser mudado e continuar com aquilo que
mostra bons resultados.
Ainda, foi questionado sobre se a comunidade escolar tem o
conhecimento e discute acerca das dificuldades de gestão e de financiamento
da escola. A resposta foi de que durante a atuação dessa equipe gestora
sempre houve essa participação, pois enquanto houver a ação dessas no
âmbito escolar, uma das prioridades é haver a transparência.
As famílias dos alunos também participam efetivamente das instancias
colegiadas da escola, como Círculo de Pais e Mestres, Conselho Escolar e
Conselhos de Classe. Na presença dos pais ou responsáveis dos alunos, a
coordenadora afirmou que a mesma é quase efetivada com a participação de
todos, em uma proporção de 90% que comparecem na escola para terem mais
conhecimento da vida escolar de seus filhos. Desse modo, entende-se que
para a escola é essencial que família e escola estejam articuladas em prol do
desenvolvimento dos seus alunos, pois este é o mais importante e precisa ser
sempre analisado. Quanto mais houver a presença dos pais ou responsáveis
dos alunos, com certeza a escola estará mais segura para pensar e repensar
sobre seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem.
Na elaboração do Projeto Político Pedagógico, este foi construído
também com a participação da comunidade escolar, de acordo com a Nova
Base Comum Curricular (BNCC), no ano de 2019. Essa parte na gestão
democrática leva muito em consideração a troca de diálogos e opiniões da
comunidade sobre seus interesses e demandas da educação, pois é possível
notar que para a coordenadora é essa parte integrante que garante um ensino
de qualidade que, que esteja engajada com o contexto social em que está
inserida.
Findando, a coordenadora afirmou que a equipe diretiva, os educadores,
educandos, funcionários e os demais membros da comunidade escolar,
procuram resolver discussões, que raramente acontecem, dentro do ambiente
escolar, sempre articulado com o diálogo, a troca de opiniões e possíveis
discussões. Se compreende que na escola em um todo todos são muito
unidos, compreensivos e dispostos a ouvirem e respeitados sobre o que
pensam e o que falam. Dessa forma, fica mais viável a organização e a
resolução de possíveis conflitos, como relatou a coordenadora.

4.2. Prática Pedagógica

Ainda no dia 25 de maio com a presença da coordenadora pedagógica


da escola, segui o roteiro da entrevista na pauta da prática pedagógica
desenvolvida na escola. A coordenadora, achou muito importante este enfoque
a ser detalhado e trabalhado.
Após a leitura do comentário sobre como precisa ser uma prática
pedagógica, partimos para o roteiro da entrevista. Primeiramente a
coordenadora foi questionada se na escola havia uma proposta pedagógica
curricular, ou seja, o Projeto Político Pedagógico escrito em forma de
documento. A coordenadora afirmou que sim, sendo que o mesmo é atualizado
periodicamente e havia sido remodelado no ano de 2019 de acordo com a
Nova Base Comum Curricular (BNCC), estando sempre disponível para o
conhecimento de toda a comunidade escolar.
Notou-se desse modo, após uma análise no Projeto Político Pedagógico
(PPP), que o mesmo é muito bem organizado, com propostas bem claras, com
objetivos importantes e que vão ao encontro das necessidades dos alunos,
bem como esclarece como é caracterizado o corpo docente da escola, seus
alunos, funcionários e a equipe gestora. Além disso, é muito importante o que a
escola faz no sentido de sempre estar disponível para todos os documentos
importantes para o funcionamento da instituição.
Sobre os professores, eles participam ativamente da elaboração da
proposta pedagógica da escola, sendo sempre muito participativos e
preocupados com o processo de ensino e aprendizagem a ser desenvolvido.
Os professores planejam regularmente seus planos de trabalho docente,
estando sempre articulado também com a Nova Base Comum Curricular
(BNCC). Se percebeu nesta perspectiva que a coordenadora é bastante
preocupada com o andamento da proposta pedagógica, pois no âmbito da
gestão democrática é necessário que haja essa inquietação, para que assim
estes professores não se acomodem no ‘’modismo’’, sendo preciso que corram
atrás de estratégias bem elaboradas para melhor ser a qualidade de ensino
para os alunos, pois serão esses que daqui alguns anos que estarão tomando
grandes e importantes escolhas a respeito das decisões em nossa sociedade.
Na hora atividade da escola, os professores usam esse tempo para
planejar seu trabalho na escola. Vale ressaltar que os professores da hora
atividade são profissionais que fazem processo seletivo do município e do
CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), possuindo formação ou
cursando o curso de Pedagogia. Nesse sentido, conforme o que foi observado,
a escola está muito bem preparada com esses profissionais, ou seja, eles são
orientados para ajudarem os professores titulares, assim como complementar o
processo de ensino e aprendizagem, mediando relações também.
Sobre o planejamento dos professores, a coordenadora ressaltou que a
equipe diretiva e a coordenação pedagógica sempre procuram acompanhar o
cumprimento do planejamento e o que está sendo pensando para ser
desenvolvido em sala de ala, pois acreditam que este planejamento precisa
valorizar os conhecimentos que os alunos adquiriram no ano anterior e os que
eles trazem do seu contexto social. Ainda, para ela, é imprescindível a
importância que os professores precisam ter com o diálogo em sala de aula,
bem como, com a troca de opiniões e sugestões dos alunos, pois são grandes
ferramentas que auxiliam na hora do planejamento, o qual irá também atender
as necessidades e os interesses dos alunos, para além dos conteúdos já
programados.
Esta prática pedagógica é, portanto, democrática, participativa,
mediadora, orientadora e eficaz na maioria das situações. O planejamento é
preocupado com a construção de novos conhecimentos por parte dos alunos,
sendo estes o centro de todo o processo, pois são cidadãos em
desenvolvimento, que devem compor seus pensamentos articulados com a
autonomia, estranhamento e levantamento de hipóteses sobre situações que
lhes forem apresentadas.
Já os alunos com alguma deficiência, recebem atendimento
individualizado uma vez por semana, em que uma professora, que é formada
em Curso Normal, Letras e Língua Inglesa, com especialização em Letramento
e Atendimento Educacional Especializado (AEE), atende os alunos uma vez
por semana, nas segundas-feiras, em uma sala somente para este tipo de
atendimento. São sete alunos que recebem o Atendimento Educacional
Especializado (AEE), sendo como alguns dos problemas a Síndrome de Down
e Déficit de atenção.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) na escola, é bem
pensado. Todavia, deveria haver mais dias na semana para que os alunos
fossem na escola, pois com tantos alunos que precisam de um atendimento
individualizado tendo cada um uma especificidade de aprendizagem diferente,
faz com que a professora se sobrecarregue no atendimento. Vale ressaltar que
a escola já solicitou mais um profissional para essa situação, ficando a cargo
da Secretaria de Educação do município.
Para finalizar essa importante parte da entrevista, a coordenadora foi
questionada sobre se era respeitado o tempo de aprendizagem diferente de
cada aluno. Ela por sua vez, afirmou que sim, pois acredita ser importante para
trazer bons resultados na hora da avaliação dos alunos durante todo o
processo. É interessante nessa perspectiva, como a escola respeita seus
alunos em todos os sentidos e os estimula a desenvolver esse pensamento,
sempre a favor de fortalecer os laços de relações com todos.

4.3 Avaliação

No dia 1 de junho, as observações continuaram de forma presencial na


escola, contando com a presença da diretora, a qual fez parte da entrevista
também.
Percebendo que a diretora havia ficado muito feliz com a minha visita,
falamos sobre vários assuntos voltados para a educação, bem como sobre a
importância do curso de Pedagogia desenvolver estas práticas nos dias atuais.
Após a leitura do comentário sobre como precisa ser uma avaliação no
processo educativo, entramos no roteiro da entrevista. A diretora foi
questionada sobre quais seriam as diferentes atividades para avaliar os alunos.
Sua resposta foi de que os professores usam muitas atividades, tais como
provas, trabalhos, seminários, ainda avaliando a participação, a cooperação e a
integração dos alunos durante as aulas. Desta forma, a atribuição da forma da
avaliação é discutida com todos os professores juntamente com a equipe
diretiva e a coordenação pedagógica, levando sempre em conta os interesses
dos alunos.
É possível perceber que os professores não são orientados a ficarem
acomodados no modismo de avaliações tradicionais, ou seja, somente provas.
Eles precisam avaliar o educando como um todo, levar em consideração o
nível de aprendizagem, suas expectativas, o contexto social em que vivem,
como muitos outros fatores, que irão com certeza refletir na hora da avaliação
final.
No que se refere às decisões sobre a aprovação ou reprovação dos
alunos, estas são tomadas de forma coletiva, valorizando a participação e a
efetivação das atividades dos alunos durante todo o ano letivo.
As famílias dos alunos são sempre convidadas a participar dos
conselhos de classe, para assim ter maior conhecimento de como seus filhos
reagem na escola, bem como, são sempre avisadas durante todo o ano se
seus filhos estão tendo ou não bons resultados na escola, orientados sempre
pelo diálogo e melhor entendimento.
Se compreende, então, que todas as decisões no que se refere a
avaliação, são articuladas pela discussão de opiniões, o que faz que tanto os
professores como as famílias dos alunos tenham maior dimensão que a escola
procura ao máximo fazer que todos tenham o mesmo acesso a todas as
aprendizagens, cabendo a eles mostrarem o devido interesse o
comprometimento das atividades.
Durante cada trimestre do ano letivo, os alunos são orientados a
fazerem uma auto avaliação, para poderem conhecer-se melhor e enxergar
como reagem com as situações em sala de aula. Nessa oportunidade eles têm
a opção de falar, escrever ou expressar o que sentem.
A diretora também foi indagada se existe na escola algum procedimento
formalizado para avaliar o trabalho realizado durante o ano por todos os
sujeitos que ali trabalham. Sua resposta foi que isso acontece efetivamente,
por meio de reuniões pedagógicas, em que todos podem falar o que estão
sentindo e o que precisa ser melhorado, tudo em favor da melhor qualidade de
ensino.
Nesse viés, é possível enfatizar que é relevante o que a direção pensa
sobre a avaliação dos alunos sobre eles mesmos e também dos profissionais
sobre o trabalho na escola. Dessa forma, estimulam o pensamento crítico
sobre suas ações, podendo interiorizar o que pode ser mudado para melhor e
prosseguir com as práticas que dão certo.
As avaliações das pessoas que trabalham na escola, são feitas através
do Conselho Escolar e do Círculo de Pais e Mestres, em reuniões periódicas.
Nesse sentido, todas as pessoas são acostumadas a opinar sobre como
melhorar os trabalhos e o funcionamento na escola. Portanto o diálogo e a
troca de opiniões são efetivados diariamente na escola, de modo a contribuir
para o pensamento reflexivo e com o funcionamento escolar.

4.4. Acesso, permanência e aprendizagem

Ainda no dia 1 de junho, com a presença da diretora da escola,


comentamos sobre o acesso, permanência e aprendizagem na escola, após
feita a leitura do comentário sobre o mesmo tema.
No roteiro da entrevista, a diretora em um primeiro momento foi
questionada sobre se a escola conseguia estabelecer estratégias para poder
acompanhar os alunos com maior número de faltas. Sua resposta foi que sim,
pois toda a equipe diretiva juntamente com a coordenação pedagógica está
sempre em constante diálogo com os professores sobre o desenvolvimento e o
comprometimento dos alunos em sala de aula, bem como a participação em
aula. Se algum aluno começa a ter faltas frequentes elas falam com esse aluno
ou então, se não resolver, acionam a presença dos pais na escola para tomar
conhecimento da devida situação, que poderá refletir no abandono ou na
evasão dos alunos na escola. É válido informar que a comunidade escolar
sempre tem informações a respeito da quantidade de alunos que abandonam a
escola.
Nesse sentido, nota-se que a equipe diretiva é muito preocupada com a
evasão e a permanência dos alunos na escola, para que assim possam
construir novas aprendizagens, podendo ter acesso a informações importantes
sobre o mundo para além do contexto escolar, dando os primeiros passos para
a cidadania.
Portanto, a escola adota medidas para trazer os alunos novamente para
escola, indo sempre ao encontro da realidade social em que estão inseridos, ou
seja, onde moram, como é a situação familiar, se este aluno recebe incentivo
familiar para com seus estudos, entre tantos outros fatores.
Foi perguntado para a diretora também se para os alunos que possuem
dificuldades a escola oferece oportunidades para sanar tais por meio de
atividades complementares. A resposta foi de que logo no começo do primeiro
trimestre, na terceira ou quarta semana de aula, os professores, tanto dos anos
iniciais como dos anos finais, listam os nomes daqueles alunos que então
estão com dificuldades, principalmente nas disciplinas de Matemática e
Português. A partir disso, é encaminhado um aviso para as famílias desses
alunos, solicitando que seus filhos vão até a escola uma vez por semana no
turno inverso das aulas para então ter uma contribuição a mais no processo de
aprendizagem, mediado por um professor para os anos iniciais e outro para os
anos finas. O resultado disso é na maioria dos casos, satisfatório.
Sobre as causas de reprovações e aprovações, a escola busca
compreender como um todo o que ocorreu durante o ano letivo com esse
aluno, através de diálogo com estes alunos, suas famílias e por meio de
conselhos de classe.
Se nota a partir destas constatações, que o aluno tem acesso a várias
oportunidades de aprovar no ano letivo. Só estará reprovando se ele mesmo
não cumprir com as atividades, com o respeito com todos, com a participação
em aula e o comprometimento em trabalhos e na hora de estudar para as
avaliações. Acesso a várias ferramentas de estudo, todos possuem, basta
quererem resultados positivos.
Para findar, na visão da diretora a maior dificuldade encontrada pela
escola, para haver resultados significativos consequentes da aprendizagem vai
ao encontro do desinteresse de alguns alunos durante o processo, sendo este,
também o reflexo do que vivem em suas casas, pois muitas vezes não
recebem apoio da família, o que acaba prejudicando os alunos na escola.
Assim, se compreende a importância da família com a escola para que
os alunos se compromentam com seus estudos, pois tudo o que é aprendido é
ressignificado diariamente, é necessário nessa perspectiva que estes alunos
aproveitem ao máximo esse tempo na escola, com seus professores e colegas,
uma vez que é a partir destes momentos que estará construindo sua condição
como cidadão.

4.4. Educação em tempos de pandemia

No dia 2 de junho, com a presença da coordenadora pedagógica da


escola, comentamos sobre os reflexos da pandemia da COVID-19 na
educação. Na visão da coordenadora, é preciso que nesse momento tenhamos
calma e esperar o melhor momento para podermos retornar às atividades
presenciais com os alunos, professores e funcionários.
Nesse sentido, após a leitura do comentário sobre a educação em
tempos de pandemia, começamos seguir com a última parte da entrevista. A
escola por sua vez, passou por um processo de reorganização por conta da
necessidade de distanciamento social. Deste modo, a coordenadora relatou
que como o MEC (Ministério da Educação e Cultura) permitiu a validação de
atividades a distância, as equipes diretivas juntamente com a coordenação
pedagógica e os professores, foram orientados pela Secretaria de Educação do
município para que preparassem atividades para quatro semanas, ou seja, um
mês. Estas atividades são impressas na escola para todos os alunos de 1º à 9º
ano. São recolhidas pela Secretaria de Educação que em um dia, com poucas
pessoas, faz o roteiro no município com o transporte escolar para entregar
essas atividades em forma de apostila para todos os alunos.
No próximo mês, estas atividades serão recolhidas e outras estarão
sendo encaminhadas novamente. Vale ressaltar, que todos os professores,
junto com a equipe gestora, participam de grupos de WhatsApp para não
perderem o contato com os alunos. Os alunos que não têm internet em casa, a
coordenação pedagógica entra em contato com a família, para saber como
está sendo o andamento das atividades encaminhadas, pois as mesmas
contam como dias letivos e estarão sendo registradas como presença dos
alunos nos cadernos de chamada. Para que as famílias saibam o dia e os
horários do roteiro do transporte escolar, a Secretaria de Educação divulga os
avisos nas redes sociais e no rádio.
Os professores e funcionários, assim como a esquipe diretiva e
coordenação pedagógica, fazem escala para plantão, mas sempre seguindo as
instruções de distanciamento social, para que a escola não pare totalmente.
Nessa perspectiva, é notável que a coordenadora pedagógica é muito
comprometida e preocupada com o andamento e validação das atividades,
assim como também com a efetivação das atividades da apostila por parte dos
alunos. Contudo, se percebe que há uma satisfação no que se refere aos
primeiros resultados da participação da maioria dos alunos, que entram em
contato pelas redes sociais com seus professores, interessados no
cumprimento dos trabalhos.
O planejamento das atividades pelos professores, são feitos em suas
próprias casas, para assim enviarem ao e-mail da escola para serem
impressas. Os professores são orientados a não elaborarem as atividades
muito difíceis, pois pode fazer com que os alunos não cumpram esses
trabalhos por conta de não terem uma boa internet em casa, ou não saberem
fazer, e as vezes os próprios pais não terem muito conhecimento sobre
determinado assunto.
A partir disso, é possível notar que há uma aflição na equipe gestora,
pois como os alunos não estão indo até a escola em virtude da pandemia da
COVID-19, os professores ficam um pouco limitados, por mais que a maioria
dos alunos tenham contato com a internet, o ensino ainda não é remoto.
Portanto, a iniciação de novos conteúdos fica um pouco complicado,
principalmente nos anos de alfabetização e de encerramento dos anos finais.
A equipe gestora está sempre em constante contato com professores,
alunos, funcionários e comunidade em geral, preocupada com a saúde de
todos e com a aprendizagem dos alunos. Uma vez por mês, uma pessoa
representante da equipe gestora de cada escola do município, vai até a
Secretaria de Educação para reunirem-se com para debater os resultados e
pensar possíveis soluções acerca da educação contemporânea com a
presença da pandemia.
A coordenadora foi questionada também sobre como a escola está
pensando sobre o retorno das aulas presenciais. Ela afirmou que todos os
profissionais estão preocupados e analisando a situação, mas já estão se
adiantando em algumas medidas, como a organização de pias com sabão de
álcool e álcool gel, papel toalha, uso de máscaras e luvas, salas de aula com
bastante ventilação e bem equipadas para o distanciamento dos alunos.
Nessa perspectiva, é importante esse diálogo que as equipes gestoras
do município possuem juntamente com a Secretaria de Educação, para assim
pensar sobre o andamento do ano letivo em tempos de pandemia da COVID-
19. Isso mostra união, força, vontade de continuar acontecendo uma educação
de qualidade que inclua a todos.
O sentimento que a equipe gestora consegue relatar, é de muita
angustia, preocupação, várias incertezas, porém de alegria por conta do apoio
das famílias que interagem com a escola e com seus filhos.
Isso mostra a boa relação que a escola tem com essas famílias, tendo
cooperação, entendimento, fé, solidariedade, vontade de querer que seus filhos
tenham uma educação de qualidade. Somente desta forma, teremos força o
suficiente de encarar esse momento tão delicado que estamos vivendo,
fazendo da educação escolar e universitária, uma armadura contra as
ideologias opressoras, e a mais preocupante na atualidade, a pandemia da
COVID-19.
5. CONCLUSÃO
A partir da realização do trabalho, tive a oportunidade de conhecer como
é estruturada e como se dá o funcionamento de uma equipe gestora, bem
como pude compreender melhor a importância da gestão democrática em
nossa contemporaneidade.
A gestão democrática, sendo um elemento integrador para desenvolver
uma educação de qualidade, articulada ao diálogo e a troca de opiniões,
propiciando a formação de sujeitos ativos e participativos, deve cada vez mais
ser pensada em escolas de rede pública e estadual pois dá condições
suficientes para a construção da cidadania não alienada e disposta a
mudanças.
Para a formação de pedagogos preparados que estejam preparados
para atuar na gestão escolar, o curso de Pedagogia precisa continuar tendo
metodologias e objetivos para a constituição de profissionais que tenham
ânimo, vontade de querer transformar o que necessita de mudanças e que
visam uma educação de qualidade, pensando em educar para a cidadania.
Nota-se nesse sentido (Saviani, 1985), que o pedagogo dentro do viés
da gestão democrática, será um articulador na organização das práticas
pedagógicas e da efetivação das propostas, garantindo a concretização dos
trabalhos pedagógicos e administrativos.
Para tanto, esse pedagogo precisa ter conhecimento da estrutura do
Projeto Político Pedagógico (PPP), assim como também, a forma que ele deve
se introduzir ao contexto social, pois é um documento que irá (Santana, Gomes
e Barbosa, 2012) expor a identidade da escola, logo é fundamental que os
gestores tenham disponível esse material para todos os profissionais da
instituição, para conhece-lo, defende-lo e o colocar em prática, pois estarão
trabalhando coletivamente em sua execução e construção.
Articulado ao Projeto Político Pedagógico, o planejamento educacional
em sistemas e em instituições precisa ter clara a sua importância, pois dá
fundamentação à práticas pedagógicas transformadoras, que ressignificando
diariamente o processo ensino aprendizagem. Desse modo, sustenta a
perspectiva de uma educação de qualidade que coopera, interage, ouve e que
media a construção de aprendizagens com o contexto social dos alunos.
Portanto, a partir das observações realizadas na Escola Municipal de
Ensino Fundamental Joaquim Rolim de Moura, foi possível perceber como
ocorre a prática escolar no dia-a-dia da equipe gestora da escola. Por meio da
entrevista com a diretora e a coordenadora pedagógica, foi perceptível que
ambas desenvolvem a gestão democrática, pois oportunizam o diálogo,
estando dispostas a mudanças no que for necessário a uma educação de
qualidade, visando a formação de sujeitos participativos, autônomos e
cidadãos, pensantes de uma sociedade igualitária. Percebi também, que cada
uma possui uma individualidade, porém a mesma perspectiva engajada na
gestão democrática, estando sempre à procura de novos conhecimentos e
buscando conhecer seus alunos, auxiliando o planejamento de seus
professores através do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Por fim, posso afirmar que a realização do presente trabalho, foi muito
importante para minha evolução acadêmica e profissional, isto é, ampliou a
minha visão do campo pedagógico que poderei atuar, fazendo-me
compreender o quão é complexa a formação de professores e como a gestão
precisa ser democrática, pois é através dela que poderemos dar os primeiros
passos para uma sociedade mais igualitária, constituída por sujeitos
transformadores. Nesse sentido, cabe a nós futuros pedagogos estarmos
atentos a estes processos, afim de melhor nos especializarmos para garantir
uma educação de qualidade.
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