Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Perdas de Agua em Torre de Resfriamento
Perdas de Agua em Torre de Resfriamento
As perdas de água em uma torre de resfriamento são pequenas e não superam, via de regra, 2% da vazão
da água em circulação, supondo diferenciais térmicos e condições climáticas normais. As perdas se somam
da evaporação Gl0, do arrastamento de gotas finíssimas pelos ventiladores e, ainda, da purga de
desconcentração. Arraste e purga de desconcentração devem ser considerados juntos, como purga Gla,
pois ambos não contribuem para o aumento da dureza da água em circulação.
As perdas por evaporação estão sujeitas às leis físicas e dependem da carga térmica (Q), da vazão da água
em circulação, do diferencial térmico entre as temperaturas da água na entrada e na saída da torre, das
condições metereológicas e da aproximação ao bulbo úmido, conhecido como approach (temperatura de
saída da água menos a temperatura de bulbo úmido do ar ambiente). Os cálculos mostram que predomina
a influência do diferencial térmico e das condições metereológicas, enquanto que o approach pouca
influência tem.
No nosso clima (tropical, sub-tropical, temperado) predomina o resfriamento por evaporação (calor latente),
enquanto na Europa e Estados Unidos, durante os meses frios de inverno, uma forte influência do
resfriamento pela troca de calor sensível, com diminuição acentuada da perda de água por evaporação
durante esse período.
A perda de água por evaporação pode ser calculada, no seu valor exato, pela seguinte fórmula :
Gl0 Gl
=0 Gl (t1 - t 2)
1000 (h2 – h1) - t2
(x2 – x1)
Onde :
Gl0 = Perda de água por evaporação (m3/h ou t/h)
t1 - t2 = Diferencial térmico entre as temperaturas da água na entrada (t1) e na saída da torre (t2)
Admite-se que não deveria ultrapassar 0,1% da vazão da água em circulação. Nas torres de resfriamento
ALPINA, onde são utilizados os eliminadores de gotas do tipo onda-dupla, construídos de perfis extrudados
de PVC, a perda por arraste é de 0,01%.
As perdas por arraste são, portanto, controláveis por meios construtivos. As perdas por evaporação estão
sujeitas às leis físicas, dependendo das cargas e das condições de clima, sem possibilidade de serem
controladas pelo fabricante.
E Q U IP A M E N T O S
PURGA DE DESCONCENTRAÇÃO
A purga periódica ou contínua é necessária para evitar a concentração excessiva de sais que aumentam a
dureza da água (incrustrantes), ou ainda para a drenagem de óleos. Para a vazão da purga vide fórmula no
próximo tópico.
CICLOS DE CONCENTRAÇÃO
O total da água perdida por evaporação, arraste e purga de desconcentração é substituído pela água de
reposição. Enquanto a perda por evaporação tende a concentrar as impurezas, o arraste e a purga tendem
a limitar esta concentração.
A água de circulação, em condições normais de equilíbrio de perdas, conforme acima descrito, vai
concentrando impurezas na medida que é adicionada água fresca de reposição, que nunca é totalmente
livre de impurezas.
Para indicar o grau de impurezas da água de circulação, em relação ao grau de impurezas na água de
reposição, usa-se o termo “Ciclos de Concentração”. Assim, um Ciclo de Concentração de 2,0 indica que a
água em circulação tem o dobro de concentração de impurezas da água de reposição.
Com o gráfico abaixo é mostrada a relação entre a perda de água por evaporação, a perda de água por
arraste e os ciclos de concentração.
8 7 6 5 4 3 2 ,5
5
Perda por evaporação (%)
4 .5
4 2
3 .5
3
2 .5
2
1 .5 c ic lo s d e c o n c e n tra ç ã o
1
0 .5
0
0 0 .4 0 .8 1 .2 1 .6 2 2 .4 2 .8 3 .2 3 .6 4
P e rd a p o r a rra s te (%)
Empresas especializadas em tratamento de água indicarão, com base em uma análise minuciosa das
características da água de reposição, os ciclos de concentração máximos permitidos.
Com base nessa indicação calcula-se a purga contínua pela seguinte fórmula :