Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1º Relatório AEC
1º Relatório AEC
CURITIBA
2020
MARIA LUÍZA ELIAS BATISTA
PAULA MANSUR FERREIRA DOS SANTOS
THAIS AGUIAR SANTOS
A teoria da Análise do Comportamento teve seu início real com John B. Watson,
com seu manifesto “Psicologia Como um Behaviorista a vê” (1913), que lançou uma
"teoria pura e objetivamente experimental sobre a ciência natural", baseada nos
experimentos de condicionamento de Ivan Pavlov, "com o objetivo teórico de predizer
e controlar o comportamento" (WATSON, 1913, p. 158). No mesmo artigo (1913), ele
desconsidera completamente a introspeção para a interpretação da consciência, já
que objetos físicos como estímulos - cujo termo foi base de sua teoria - formariam o
fenômeno total que um cientista deveria analisar. Os estados mentais deveriam ser
observados, e o que não fosse visto não poderia ser caracterizado como determinante
de um comportamento. Watson não negava as emoções, mas em seu pensamento
estas eram condicionadas por estímulos físicos e apenas isso.
Em uma tentativa de comprovar, realizou o teste no Pequeno Albert, a fim de
experimentar se assim como novos reflexos poderiam ser aprendidos, respostas
emocionais seguiriam o mesmo caminho. Utilizou de um estímulo aversivo para o
menino de 10 meses, o qual caracterizava um som alto, observando suas reações
perante o barulho - resposta de medo. Então, apresentou ao bebê um rato de
laboratório como estímulo neutro, e a criança demonstrou interesse pelo animal. Em
seguida, o cientista agregou os dois estímulos em um: assim que o animal aparecia
para o menino, o som estridente aversivo era lançado. Por fim, o pequeno Albert
demonstrava medo do rato sempre que este era apresentado, provando que as
respostas podem ser aprendidas e condicionadas (Moreira e Medeiros, 2019). Watson
não tem sua teoria extinta da Análise do Comportamento, mas errou ao
descaracterizar os processos mentais e tratar a Psicologia de maneira inteiramente
positivista. Sua teoria mais tarde foi definida como Behaviorismo Metodológico.
Skinner fala sobre esse processo em seu livro “Sobre o Behaviorismo” (1974):
Secundárias:
Lei da Fadiga do Reflexo: lei de adaptação, após um organismo estar em
contato com um estímulo por um longo período, o organismo se acostuma com ele,
se adapta, desse modo não o estímulo não eliciará a mesma reposta de antes (Moreira
& Medeiros 2019).
Lei da Somação Temporal: após um longo período de repetição de um
estímulo, a resposta a esse pode se potencializar (Catania, 1999).
Existe outro tipo de comportamento reflexo denominado condicionado, esse
depende de aprendizagem e é desenvolvido de acordo com a ontogênese, ou seja, a
experiência pessoal de cada indivíduo. O reflexo condicionado surge devido ao fato
de os seres poderem adquirir e aprender novos reflexos ao longa da vida, sendo
assim, esse comportamento também vai afetar o Sistema Nervoso Central, as
glândulas, os músculos e eliciar um efeito no organismo, porém tem influência da
subjetividade desse indivíduo frente a determinados estímulos, dado o exposto é
válido afirmar que esse é um comportamento individual, e não da espécie. É um
processo no qual um S é substituído por outro, em outras palavras, um S que antes
era neutro passa a eliciar uma resposta que era eliciada por outro (Skinner, 2003).
A aprendizagem de um comportamento pode originar-se do meio social e
através de suas regras, mas ela também pode surgir a partir da observação de outros
seres e tentativa de cópia, imitação e repetição. Cada cultura apresenta uma série de
costumes e normas e, ao nascer, um organismo se apropria desse meio e aprende a
se desenvolver por meio da cópia de outros organismos que estão próximos. A
linguagem é um estímulo verbal de um organismo que pode se tornar uma instrução
e é seguida por outros organismos - pelo fato de transmitir conhecimento e expor
consequências. Ex.: conselhos, regras, sermões, etc. Ao invés de um indivíduo tentar
atingir um objetivo de ação por tentativa e erro (modelagem), ele apenas procura imitar
o comportamento de outro ser e aprender a partir desse. Quando uma ação é
reforçada por outro organismo ou sociedade, tende a se manter, pois todo
comportamento é determinado por suas consequências. Em suma, é valido concluir
que o comportamento de um organismo pode ser a tentativa de imitação do
comportamento de outro organismo, haja visto que esse foi reforçado e teve uma
consequência positiva no meio- o outro observou e emitiu o mesmo comportamento
com o intuito de obter o mesmo reforço (Moreira & Medeiros, 2019).
Modelagem é o nome do processo usado para que um novo comportamento
seja aprendido, ele visa uma resposta específica do organismo, para isso, reforça
outras respostas similares a final esperada. Através do reforço diferencial e mudança
de contingências, é possível aumentar a frequência dessas respostas e chegar cada
vez mais perto do comportamento desejado (Gomide & Weber, 1993). O reforço
acontece para que haja progressão no comportamento do organismo, à medida que
esse comportamento evolui, o reforço inicial é retirado e o observador passa a reforçar
as respostas ainda mais semelhantes à almejada, com o objetivo de aperfeiçoamento
do comportamento. O procedimento de modelar uma resposta e a tornar frequente
requer muita concentração, atenção, paciência e observação, é necessário saber a
hora certa de usar o reforço diferencial tendo em vista que essa habilidade deve ser
imediata, ou seja, logo em seguida da ação similar à final ansiada (Alloway, Wilson &
Graham, 2006). Outro aspecto relevante desse processo consiste no fato de que se
uma resposta intermediária é muito reforçada e fortalecida, existe grande chance de
o organismo não apresentar outras respostas futuras e mais próximas ao
comportamento-alvo, sendo assim, o reforço gradual e a cada etapa é extremamente
necessário para alcançar a meta final de resposta (Moreira & Medeiros, 2019).
Em suma, é valido concluir que a partir da modelagem é possível acrescentar
reações e atitudes a um organismo e, essas que não existiam antes, passam a ter
grande probabilidade de ocorrência. Também é importante ter em mente que ao
reforçar uma resposta, essa pode aumentar a frequência de outra, isto é, a eficácia
no desenvolvimento de uma aptidão pode favorecer a propensão de outra (Skinner,
2003).
O termo ‘comportamento operante’ foi desenvolvido por Burrhus Frederic
Skinner em 1957 para explicar o tipo de comportamento que não é desencadeado por
algum estímulo externo, isto é, é o organismo que atua. Esse comportamento modifica
o ambiente, gerando consequências que também agem sobre ele, o que pode servir
de influência para que certos comportamentos voltem a se repetir, essas influências
são chamadas de reforçadores – tornando essa relação bidirecional e interacionista –
sendo operante uma classe de respostas e, então “podemos apenas prever a
ocorrência futura de respostas semelhantes” (Skinner, 1953, pp. 64-65). Porém, em
1966, na sua nova publicação com C. B. Ferster, ele e Skinner desenvolvem sua
opinião do termo quando alegam que as possibilidades de reforço estão por toda
parte.
Segundo Honig e Staddon (1977) o comportamento operante só pode ser
estudado se o indivíduo afetar o ambiente a seu redor de alguma forma, sendo esse
efeito a resposta, ou seja, a resposta é um exemplo de comportamento operante. Ao
discorrer sobre seus estudos, Skinner (1950) utiliza como base a teoria de E. L.
Thorndike (1898), que alegou, ao propor a Lei do Efeito, que as respostas à certa
situação que são acompanhadas pela satisfação da vontade do sujeito tem mais
relação com a situação que, quando se repetir, pode gerar a mesma resposta
novamente e desenvolve que os reforçadores são emitidos logo após o
comportamento e ditam a probabilidade do mesmo voltar a acontecer e, nessas
situações, existem dois tipos diferenciados de reforço: o positivo, o qual envolve uma
recompensa direta, que se manifesta como um estímulo agradável; e o negativo, que
se classifica como a eliminação de um estimulo ou resultado desagradável após o
comportamento (apud. Baum, 2012). Em contraponto, o psicólogo alega que o
‘agradável’ e ‘desagradável’ são relativos para cada indivíduo e o que pode ser
positivo para alguém, também pode ser negativo para outro, o que impede a
padronização da Análise do Comportamento (Skinner, 1953).
Em relação aos estudos de Medeiros e Moreira (2007), fica clara sua opinião
sobre os reforçadores:
“São fundamentais para a aquisição, manutenção e fortalecimento do
comportamento. Pode-se observar que o reforço, também, diminui a
frequência de outros comportamentos (mal adaptados) e diminui a
variabilidade da topografia (forma) da resposta reforçada, buscando
reproduzir o comportamento que foi mais efetivo (Silva, M.; Silva, R.; Silva,
A. 2016. Pág. 96)”
2. OBJETIVOS
Nível operante ou linha de base: o objetivo dessa etapa é observar o sujeito
experimental antes de sofrer qualquer tipo de intervenção experimental, como no caso
do Sniffy, antes de ser treinado, a fim de obter seu repertório comportamental e
posteriormente analisar se o experimento foi efetivo e trouxe mudanças no
comportamento do sujeito. (Alloway, Wilson & Graham, 2006).
Treino ao comedouro: o objetivo deste experimento é treinar o sujeito a associar
o som produzido pela liberação da pelota de alimento com a pelota de alimento estar
disponível no comedouro (Skinner, 1979). O treino ao comedouro consiste em reforçar
comportamentos desejados do sujeito do experimento, no caso, o processo se inicia
com o estabelecimento de padrões de comportamento do ratinho albino, Sniffy, que
recebe um reforço positivo (pelotas de alimento) sempre que se aproxima ou encosta
na alavanca, realizando o comportamento esperado, ao mesmo tempo que um som é
emitido até que, ao ouvir o som designado, o rato se encaminhava ao comedouro no
mesmo instante. E o experimento segue assim para que fique estabelecido esses
comportamentos desejados, e, com o tempo, vai ficando mais objetivo, ou seja, Sniffy
recebia um reforço se ficasse de pé na gaiola, agora, o ratinho só é recompensado se
ficar de pé de perto da alavanca a fim de chegar ao ponto em que ele só receberá as
pelotas se pressionar a alavanca. (Alloway, Wilson & Graham, 2006).
Modelagem da resposta da pressão à barra: a resposta a ser modelada, no
experimento do Sniffy é a resposta de pressionar a barra para obter alimento. A partir
do reforço diferencial aos comportamentos mais similares ao desejado, o rato é
ensinado e condicionado a pressionar a barra. Sendo assim, Sniffy vai ganhando
reforços cada vez que se aproxima mais do comportamento esperado pelo
observador, e com isso adquire uma resposta nova ao seu repertório de
comportamentos que não seria possível sem o processo de modelagem. O processo
tem sucesso quando Sniffy repete a ação de pressionar a barra 4 ou 5 vezes em um
período de 1 minuto, após esse fenômeno é válido observar as futuras respostas do
rato tendo a frequência de resposta cada vez maior. (Alloway, Wilson & Graham,
2006).
Esquema de reforçamento (CRF): tomemos o rato virtual como forma de
exemplo; no experimento toda vez que o animal pressiona a barra ele recebe pelotas
de alimento, portanto, o objetivo desse experimento é o reforçamento da resposta de
pressionar a barra várias e várias vezes, isto é, o comportamento se adequou ao
repertório do ratinho, além de ter sido aprendido muito mais rápido. Entretanto, o
experimento com o rato virtual pode ter o objetivo de reforçar apenas uma resposta
emitida por este, excluindo todos os reforçamentos anteriores. Se há um desejo que
Sniffy (o rato virtual) – para receber as pelotas de alimento – precise encostar apenas
uma patinha na barra, então terá que reforçar somente esse comportamento ou algum
comportamento próximo a isso, como por exemplo somente levantar a patinha
próximo a alavanca. Outro experimento utilizado seria o de esquema de intervalo fixo
no qual teria como objetivo uma resposta reforçada do ratinho após a exposição de
um período de 60 segundos, isto é, quanto mais perto destes 60 segundos mais vezes
o Sniffy irá pressionar a alavanca. Bem como no esquema de razão fixa onde o
objetivo do experimento é fazer com que o rato virtual emita um número fixo de
respostas, ou seja, pressionar a alavanca, para que consiga pelotas de alimento.
(Alloway, Wilson & Graham, 2006).
RESUMO
O objetivo dos experimentos iniciais é identificar a força da resposta de determinado
comportamento do rato para depois analisar a sua aprendizagem discriminativa até
um estímulo neutro ser seu próprio reforçador, a partir disso é necessário identificar
as respostas do animal diante a diferentes contingências e através dessa
identificação, o comportamento do sujeito será modelado por reforços diferenciais
para que assim seja possível reforçar todas as respostas omitidas do comportamento
de maneira progressiva até que atinja o comportamento alvo sem nenhum tipo de
intervenção. Para todos os experimentos foi utilizado o software Sniffy 3.0 pro. O
objetivo dos procedimentos de manutenção do RPB é comparar o desempenho do
sujeito sob esquemas de reforçamento intermitente. O experimento do Intervalo Fixo
constou de três procedimentos: IF2 segundos, IF 4 segundos e IF 6 segundos, iniciou-
se com o arquivo de CRF e o software foi programado para liberar reforço a cada 2
segundos no IF2s, sendo encerrado após o sujeito receber 100 reforços; foi salvo e a
partir desse arquivo o reforço foi programado para ser liberado a cada quatro
segundos no IF4s, sendo encerrado após a decorrência de 5 minutos, a partir desse
procedimento o reforço foi programado para ser liberado após um intervalo de tempo
de 6 segundos no IF 6s, encerrado após ter completado 10 minutos de duração. Já
no experimento de Intervalo Variável foi aplicado mais três procedimentos: IV 2
segundos, IV4 segundos e IV 6 segundos, iniciando com o arquivo de CRF, o software
foi programado para a liberação de reforço em intervalo médio de 2 segundos no IV2,
sendo este encerrado após o animal receber 100 reforços; foi salvo e a partir desse
arquivo o reforço foi organizado para ser liberado a cada 4 segundos no IV4, o qual
foi encerrado após 5 minutos; através desse procedimento, o reforço foi programado
novamente e dessa vez foi para que ele fosse liberado depois de um intervalo de
tempo de 6 segundos no IV6, que por sua vez, teve seu término depois de ter
completado 10 minutos de duração. O experimento de razão fixa foi realizado com 3
procedimentos: RF2, RF4 e RF6. Iniciando-se também com o arquivo do CRF e
através disso, na RF2 o software foi programado para a liberação de reforço após a
emissão fixa de 2 RPB, o qual foi encerrado após o sujeito receber 100 reforços; foi
salvo e a partir desse arquivo o software foi estruturado para os reforços serem
liberados depois da emissão continua de 4 RPB na RF4, este foi encerrado após 5
minutos de duração; através do procedimento anterior, o reforço foi organizado
novamente para a RF6 e dessa vez eles eram liberados após a emissão fixa de 6
RPB, esse teve seu término depois de um período de 10 minutos. O experimento de
razão variável foi realizado com 3 procedimentos: RV2, RV4 e RV6, iniciou-se com o
arquivo do CRF e no RV2 o software foi programado para a liberação de reforço após
a emissão média de 2 RPB, este foi encerrado após o sujeito receber 100 reforços; foi
salvo e a partir desse arquivo o software foi programado para liberar reforços depois
da emissão média de 4 RPB para a RV4, que por sua vez foi encerrada depois de 5
minutos de duração; o software foi programado novamente a partir do procedimento
anterior para a RV6 e dessa vez ele foi organizado para liberar reforços após a
emissão média de 6 RPB, sendo encerrado após 10 minutos de duração.
Palavras-chave: Reforço. Comportamento. Experimento. Aprendizagem
discriminativa. Contingências.
3. MÉTODO
SUJEITO
“O programa Sniffy Pro permite que você prepare e execute uma grande
variedade de experimentos de condicionamentos clássicos e operante, e lhe permite
colher e dispor dados de uma maneira que simula o modo como os psicólogos
trabalham em seus laboratórios. Além disso, em razão de o programa simular e
mostrar simultaneamente alguns dos processos psicológicos que os psicólogos
acreditam ser empregados pelos animais (e pelas pessoas), o Sniffy Pro apresenta-
lhe alguns aspectos da aprendizagem que você não poderia observar caso estivesse
trabalhando com um animal vivo. Em um rato real, a aprendizagem é o resultado de
interações bioquímicas entre bilhões de neurônios no cérebro. Como consequência
desses processos fisiológicos, os animais adquirem informações a respeito de
eventos no mundo externo e a respeito de como seu comportamento afeta esses
eventos. (...) Até certo ponto, o relacionamento entre processos neurofisiológicos e
explicações psicológicas da aprendizagem é análogo ao relacionamento entre a
atividade elétrica nos circuitos eletrônicos de seu computador e os processos
psicológicos simulados que formam a base para o comportamento de Sniffy. Seu
computador contém o equivalente a diversos milhões de transistores que, de certo
modo, são análogos aos neurônios no cérebro do rato. O programa Sniffy usa o
conjunto de circuitos eletrônicos de seu computador para simular os mecanismos
psicológicos que muitos psicólogos utilizam para explicar a aprendizagem em animais
e pessoas reais.” (Alloway, Wilson & Graham, 2006)
LOCAL
INSTRUMENTOS/APARELHOS
a) laptop da marca Dell modelo latitude 3470, número do modelo 06F2 com
processador core i5 e armazenamento de 465 GB de identificação 1;
b) cronômetro através do celular Apple modelo 7;
c) cronometro através do celular Apple modelo XR;
d) software Sniffy 3.0 Pro.
PROCEDIMENTOS
O experimento de nível operante foi iniciado abrindo o software Sniffy 3.0 Pro.
Para iniciar, clicou-se na aba “Windows” e depois em “Experiment” nos direcionando
para uma janela onde clicamos em “Design Operant Experiment” ativando a opção de
“extinction”. O sujeito começou a trabalhar e anotamos a frequência minuto por minuto
dos comportamentos emitidos deste, ou seja: andar, farejar, limpar, parar, erguer (A,
F, L, P, E) bem como a resposta de pressão à barra (RPB). O experimento foi
encerrado em 30 minutos de observação e salvado ao clicar em “File” e logo após em
“Save as > Save in”, denominando o arquivo de “Nível Operante”. O arquivo foi salvo
no pendrive bem como na pasta do notebook.
O experimento de treino ao comedouro foi iniciado abrindo o software Sniffy 3.0
Pro do salvamento do experimento de nível operante, o qual foi realizado
anteriormente. Para abri-lo foi preciso clicar em file > open e abrir o arquivo de Nível
Operante e aplicar a opção continuous em experiment > design operant experiment.
Cronometramos o intervalo de tempo entre a disponibilidade de alimento e o tempo
de o rato comer a pelota, foi repetido até que a barra de “sound food” completasse
3/4, zerando o cronômetro a cada tentativa. O arquivo foi salvo no pendrive e na pasta
do notebook com o nome “Treino ao Comedouro” e para realizar esta etapa foi preciso
clicar em file > save as.
O experimento de modelagem de resposta a pressão à barra foi iniciado ao
abrir o software Sniffy 3.0 Pro clicando em file > open e selecionar o arquivo do
experimento anterior, que no caso foi o treino ao comedouro e apertar open
novamente. Esperava-se o sujeito emitir um comportamento próximo a barra,
reforçando-o com a pelota de alimento, isto é, foi preciso observar se o rato ficasse
na parede de trás da caixa; se ele erguesse na parede de trás da caixa; se ele
erguesse ao lado da barra; se ele erguesse em cima da barra e/ou se ele pressionasse
a barra (RPB). O experimento foi encerrado após o sujeito emitir 10 comportamentos
de resposta à barra consecutivos. Para salva-lo no pendrive bem como na pasta do
notebook clicamos em file > save as > save in e o nome dado ao arquivo foi
“Modelagem”, por fim, selecionamos a opção save novamente.
Deu-se início ao experimento do CRF (esquema de reforçamento) ao abrir o
arquivo “Modelagem” clicando em file > open. Para programar o software a fim de que
o alimento fosse disponibilizado automaticamente quando a barra fosse pressionada,
clicamos em experiment > design operant experiment e selecionamos a opção
continuous bem como a opção press bar. Anotamos a frequência do comportamento
de pressionar a barra a cada minuto, até que se completasse 30 minutos de
experimento. Por fim, para encerra-lo clicou-se em file > save as > save in e optamos
em salvá-lo no pendrive e na pasta do notebook, denominando o arquivo de “CRF”.
O experimento de intervalo fixo de 2 segundos iniciou-se ao clicar em file >
open e então, abrir o experimento de CRF que foi realizado anteriormente. Após essa
etapa, clicou-se em design operant experiment > fixed e selecionamos a opção de 2
segundos. Foi esperado que o sujeito emitisse 100 reforços de pressão a barra. Para
encerrar este experimento foi preciso clicar em file > save as > save in e optamos em
salvar no pendrive bem como na pasta do notebook. O arquivo foi denominado como
“FI2”.
O experimento de intervalo fixo de 4 segundos foi iniciado ao clicar em file >
open e ao abrir o arquivo de FI2. Para configura-lo nas expectativas recompensadas
clicamos em design operant experiment > fixed e selecionamos a opção de 4
segundos. Este processo teve como critério observar o sujeito durante 5 minutos. Para
encerrar este experimento, foi preciso clicar em file > save as > save in e salvar no
pendrive e na pasta do notebook o arquivo chamado “FI4”.
O experimento de intervalo fixo de 6 segundos se iniciou ao clicar em file >
open e selecionar o arquivo anterior de intervalo fixo de 4 segundos. Configuramos
esse experimento clicando em design operant experiment > fixed e colocamos a opção
de 6 segundos. O critério foi observar o rato durante 10 minutos de experimento. Para
encerrá-lo, clicou-se em file > save as > save in e optamos em denomina-lo como
“FI6” e salvá-lo no pendrive e na pasta do notebook.
O experimento de intervalo variável de 2 segundos foi iniciado ao clicar em file
> open a fim de abrir o procedimento de CRF feito anteriormente. Após isso, clicamos
em design operant experiment > variable e aplicamos a opção de 2 segundos. Este
experimento obteve como critério observar o sujeito até que se completasse 100
reforços. Finalizando essa etapa, foi preciso clicar em file > save as > save in e salvar
no pendrive bem como na pasta do notebook com o nome de “VI2”.
O experimento de intervalo variável de 4 segundos iniciou-se ao clicar em file
> open e ao abrir o experimento de VI2 realizado anteriormente. Posteriormente,
selecionamos o design operant experiment > variable e aplicamos a opção de 4
segundos. O critério imposto foi com a finalidade de observar o rato durante 5 minutos.
Encerrando este experimento, clicamos em file > save as > save in e salvamos no
pendrive bem como na pasta do notebook e, por fim, denominamos de “VI4”.
O experimento de intervalo variável de 6 segundos foi iniciado ao clicar em file
> open bem como ao abrir o experimento anterior denominado VI4. Configuramos este
processo clicando em design operant experiment > variable > 6 > seconds. Neste
procedimento, o critério foi observar o sujeito durante 10 minutos. Encerrando-o
selecionamos a aba file > save as > save in e optamos em salvar no pendrive e na
pasta do notebook. O arquivo foi denominado de “VI6”.
O experimento de razão fixa de 2 respostas foi iniciado ao clicar em file > open
a fim de abrir o experimento CRF realizado anteriormente. Configuramos ao clicar na
aba de design operant experiment > fixed e aplicar a opção de 2 respostas. Esse
procedimento dispôs de um critério de obter 100 reforços do sujeito e, ao encerrar,
tivemos que selecionar a opção file > save as > save in salvando-o com o nome de
“FR2” e guardando o arquivo no pendrive e na pasta do notebook.
O experimento de razão fixa de 4 respostas iniciou-se ao clicar em file > open
e ao abrir o arquivo de FR2 configuramos o procedimento na aba de design operant
experiment > fixed > 4 > responses. O critério deste experimento foi observar o rato
durante 5 minutos. Ao finalizar, selecionamos file > save as > save in para salvá-lo no
pendrive bem como na pasta do notebook com o nome de “FR4”.
O experimento de razão fixa de 6 respostas foi iniciado clicando em file > open
para abrir o experimento de FR4 realizado anteriormente. Para iniciar, selecionamos
a janela de design operant experiment > fixed para configurar 6 respostas. Este
procedimento obteve critério de observar o sujeito por 10 minutos. Após isso, o
experimento foi encerrado clicando em file > save as > save in a fim de salvar na pasta
do notebook além do pendrive com o nome de “FR6”.
O experimento de razão variável de 2 respostas iniciou-se ao clicar na aba file
> open a fim de abrir o arquivo de CRF realizado anteriormente. Neste procedimento,
configuramos em design operant experiment > variable > 2 > responses, no qual o
critério esperado foi de observar o sujeito emitir 100 reforços. Ao finalizá-lo, clicamos
em file > save as > save in para salvar no pendrive bem como na pasta do notebook
e denominamos de “VR2”.
O experimento de razão variável de 4 respostas foi iniciado ao clicar na aba file
> open para abrir o exercício de VR2 realizado anteriormente. Em seguida, para
configurar o experimento, tivemos que selecionar a janela de design operant
experiment > variable e clicamos na opção de 4 respostas para poder observar o rato
durante 5 minutos. Após finalizar o procedimento, foi preciso clicar em file > save as
> save in a fim de salvar no pendrive e na pasta do notebook com o nome de “VR4”.
O experimento de razão variável de 6 respostas iniciou-se clicando na aba file
> open para poder abrir o experimento feito anteriormente, o VR4. Configuramos ao
clicar na aba de design operant experiment > variable > 6 > responses a fim de
observar o sujeito durante 10 minutos de experimento. Ao finalizar, clicamos
novamente na aba file > save as > save in para salvá-lo com o nome de “VR6” e
guardá-lo no pendrive bem como na pasta do notebook.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Tabela comparativa entre a taxa da resposta de andar (A), limpar-se (L), erguer-se (E),
farejar (F), parar (P) e de pressão à barra (RPB) do sujeito nos experimentos de Nível operante e de
CRF.
105 97
88
90
75
60
45
30
15 1 0 0 0 0 0
0
RPB Andar Farejar Limpar Parar Erguer
Comportamentos
Figura 1 – Histograma comparativo entre a frequência dos comportamentos de andar, farejar, limpar-
se, parar, erguer-se e da resposta de pressão à barra (RPB) no Nível Operante e da frequência de RPB
no CRF.
COMPORTAMENTO REFORÇO
Pressionar a barra 18
TOTAL 76
120
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
TEMPO (MIN)
Razão Variável 2, 4 e 6
120
100
80
Frquência
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Tempo (min.)
RV 2 RV 4 RV 6
Figura 5 – Curva de frequência acumulada de respostas de pressão à barra (RPB) reforçadas no
experimento de esquema de reforçamento intermitente de razão variável (RV).
Diante dos dados apresentados na Figura 5, pode ser observado que a curva
de RV2 obteve maior frequência de respostas de pressão à barra, uma vez que o
critério necessitava de 100 reforços para finalizar o experimento, no entanto, o sujeito
totalizou 108 RPBs. A curva do RV4 foi considerada a menor devido o experimento
ter levado apenas 5 minutos para ser encerrado, já o de RV6 levou 10 minutos. O rato
obteve 22 respostas acumuladas e 36 respostas acumuladas no experimento RV4
bem como no RV6, respectivamente. Em um experimento que se baseia na razão
variável, o sujeito obtém uma média em resposta, isto é, ele não mais irá receber um
reforço após um número determinado de comportamentos e sim, após uma
modificação de respostas que tendem a variar. Ademais, as pausas são quase
inexistentes levando a uma alta taxa de frequências, isso pode ser mostrado
explicitamente nas 3 curvas da Figura 5 onde estas são constantes (Moreira &
Medeiros, 2019).
A Figura 6 foi elaborada de forma a explicitar os dados da frequência das
respostas de pressão à barra obtidos no experimento de esquema de reforçamento
de intervalo fixo (IF) 2, 4 e 6 segundos. Os dados foram dispostos em uma curva de
frequência acumulada, sendo que o tempo foi medido em segundos.
50
40
Frquência
30
20
10
0
65
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
70
75
80
85
90
95
1
5
100
105
110
115
120
125
130
135
140
145
150
155
160
165
Tempo (s.)
IF 2s IF 4s IF 6s
Figura 6 – Curva de frequência acumulada de respostas de pressão à barra (RPB) reforçadas no
experimento de esquema de reforçamento intermitente de intervalo fixo (IF).
100
80
Frquência
60
40
20
0
30
10
50
70
90
110
130
150
170
190
210
230
250
270
290
310
330
350
370
390
410
430
450
470
490
510
530
550
570
590
610
Tempo (s.)
IV 2s IV 4s IV 6s
frequência de RPB em RF e RV
120
108
104
100
80
Frequência
60
40 36
30
20 22
20
0
2 RBP 4 RBP 6 RBP
RF RV
Figura 8 – Histograma comparativo entre as frequências das respostas de pressão à barra (RPB) nos
experimentos de esquema de reforçamento intermitente de razão fixa (RF) e razão variável (RV) de
acordo com cada razão utilizada.
frequência de RPB em IF e IV
120
103 101
100
80
69
Frequência
60
43 43
40 36
20
0
2s 4s 6s
IF IV
Figura 9 – Histograma comparativo entre as frequências das respostas de pressão à barra nos
experimentos de esquema de reforçamento intermitente de intervalo fixo (IF) e intervalo variável (IV)
de acordo com os segundos de cada intervalo escolhido.
IF IV RF RV
Tempo
11 5 10 26 10 5 10 25 14 5 10 29 14 5 10 29
(min.)
Taxa
9,4 7,2 4,3 21 10 8,6 7 25,6 7,4 4 3 14,4 7,7 4,4 3,6 15,7
(r/min.)
Tabela 3 – Tabela comparativa da frequência, tempo (min.) e taxa das respostas de pressão à barra (RPB)
nos experimentos de esquema de reforçamento intermitente de intervalo fixo (IF), intervalo variável (IV),
razão fixa (RF) e razão variável (RV).
NÍVEL OPERANTE
TREINO AO COMEDOURO
MODELAGEM
ESQUEMA DE REFORÇAMENTO CONTÍNUO (CRF)
INTERVALO FIXO 2s
INTERVALO FIXO 4s
INTERVALO FIXO 6s
INTERVALO VARIÁVEL 2s
INTERVALO VARIÁVEL 4s
INTERVALO VARIÁVEL 6s
RAZÃO FIXA 2
RAZÃO FIXA 4
RAZÃO FIXA 6
RAZÃO VARIÁVEL 2
RAZÃO VARIÁVEL 4
RAZÃO VARIÁVEL 6
REFERÊNCIAS
Alloway, T.; Wilson, G. & Graham, J. (2006). Sniffy: o rato virtual. São Paulo: Thomson Learning.
Baum, W. M. (2005). Compreender o behaviorismo: Comportamento, cultura e evolução (2ª ed.) Porto
Alegre: Artmed.
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição (4ª ed.). Porto Alegre,
RS: Artmed. (Original publicado em 1998).
Guilhardi, H. J. (2017). Comportamento verbal e reforço natural. São Paulo: Instituto de Terapia por
Contingências de Reforçamento Campinas.
Hanna, E. & Moreira, M. (2012). Bases Filosóficas e Noção de Ciência em Análise do Comportamento
Fundamentos de Psicologia: temas clássicos de psicologia à luz da análise do comportamento (cap. 1,
pág. 1-20). Editora: Guanabara Koogan.
Lopes, Carlos Eduardo. (2008). Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical.
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 10(1), 1-13. Disponível em:
“<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151755452008000100002&lng=pt&tlng
=pt.>”. Acesso em 14 de out. de 2020.
Medeiros, C. Moreira, M. (2019). Princípios Básicos da Análise do Comportamento. São Paulo. Artmed
Micheletto, N. (1999). Bases filosóficas do Behaviorismo Radical. (Cap. 5, pág. 29-44). Sobre
Comportamento e Cognição: Santo André.
Silva, M. B.; Silva, R. S.; Silva, A. B. D. (2016). Reforçadores primários e secundários: uma análise das
contingências contidas no filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”. CAOS – Congresso Acadêmico de
Saberes em Psico (v.1, 2016).
Skinner, B. F. (2003). Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes (Original publicado
em 1953).
Skinner, B. F. (1969). Contingências do reforço, uma análise teórica. Nova Jersey: Prentice-Hall.
Skinner, B. F. (1982). Sobre o behaviorismo. São Paulo, SP: Cultrix. (Original publicado 1974).
Sidman, M. (2009). Coerção e suas implicações. Tradução de Maria Amália Anderry e Tereza Maria
Séiro. [S.l.]: Livro Pleno.
Todorov, J. C. (2002). A evolução do conceito de operante. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 18(2), 123-
127. https://doi.org/10.1590/S0102-37722002000200002
Watson, J. B. (1913). Psychology as the behaviorist views it. Psychological Review, 20(2), 158–177.