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AYSLLAN HARLLEY R.

PEREIRA
CAMILA LIMA DE SOUSA
DANIELA MARTINS FONSECA
DANILO PEREIRA SANTANA
JAISON CLÁUDIO FERNANDES
MARIA CAROLINA SOARES DE SOUSA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

GUANAMBI –BA
MAIO – 2011
AYSLLAN HARLLEY R. PEREIRA
CAMILA LIMA DE SOUSA
DANIELA MARTINS FONSECA
DANILO PEREIRA SANTANA
JAISON CLÁUDIO FERNANDES
MARIA CAROLINA SOARES DE SOUSA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Trabalho requisitado como instrumento


avaliativo para a disciplina de Construções
Rurais aos alunos do 3º ano A integrado de
agropecuária.

Orientação: Prof. Moisés

GUANAMBI –BA
MAIO - 2011
INTRODUÇÃO

Para a Engenharia Rural a área de Construções Rurais é de grande importância em


qualquer tipo de planejamento e implantação de atividades agropecuárias. Tendo um
campo de atuação bastante amplo (criação de animais, agricultura em geral,
armazenagem, beneficiamento, industrialização, etc.) e visa uma boa estruturação para
aumentar a produtividade, através de métodos de racionalização da produção.
Apresenta características que requerem conhecimentos relacionados com a área
agronômica e veterinária, aliando-os à racionalização, simplicidade e a economia de
execução, proporciona-se um desejável funcionamento das instalações.
Na data de 13 de maio de 2011 foi feita uma vivencia de campo no canteiro de
obras do ginásio de esportes e anexos que está sendo construído no IF Baiano Campus
Guanambi, esse momento tinha por objetivo a observação das fases iniciais na condução
de uma obra, as quais haviam sido socializadas previamente em sala de aula. Apesar de
não se tratar, necessariamente, de uma construção rural o ginásio apresentou-se como
objeto de grande proveito para uma aula de campo visto que este se encontrava ainda na
fase de fundações, sendo esta comum a qualquer tipo de construção.

METODOLOGIA

Os materiais observados na aula de campo eram correspondentes á fase em que se


encontrava a obra, a fundação, estes eram: pó de brita, brita nº 1, pedras, arenoso, lajotas
de cerâmica com seis furos, areia lavada, vergalhões de diâmetros diferentes, estribos de
tamanhos diferentes e cimento.
Além da percepção dos materiais disponíveis foi notada também a estruturação do
canteiro de obras que consiste em disponibilidade de energia elétrica proporcionada pela
presença de um poste implantado pela equipe, disponibilidade de água de qualidade e
um barraco em lugar sombreado para acondicionamento de materiais como o cimento,
equipamentos e ferramentas necessárias na obra, das plantas utilizadas em cada fase e
para ambientação aos funcionários da obra.
Apesar da fase em questão ser referente à fundação ainda era identificada a
estruturação da fase de locação do terreno. Esta foi feita com base na interpretação da
planta de locação - lembrando que toda planta é imprescindível para toda e qualquer
fase de uma construção – e usando-se estacas e ripas de madeira e pregos. Na locação
são demarcados a área da construção, os pontos onde posteriormente serão construídas
as sapatas, as colunas, as vigas, etc. Em torno da área de construção são postas as
estacas e em seguida arma-se a estrutura com as ripas usando instrumentos niveladores
para que todos os pontos da locação estejam no nível do ponto mais alto da marcação.
Em se tratando da obra do ginásio ao analisar a estrutura de locação e seu nivelamento é
evidente a declividade ao longo do terreno, isso implica que na etapa final da fase de
fundação será necessário o aterramento do terreno para ajuste do nível do pavimento do
ginásio.
A estrutura de locação é majoritariamente do tipo tábua corrida excetuando-se a
área correspondente à fundação das arquibancadas do futuro ginásio que possui
estrutura do tipo cavalete demarcando cada sapata. Uma relevante observação feita
nesta fase de locação é o tipo de técnica utilizada para demarcar os pontos da fundação,
sendo utilizados pregos na tábua de locação com posicionamento e alturas diferentes
que sinalizam os locais de escavação para o alicerce, os seguintes indicam o
posicionamento do radie e os outros dois internos demarcam os pontos para alvenaria,
respectivamente de fora para dentro. Nesta marcação observa-se ainda o alinhamento
entre as colunas da construção.
No interior do barracão estava o cimento, um motor-bomba hidráulico utilizado
para retirar excessos de água nas escavações da fundação, algumas ferramentas e as
plantas de locação e fundação. As plantas apresentavam todos os dados de espaçamento,
ferragem, concreto, alvenaria a serem adotados pelo mestre de obras além de códigos
técnicos e um carimbo informante do tipo de planta, empresa e técnico responsável,
indicação de escala e outras informações. Elas são feitas para papeis de ordem A (A3,
A5, etc.) e possuem margens de 1,5 cm excetuando-se a direita que possui 2 cm que
possibilita perfuração e arquivamento da planta.
A segunda fase da construção, a fundação, estava em andamento quando do
momento da visita. Algumas sapatas haviam sido preenchidas, assim como alguns
alicerces também já se encontravam finalizados e notava-se o alinhamento do radie –
cintas de amarração – o assentamento de formas de madeira e o preenchimento com
concreto, enquanto outros já haviam sido desenformados em fase de maturação do
concreto. Contudo algumas escavações de sapatas ainda estavam abertas e possuíam
apenas uma camada de concreto magro em seu fundo. Em alguns pontos observava-se
também a estrutura do alicerce – alvenaria de pedras – ligados com concreto e nivelado
por meio do alicerce de alvenaria até a altura da locação para o radie. O traço usado no
radie era de 1 – 3 – 3 sendo 1 parte de cimento para 3 partes de brita e 3 partes
constituída de 50% areia lavada e 50% pó de brita e o traço para o preenchimento das
colunas era 1 – 4,5 – 4,5 sendo 1 parte de cimento para 4,5 partes de brita e 4,5 partes
constituída também de 50% areia lavada e 50% pó de brita misturados numa betoneira.
As ferragens usadas para as grades das sapatas eram 5/16, para as colunas e vigas eram
½ as mais reforçadas e 3/8 as mais simples e todos eram confeccionados no canteiro de
obras conforme as indicações da planta. Na área de construção cada coluna era
identificada com uma plaquinha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O uso do pó de brita é uma alternativa econômica uma vez que, por ser
subproduto da brita, é mais barato que a areia lavada que tem sua extração cada vez
mais escassa por seu impacto ambiental.
Em visita ao interior do barracão verificou-se um acondicionamento inadequado
do cimento por estar em contato direto com o chão e a parede, uma vez que em casos de
ocorrência de altas umidades este material pode ser depreciado.
Cada planta possui informações distintas que apesar de serem elaboradas por um
engenheiro tem que ser adequadamente interpretadas pelo mestre de obras devendo,
portanto, ser claras. Os componentes estruturais das colunas e sapatas exigem larguras e
número de ferragens distintas uma vez que as cargas suportadas em alguns pontos são
diferentes e deve haver um equilíbrio em toda extensão de sustentação do prédio.
As sapatas apresentavam profundidades diferentes uma vez que devem ser
escavadas até o encontro das rochas ou solos suficientemente firmes. A necessidade de
uso do motor-bomba se deu pelo fato de que, apesar de raso o terreno, a sua
proximidade ao relevo montanhoso apresentava acumulo de água, oriundas do
escorrimento dos morros, nas escavações.
Para a área das arquibancadas foi feita uma fundação mais fortalecida uma vez
que essa é a parte da construção onde haverá maior carga quando o ginásio estiver
pronto e em funcionamento.
A identificação das colunas por meio de placas numeradas facilita a relação com a
representação da planta e consequentemente na assimilação da fundação e ferragem a
ser empregada.
CONCLUSÃO

O sucesso de uma construção depende da competência dos profissionais


envolvidos desde a etapa de elaboração das plantas, cálculos estruturais e de materiais,
passando pelas fases da construção ao acabamento e principalmente de um
acompanhamento competente com orientações adequadas.
Os materiais devem ser de boa qualidade, armazenados adequadamente e estar
sempre presentes no canteiro de obras para garantir a eficiência no andamento da
construção. A estrutura do canteiro de obras também é fundamental sendo necessário o
abastecimento energético e hidráulico com água de boa qualidade.

REFERÊNCIAS

OLDAN, Prof. João; Apostila de construções rurais; UNEB, Barreiras, BA.

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