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SOCORROS URGENTE

BIOSSEGURANÇA
Objetivos

 Realizar os processos de limpeza e desinfecção das mãos,


artigos e superfícies;
 Identificar as principais doenças infectocontagiosas e formas
de contágio;
 Reconhecer os EPI’s, seu uso e quando utilizá-los;
 Reconhecer as principais situações de risco na atividade de
socorrista;
 Saber as principais causas de dores no socorrista e como
evitá-la;
 Saber identificar situações de estresse e suas formas de
controle.
Conceitos

Biossegurança:
 Bios: Vida;
 Segurança: Proteção, cuidados.

Saúde Ocupacional:
 Saúde: disposição física e mental;
 Ocupacional: que advém da profissão.
Doenças Transmissíveis

 Uma doença que se transmite de uma pessoa à outra;


 O risco de contaminação é minimizado pelo uso de proteção
apropriada.
Modos de Transmissão

Direta:
 Quando espirram em você.

Indireta:
 Trocando roupa contaminada.

Por um vetor:
 Sendo picado por um mosquito.

Pelo ar:
 Inalando partículas aéreas contaminadas.
Termos Comuns

Exposição:
 Contato com sangue, fluidos corpóreos, tecido ou ar
contaminado tanto direta quanto indiretamente.

Precauções Universais:
 Medidas de proteção desenvolvidas para prevenir
trabalhadores de contato direto ou indireto com gemes.
Termos Comuns

Modo de isolamento corpóreo:


 Técnica de controle de infecção baseada no princípio que
todo fluido corpóreo é infectado.

Plano de controle à exposição:


 Plano para reduzir os riscos à exposição.
Modo de Isolamento Corpóreo

 Lavagem das mãos;


 Luvas e proteção para os olhos;
 Máscaras e roupas específicas;
 Descarte adequado de artigos perfuro cortantes.
Lavagens das Mãos

 Abrir a torneira com a mão dominante e molhar as mãos sem


encostar na pia;
 Ensaboar mãos por 15 a 30 segundos não esquecendo dorso,
espaços interdigitais e punhos;
 Enxaguar as mãos em água corrente retirando totalmente a
espuma e os resíduos de sabão;
 Enxugar as mãos com papel toalha e com esse fechar a
torneira, desprezando-o no lixo.
Lavagens das Mãos
Retirada das Luvas

 Pince o punho de uma das luvas


e puxe-a com cuidado até a
metade;
 Pince a outra luva pelo punho,
removendo-a totalmente;
 Pegando pelo interior da luva,
remova agora a outra;
 Descarte a duas luvas, sempre
tocando o lado interior.
Processamento dos Artigos

 Recomenda-se que seja centralizado;


 O manuseio requer uso de EPI.

Artigos são classificados em:


 Críticos (instrumentos cirúrgicos);
 Semi-críticos: (cânulas, termômetro);
 Não-críticos (manguito, estetoscópio).
Processamento dos Artigos

 Limpeza;
 Desinfecção;
 Enxágüe;
 Secagem;
 Esterilização;
 Estocagem.
Imunizações

Recomendado:
 Tétano-difteria (a cada 10 anos) – 3 doses IM (intervalo de 2
meses), depois de 10 anos –reforço.
 Sarampo, caxumba, rubéola – Dose única SC aos 12 meses,
depois reforço aos 4/6 anos
 Gripe (anualmente) - IM
 Hepatite B – 3 doses IM. 1ª - 1 a 2 meses a 2ª e depois de 5
meses a 3ª.
Dever de Agir

 O socorrista não pode negar-se a atender um paciente com


suspeita de doença contagiosa, mesmo que o paciente seja
um risco a sua segurança;
 Negar um atendimento é considerado abandono ou quebra
de dever; o socorrista também poderá ser considerado
negligente.
Doenças Infecto Contagiosas

Infecção por HIV:


 Infecção que causa a AIDS;
 Hoje não há vacina;
 Não é fácil de ser transmitida no local de trabalho;
 Pode ser transmitida para um socorrrista por uma agulha
contaminada.
Doenças Infecto Contagiosas

Hepatite:
 Hepatite resulta de uma inflamação no fígado;
 Hepatite B e C são transmitidas por contato sanguíneo;
 A pessoa que tem a doença pode parecer saudável;
 Vacinas são disponíveis e recomendadas para socorristas.
Doenças Infecto Contagiosas

Meningite:
 Inflamação no revestimento do cérebro;
 Pode ser causada por vírus ou bactéria;
 Normalmente não é contagiosa, exceto pelo Meningococcus
meningitidis;
 Vista luvas e máscaras;
 Notifique um médico, se suspeita de exposição.
 Vacina – meningococo A+C; Acima de 2 anos de idade –
Subcutânea ou Intramuscular.
Doenças Infecto Contagiosas

Tuberculose:
 Doença bacteriana que afeta os pulmões;
 Detectada por triagem;
 Recuperação de 100% se descoberta e tratada precocemente
;
 Notifique um médico se suspeita de exposição;
 Vacina – BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) – intradérmica,
primeiro mês de vida (a criança deve ter, no mínimo, 2Kg).
NÃO há revacinação ou reforço.
Doenças Infecto Contagiosas

Sífilis:
 Pode ser uma doença sanguínea;
 Pode resultar de um ferimento com agulha.

Coqueluche:
 Doença aérea causada por bactéria;
 Normalmente ocorre em crianças;
 Use máscaras para evitar exposição;
 Vacina; triplice (DTP) - Difteria, Tétano, Coqueluche. IM.

Síndrome respiratória aguda severa (SARS):


 Exige planos de contingência.
Condutas Gerais Pós-exposição

 O artigo 269 do Código Penal obriga a notificação à


autoridade pública de doença infecto contagiosa;
 Você deve ser tirado imediatamente após qualquer
exposição;
 Todas as exposições devem ser reportadas para o responsável
do seu sistema de atendimento pré-hospitalar.
Reduzindo o Risco – Relembrando

 Siga o plano de controle;


 Sempre use uma barreira entre você e o paciente;
 Tenha cuidado ao manusear agulhas;
 Sempre lave suas mãos;
 Tenha certeza que todas as vacinas imunizadoras estão em
dia.
Controle Pessoal

Deve ser acompanhado por:


 Treinamento apropriado;
 Experiência;
 Estratégias para lidar com stress;
 Dedicação em servir o próximo.
Segurança de Cena e Proteção Pessoal

 Prepare-se quando acionado;


 Vista o cinto de segurança;
 Dirija respeitando as regras de
trânsito;
 Assegure-se que a cena está
bem sinalizada;
 Cheque a estabilidade do
veículo.
Cenas Perigosas

Materiais Perigosos:
 Nunca se aproxime de um objeto marcado com placas de
sinalização.

Eletricidade:
 Não toque em fios desencapados;
 Reconheça os sinais que precedem um relâmpago em locais
abertos.

Fogo:
 Não se aproxime a menos que treinado e protegido.
Placas de Segurança de Produtos Perigosos
Equipamento de Proteção Individual

Proteção contra chuva:


 Impermeabilidade.

Roupa de Combate a Incêndio:


 Proteção dos pés à cabeça.

Luvas:
 O tipo depende do trabalho que será realizado.
Equipamento de Proteção Individual

Capacetes:
 Deve ser usado em qualquer
zona de desabamento.
Botas:
 Devem proteger o pé, calçar
bem e ser flexível.
Equipamento de Proteção Individual

Proteção de olhos e ouvidos:


 Deve ser usada em operações de resgate.

Proteção de pele:
 Usar protetor solar quando trabalhar ao sol.

Colete Balístico:
 Usado pelo socorrista em situações de violência.
Situação de Violência

 Distúrbios civis;
 Disputas domésticas;
 Cenas de crime;
 Grandes multidões,
Segurança

 Se a segurança pessoal está


em dúvida, não se coloque
em risco.
Emergências Comportamentais

Determinantes de violência:
 História passada;
 Postura;
 Atividade vocal;
 Atividade física.
Dores Físicas

 Principal motivo de afastamento do socorrista no trabalho;


 Dores na coluna, nos ombros e pescoços, devido a uma má
postura e elevação inadequada de peso;
 Estudos mostram que cerca de 70% dos socorristas
experimentam algum tipo de dor lombar;
 Quase 45% tem seu rendimento reduzido por conta dessas
dores.
Prevenção das Dores

 Boa postura no trabalho;


 Posição ergonômica da
ambulância (prateleiras);
 Cuidados ao carregar e
descarregar materiais;
 Em especial ao carregar a
maca.
Aspectos Emocionais

 Até mesmo os mais experientes têm dificuldade em


minimizar reações pessoais;
 Emoções devem ser mantidas sob controle na cena.
Sinais de Estresse no Trabalho

APH é um serviço de alto estresse:


 Entenda as causas do estresse;
 Evite ser afetado negativamente pelo estresse.
Estresse no Local de Trabalho

 Diversidade cultural;
 Sua eficiência como um socorrista;
 Evitar assédios sexuais;
 Abuso de substâncias ilícitas.
Sintomas Físicos do Estresse

 Fadiga;
 Mudanças no apetite;
 Dores de cabeça;
 Insônia / aumento do sono;
 Irritabilidade.
Reações Psicológicas do Estresse

 Medo;
 Depressão;
 Fúria;
 Frustração.
Incidentes Críticos

 Incidentes em massa;
 Ferimento traumático ou
morte de uma criança;
 Colisão causada por um
socorrista;
 Ferimento grave ou morte
de um parceiro.
Sinais e Sintomas de Estresse Pós-Traumático

 Depressão;
 Reação de choque;
 Fenômeno de flashback;
 Esquecimento do evento.
Lidando com o Estresse

 Existem maneiras positivas e negativas de lidar com o


estresse;
 O estresse é inevitável;
 Entenda os efeitos do estresse;
 Encontre equilíbrio em sua vida.
Estratégias para Lidar com Estresse

 Trocar ou eliminar os elementos que o causam;


 Trocar parceiros para evitar personalidades hostis ou
negativas;
 Parar de se preocupar e compadecer com aquilo que você
não pode alterar;
 Expandir seu sistema de suporte social.
Estratégias para Lidar com Estresse

O estresse físico pode ser minimizado por:


 Respirar profundamente;
 Alongamento;
 Exercício físico regular;
 Relaxamento muscular progressivo.
Estresse e Nutrição

 Estresse prolongado esgota as reservas do corpo;


 Sob estresse fontes de energia do corpo são consumidas em
larga escala.
Estresse e Nutrição

Glicose:
 Fonte rápida de energia;
 Obtida do glicogênio armazenado no fígado.

Proteínas:
 Tiradas dos músculos;
 Fonte a longo prazo de energia.
Estresse e Nutrição

Gorduras:
 Usada pelos tecidos para fornecer energia.

Água:
 Importante pela retenção de sódio.

Vitaminas e minerais:
 Repõe vitaminas B, C e a maioria dos minerais que não se
encontram em grande quantidade no organismo.
SOCORROS URGENTE
BIOSSEGURANÇA

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