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Responsabilidade do fornecedor
no CDC – parte 3
Aula 06
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
Bibliografia utilizada
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Previsão legal
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Previsão legal
Previsão legal
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Vício de qualidade
Vício de qualidade
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• STJ
[...] 3. A instituição financeira, ao emitir comprovantes de suas operações por meio de papel
termossensível, acabou atraindo para si a responsabilidade pelo vício de qualidade do
produto. Isso porque, por sua própria escolha, em troca do aumento dos lucros — já que a
impressão no papel térmico é mais rápida e bem mais em conta —, passou a ofertar o
serviço de forma inadequada, emitindo comprovantes cuja durabilidade não atendem as
exigências e as necessidades do consumidor, vulnerando o princípio da confiança. [...]. 7. Na
hipótese, o serviço disponibilizado foi inadequado e ineficiente, porquanto incidente na
frustração da legítima expectativa de qualidade e funcionalidade do consumidor-médio em
relação ao esmaecimento prematuro das impressões em papel térmico, concretizando-
se o nexo de imputação na frustração da confiança a que fora induzido o cliente. 8. Recurso
especial não provido (REsp 1414774/RJ, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 4ª T., julgado
em 16-5-2019, DJe 5-6-2019).
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¾ As partes pode ajustar prazo diverso*, art. 18, §2º, entre 7 e 180 dias.
¾ Isso significa que o consumidor SOMENTE poderá optar por uma das
hipóteses do artigo 18 §1º, CDC após oportunizar ao fornecedor a tentativa de
conserto do vício do produto.
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Exceção:
1) Produto essencial;
Apelação cível nº 1004683-22.2016.8.26.0481, 25ª Câmara de Direito Privado. TJSP. Rel. Edgard Rosa, J.
30.11.2017.
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O consumidor poderá escolher livremente entre as opções do art. 18, §1º, do CDC,
não havendo observância de ordem.
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9 Responsabilidade objetiva.
9 Desnecessidade de comprovação de dolo ou culpa.
Almeida, 2020, p. 544
Bons estudos.
Obrigado!
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Desconsideração da personalidade
jurídica no CDC
Aula 07
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
Bibliografia utilizada
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Garantias no CDC
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Com o advento do Código Civil 2002 (art. 50), o instituto também foi
disciplinado para os casos que não envolvem relação de consumo.
§ 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações
decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados aos consumidores.
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Art. 50.
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o
caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
CDC x CC
Principais divergências.
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ATENÇÃO!
O art. 28, §5º, do CDC assegura uma cláusula geral de desconsideração da
personalidade jurídica, sempre que esta for obstáculo para o ressarcimento
do consumidor.
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TEORIA MAIOR
9 Adota o artigo 50 do CC.
9 Não basta a insolvência para a desconsideração.
9 Necessário demonstrar o desvio de finalidade (subjetiva) ou a confusão patrimonial
(objetiva).
Desvio de finalidade: ato intencional dos sócios em fraudas terceiros com o uso abusivo
da personalidade jurídica (Teoria Maior Subjetiva).
Confusão Patrimonial: inexistência, no campo dos fatos, de separação do patrimônio da
pessoa jurídica e de seus sócios (Teoria Maior Objetiva).
TEORIA MENOR
9 Adota o artigo 28 do CDC.
9 Basta a insolvência do fornecedor para legitimar a desconsideração da
personalidade jurídica.
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Jurisprudência do STJ
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Bons estudos.
Obrigado!
Aula 08
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
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Bibliografia utilizada
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Garantias no CDC
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Garantias no CDC
Garantias no CDC
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Garantia estendida
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“De fato, conforme premissa de fato fixada pela corte de origem, o vício do
produto era oculto. Nesse sentido, o dies a quo do prazo decadencial de que
trata o art. 26, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor é a data em ficar
evidenciado o aludido vício, ainda que haja uma garantia contratual, sem
abandonar, contudo, o critério da vida útil do bem durável, a fim de que o
fornecedor não fique responsável por solucionar o vício eternamente. A
propósito, esta Corte já apontou nesse sentido”
(Resp 1.123.004/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 9-12-
2011).
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Divergência doutrinária.
Ausência de posição jurisprudencial do STJ.
Prescrição
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Bons estudos.
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Oferta no CDC
Aula 09
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
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Bibliografia utilizada
Oferta no CDC
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Oferta no CDC
Características
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Características
Características
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Princípio da vinculação
Ofertou, vinculou!
*Exemplo
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Princípio da vinculação
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Princípio da vinculação
ATENÇÃO!!!
A alegação de ERRO na oferta, em regra, não exime o fornecedor de
cumprir integralmente o teor daquilo que foi ofertado.
A capacidade de induzir o consumidor a erro é determinante.
TV de R$ 1.000,00 anunciada por R$ 10,00 não é capaz de induzir o
consumidor a erro, logo, não haverá vinculação.
Princípio da Boa-fé.
Princípio da vinculação
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Integra o contrato
STJ: “Sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, as informações prestadas por corretor
a respeito de contrato de seguro-saúde (ou plano de saúde) integram o contrato que vier a
ser celebrado e podem ser comprovadas por todos os meios probatórios admitidos” (REsp
531.281/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª T., DJ 23-8-2004).
A informação na oferta
Artigo 31 do CDC*
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A informação na oferta
Informações obrigatórias
A informação na oferta
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Art. 35 do CDC
Bons estudos.
Obrigado!
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Publicidade no CDC
Aula 10
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
Bibliografia utilizada
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Publicidade no CDC
Características
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Características
Atenção!
O CDC não obriga o fornecedor a fazer publicidade!
De acordo com Herman Benjamin, a publicidade não é dever, é direito
do fornecedor, desde que a veicule por sua conta e risco.
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Controle da publicidade
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Controle da publicidade
Controle da publicidade
Bebidas alcoólicas: “as mensagens serão
exclusivamente destinadas a público adulto, não
sendo justificável qualquer transigência em relação
a este princípio. Assim, o conteúdo dos anúncios
deixará claro tratar-se de produto de consumo
impróprio para menores; não empregará
linguagem, expressões, recursos gráficos e
audiovisuais reconhecidamente pertencentes ao
universo infantojuvenil, tais como animais
‘humanizados’, bonecos ou animações que
possam despertar a curiosidade ou a atenção de
menores nem contribuir para que eles adotem
valores morais ou hábitos incompatíveis com a
menoridade”.
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Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer
forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou
apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato
que vier a ser celebrado.
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Bons estudos.
Obrigado!
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Aula 11
Professor Me.
Jonas Yuri Carlos da Costa
Bibliografia utilizada
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Práticas abusivas
Práticas abusivas
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Atenção!
As práticas abusivas podem ocorrer em 3 momentos!
Práticas abusivas
- De acordo com Ruy Rosado de Aguiar Jr., a boa-fé se manifesta por meio
da teoria dos atos próprios, proibindo:
1. Venire contra factum proprium :
proíbe o comportamento
contraditório, uma vez criada a expectativa legítima na outra parte. Em
suma, impede que uma pessoa contrarie sua conduta anterior
causando prejuízo a quem confiara na atitude inicial.
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Práticas abusivas
Práticas abusivas
VEDA QUE ALGUÉM FAÇA CONTRA O OUTRO O QUE NÃO FARIA CONTRA SI
MESMO.
O ‘ tu quoque ‘ , expressão cuja origem, como lembra Fernando Noronha, está no grito de dor de Júlio
César, ao perceber que seu filho adotivo Bruto estava entre os que atentavam contra sua vida (‘ Tu quoque,
filli ‘ ? Ou ‘ Tu quoque, Brute, fili mi ‘ ?), evita-se que uma pessoa que viole uma norma jurídica possa
exercer direito dessa mesma norma inferido ou, especialmente, que possa recorrer, em defesa, a normas
que ela própria violou (Flávio Tartuce, 2016).
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Definição
- “é a desconformidade com os padrões mercadológicos de boa conduta
em relação ao consumidor”.
- “[...] qualquer que seja o comportamento, se estiver em desacordo com
aquilo que se espera no tocante à boa conduta — vista esta sob o
enfoque da boa-fé objetiva —, haverá prática abusiva.
Definição
- De acordo com Cavalieri Filho:
- “práticas abusivas são ações ou condutas do fornecedor em
desconformidade com os padrões de boa conduta nas relações de
consumo. São práticas que, no exercício da atividade empresarial,
excedem os limites dos bons costumes comerciais e, principalmente, da
boa-fé, pelo que caracterizam o abuso do direito, considerado ilícito pelo
art. 187 do Código Civil. Por isso são proibidas”.
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Classificação
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