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Estudos Midiáticos

Aula 11: Teorias críticas II

Prof. Claudio Abraão Filho


claudioabraaof@uni9.pro.br
2021-2

VAMOS COMEÇAR EM 5 MINUTOS


Trabalho em grupo:
Teoria Criativa – 03/12 (3,0)
Cada grupo deve desenvolver um Foto-ensaio: até 10 imagens autorais ou mistas,
foto-ensaio ou vídeo-ensaio, ficcional conceituais, montadas em arquivo digital (pdf) e
ou documental, com base em uma acompanhadas por legendas/textos. Abordar a
das teorias da comunicação relação das imagens com as ideias ou teorias
estudadas em aula: apresentar a escolhidas.
história da Escola ou da Teoria e de
Vídeo-ensaio: até 10 minutos, com imagens e
seus proponentes, selecionar
sons de arquivo ou autorais, com gravações ou
aspectos dos seus problemas,
locuções, entrevistas ou trechos de filmes, para
objetivos e métodos; apresentar os
explicar as ideias ou teorias escolhidas.
principais autores e ideias, discutir
avanços e limites.
Teorias funcionalistas Teorias críticas
Funções dos meios de comunicação Teoria com teleologia: a
na formação da opinião pública. emancipação humana das diferentes
formas de dominação e servidão.
Efeitos empíricos e aplicações
práticas dos conhecimentos. Avaliação reflexiva sobre a
Métodos quantitativos. sociedade e a cultura, para revelar e
desafiar estruturas de poder.
Escola de Chicago, Mass
Communication Research, Modelo Escola de Frankfurt, Indústria
Linear, Agulha Hipodérmica, Cultural, Situacionismo.
Two-Step Flow.
outros nomes
associados à
Escola de Frankfurt
Walter Benjamin
a obra de arte na era
da sua reprodutibilidade
técnica
A arte na era da técnica
Um dos textos mais célebres de Benjamin é A obra de arte na
época de sua reprodutibilidade técnica, no qual ele defende uma
visão materialista segundo a qual toda produção artística é
circundada por uma certa ‘aura’, que revela sua singularidade.

Com o advento das artes 'técnicas' como a fotografia e o


cinema, Benjamin diagnosticou a perda da aura de
singularidade e o surgimento do valor de exposição.
A arte na era da técnica
Benjamin via na tecnologia de reprodução uma faca de
dois gumes: por um lado, ela destruía o legado da cultura
ancestral e o valor de culto das obras artísticas
singulares; por outro, propiciava à população uma nova
interação com a obra de arte, o que convertia esta
produção em um meio poderoso de sublevação dos
mecanismos sociais.
Herbert Marcuse
a ideologia da
sociedade industrial
Jürgen Habermas
a teoria da ação
comunicativa
Axel Honneth
luta por reconhecimento
Guy Debord
A sociedade do espetáculo
Guy Debord (1931 - 1994)
Filósofo, sociólogo, psicólogo e musicólogo alemão
influenciado pelo pensamento de Hegel, Freud e Marx.

Foi um dos líderes da Escola de Frankfurt e um


importante crítico da sociedade moderna. Durante a
Segunda Guerra Mundial, se exila nos Estados Unidos,
desenvolvendo estudos sobre a cultura de massas, o
autoritarismo e o antisemitismo.
A sociedade do espetáculo
A vida nas sociedades modernas de produção é uma
acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente
vivido se esvai na representação.
O espetáculo funciona como instrumento de unificação da
sociedade, sendo foco do olhar iludido e da falsa
consciência.
O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma
relação social entre pessoas, mediatizada por imagens.
A sociedade do espetáculo
Ele não é um complemento ao mundo real, um
adereço decorativo. É o coração da irrealidade da
sociedade real. O espetáculo constitui o modelo
presente da vida socialmente dominante. Ele é a
afirmação onipresente da escolha já feita na
produção, e no seu corolário – o consumo. O
espetáculo é a justificação das condições e dos fins
do sistema existente.
A sociedade do espetáculo
O espetáculo apresenta-se como algo grandioso, positivo,
indiscutível e inacessível. Sua única mensagem é "o que
aparece é bom, o que é bom aparece".
Nesse setor econômico avançado que modela diretamente
imagens-objetos, o espetáculo é a principal produção da
sociedade atual.
A primeira fase da dominação da economia sobre a vida
social levou à degradação do ser em ter. A fase presente
conduz a uma busca do ter e do parecer.
A sociedade do espetáculo
O espetáculo moderno exprime o que a sociedade pode
fazer, mas nesta expressão o permitido opõe-se ao
possível.
É uma produção circular do isolamento. Do automóvel à
televisão, todos os bens selecionados pelo sistema
espetacular são armas para o reforço das condições de
isolamento das "multidões solitárias".
O espetáculo reúne o separado, mas reúne-o enquanto
separado.
O espetáculo da vida cotidiana
Reality shows: criam espetáculos da vida cotidiana de
pessoas comuns ou de celebridades. Os indivíduos
comuns e a vida banal ganham destaque nos grandes
meios de massa.

Esses programas misturam as performances da vida real


com rituais de sofrimento e de eliminação simbólica, bem
como rituais de transformação.
Truman Capote observou
que os norte-americanos não
apreciam a beleza natural.
As pessoas querem ver
gente simples e comum que
foi preparada, exercitada,
fabricada e estilizada a
ponto de uma completa
transformação. Querem isso
porque a beleza natural não é
igualitária – você nasce com
ela ou não.

Chuck Palahniuk
O show do Eu
Redes sociais: a exposição da intimidade como
espetáculo público. Deslocamento do limite entre
público e privado.

A construção de identidade se dá na plena visibilidade


dos perfis, com formas espetaculares que visam
atrair a atenção e a apreciação pública de amigos e
de seguidores.
Estamos no hiperespetáculo?

http://metamorficus.blogspot.com/2007/12/debord-
e-o-hiper-espetculo.html

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