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CAATINGA

Emanuelly Vitoria Silva Araujo


Franklin Alex Lacerda Gomes
Izabel Souza e Silva
Maria Eduarda Pereira de Souza
Maria Luysa Tavares Basilio

PATOS DE MINAS – MG
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................2
DESENVOLVIMENTO....................................................................................................................3
LOCALIZAÇÃO...............................................................................................................................4
FAUNA..........................................................................................................................................5
FLORA...........................................................................................................................................5
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO.......................................................................................................7
PROBLEMAS AMBIENTAIS ENFRENTADOS...................................................................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................10
INTRODUÇÃO

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Está localizada nos


estados do Nordeste do Brasil e no extremo norte de Minas Gerais. A sua área
de abrangência corresponde a cerca de 10% do território brasileiro. A
vegetação da Caatinga tem como característica principal a adaptação aos
períodos de estiagem. Sendo assim, as suas plantas possuem troncos grossos
e raízes profundas; já os seus animais possuem estratégias para sobreviver ao
calor.
O clima da Caatinga é o Semiárido, marcado por temperaturas elevadas e
por pouca chuva. O solo da Caatinga é extremamente fértil, porém muito raso e
pedregoso. A rede hidrográfica da Caatinga é pequena e formada, no geral, por
rios intermitentes
A Caatinga possui um alto grau de vulnerabilidade ambiental, em razão
de suas características físicas, muito específicas das suas áreas de
abrangência. Nos últimos anos, o bioma vem apresentando altas taxas de
desmatamento. O impacto ambiental é verificado em razão do desenvolvimento
de atividades produtivas, como a produção de lenha e a pecuária extensiva
DESENVOLVIMENTO
Esse ecossistema característico do clima tropical semiárido,
predominado por altas temperaturas com média de 27ºC ou até superior a 32ºC
com índice pluviométrico abaixo de 800mm/ano, nas épocas de chuva pode
chegar a cerca de 1000mm/ano, já nos períodos mais secos há uma baixa para
200mm/ano, sua vegetação possui características únicas pois ao longo do
tempo ocorreu adaptação devido aos grandes períodos de seca, nele há
diversas espécies de vegetações, muitas delas, endêmicas, ou seja que se
desenvolve apenas em uma região especifica, assim como a vegetação a flora
também possui uma grande diversidade, o período de floração varia conforme,
as chuvas e a qualidade do solo da região.
Segundo a Embrapa possui cerca de 1981 espécies de plantas, se
destacando os cactos, as bromélias e leguminosas. A fauna, mesmo pouco
conhecida é muita diversa e endêmica, assim como as plantas, os animais
também passaram por adaptação ao clima, desenvolvendo hábitos noturnos,
comportamento migratórios e hibernação.
O Solo foi definido como raso e profundo pelo Sistema Brasileiro de
Classificação dos Solos, com textura arenosa e argilosa, tem riqueza em
minérios, mas é pobre em matéria orgânica, devido a hidrografia, clima, e a
vegetação da região. A Hidrografia apresenta rios que em maioria são
intermitentes ou temporários, ou seja, que correm apenas em períodos de
chuvas e que secam na época de estiagem

LOCALIZAÇÃO
A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, ou seja, só está
presente em território nacional. Mais especificamente nos estados de Alagoas,
Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Sergipe
e Paraíba, presentes no nordeste do país.
Fonte: https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/caatinga

Ela representa 11% do território nacional, com uma área de 730.850 km².
Porém ela já teve uma extensão muito maior que isso, com mais de 844.453
km².

FAUNA
Embora a diversidade de animais em ambientes secos, com pouca chuva
e temperaturas altas seja menor que nas florestas tropicais, é preciso desfazer
o mito de que a Caatinga é um bioma pobre em espécies e vegetação.
Engana-se quem tem a visão da Caatinga como um conjunto de paisagens
homogêneas, com pouca vida e diversidade.
Sim, há paisagens de agreste, com terras secas e escassez de água,
como mais frequentemente aparece na mídia, mas também há terras altas,
frias, com mais água, assim como plantas de grande porte. O bioma possui
diferentes fitofisionomias, cada qual com sua riqueza e belezas.
A Caatinga abriga na verdade várias espécies de mamíferos, aves,
anfíbios, répteis, peixes e outros. Além disso, muitas espécies são próprias
desse bioma.
A caatinga abriga uma vasta fauna composta por aproximadamente 1.307
espécies animais, dentre as quais 327 são exclusivas do bioma, com 178
espécies de mamíferos como: os marsupiais, tatus, tamanduás, ratos,
macacos, onças, veados, capivaras e morcegos, dentre outros. E 177 espécies
de repteis como: lagartos, serpentes, anfisbenídeos(cobras-de-duas-cabeças),
crocodilianos e quelônios. Outras espécies da caatinga são os roedores,
veados, cachorros do mato dentre outros. Porém algumas espécies desse
bioma se encontram em risco extinção, animais como a onça pintada e parda,
tatu-bola, guigó-da-Caatinga são exemplos. (MONIK DA SILVEIRA
SUÇUARANA, Fauna da Caatinga).
Fonte: https://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/4-destaques/6783-para-icmbio-caatinga-e-
um-bioma-vital

FLORA
A flora deste bioma é diversa, o período de floração vareia muito
conforme a região, nela existem algumas espécies como:
• Cumaru
• Ipê-roxo
• Juazeiro
• Macambira

Fonte: https://ispn.org.br/biomas/caatinga/fauna-e-flora-da-caatinga/

Neste bioma é comum a presença de vegetações endêmicas, ou seja,


com características únicas que foram obtidas após adaptações devido a região
ter altas temperaturas e passar por longas épocas de estiagem, as principais
características são:
• Árvores baixas
• Troncos tortuosos
• E a presença de espinhos
Nessa região é comum que as folhas caiam nos períodos de maior seca
isso acontece para que evite a perca excessiva de água e diminuir a ocorrência
de processos fotossintéticos para que as plantas entre em um processo de
“economia de energia”.
Fonte: https://oempregoeseu.com/2020/03/19/caatinga/

Outra característica que é marcante é que as raízes cobrem o solo para


que desse modo seja possível armazenar água durante os períodos de chuva,
elas também têm capacidade de realizar fotossíntese e produzir nutrientes
mesmo sem a presença de folhagem, se deve ao fato de que elas possuem
caule verde com células constituídas por clorofila. Vale lembrar que neste
bioma existem cactos que compõe a vegetação eles possuem uma grande
capacidade de armazenamento de água, há também certas plantas que
apresentam uma espécie de cera em suas folhas que evitam a perca de água

MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Primeiro é conservar o que se tem, não permitindo que haja mais
devastação, recuperar o que foi degradado e adotar meios de vida que
permitam obter os recursos necessários sem que haja necessidade de se
devastar ainda mais o bioma. Busca-se, assim, garantir um desenvolvimento
sustentável da região.

Fonte: https://ispn.org.br/pesquisadores-brasileiros-relacionam-desmatamento-a-crises-sanitarias/
Um passo fundamental para as grandes ações de conservação do bioma
é seu reconhecimento como Patrimônio Nacional na Constituição Federal. Uma
demanda que tramita juntamente com a do bioma Cerrado desde 2003 (PEC
51/2003). Atualmente a proposta demanda ainda está em discussão no
Congresso Nacional, na versão formulada em 2010 (PEC 504/2010). Essa
medida é uma estratégia para a conservação do bioma, pois assim seria
formalizada e enfatizada a importância do bioma para o nosso país. Já se
passaram praticamente 10 anos de tramitação da PEC, foi aprovada pelo
Senado, mas ainda aguarda a aprovação da Câmara. Há uma petição online
com quase 600 mil assinaturas e diversas organizações sociais civis que se
mobilizam para pressionar sua aprovação.
De toda essa área da Caatinga, pouco mais de 7% corresponde à
categoria de uso sustentável e 1,7% à de proteção integral. Com esses
números, a Caatinga ganha a posição de bioma com a menor quantidade de
áreas protegidas no Brasil. Nessas medidas de conservação, a que visamos
como urgente no momento é o reflorestamento da Caatinga, ou reCaantigar a
área, um termo bastante usado no meio nos últimos tempos.
Também não podemos esquecer o Plano de Ação Nacional Ararinha Azul,
que visa criar meios para que a espécie retorne à Caatinga. Considerada
extinta na natureza, atualmente existem somente 163 indivíduos criados em
cativeiro e apenas 13 estão no Brasil. Para tenha sucesso a iniciativa, é de
extrema importância que as áreas de soltura estejam em condições ambientais
adequadas, com espécies utilizadas pela ave tanto para o estabelecimento de
ninhos quanto para sua alimentação em seu habitat natural.
A uma medida de conservação que precisa ser reforçada dia a pós dia,
a ação de fazermos a nossa parte e conservamos a natureza, que é o nosso lar
e sem ela não existe vida alguma. Então uma medida de conservação eficaz é
não botar fogo, não jogar lixo onde não deve e principalmente respeitar os
limites da natureza.

PROBLEMAS AMBIENTAIS ENFRENTADOS


A Caatinga tem como principal característica o fato de ser o único bioma
exclusivamente brasileiro. Mesmo assim, estudos divulgados pelo Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga
(CECAT) alertam que esse é o domínio florestal menos conhecido
cientificamente da América do Sul, tanto em termos geográficos quanto em
observações biológicas.
Está entre as 37 regiões do planeta que devem ser conservadas, devida
sua grande biodiversidade e contribui para as características climáticas locais e
globais. Este bioma se concentra diversas nascentes que abastecem o sertão
nordestino. É também um dos biomas mais devastados do Brasil, sua área é
destinada as atividades agropecuárias, consequentemente aumentando o
desmatamento e queimadas. Além disso, existem indícios ainda não
comprovados de que a Caatinga possa ser mais eficiente na absorção de gás
carbônico na atmosfera do que as florestas tropicais, haja vista que essas
últimas produzem uma quantidade de CO2 mais ou menos equivalente ao que
absorvem.
A região semiárida abrangida por esse bioma habita cerca de 28 milhões
de pessoas (sendo a mais povoada do mundo), que tiram do bioma os recursos
necessários para a sua sobrevivência. Além dessa intensa exploração dos
recursos naturais, há o aumento da expansão da fronteira agrícola para
viabilizar a produção agrícola e pecuária, acarretando então o aumento do
desmatamento.
A vegetação desse domínio natural é bastante adequada para a utilização
como lenha, pois possui um alto poder calorífico. A principal causa do
desmatamento da Caatinga associa à grande necessidade energética de uma
região que sofre com a falta de investimentos e de presença do Estado.
Estima-se que 30% da energia utilizada pelas indústrias locais advenham
dessa prática de extração da lenha da vegetação do semiárido.

Fonte: https://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=200413

Sabe-se que nas regiões de clima mais quente e com pouca precipitação,
o que se verifica em algumas das áreas ocupadas por esse bioma, a tendência
de desertificação é alta em virtude da desidratação dos solos ocasionada pelo
elevado índice de evaporação. Com a remoção da vegetação, o problema é
intensificado, além de tornar os solos mais expostos e, por isso, altamente
propensos a erosões e outros problemas ambientais, como a salinização.
De toda forma, é preciso também que o governo nas esferas municipais,
estaduais e federal opte por ações de planejamento que visem diversificar as
fontes de energia locais – sendo essa uma região com elevado potencial para a
produção de energia solar e eólica – e priorizar a sustentabilidade da região.
Falar em desenvolvimento sustentável é falar em manter o crescimento
econômico sem diminuir a disponibilidade de recursos naturais e as áreas de
preservação disponíveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vendo vasta importância da Caatinga para a região nordestina e para o
mundo, conseguimos analisar a importância de tal bioma e vários problemas
ambientais a serem retratados e com mais cautela e até mesmo zelo.
Este bioma possui uma grande biodiversidade importante e contribuinte
para características climáticas locais e globais, há também indícios de que
possa ser um Bioma mais eficiente que florestas tropicais na absorção de gás
carbônico. É um bioma geralmente reconhecido pelo seu sertão seco, com
temperaturas elevadas e árido, porém nem todo o bioma se caracteriza dessa
maneira, algumas características são naturais e outras causadas pela ação
humana.
É de extrema importância a preservação cuidados com Caatinga pois é
ela quem abastece o sertão nordestino pois nele se encontram diversas
nascentes d’agua. Cabe a população ter ciência e consciência de quão
importante é esse bioma.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Avanços para
a conservação das ararinhas-azuis. Disponível em:
http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/10448-mais-um-passo-
para-a-conservacao-das-ararinhas-azuis . Acesso em 07 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Dados consolidados. Disponível em:
www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/dados-
consolidados.html. Acesso em 07 mar. 2022.
Floresta Nacional do Araripe-Apodi celebra 70 anos. Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade. Disponível em: www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-
noticias/20-geral/7878-floresta-nacional-do-araripe-celebra-70-anos. Acesso em 06
mar. 2022.
EMBRAPA. Rede integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Página Inicial.
Disponível em: www.embrapa.br/web/rede-ilpf. Acesso em 05 mar. 2022.
GONÇALVES, André Luiz Rodrigues; MEDEIROS, Carlos Magno de; MATIAS,
Rivaneide Lígia Almeida de. Sistemas agroflorestais no Semiárido brasileiro: estratégias
para combate à desertificação e enfrentamento às mudanças climáticas. Recife: Centro
Sabiá/ Caatinga, 2016. 136 p. Disponível em:
www.centrosabia.org.br/assets/uploads/pdf/sistemas-agroflorestais-no-semiarido-
brasileiro-WEB.pdf. Acesso em 07 mar. 2022.
SILVA, Judson Jorge da. Os preceitos ecológicos do Padre Cícero como lições de
convivência harmoniosa com o semiárido nordestino. Com Ciência – Revista Eletrônica
de Jornalismo Científico. 10. jun. 2013. Disponível em:
www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=89&id=1088. Acesso
em 07 mar. 2022.

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