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Condutores

1) Condutores – materiais que permitem a circulação de corrente com a aplicação de pequenos valores
de tensão – 1023 elétrons livres/cm3 à temperatura ambiente.

Os materiais condutores são caracterizados por diversas grandezas, dentre as quais se destacam:
condutividade ou resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade térmica, potencial de
contato, comportamento mecânico, etc. Estas grandezas são importantes na escolha adequada dos
materiais, uma vez que das mesmas vai depender se estes são capazes de desempenhar as funções que lhe
são atribuídas. A escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai naquele de características
elétricas mais vantajosas, mas sim, em um outro metal ou uma liga, que, apesar de eletricamente menos
vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização.

Os principais materiais de elevada condutividade elétrica são os metais nobres, acrescidos de alguns de
outros grupos, e de suas ligas. Os metais de alta condutividade se empregam como condutores,
enrolamentos de máquinas elétricas e transformadores, etc. Por outro lado, em determinadas aplicações,
também há interesse em materiais, normalmente ligas, de alta resistência, para fins de fabricação de
resistências, aparelhos de calefação, filamentos para lâmpadas incandescentes, etc. Outros materiais que
oferecem interesse especial são os supercondutores.

CONDUTIVIDADE E RESISTIVIDADE ELÉTRICAS

A resistividade é representada pela equação:

RA  Ωmm 2 
ρ= 
l  ou ( Ωm ) (Segunda Lei de Ohm)

 m 

onde: ρ é a resistividade elétrica, cuja unidade é ohm x metro (Ωm); R é a resistência em ohm (Ω); A é a
área em metros quadrados (m2); e l é o comprimento em metros (m)

A resistividade ou resistência específica depende do tipo de material (natureza) e é definida como a


resistência por unidade de comprimento e área de seção reta do material (Ωm2/m ou Ωm), sendo
normalmente especificada para 20ºC.

Classificação Material condutor Resistividade (Ωm) a 20ºC


Metal Alumínio 2,83 x 10-8
Cobre recozido 1,72 x 10-8
Cobre duro 1,78 x 10-8
Chumbo 22,1 x 10-8
Prata 1,64 x 10-8
Ouro 2,45 x 10-8
Liga Latão 7 x 10-8
Níquel-cromo 100 x 10-8
Carbono Grafite 4.000 a 8.000
Isolante Água pura 2,5 x 103
Vidro 10 a 1013
10

Porcelana 3,0 x 1012


Mica 1013 a 1015
Baquelite 2,0 x 1014
Borracha 1016 a 1017
l  m   1 
Condutividade é o inverso da resistividade, assim: σ =  ou  
RA  Ωmm 2   Ωm 

A distribuição uniforme de corrente através da seção de um condutor existe apenas para a corrente
contínua. Com o aumento da freqüência acontece uma distribuição não-uniforme de corrente, fenômeno
este chamado de “efeito pelicular”, pois em um condutor circular a densidade de corrente geralmente
aumenta do interior em direção a superfície. (Este assunto será estudado com detalhes em outras disciplinas
do curso de engenharia elétrica.)

COEFICIENTE DE TEMPERATURA

A resistividade, e por conseqüência a resistência, sofre o efeito da temperatura.Quando ocorre o aumento


da temperatura em um condutor o resultado é o aumento de movimento atômico no condutor e o aumento
da resistência.

A curva que representa a variação da resistência em função da temperatura é:

R(Ω)

Região
linear R2

R1

t1 t2
(-) Ti (+) T(ºC)
R1 R2
Assim, =
Ti + t1 Ti + t 2

Onde Ti é a temperatura inferida ou zero absoluto inferido, obtida através da extrapolação da parte linear
da curva até a interceptação do eixo das temperaturas (resistência igual a zero). A inclinação da reta que
corresponde à parte linear da curva é chamada de coeficiente de temperatura do material, sendo calculada
da seguinte maneira:

∆R R2 − R1
tgα = =
∆t t 2 − t1

tgα ∆R 1
α2 = = x
R2 ∆t R2

ou R2 = R1 (1 + α2 ∆t )
ou ρ 2 = ρ1 (1 + α 2 ∆t ) ; Δt = t2-t1 e ΔR=R2-R1

Desta forma pode-se calcular a resistividade ou a resistência de qualquer material a diferentes temperaturas.

Material Ti (ºC) α (1/ºC) a 20ºC


Prata -243 0,0036
Alumínio -236 0,0040
Cobre -234,5 0,0039
Chumbo -224 0,0041
Ouro -274 0,0037
Tungstênio -202 0,0052

No caso das ligas de dois metais, geralmente o material resultante apresenta resistividade superior à dos
seus componentes.

CONDUTIVIDADE TÉRMICA

A condutividade térmica de metais e ligas é de extrema importância pois ela demonstra a capacidade do
material de liberar para o ambiente o aquecimento causado pelas perdas. A energia térmica gerada a partir
da passagem da corrente elétrica pelo condutor deve ser transferida rapidamente para o ambiente, para
evitar alteração das condições do material. Por conta disso, é importante a avaliação da capacidade do
material em liberar esta energia para verificar a sua aplicabilidade nos equipamentos sem causar danos ao
mesmo.

l
A resistência térmica é calculada pela seguinte equação: RT = ρT , onde: ρT é resistividade térmica
A
específica.

Material condutor Resistividade térmica (Ωm)


Cobre 0,24
Alumínio 0,40
Zinco 0,90
Estanho 1,55
Chumbo 3,00

Os materiais puros possuem baixo valor para a resistividade térmica, sendo o valor mais elevado para as
ligas metálicas.

TENSÃO DE CONTATO

Do contato entre dois metais diferentes aparece uma diferença de potencial entre as superfícies. Este fato
decorre da diferença entre as nuvens de elétrons presentes nos dois materiais, originando pressões internas
diversas. Em um circuito fechado de dois metais, a soma do potencial de contato, estando ambos os pontos
de contato à mesma temperatura, é igual a zero. Se as temperaturas são diferentes a tensão entre os
materiais (A e B) pode ser calculada pela seguinte equação:

K η
V= (T1 − T2 ) ln OA ;
e ηOB
onde: K é a constante de Boltzmann, T é a temperatura em cada material, e é a carga de um elétron, e ηO é o
número de elétrons livres por unidade de volume do material. (Este fenômeno é aplicado nos termopares)

FORÇA TERMOELÉTRICA
Analisando-se um condutor pelo qual circula uma corrente I, aplicando-se um campo magnético uniforme,
de densidade B, sobre o lado de maior comprimento, percebe-se que ocorre um deslocamento de elétrons
perpendicularmente ao campo. Isto cria uma força entre os elétrons e o campo que é dada por:

F = −evB ;

onde: v é a velocidade dos elétrons, B é a densidade do campo magnético, e e é a carga unitária dos
elétrons.

A força comprime os elétrons sobre uma das faces do condutor, dando origem a uma diferença de potencial
e um campo elétrico. Isto é conhecido como efeito Hall

Campo
magnético

Corrente

Tensão
de Hall

PONTO DE FUSÃO

É a temperatura na qual líquido e sólido podem coexistir em equilíbrio. Se for adicionado calor a um
sólido, uma parte dele fundirá e líquido irá se formar, mas a temperatura permanecerá constante enquanto
as duas fases estiverem presentes.

Material Ponto de fusão (ºC)


Chumbo 327
Cobre 1.083
Alumínio 658
Níquel 1.450
Ouro 1.063
Material Ponto de fusão (ºC)
Prata 960
Ferro 1.536
Estanho 232
Tungstênio 3.400

RESISTÊNCIA DE CONTATO

Quando se aplica uma peça metálica sobre outra, com objetivo de contato elétrico, estas ficam na verdade
separadas, qualquer que seja a pressão a que sejam submetidas, por uma distância relativamente grande, se
comparada às dimensões do átomo. Na verdade existem alguns pontos de contato perfeito e o resto dos
pontos a distância da ordem de mm, de onde se entende a existência da resistência de contato.

A passagem de energia de uma peça a outra se dá por dois modos:


· através de uma zona de contato íntimo, ou de condução;
· através de uma zona de disrupção, onde o gradiente de potencial pode alcançar valores
elevados, muito pouco inferiores a rigidez dielétrica do ar.

A partir do momento em que se apresentam ao mesmo tempo fenômenos condutores e disruptivos nos
contatos, não é possível aplicar a estes a lei de Ohm. Chama-se de “resistência de contato”, no entanto, a
relação entre a tensão nos bornes de um contato e a intensidade de corrente que o atravessa. Esta resistência
não é constante e depende da pressão a que estão submetidas às peças (pressão de contato), da composição
destas, da sua forma, da sua seção, do sentido e intensidade da corrente, etc.

A prata, o cobre, o bronze, o latão e o tungstênio dão bons contatos, a resistência dos contatos de alumínio,
entretanto, é muito elevada. O contato em corrente contínua apresenta uma resistência independente da
intensidade de corrente. Pode-se considerar bom um contato quando resulta muito pequena diferença de
temperatura entre o mesmo e os pontos ao redor. No caso de contato entre metais, deve-se ficar atento a
formação de pares galvânicos (em presença de um líquido condutor ou simplesmente da umidade).

2) Materiais de elevada condutividade elétrica

Os metais são elementos químicos que formam sólidos opacos, lustrosos, bons condutores de eletricidade e
calor e, quando polidos, bons refletores de luz. A maioria dos metais é forte, dúctil, maleável e, em geral,
de alta densidade.

COBRE E SUAS LIGAS

Principais características:

Resistividade (Ωm) a 20ºC 1,72 x 10-8 (Cobre recozido)


1,78 x 10-8 (Cobre duro)
Temperatura inferida -234,5ºC
Coeficiente de temperatura a 20ºC 0,0039/ºC
Resistividade térmica 0,24 Ωm
Ponto de fusão 1.083ºC

O cobre tem cor avermelhada característica, o que o distingue de outros metais, que, com exceção do ouro,
são geralmente cinzentos, com diversas tonalidades. O cobre apresenta as vantagens a seguir:
· baixa resistividade, que está fortemente associada à pureza. Somente a prata tem valor
inferior, porém o seu elevado preço não permite seu uso em quantidades grandes;
· características mecânicas favoráveis (fácil deformação a frio e quente e fácil
soldagem);
· sensível a ação do oxigênio do ar, ácidos, sais e amoníacos;
· baixa oxidação para a maioria das aplicações. O cobre oxida bem mais lentamente,
perante elevada umidade, que diversos outros metais; esta oxidação entretanto, é
bastante rápida quando o metal sofre elevação de temperatura. A oxidação pode ser
reduzida pelo acréscimo de materiais desoxidantes (Si, Al, Mg e Be);
· fácil deformação a frio e a quente: é relativamente fácil reduzir a seção transversal do
cobre, mesmo para fios com frações de milímetros de diâmetro.

O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre. A máxima pureza é encontrada no
cobre obtido em ambiente sem oxigênio, quando se aproxima da condutividade do cobre eletrolítico.
Destaque-se então que a condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença de impurezas,
mesmo em pequenas quantidades.

O cobre resiste bem à ação da água, de fumaças, sulfatos, carbonatos, sendo atacado pelo oxigênio do ar, e
em presença deste, ácidos, sais e amoníaco podem corroer o cobre.

Aplicações do Cobre:
Em função de suas propriedades, o cobre nas suas diversas formas puras tem determinadas suas aplicações.

O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada dureza, resistência à tração e
pequeno desgaste, como no caso de redes aéreas de cabo nu em tração elétrica, particularmente, para fios
telefônicos, para peças de contato e para anéis coletores. O cobre recozido ou mole se usa nos demais
casos, principalmente em enrolamentos, barramentos, cabos isolados, na composição do latão etc.

Casos intermediários precisam ser devidamente especificados. Em muitos casos, porém, o cobre não pode
ser usado na forma pura, quando então as ligas de cobre passam a ser encontradas. Essas ligas são feitas
com metais escolhidos de modo a compensar ou melhorar alguma das propriedades do cobre, cabendo
destacar porém, que, geralmente, assim procedendo, estamos prejudicando outras propriedades.

A maior parte do cobre usado na indústria é em forma de fios e tiras de alta condutividade. Este material é
usado para enrolamentos de muitas máquinas ca e cc , das quais motores, geradores e transformadores. Os
calibres mais pesados de barras e tiras são largamente usados para barramentos e perfilados, por serem os
mais eficientes para conexões pesadas de corrente.

Ligas de Cobre:
A escolha de uma liga deve levar também em conta aspectos econômicos. A adição de certos elementos
(por exemplo o níquel e o estanho) pode aumentar o preço da liga, aumentando certas propriedades, ao
passo que, a presença de outros elementos (zinco, chumbo) permite abaixar o preço sem redução notável de
características técnicas.

Um exemplo de liga de cobre é o bronze. As ligas de cobre e estanho podem suportar adições mais ou
menos importantes de chumbo, de zinco e às vezes de níquel. O bronze apresenta a característica de ser
resistente ao desgaste por atrito, fácil usinagem e são ligas elásticas. Suas aplicações principais são em
rolamentos, partes de máquinas, engrenagens, trilhos de contato, molas condutoras, fios finos e peças
fundidas. As propriedades variam de acordo com o percentual de estanho. Já os latões tradicionais são ligas
de cobre e zinco, às quais se adiciona um pouco de chumbo ou alumínio.

Em princípio o uso de latões comuns não é aconselhável quando existirem problemas de corrosão. Porém
este não é o mesmo caso quando são empregados latões de alta resistência (55-70% Cu, 20-35% Zn + Al,
Mn, Fe, Ni, Sn, etc.), os quais são possuidores de excelentes propriedades mecânicas e de notável
resistência à corrosão em determinados ambientes.

Outras ligas de cobre seriam: cobre alumínio (8 a 12% de alumínio) que têm propriedades comparáveis
àquelas dos aços inoxidáveis, além da possibilidade de poderem ser obtidas mais facilmente, por fundição
em areia ou em moldes metálicos; ligas cobre-cromo,etc.
Aplicações:
· molas:condutivas ou não (cobre ao berílio, fósforo-bronze, níquel-prata);
· materiais de resistência: resistências de instrumentos - alta resistividade e baixos
coeficientes de temperatura (cobre-manganês-alumínio e cobre-manganês-níquel)
· imãs: para instrumentos elétricos (ferros cobre-níquel, cobaltos de cobre-níquel);
· contatos: cobre ao paládio, cobre com prata – contatos leves; cobre-tungstênio –
contatos pesados.

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Principais características:

Resistividade (Ωm) a 20ºC 2,83 x 10-8


Temperatura inferida -236ºC
Coeficiente de temperatura a 20ºC 0,0040/ºC
Resistividade térmica 0,40Ωm
Ponto de fusão 658ºC

O alumínio é o segundo metal mais usado na eletricidade, havendo nos últimos anos uma preocupação
permanente em substituir mais e mais as aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos.
Alguns aspectos, baseados principalmente no custo (mesmo levando em conta compensações no
dimensionamento das partes condutoras) e produção nacional maior do alumínio, têm levado a crescente
preferência pelo alumínio, cujo maior problema é a sua fragilidade mecânica e sua rápida, porém não
profunda, oxidação.

Mesmo considerando a necessidade de condutores de alumínio com diâmetro maior que seria necessário se
o material fosse cobre, o fio de alumínio ainda tem aproximadamente a metade do peso do de alumínio, o
que reduz o custo dos elementos de sustentação envolvidos, dado importante na construção de linhas de
transmissão. O uso do alumínio adquiriu, por essas razões importância especial nas instalações elétricas em
aviões.

Outro aspecto é o comportamento oxidante, já mencionado. O alumínio apresenta uma oxidação


extremamente rápida, formando uma fina película de óxido de alumínio que tem a propriedade de evitar
que a oxidação se amplie. Entretanto, esta película apresenta uma resistência elétrica elevada com uma
tensão de ruptura de 100 a 300V, o que dificulta a soldagem do alumínio, que por essa razão exige pastas
especiais.

A corrosão galvânica é uma situação particular, própria entre metais afastados na série galvânica dos
elementos. Devido ao grande afastamento e à conseqüente elevada diferença de potencial entre o cobre o
alumínio, essa corrosão se apresenta sempre que o contato entre Cu e Al ocorre num ambiente úmido. Por
essa razão, os pontos de contato Al-Cu precisam ser isolados contra a influência do ambiente.

Aplicações e ligas do alumínio:


O alumínio puro apenas é usado nos casos em que as solicitações mecânicas são pequenas. Tal fato ocorre,
por exemplo, nos cabos isolados e em capacitores. Entretanto, é bastante grande o número de ligas de
alumínio usadas eletricamente, nas quais este é associado principalmente a Cu, Mg, Mn e Si, que, com
exceção do silício, formam sistemas cristalinos mistos, sensivelmente dependentes das condições de
temperatura em que a liga é processada.

O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva, na área eletrotécnica, às seguintes aplicações
principais:
· em equipamento portátil, uma redução de peso;
· em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da energia cinética e
do desgaste por atrito;
· de peças sujeitas a transporte, maior facilidade nesse transporte, extensiva à montagem dos
mesmos;
· em estruturas de suporte de materiais elétricos (cabos, por exemplo) redução do peso e
conseqüente estrutura mais leve;
· em locais de elevada corrosão, o uso particular de ligas com manganês

Comparação entre cobre e alumínio:

Característica física Alumínio Cobre Cobre


(duro) duro recozido
Condutividade mínima percentual a 20ºC 61 97 100
Resistividade máxima a 20ºC (Ωmm2/m) 0,0282 0,0177 0,0172
Coef. de variação de resistência por ºC a 20ºC 0,0040 0,0038 0,0039
Condutividade térmica (cal/cm3.s.ºC) 0,48 0,93 0,93
Coef. de dilatação linear (/ºC) 23x10-6 17x10-6 17x10-6
Ponto de fusão (ºC) 652-659 1.083 1.083

Relação bitola cobre/alumínio: dois condutores do mesmo comprimento, um de cobre e outro de alumínio,
tendo a mesma resistência ôhmica, apresentam as seguintes relações:
L L
RC = ρC RA = ρ A
SC SA

L L ρ ρ S ρ
para RC = RA → ρC = ρA ⇒ C = A ⇒ A = A
SC SA SC S A SC ρ C

D2
como S = π ; ρC = 0,017241; ρA = 0,028264
4

2
4πD A2 0,028264  D A  DA
= ⇒  = 1,639 ⇒ = 1,28
4πDC2 0,017241  DC  DC

aM γC
mas, γ = e = 3,289
πD L γ A
2

2
M C 4πD A2 L M C  DA  MC
= 3, 289 ⇒   = 3, 289 ⇒ = 2,0
MA4πDC2 L M A  DC  MA

onde: R = resistência ôhmica do condutor (Ω/m)


L = comprimento (km)
ρ = resistividade do material condutor (Ωmm2/m)
S = seção d condutor (m2)
D = diâmetro do condutor (m)
γ = densidade do material condutor (g/cm3)
M = massa do material condutor (g)

Conclusão: um condutor de alumínio deverá ter diâmetro 28% superior que o de um de cobre para
transportar uma mesma corrente, tendo, no entanto, metade do peso.

Característica física Alumínio (duro) Cobre


duro
Condutividade para mesmo volume 63 100
Volume para mesma condutância 159 100
Diâmetro para mesma condutância 126 100
Peso para mesmo volume 30,4 100
Resistência mecânica (ruptura) 26 100

Referências Cobre Alumínio


1
Para igual resistência Relação entre áreas 1 1,61
ôhmica Relação entre diâmetros 1 1,27
Relação entre pesos 1 0,48
Para igual ampacidade2 e Relação entre áreas 1 1,39
aumento de temperatura Relação entre diâmetros 1 1,18
Relação entre pesos 1 0,42
Para igual diâmetro Relação entre resistências ôhmicas 1 1,61
Relação entre ampacidades 1 0,78

Outros materiais condutores

Material Características Aplicações


CHUMBO ρ=20,5x10-8Ωm a 20ºC · Solúvel · Blindagem
α=0,0041ºC-1 a 20ºC · Oxidação de cabos
PF 327,5ºC superficial com
bastante isolamento
rápida de papel
· Metal mole, · Acumulad
dúctil ores de
· Resistência chumbo
água · Paredes
potável protetoras
· Baixa contra
resistência a ação de
vinagre e raios-X
água · Elos
destilada fusíveis
· Venenoso · Material
de solda
· Tubos,
cabos
subterrâne
os
ESTANHO ρ=11,4x10-8Ωm a 20ºC · Mole · Revestime
α=0,0043ºC-1 a 20ºC (menos que ntos
PF 232ºC o chumbo), · Material
dúctil de solda
· Alta · Presente
resistividad no bronze
e
· Aquece
com a
passagem
da corrente
1
Condutores redondos.
2
Ampacidade é a capacidade de condução de corrente.
Material Características Aplicações
· Resistente a
água e
ácidos
diluídos
PRATA ρ=1,6x10-8Ωm · Bom · Peças de
α=0,0036ºC-1 a 20ºC condutor contato
· Resistente a · Proteção
corrosão de outras
· Mole, dúctil peças
contra
corrosão
· Soldas
· Fotot./Rad
iol.
OURO ρ=2,4x10-8Ωm a 20ºC · Boa · Peças de
α=0,0037ºC-1 a 20ºC condutivida contato
PF 1337ºC de (corrente
· Estabilidade muito
química baixas) –
· Resistência telecomun
a oxidação icação e
eletrônica
PLATINA ρ=10x10-8Ωm a 20ºC · Bastante · Peças de
α=0,037ºC-1 a 20ºC estável contato
PF 1773ºC quimicamen · Anodos
te · Fios de
· Relativame aquecimen
nte to
· Mole, · Termômet
maleável ros
· Reflete a resistivos
radiação e
· Resistividad temoeleme
e linear até ntos
1000ºC · Eletrodos
· Apresentam
pequena
dilatação-
fixa ideal de
temperatura
–200 a
+500ºC
· Elevado
ponto de
fusão
· Caro
· Resist.
corrosão
MERCÚRIO ρ=96x10-8Ωm a 20ºC · Líquido à · Termômet
α=0,0009ºC-1 a 20ºC temperatura ros
PF 38,7ºC ambiente resistivos
· Aquecido, (0 a
oxida-se 100ºC)
rapidamente
Material Características Aplicações
em contato · Chaves
com o ar basculante
· Dissolve s com
metais sistemas
(exceto mecânicos
ferro e (relógios,
tungstênio) retificador
· Tóxico es
lâmpadas
VM)
· (sendo
substituído
pelo silício
nos
retificador
es)
· Reatores
nucleares
ZINCO ρ=5,9x10-8Ωm a 20ºC · Quebradiço · Elementos
α=0,0036ºC-1 a 20ºC à galvânicos
PF 699K temperatura · Certos
ambiente elementos
· Baixo ponto de ligação
de fusão em forma
(419ºC) de fios e
· Quimicame contatos
nte estável · Pára-raios
no ar após de linha e
se recobrir transmissã
com uma o
fina película
de óxido ou
carbonato
de zinco
CÁDMIO PF 321ºC · Mais mole · Metal de
- que o zinco recobrime
· Similar no nto,
restante protege
· Mais caro contra
que o zinco oxidação
· Venenoso · Baterias
· Raro de Ni-Cd
(grande
vida útil)
NÍQUEL ρ=7,2x10-8Ωm a 20ºC · Propriedade · Na forma
α=0,006ºC-1 a 20ºC s gasosa em
PF 1726K ferromagnét tubos e
icas revestimen
· Elevado to de
coeficiente metais de
de fácil
temperatura oxidação
· Uso
difundido
Material Características Aplicações
na
indústria
química
· Fios de
eletrodos,
anodos,
grades,
parafusos
CROMO ρ= 80x10-8Ωm a 20ºC · Extremame · Proteção
PF1920ºC nte duro de outros
· Inerte metais que
perante o ar oxidam
· Somente com maior
sofre facilidade
oxidação a · Fios
temperatura resistivos
s superiores
a 500ºC
· Elevada
estabilidade
térmica
· Alta
resistividad
e elétrica
· Resistência
a desgaste
(duro)
· Resist.
corrosão
TUNGSTÊNIO ρ=5,5x10-8Ωm a 20ºC · Tem · Fabricação
α=0,0052ºC-1 a 20ºC temperatura de
PF 3400ºC s-limite filamentos
muito para
elevadas lâmpadas
· Muito duro incandesce
ntes
· Contatos
com arcos
voltaicos
intensos
FERRO ρ=9,8x10-8Ωm a 20ºC · Elevada · Condutore
α=0,0057ºC-1 a 20ºC resistividad s elétricos
e · Materiais
· Boa estruturais
condutivida e
de de calor magnético
e s
eletricidade · Circuitos
· Baixo ponto de tração
de fusão elétrica
· Ductível e · Ligas de
maleável ferro para
· Boas resistência
propriedade
Material Características Aplicações
s mecânicas elétrica
· Baixa resist. · Alma de
corrosão cabos de
alumínio
(aumentar
a
resistência
mecânica)
CARBONO ρ=4000 a 8000x10-8Ωm · Conserva a · Fabricação
α=-0,0002 a 0,0008ºC-1 resistência de
PF 3820K mecânica a resistores
te altas de baixas
temperatura e médias
s; potências.
· Dimensiona · Escovas
lmente de carbono
estável; (comutado
· Bom res/anéis
condutor e coletores)
calor; · Eletrodos
· Grande
resistência
ao choque
térmico;
· Quimicame
nte inerte;
· Eletricamen
te
condutivo;
· Alta
resistência
de contato
com metais.
LATÃO ρ=8,6x10-8Ωm a 20ºC · ·
α=0,0015ºC-1 a 20ºC
CONSTANTÃ ρ=50x10-8Ωm a 20ºC · Boa · Fabricação
α=-0,003x10-3ºC-1 a 20ºC estabilidade de
térmica resistores
· Deve ser de baixas
usado até e médias
400ºC potências
· Inadequado
para baixas
tensões
· Liga com
níquel e
cobre
NÍQUEL- ρ=110x10-8Ωm a 20ºC · Elevada · Fabricação
CROMO α=0,00017ºC-1 a 20ºC resistividad de
e resistores
· Elevada de
resistência potência e
mecânica a resistência
frio e s de
Material Características Aplicações
aquente aquecimen
· Elevada to
estabilidade
térmica
BAQUELITE ρ=2,0x1014Ωm a 20ºC · Alta · Revestime
resistividad nto de
e dispositiv
elétrica/tér os de
mica controle e
proteção,
como
chaves e
disjuntore
s
· Bocais de
lâmpadas

3) Materiais de elevada resistividade elétrica

As ligas metálicas resistivas são utlizadas com três finalidades básicas:


 l igas para fins térmicos ou de aquecimento;
ligas para fins de medição;
ligas para fins de regulação.
Ligas de aquecimento:
Tais ligas precisam ter uma elevada estabilidade térmica, tendo um bom comportamento corrosivo ou
químico à temperatura local. Cada liga desse tipo possui uma temperatura máxima de serviço, que não
pode ser ultrapassada, referida ao ambiente de serviço, geralmente em contato com o ar. Essas ligas
possuem, muitas vezes, a propriedade de recobrirem-se por fina película de óxido, a qual protege o restante
do metal contra a ação do ambiente. Tal película, porém, poderá romper-se se houver freqüentes
aquecimentos e resfriamentos, ou seja, freqüentes ligações e desligamentos da rede elétrica, reduzindo
assim a durabilidade do componente. Na escolha dos componentes da liga, também podem ser de
importância sua capacidade de dilatação e de irradiação. Deve-se ter dados exatos de variação da
resistência entre a temperatura ambiente e a máxima temperatura de serviço.

Ligas para fins de medição


Resistores para instrumentos de precisão admitem um coeficiente de temperatura máximo de 2,5x10-6/ºC,
uma pequena tensão de contato com relação ao cobre e uma resistência praticamente constante. Tais ligas
sofrem geralmente deformação a frio, o que pode acarretar “envelhecimento” sensível após algum uso. Por
essa razão é comum aplicar-se um processo de envelhecimento artificial, para estabilizar o material, através
de um tratamento térmico controlado, que elimina tensões internas, estabiliza e homogeneíza os cristais. Os
tipos usados para resistências-padrão são muito diversos dos empregados para reostatos de partidas de
motores, ou para regulação de aparelhos.

As ligas de níquel-cromo apresentam elevada resistividade e baixo coeficiente de temperatura para a


resistência; por exemplo Nichrome V. As ligas de ferro-níquel, de custo muito menor que as de níquel-
cromo, apresentam menor resistividade que essas e menor resistência à corrosão, por exemplo Nilvar. As
ligas de cobre-níquel têm resistividade ainda menor, não resistem tão bem às altas temperaturas quanto as
de níquel-cromo, porém apresentam coeficientes de temperatura praticamente desprezíveis, por exemplo
Advance.

Ligas para fins de regulação:


Nesse caso a faixa de temperatura se move entre 100 e 200oC. As ligas ternárias de ferro, níquel e cromo
são as que melhor satisfazem às condições de resistividade elevada, pequena variação da resistividade com
a temperatura, grande resistência química aos agente oxidantes, carburantes ou sulfurantes e têm
propriedades mecânicas capazes de permitirem um funcionamento prolongado a alta temperatura, sem
deformação excessiva. A presença de cromo melhora a resistência às ações químicas da liga e confere-lhe
boas características mecânicas.

Há umas cinco ligas que habitualmente se empregam na resolução de problemas diversos, tais como:
fabricação de reostatos, resistências de aquecimento para fornos, aquecedores e aparelhos de laboratório,
etc.Os fios resistentes são normalmente revestidos de uma película impermeável e isolante de óxido, a qual
permite bobinar resistências com as espiras encostadas, desde que a diferença de potencial entre os pontos
vizinhos não exceda qualquer coisa como 2V. Isto permite fabricar reostatos de variação dita contínua, com
um contato deslizante. Estes reostatos suportam geralmente temperaturas da ordem dos 600o.C.

As ligas habitualmente empregadas são as seguintes:


Liga A: 12Ni + 12Cr + 76Fe. Aplicada em resistências de aquecimento a temperatura moderada e reostatos
de arranque de motores.
Liga B: 36Ni + 11Cr + 53Fe. Aplicada em resistências de aquecimento a temperatura moderada.
Aquecimento doméstico. Reostatos de motores de tração.
Liga C: 48Ni + 22Cr + 30Fe. Aplicada na fabricação de radiadores, fornos de tratamento a altas
temperaturas e em aparelhos de medida.
Liga D: 60Ni + 15Cr + 25Fe. Aplicações análogas às da anterior.
Liga E: 80Ni + 20Cr. Aplicável em radiadores luminosos, fornos de tratamento a altas temperaturas,
aparelhos de laboratório e resistências de medidas.

Já vimos que as ligas com níquel e cromo têm elevada resistividade e baixo coeficiente de
termorresistividade, associados a uma alta resistência à oxidação e à alteração a altas temperaturas. As ligas
cobre-níquel têm menor resistividade que as de níquel-cromo e resistem pior às altas temperaturas, mas têm
um coeficiente de termorresistividade praticamente nulo às temperaturas normais, o que é importante para a
construção de aparelhos de medida de precisão. As ligas de cobre, níquel e zinco ou níquel e prata foram
primitivamente utilizadas para aplicações elétricas, mas foram sendo preteridas em favor das anteriormente
mencionadas.

Carbono e Grafite (C)


O carbono é um corpo simples de que se conhecem algumas variedades. Quando cristalizado no sistema
cúbico, o diamante não é condutor de eletricidade. As outras variedades, que são mais ou menos negras,
são condutoras ou, pelo menos, adquirem esta propriedade quando são submetidas a uma temperatura
adequada (600oC). Podem ser classificadas em grafites e carbonos amorfos. Enquanto que a grafite existe
em estado natural, os carbonos amorfos provêm principalmente da pirogenização de matérias orgânicas
contendo carbono.

As variedades negras cristalizam no sistema hexagonal mas, enquanto que se podem encontrar grandes
cristais de grafite natural bastante pura, os carbonos amorfos contêm pequenos cristais agrupados em
desordem. Por outro lado, enquanto que as impurezas existentes na grafite se encontram sob a forma de
inclusões, os carbonos amorfos contêm impurezas, especialmente metalóides como o oxigênio, o enxofre, o
boro e o azoto, que incluem na sua própria rede cristalina.

De tudo isto resulta que a grafite é muito mais densa, melhor condutora de eletricidade, um tanto oleosa e
menos sensível aos agentes químicos que os carbonos amorfos. A ação da temperatura elevada favorece a
recristalização destes, fazendo sair as impurezas, de maneira que as suas propriedades evoluem no sentido
de uma aproximação das da grafite, aproximação essa que será maior ou menor conforme a origem dos
carbonos. Este tratamento, feito habitualmente por aquecimento elétrico, chama-se grafitização.

Enquanto que as propriedades da grafite são bem definidas, as dos carbonos amorfos dependem da sua
origem e das condições de formação. A palavra carvão serve para designar os carbonos amorfos
aglomerados e que não constituem, portanto, grafite natural ou artificial.
Obtenção da Grafite :A grafite natural contém habitualmente impurezas de que tem de ser libertada. Os
carvões amorfos apresentam-se habitualmente sob uma forma dividida e porosa, pelo que sua utilização
para fins elétricos necessita de um trabalho da aglomeração. As matérias-primas mais freqüentemente
utilizadas são vários tipos de coque, negro de fumo e grafites naturais que começam por ser moídas,
peneiradas e adicionadas de um ligante. A pasta assim obtida é homogeneizada e metida em moldes ou
passada por fieiras e bem compactada. O material é então cozido lentamente, sob a proteção de pó de
coque, até uma temperatura de pelo menos 1000oC para completa eliminação das partículas voláteis do
ligante e para transformação em coque das restantes.

Os grãos de carbono encontram-se assim ligados por coque, por força da retração que se verifica, obtém-se
um carvão homogêneo, compacto e bom condutor de eletricidade. Este carvão diz-se amorfo, se a matéria-
prima era carbono amorfo, ou grafítico, se tratava de grafite. O carvão grafítico tem propriedades
intermédias entre o amorfo e a grafite propriamente dita.

Se levar-se o carvão amorfo a temperaturas acima 2200oC, produz-se uma modificação cristalina e uma
purificação. Daí uma evolução das propriedades do carvão no sentido das da grafite: aumento de densidade,
de condutibilidade elétrica e térmica e do seu caráter refratário. Ao produto assim obtido dá-se
habitualmente o nome de carvão eletrografítico. No quadro seguinte comparam-se as principais
propriedades de algumas variedades mais correntes de carbono.

Coeficiente de Termorresistividade: Enquanto que o cristal de grafite apresenta, tal como os metais, um
coeficiente de termorrestividade positivo, no carvão amorfo ou no grafítico dá-se o contrário. O respectivo
valor depende do tipo de carvão, mas está habitualmente compreendido entre: -1.10-4 oC-1 e 5.10-4 oC-1
Isto é assim até determinados limites de temperatura pois, a partir de 1500oC, começa a produzir-se a
grafitização, a qual dá lugar a um abaixamento irreversível da resistividade.

Há, no entanto, outras formas de comportamento como, por exemplo, no carvão electrografítico empregado
em eléctrodos e cujo coeficiente é negativo até cerca de 400oC e se torna positivo daí para cima, de forma
que a resistividade a 1500oC volta a ser correspondente à que se verifica a frio. Na sua fase positiva, o
coeficiente avizinha-se de 2,50.10-4 oC-1. O carvão é muito refratário, mantendo-se perfeitamente rígido
até 2000 oC e, se bem que se torne ligeiramente plástico a partir de 2600 oC, resiste bem aos reforços que
lhe possam ser pedidos até aos 3500 oC, podendo ser, por isso, empregado como elemento de resistências
elétricas, eletrodos, cadinhos, guarnição de fornos, etc. A volatilização só se começa a fazer sentir a partir
dos 2800oC à pressão normal.

Estas qualidades fazem com que o carvão tenha larga utilização como eletrodo de suporte de arco voltaico,
tanto mais que, verificando-se que a condutibilidade calorífica decresce rapidamente com o aumento da
temperatura, as pontas dos eletrodos ficam muito quentes e fixam bem o arco.

Por outro lado e algo aparentemente contraditório, o carvão é usado em contatos onde se pretende evitar a
existência de arco elétrico; com efeito, ele favorece menos o estabelecimento do arco que qualquer metal,
pois não funde e dá apenas lugar a óxidos voláteis. Quando o contato é deslizante, revela-se ainda outra
propriedade importante do carvão, que é a sua autolubrificação, devida à sua estrutura cristalina lamelar
que, à medida que se gasta, dá lugar ao aparecimento de uma fina poeira condutora. Tem o carvão um
poder irradiante apreciável e uma boa resistência química a agentes não oxidantes, dentro de certos limites
de temperatura.

São variadas as aplicações do carvão em eletrotecnia: elementos de resistências, resistências fixas elevadas,
eletrodos para fornos de arco, eletrodos para arcos de iluminação, carvões para soldadura, carvões para
contatos elétricos.

Elementos de resistência: As qualidades refratárias do carvão e a sua perfeita resistência ao choque térmico,
aliados a um grande poder irradiante, tornam este material muito conveniente para a fabricação de
resistências para altas temperaturas.
As resistências de carvão apresentam-se sob a forma de barras de seção circular, cheias ou tubulares, toros,
anéis, etc. A ligação do circuito às resistências de carvão exige precauções especiais, conseguindo-se, no
entanto, um bom contato com o cobre.

Resistências fixas elevadas: Para a obtenção de resistividades mais elevadas que as do carbono (6000
c m 2/cm) podem empregar-se aglomerados de carbono com uma base isolante mineral e um ligante
orgânico que constituirão elementos de resistência elevada com bom poder de dissipação e um coeficiente
de termorresistividade negativo.

Eletrodos para fornos de arco: O eletrodo para forno elétrico constitui a forma em que maiores quantidades
de carvão se consomem em eletrotecnia, podendo considerar-se dois grupos fundamentais: os de carvão
amorfo e os de carvão eletrografítico, sendo muito raro o emprego da
grafite natural.

Comparativamente com os de carvão amorfo, os eletrodos de carvão eletrografítico apresentam o seguinte


conjunto de vantagens:
 t êm maior condutibilidade, o que reduz as perdas por efeito Joule e permite maiores densidades de
corrente;
têm menor suscetibilidade às ações químicas, queimando-se e desagregando-se menos;
são mais puros, nomeadamente nos teores de ferro, silício e enxofre.

Em contrapartida, têm menor condutibilidade térmica, pelo que dão lugar a maiores perdas e são mais
caros. O problema das impurezas é importante, pois vão influir na qualidade dos produtos fundidos, e daí
as precauções necessárias na seleção dos eletrodos, especialmente nos de carvão amorfo.
Outro problema é o da ligação elétrica dos eletrodos, a qual exige precauções e técnica adequada por forma
a manter sua continuidade.

4) Características dos supercondutores

Um supercondutor pode conduzir eletricidade sem resistência elétrica a temperaturas acima do zero
absoluto. Este fenômeno têm sido estudado desde 1911, quando foi descoberto por cientistas holandeses.
Além de conduzirem eletricidade sem perdas, supercondutores também transportam quantidades muito
grandes de corrente em condutores de pequena seção transversal.

Outra propriedade dos materiais supercondutores é que não permitem que campos magnéticos entrem em
seu interior (diamagnetismo perfeito). O efeito Meissner corresponde a uma "rejeição" do campo
magnético aplicado no supercondutor – o campo que nele penetra é muito menor que o campo aplicado;
para certos materiais, a penetração sequer existe. Isso resulta em uma força repulsiva entre o supercondutor
e qualquer ímã próximo.

A passagem da condutividade elétrica normal para supercondutividade ocorre abruptamente em uma


temperatura crítica Tc. As temperaturas críticas Tc de alguns supercondutores selecionados estão listadas
na tabela abaixo. A fim de que estes materiais superconduzam, eles precisam ser mantidos a temperaturas
extremamente baixas. O hélio líquido, com um ponto de fusão de 4 Kelvin (-269 ºC) é usado para refrigerar
vários materiais supercondutores. O nitrogênio líquido, com um ponto de fusão de 77 Kelvin (-196 ºC),
pode ser utilizado para empregar alguns supercondutores cerâmicos.

A magnitude do campo magnético e de corrente elétrica fluindo através do material também afeta sua
habilidade de se tornar supercondutor. Um material pode exibir supercondutividade somente abaixo sua
temperatura crítica Tc, seu campo magnético crítico Hc e sua densidade de corrente crítica Jc.

As qualidades dos supercondutores criaram sonhos de equipamentos de potência revolucionários e sistemas


de transmissão que operariam com eficiência incrível. Entretanto os primeiros supercondutores eram
praticamente impossíveis de resfriar e a supercondutividade não pode ser comercializada em equipamentos
de aplicações de potência.

Os primeiros supercondutores foram os chamados supercondutores de baixa temperatura, os quais exibiam


suas propriedades de não apresentarem perdas apenas abaixo da temperatura crítica de 8K, ou seja, apenas
oito graus acima do zero absoluto. Bobinas destes supercondutores são geralmente resfriadas com hélio
líquido, uma substância cara e difícil de lidar. O custo deste processo impediu aplicações práticas, apesar
de que deve-se notar que foram construídos protótipos de cabos, motores, geradores e limitadores de
corrente de falta. Estes supercondutores acharam aplicação nos aparelhos médicos de ressonância
magnética.

A descoberta, em 1986, de materiais cuja perda de resistência se dava em temperaturas bem mais altas do
que nos supercondutores de baixa temperatura, criou novo interesse na supercondutividade para aplicações
em potência. A temperatura crítica dos chamados supercondutores de alta temperatura fica acima da
temperatura de fusão do nitrogênio líquido (77K), substância relativamente barata e comum. Logo estes
supercondutores resolveram o problema do custo de refrigeração. No entanto, um outro problema surgiu:
todos os supercondutores de alta temperatura conhecidos são cerâmicas frágeis, difíceis de colocar na
forma de fios para aplicações de potência.

Temperatura Crítica de Alguns Supercondutores


O desafio de produzir fios de supercondutores de alta temperatura que possam ser usados está sendo
alcançado pelo processo de pó em tubo. Neste processo um fio flexível é construído a partir de um material
quebradiço da mesma forma que fibras óticas são feitas a partir do vidro: através da formação de filamentos
finos.

Supercondutores são realmente sem perdas apenas sob condições de corrente contínua. Em condições de
corrente alternada, supercondutores dissipam potência através da magnetização e desmagnetização do
material, em um processo análogo à histerese no aço magnético. Estas perdas são muito menores que as
perdas resistivas nos condutores de cobre de igual capacidade, mas como são dissipadas em um ambiente
criogênico, sua remoção tem alto custo. Muito trabalho tem sido feito para reduzir as perdas AC em
semicondutores de alta temperatura, a fim de torná-los práticos para aplicações de potência:

· Supercondutores de alta temperatura para cabos de transmissão: podem oferecer


benefícios significativos na transmissão de potência sem perdas, aumentando a capacidade
de transmissão e substituindo os fluidos dielétricos utilizados atualmente nos cabos de
cobre pelo
· ecologicamente aceito nitrogênio líquido;

· Supercondutores de alta temperatura para motores: esta tecnologia pode ser aplicada à
maquinas rotativas a fim de produzir aparelhos mais compactos, poderosos e eficientes;

· Supercondutores de alta temperatura para limitadores de corrente de falta: estes


dispositivos operarão por um curto período para limitar a corrente de curto e proteger
equipamentos valiosos. Neste caso não existe equivalente para este equipamento com a
tecnologia convencional. Os limitadores de corrente de falta irão economizar gastos com
atualização de equipamentos em condições de demanda crescente e maiores correntes de
falta, sendo considerados equipamentos de qualidade;
· Supercondutores de alta temperatura para transformadores de potência: A fiação com
supercondutores possibilitará a redução no tamanho e no peso dos transformadores pela
metade, além de reduzirem as perdas também à metade. O fluido dielétrico utilizado para
refrigerar transformadores convencionais seria substituído por nitrogênio líquido,
eliminando ainda riscos de incêndio e outros problemas existentes atualmente. Como os
transformadores convencionais já são os equipamentos mais eficientes da rede (perdas
menores que 0,5%), os transformadores com supercondutores serão práticos apenas em
grandes capacidades, provavelmente acima de 10MVA.
As perspectivas de comercialização de equipamentos empregando supercondutores de alta temperatura são
grandes. Progressos significativos têm sido alcançados e após anos de protótipos apenas em escala de
laboratórios, protótipos de grande escala tem sido produzidos para uma variedade de tipos de equipamentos
elétricos e se espera que os primeiros modelos comerciais estejam no mercado antes da virada do século.
Esta nova geração de equipamento de sistemas de potência marcará o avanço mais significativo na
indústria elétrica em décadas e promete revolucionar a maneira como a energia elétrica é gerada,
transmitida e utilizada.

O mecanismo da supercondutividade permaneceu inexplicado durante 60 anos após a descoberta do


fenômeno. Então, John Bardeen supôs que os portadores de carga não são elétrons individuais, mas sim
pares de elétrons. Esses pares comportam-se como partículas individuais, mas possuindo propriedades
muito distintas das de um elétron sozinho.

Os elétrons em geral repelem-se mutuamente, tanto que alguns mecanismos especiais são necessários para
induzi-los a formar um par. Podemos entender melhor o fenômeno por meio de exemplo semiclássico: um
elétron move-se através da rede distorcendo-se ligeiramente e, deste modo, deixando em seu rastro uma
pequena concentração de cargas positivas maior do que a das vizinhanças. Se um segundo elétron estiver
próximo naquele exato momento, ele poderá ser atraído para esta região pela carga positiva, formando
então, um par com o primeiro elétron. É de nosso conhecimento que os supercondutores recém,
descobertos operam através de pares de Cooper mas, até 1988, não existe uma concordância universal
sobre o mecanismo pelo qual estes pares são formados.

5) Aplicações especiais

FUSÍVEIS

São empregadas na proteção de circuitos elétricos, tendo como constituintes principais: bismuto, cádmio,
chumbo, estanho. Consiste de uma peça de metal de base entre dois terminais num apoio apropriado.

Funções básicas:
 Função passiva: transporte de corrente durante condições normais
do circuito (compatibilidade térmica e química);
 Função ativa: interrupção de sobre-corrente durantes acidentes
(deve responder termicamente a correntes elevadas por fusão,
interrompendo o circuito).

Para construção de fusíveis são necessários materiais que se fundam entre 60 e 200ºC. A fusão de um
elemento fusível é seguida de arco, que deve ser completamente extinto dentro do cartucho fusível. Um
dimensionamento errado pode causar danos e explosão.

A tabela apresenta algumas composições típicas. Em certos fusíveis especiais são utilizados outros metais,
como a prata. Essas ligas são conhecidas sob nomes comerciais; sobre suas propriedades especiais (as
vezes o nome do respectivo inventor) devem ser consultados os fabricantes ou os manuais especializados.

Quando um condutor é aquecido por uma corrente elétrica e atinge uma temperatura estável, a energia
transformada em calor por efeito Joule (I2R) é igual ao calor que deixa a superfície do condutor por
convecção e radiação.A corrente necessária para fundir um fio de um determinado metal é calculável pela
fórmula de Preece:

I = a.d3/2
onde a é o coeficiente de Preece e depende do material, sendo alguns dos seus valores apresentados na Tab.
3.7 a seguir.

Uma dada intensidade de corrente permanecendo um tempo indispensável provocará a fusão do fio do
fusível e, assim, abrir-se-á o circuito elétrico logo que se extinga o arco elétrico resultante.

Materiais mais empregados para fusíveis: prata, cobre, estanho, chumbo, zinco, ou ligas destes. Metais
raros são utilizados em condições especiais. Fusíveis de alta qualidade são de prata e os menos precisos são
de cobre.

CONTATO ELÉTRICO

Conceito:

Junção entre dois metais ou ligas metálicas, iguais ou diferentes entre si, por onde passa uma corrente
elétrica.

Considerações sobre peças de contato:

Tipos de contato, segundo o material:


- Simétrico:
O material das duas peças que formam o contato é o mesmo.
- Assimétrico:
O material das duas peças que formam o contato é diferente.

Tipos de contato, segundo a mobilidade:


- Fixo:
Não existe deslocamento entre os componentes.
- Móvel:
Existe deslocamento entre os componentes. Podem ser:
- Contato por deslizamento:
No instante do fechamento ocorre o deslizamento do contato móvel sobre o fixo, com o intuito de remover
qualquer camada de resíduo que esteja recobrindo o material. Promove o desgaste da peça.
- Contato por pressão:
O deslocamento da parte móvel é feito em um plano perpendicular ao da parte fixa. Maior durabilidade.

Normalmente formam pares, sendo um fixo e um móvel.

O material destinado à fabricação de peças de contato deve ter características que satisfaçam por um longo
tempo as condições de perfeito funcionamento do dispositivo, nos quais as peças são empregadas.

Numerosos fatores influenciam a escolha do material para a confecção de contatos, especialmente as


características do ambiente onde será usado o dispositivo e os esforços mecânicos e elétricos aos quais
estará submetido o contato.

Os materiais mais empregados são o cobre e a prata, e as ligas dos dois metais com outros.

Fenômenos e propriedades:

A superfície real e a aparente de contato:

A região ou setor de contato varia bastante de formato.


Num contato plano tem-se a impressão de que a transferência da corrente se dá em toda a área de contato.

Assim existem três áreas para o estabelecimento do contato:


- Área geométrica (Ag): área total (aparente) reservada para o contato;
- Área mecânica (Am): área efetiva de contato;
- Área elétrica (Ae): área que transfere a corrente elétrica.

Assim, a área da superfície de contato acaba sendo bem menor que a total disponível. Esta diferença existe
devido à oxidação ou sulfatação do material do contato, que sofre a influência do ambiente externo e se
recobre por uma camada de óxido, que tem normalmente comportamento semicondutor. A área real de
contato se restringe aos trechos onde a pressão exercida ou o deslocamento entre os contatos remove a
camada.

Concordando com a segunda Lei de Ohm, quanto maior a área de contato menor será a resistência à
passagem da corrente elétrica. Como existe uma resistência no contato, aparece entre as peças uma queda
de tensão, que eleva a temperatura local.

A exigência econômica para as peças de contato, além do seu preço, se deve à continuidade das manobras
de forma ininterrupta. Para tal deve-se observar as características de durabilidade do material diante do
sistema mecânico de fechamento, das condições da corrente de interrupção, da extinção do arco, da
agressividade do meio que envolve as peças etc.

Durabilidade mecânica:

Verifica-se pela quantidade de manobras que a peça é capaz de executar.

Assim, o material para o contato é escolhido considerando-se a sua resistência à oxidação e o tipo de
contato (por deslizamento ou pressão).

Durabilidade elétrica:

Capacidade de suportar as elevadas temperaturas provocadas pelo aparecimento do arco voltaico3 entre o
contato fixo e o móvel, quando se interrompe o circuito (abertura do contato).

Para prevenir a destruição das peças de contato, lança-se mão de câmaras de extinção, que deslocam,
alongam, subdividem e extinguem o arco, aplicam conjuntos de contatos, que interrompem o circuito em
mais de um ponto e usam metais que suportam e dissipam adequadamente o arco.

Ricochete entre peças de contato:

3
Deve-se a existência do arco à tendência dos elétrons, em movimento, manterem o circuito fechado, pois são
impulsionados pela força eletromotriz da fonte. A intensidade do arco depende da tensão e da corrente de
desligamento.
Causa desgaste na peça de contato por causa do choque entre as partes fixa e móvel, quando aparece um
pequeno arco. Daí, deve-se dimensionar o contato para serem bem pequenos (menor massa, menor choque)
e a velocidade de fechamento, bem como a pressão de contato (par que seja reduzida ao mínimo a repulsão
entre as partes).

A durabilidade de um conjunto de peças de contato é medida em número de manobras e depende dos


seguintes fatores: corrente manobrada, material do contato, número de ricochetes, capacidade térmica e
dureza do metal.

Resistência de contato e influência da temperatura:

É influenciada pelos seguintes fatores: força mecânica aplicada, forma das superfícies de contato e sua
condição de contaminação (oxidação ou sulfatação). Esta resistência de refere à resistência que aparece
pela redução da superfície de contato (de Ag para Ae) e a que aparece pela formação da camada de óxido
ou sulfato.

O calor provocado entre as peças de um contato de resistência de contato Rr pela passagem da corrente I
durante um dado tempo t, é dado por I2Rt. a elevação da temperatura no contato (Efeito Joule) pode causar
transformações no material. Por conta disto, os materiais de contato devem ter as seguintes características:
- Resistência de contato baixa (superfícies limpas e forças operantes baixas);
- Condutividade elétrica lata (para dar aquecimento mínimo);
- Capacidade térmica alta (grade massa e calor específico alto);
- Condutividade térmica alta (assegurar a transferência rápida e calor).
Além disso, os contatos dêem ser adequadamente ventilados para ajudar a perda de calor por radiação e
convecção.

Proteção de contatos:

Dispersão do arco:

Objetiva reduzir os efeitos destrutivos do arco, sendo aplicado em circuitos de corrente forte e diretamente
no percurso do arco. Tipos:
- Imersão de óleo: o óleo propicia o resfriamento dos contatos, reduzindo a duração
do arco. A turbulência causada pela ação do óleo e dos gás gerado, contribui para a
extinção do arco.
- Quebras múltiplas: utilizam-se várias interrupções em série em cada pólo para
desligar o circuito. Em circuitos cc a subdivisão do arco em várias porções torna
cada porção mais fácil de se dominar devido à conseqüente subdivisão da energia
total do arco. Em ca existe uma oposição o restabelecimento do arco.
- Desionização: a duração de um arco é consideravelmente reduzida quando são
conduzidos gases ou sólidos frios para a corrente de arco.
- Fuga magnética: se um aro é submetido a um campo magnético cuja direção é
perpendicular ao eixo do mesmo, haverá um deslocamento grande do arco devido à
sua reação com o campo magnético.

Prevenção do arco:

Objetiva evitar o arco, reduzindo a corrente e a voltagem abaixo dos valores mínimos de centelhamento
antes que os contatos sejam finalmente interrompidos. Tipos:
- Resistência de descarga: a ligação de uma reatância não indutiva através de uma
carga indutiva tem o efeito primário de reduzir o aumento da voltagem indutiva
quando o circuito é interrompido. A energia indutiva armazenada no circuito é
dissipada em uma larga extensão na resistência de descarga em vez de manter o
arco de contato.
- Circuito de esfriamento de retificador: para circuito cc contendo indutores, um
retificador ligado invertido através do indutor fornece um trajeto para a descarga
de energia magnética acumulada. Quando a fonte de cc ‘obtida de uma fonte ca
através de um arranjo retificador de ponte, a ação de esfriamento é inerente.
- Circuito de esfriamento de capacitor: um capacitor em série com resistor de
dissipação pode ser ligado através da carga ou através dos contato do interruptor e
aceitará energia do indutor.

Materiais de contato:

Metais:

Propriedade Cu Au Mo Pt Ag W
Resistividade (µ Ω m) 0,017 0,024 0,056 0,100 0,016 0,060
Ponto de fusão (ºC) 1.080 1.060 2.500 1.770 960 3.380
Calor específico (J/(kgK) 375 130 300 135 235 140
Condutividade térmica (mW/(mK) 38 29 14 7,0 41 16

Ligas à base de cobre: para melhorar as propriedades mecânicas do cobre, melhorando principalmente
rigidez e resistência à formação de película. Tipos: Berílio-cobre, cádmio-cobre, cromo-cobre, níquel-
cobre, níquel-cobre-zinco e prata-cobre.

Ligas de metais preciosos:

São empregadas para fins especiais de maneira acentuar alguma propriedade específica. Tipos: ouro-prata,
paládio-cobre, paládio-prata, cobre-prata e platina-irídio.

Aplicação:

Os contatos de prata e suas ligas levam vantagem sobre os de cobre n maioria das aplicações industriais ou
m telecomunicações.
Quando se necessita de um maior capacidade térmica, utiliza-se a peça de cobre recoberta por uma camada
de prata de espessura variável.
Para aplicações onde se necessita de grande resistência ao desgaste, a prata é recomendada, para correntes
de até algumas centenas de ampéres.

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