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PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL I

Aula Prática 1 – Conservação da Matéria

1- INTRODUÇÃO
Quando se estuda uma reação química em detalhe é de fundamental importância descobrir se a massa
total é a mesma antes e depois da reação. A isso se chama fazer o balanço de massa da reação. Para se
descobrir se a massa foi conservada, deve-se pesar os reagentes e depois medir a massa dos produtos no
final da reação. Para tal experimento ser válido todos os reagentes e todos os produtos devem ser pesados.
Neste experimento será estudado inicialmente a reação entre soluções de cloreto de cálcio e carbonato
de sódio. Depois disso estudaremos a reação entre o produto obtido, o carbonato de cálcio e ácido sulfúrico.

2- OBJETIVO

- Determinar a massa dos reagentes e dos produtos de uma reação.

3- PROCEDIMENTO

– Adicione 10 mL de solução de carbonato de sódio em erlenmeyer de 125 mL. Arrolhe-o. Coloque 3 mL de


solução de cloreto de cálcio em um tubo de ensaio devidamente identificado. Em outro tubo de ensaio
identificado, coloque 3 mL de ácido sulfúrico diluído. Tampe ambos. Certifique-se de que os tubos estejam
completamente secos por fora.
– Coloque os três simultaneamente na balança analítica e anote a massa encontrada.
– Retire-os da balança e adicione cuidadosamente o cloreto de cálcio ao frasco contendo o carbonato de sódio.
Agite com gentileza. Anote qualquer modificação observada.
– Tampe os frascos novamente e retorne à balança para medir novamente a massa.
– Retire os frascos da balança e acrescente cuidadosamente o ácido sulfúrico ao frasco de 125 mL que contem
as outras soluções.
– Tampe os frascos novamente e retorne à balança para medir novamente a massa.

Descrever o que você observou.

4- ATIVIDADES
a) Qual a equação que representa a reação 1?
b) Qual a equação que representa a reação 2?
c) Houve conservação da matéria nas duas reações?

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Aula Prática 2 – Purificação do Cloreto de Sódio

1- INTRODUÇÃO
O cloreto de sódio, um nutriente essencial sob a forma do sal de cozinha, ocorre principalmente, sob
duas formas na natureza: como sal gema, material sólido que pode ser diretamente minerado, e como
principal constituinte presente na água do mar. No Brasil, no Rio Grande do Norte e adjacências, bem como
na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, fatores, como a maior salinidade das águas, correntes
marítimas, calor e ventos, favorecem economicamente a extração do sal a partir da água do mar. Para tal, a
água represada em bastante contato com o ar é sujeita a evaporação natural, e o depósito de sal formado,
contaminado principalmente com areia, é retirado mecanicamente. Em princípio, é este tipo de material que
pretendemos purificar em nossa aula prática. O nosso processo propõe a retirada de sólidos insolúveis em
água, bem como uma redução drástica da presença dos íons magnésio e cálcio, levando a um produto final
com reação neutra. Outros íons e constituintes presentes não serão significativamente retirados. A tabela a
seguir apresenta valores médios correspondentes às espécies presentes na água do mar. Além do cloreto
de sódio, são principalmente retirados da água do mar, sais de magnésio, brometos e iodetos.
Denominamos salmouras as soluções concentradas provenientes da evaporação da água do mar. Elas são
importantes para o processo de recuperação dos constituintes que se encontram presentes em menor
quantidade.

Tabela 1 - Concentração de alguns elementos presentes na água do mar, excluindo gases dissolvidos (1
ppm (partes por milhão), corresponde em termos práticos a 1 mg/L):
Elemento Concentração (ppm) Elemento Concentração (ppm)

Cl 18.980 B 4,6
Na 10.561 Si 0,02 - 4,0
Mg 1.272 C(org) 1,2 – 3,0
S 884 Al 0,16 – 1,9
Ca 400 F 1,4
K 380 Hg 0,0003
Br 65 Ag 0,00015 – 0,0003
C(inorg.) 28 Au 4 x 10-6 – 8 x 10-6
Sr 13

Na Tabela 2, apresentamos alguns dados importantes, sobre a solubilidade de alguns constituintes,


que ajudarão a entender o processo que proporemos para a purificação de sal. O produto de solubilidade,
Kps, corresponde ao produto das concentrações presentes, associadas a uma determinada espécie. Quanto
menor o seu valor, menor a solubilidade da espécie correspondente. O Kps é mais relevante no caso de
substâncias pouco solúveis em água. Outro parâmetro importante é a solubilidade de uma substância, em
gramas da substância em 100 mL de água pura. A solubilidade de uma substância varia, em geral, com a
temperatura. Estes dados são normalmente encontrados na literatura em manuais de laboratório e em
publicações editadas por agências internacionais, que se preocupam com a divulgação de resultados
acurados.

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Tabela 2 – Dados referentes à solubilidade de alguns sais:

Sal Kps Solubilidade (g/100 mL de água)


a frio a quente
o o
NaCl --- 35,7 (0 C) 39,12 (100 C)
-12 o o o
Mg(OH)2 8,9 x 10 (25 C) 0,0009 (18 C) 0,004 (100 C)
-6 o o
Ca(OH)2 5,5 x 10 0,185 (0 C) 0,077 (100 C)
MgCO3.5 H2O 2,6 x 10-5 (12o C) 0,176 (7o C) o
0,375 (20 C)
CaCO3 (calcita) 8,7 x 10-9 (25o C) 0,0014 (25o C) 0,0018 (75o C)

2- OBJETIVO
- Purificar o cloreto de sódio, NaCl, obtido por meio de evaporação da água do mar.
- Caracterizar os diferentes aspectos associados a critérios de pureza em substâncias e sua avaliação.
- Observar a importância de aditivos e conservantes para garantir a identidade final em medicamentos e
produtos de consumo.

3- PARTE EXPERIMENTAL

– A purificação a ser desenvolvida consiste simplesmente na eliminação de magnésio (Mg2+) e cálcio (Ca2+),
através da precipitação dos sais desses elementos.
– Pesar 30 g de “sal grosso” previamente moído; dissolver em 100,0 mL de água destilada em um bécher
de 250 mL e filtrar. O filtrado é uma solução concentrada de cloreto de sódio, NaCl, que apresenta sais de
magnésio e cálcio como algumas de suas principais impurezas.
– A eliminação de Mg2+ é feita através da precipitação do hidróxido de magnésio, Mg(OH)2, adicionando-se
solução 6 M de hidróxido de sódio, NaOH, até um determinado valor de pH.

OBSERVAÇÃO: a utilização deste procedimento nos permite determinar quantitativamente o grau de


contaminação – em termos de Mg2+ - que a solução apresentará após a purificação.
Assim sendo, deve-se estipular o grau de contaminação aceitável e calcular o valor de
pH que a solução deverá apresentar. Como referência vamos estabelecer que a solução
deverá apresentar no máximo uma concentração de Mg2+ igual a 1,0 x 10-9 M.

– Após a adição de hidróxido de sódio até o pH determinado, observar a precipitação do hidróxido de


magnésio. Caso esta não ocorra, aquecer levemente a solução até a precipitação. Em seguida, filtrar.
2+
A eliminação de Ca da solução é feita adicionando-se lentamente, pela parede do frasco, gotas de solução
2,0 M de carbonato de sódio, Na2CO3, até não mais se observar qualquer precipitação. Em seguida,
procede-se a uma nova filtração.
– Finalmente, neutralizar a solução usando solução diluída de ácido clorídrico, HCl, (no caso de se utilizar
excesso de ácido, corrigir com solução diluída de NaOH) e evaporá-la até a obtenção dos cristais. Filtrar os
cristais obtidos e secá-los em estufa a 110 °C.

4- Atividade
Por que temos que acidular com HCl e aquecer uma solução de NaCl, após o processo de eliminação do
íon cálcio, presente no sal impuro, utilizando Na2CO3? Qual a importância de controlarmos este processo
para garantirmos a pureza do sal obtido?

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Aula Prática 3 – Cristalização Fracionada

1- INTRODUÇÃO
Discussão dos fundamentos teóricos a respeito de cristalização fracionada e de retículos cristalinos.
O processo de cristalização fracionada é usado na separação e purificação de compostos sólidos
cristalinos, tanto em escala de laboratório como industrial.

2- OBJETIVO
- Compreender sob diferentes aspectos o fenômeno da cristalização fracionada, bem como suas aplicações.
- Saber utilizar equações iônicas.
- Reconhecer, a partir de observações experimentais, a morfologia de alguns cristais com aspecto simples.

3- PROCEDIMENTO
– Em um béquer de 100 mL colocar 8,5 g de NaNO3, 7,5 g de KCl e 25 mL de água. Agitar a mistura até

solubilização total, aquecendo ligeiramente, caso necessário. O volume final deverá ser de 33,3 mL e foi
determinado experimentalmente.
– Resfriar a solução até 10 °C, colocando o béquer em banho de gelo e água. Quando cessar a
cristalização, filtrar rapidamente a solução gelada. Secar os cristais em papel de filtro e observar ao
microscópio seu aspecto característico. Qual a forma destes cristais? De acordo com o gráfico de
solubilidade, qual foi o composto cristalizado?
– Evaporar o filtrado até cerca de metade do volume original, filtrar rapidamente, à quente, recolhendo o
filtrado em um béquer. Secar os cristais em papel de filtro e observar seu aspecto, comparando com os
cristais obtidos anteriormente. Qual o composto obtido no segundo procedimento?

4- ATIVIDADES
4.1- Preparar o gráfico com a curva de solubilidade do nitrato de potássio, nitrato de sódio, cloreto de
potássio e cloreto de sódio, de acordo com os dados apresentados na tabela 1.

Tabela 1: Solubilidade dos sais em mol/L

Temperatura em °C
Substância 0 20 40 60 80 100
KNO3 1,3 3,2 5,2 7,0 9,0 11,0
NaNO3 6,7 7,6 8,5 9,4 10,4 11,3
KCl 3,4 4,0 4,6 5,1 5,5 5,8
NaCl 5,4 5,4 5,5 5,5 5,5 5,6

4.2- Os compostos nitrato de sódio, NaNO3, e cloreto de potássio, KCl, dissolvem-se em água formando

soluções de seus íons. Quando estas soluções são misturadas, têm-se quatro íons:
a) Escreva as quatro equações iônicas mostrando todas as possibilidades de associação destes íons.
+ + - -
b) Calcular a molaridade dos quatro íons: Na , K , NO3 e Cl .

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4.3- Com base no gráfico de solubilidade responda as questões:
a) Qual o composto mais solúvel a temperatura ambiente (20 °C)?
b) Qual o composto menos solúvel a 100 °C?
c) A que temperatura KNO3 e NaCl têm a mesma solubilidade molar?

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Aula Prática 4 – Soluções e suas Propriedades

1- INTRODUÇÃO
O fenômeno da solubilidade apresenta vários aspectos importantes dentro da área da Química,
com uma série de implicações em outros setores. Em uma solução líquida temos o solvente, presente em
maior quantidade; e solutos, que geralmente são sólidos que se dissolvem perfeitamente quando
presentes em determinadas quantidades. Você não deve se esquecer que alguns líquidos e gases, como
o gás amônia, por exemplo, são solúveis em água formando soluções, e que ligas metálicas, como o
latão e o bronze, são na realidade soluções sólidas.
As propriedades físicas e químicas de uma solução tendem a se tornar diferentes daquelas do
solvente puro com o aumento da concentração do soluto presente. Uma solução de soro fisiológico, por
exemplo, contém cerca de 9,1 g de cloreto de sódio por litro de solução em água destilada. O
conhecimento da concentração desta solução é muito importante, pois nestas condições o soro fisiológico
pode ser misturado a fluidos corpóreos como o sangue, mantendo a integridade de seus constituintes
presentes. Esta integridade não será mantida se adicionarmos apenas água destilada pura ao sangue.
Denominamos de variáveis de composição de uma solução aquelas que expressam a
concentração de solutos presentes. As concentrações de uma solução são usualmente expressas em
gramas de soluto por litro de solução (título) ou em moles de soluto por litro de solução (molaridade). Os
valores do título e da molaridade de uma solução dependem da temperatura. Nesta aula veremos
algumas propriedades das soluções e suas consequências.

Solutos e solventes: características gerais


A concentração de soluto presente estabelece diferentes comportamentos em uma solução. Nas
soluções diluídas, a quantidade de soluto é pequena e suas propriedades tendem a se aproximar das do
solvente puro. Podemos dizer que uma solução diluída tende a ser uma solução ideal. Neste caso,
solutos capazes de se dissociar tendem a se dissociar o máximo que for possível. Nas soluções
concentradas, com o aumento da concentração de soluto, aumentam as possibilidades de associação
entre as espécies dissolvidas e o solvente, dificultando, em certos casos, a caracterização do sistema.
Em uma solução saturada, a uma determinada temperatura, atingimos o limite que certa quantidade de
solvente tem de solubilizar solutos. Este comportamento pode ser normalmente descrito para um
determinado soluto por meio de curvas de solubilidade. Temos ainda as soluções supersaturadas, um
estado instável conhecido como metaestável. Nestas condições, o solvente consegue solubilizar mais
soluto que o previsto pelas curvas de solubilidade. O estado de supersaturação pode ser eliminado,
atritando-se com um bastão de vidro as paredes internas do recipiente que contém a solução, ou
adicionando-se um pequeno cristal de soluto à solução.

2- OBJETIVOS
– Compreender o conceito de soluto, solvente e solução.
– Caracterizar o comportamento de soluções, identificando a ação de diferentes solutos e solventes.
– Identificar aspectos associados ao calor durante o processo de solubilização.
– Verificar as consequências da imiscibilidade de líquidos.

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3- PARTE EXPERIMENTAL

3.1- Solução Supersaturada


a) Dissolver, em um tubo de ensaio, 1g de acetato de sódio anidro, CH3COONa, ou 1,5g de acetato de
sódio hidratado, CH3COONa.3H2O, em cerca de 0,5mL de água. Aquecer até a solubilização total.
Resfriar o tubo sem agitar e, em seguida, adicionar um pequeno cristal de acetato de sódio e observar.
Explicar o ocorrido.

b) Solubilizar novamente o acetato de sódio por aquecimento e resfriá-lo sem agitação. Atritar, com um
bastão de vidro, as paredes internas do tubo e observar, comparando com os resultados do item anterior.

3.2- Calor de dissolução


O processo de dissolução pode ser acompanhado de liberação de calor (exotérmico) ou de um
resfriamentodevido à absorção de calor (endotérmico).

a) Em um tubo de ensaio, contendo cerca de 1 ml de água, adicione 1-3 gotas de H2SO4 18M. Ocorre um
aquecimento ou resfriamento da solução? Este processo é endotérmico ou exotérmico?

b) Em um tubo de ensaio, com cerca de 1mL de água, adicione alguns cristais de cloreto de amônio,
NH4Cl. Qual o efeito térmico observado?

3.3- Influência da temperatura na solubilidade


a) Em um tubo de ensaio, com cerca de 1 mL de água, adicione 1,5 g de nitrato de potássio, KNO 3.
Dissolva todo o sal por aquecimento e deixe a solução esfriar. Quando a solução estiver fria, observe e
justifique o que ocorreu.

b) Aquecer, no tubo de ensaio, cerca de 1mL de solução saturada de acetato de cálcio, Ca(CH3COO)2.
Observe o que ocorre. Esfrie o tubo de ensaio e observe novamente.

3.4- Líquidos miscíveis e imiscíveis


a) Em um tubo de ensaio, misture 0,5mL de água com 0,5mL de etanol. Ocorre separação de fases?
Explicar.

b) Agitar cerca de 1mL de água com 0,5 mL de éter de petróleo em um tubo de ensaio. Observe e
explique.

c) Adicionar, a um tubo de ensaio, 2-3 mL de solução aquosa de iodo e agitar com 1 mL de éter de
petróleo em um tubo de ensaio. Verifique a cor do solvente orgânico devido à presença de iodo.

d) Adição de etanol puro à água (Demonstração a ser feita pelo tutor):


Preencher uma bureta de 50 mL com 25 mL de água. Adicionar, cuidadosamente, na bureta, sem que os
líquidos se misturem, etanol absoluto até completar o volume da bureta (50 mL). Misturar os líquidos e
voltar a ler o volume na bureta. Verificar, também, que houve um ligeiro aquecimento da fase líquida.
Procurar uma explicação para o ocorrido.

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e) Teste do teor de álcool em uma gasolina (Demonstração a ser feita pelo tutor):
Adicionar, em uma proveta de 150 mL, 100 mL de gasolina comercial contendo álcool. Em seguida,
adicionar 50 mL de água e misturar. Observar. Calcular o volume de álcool presente na gasolina a partir
da formação de duas fases distintas. De uma maneira prática, para o sistema construído, a fase orgânica
tem o volume igual a 100 mL menos o percentual de álcool presente na gasolina. Considerando o
experimento anterior, especule sobre possíveis causas de erro nesta determinação de teor de álcool na
gasolina.

4- ATIVIDADES
1) Verifique, em um manual de laboratório, as propriedades físicas do acetato de sódio e, em especial, a
sua solubilidade em água a diferentes temperaturas.

2) Verifique, em um manual de laboratório, as solubilidades dos sais: nitrato de potássio e acetato de


cálcio.

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Aula Prática 5 – Coloides e suas propriedades

1- INTRODUÇÃO
Os coloides ou dispersões coloidais representam uma classe de substâncias que possuem
características intermediárias entre uma solução verdadeira e uma suspensão. Em 1860, Thomas Graham
percebeu que substâncias como gelatina e cola se difundiam muito lentamente em água, quando
comparadas ao açúcar e ao sal. Estas substâncias também não atravessavam membranas finas e não era
possível recristalizá-las. Assim, ele chamou estas substâncias de COLOIDES, palavra que vem do grego e
significa semelhante à cola. Sua descrição estabeleceu uma nova classe de substâncias, com propriedades
completamente diferentes do sal e do açúcar.
O tamanho da partícula dispersa permite distinguir e caracterizar o estado coloidal. Uma partícula
coloidal tem tamanho entre 10-7 a 10-5 cm, ou seja, intermediário entre uma suspensão grosseira e uma
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solução verdadeira. A suspensão se caracteriza por partículas de tamanho entre 10 a 10 cm e a solução
-7 -8
verdadeira apresenta partículas com tamanho entre 10 e 10 cm.
Uma dispersão coloidal pode ser identificada pelo Efeito Tyndall, a reflexão de raios de luz pelas
partículas do coloide. As partículas, que compõem os sistemas coloidais, como, por exemplo, um sol, são
muito pequenas para serem identificadas a olho nu. Entretanto se situam, na maioria dos casos, na ordem
do comprimento da luz visível. Portanto existe uma reflexão da luz sobre as partículas, no caso uma
reflexão difusa. O feixe de luz se espalha devido a este fenômeno. Apenas um resultado positivo é
conclusivo. Alguns tipos de coloides podem não apresentar Efeito Tyndall.

Exemplos de Dispersões Coloidais:


Disperso Fase Dispersante (meio) Exemplos
SÓLIDO SÓLIDO Ligas, borracha, plásticos pigmentados, porcelana;
LÍQUIDO SÓLIDO Queijo, manteiga, geleias;
LÍQUIDO LÍQUIDO Leite, maionese, cremes para pele, molhos para salada;
SÓLIDO LÍQUIDO Pudim, tintas;
GÁS SÓLIDO Esponjas;
GÁS LÍQUIDO Creme para barbear;
SÓLIDO GÁS Fumaça;
LÍQUIDO GÁS “Fog”, neblina, nuvens, spray.

2- OBJETIVOS
– Demonstrar algumas propriedades dos coloides.
– Discutir a estabilidade destes sistemas, evidenciar fenômenos de superfície.

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3- PARTE EXPERIMENTAL

3.1- Processos de Condensação:

a) Fe(OH)3 coloidal.

Adicione 3-4 gotas de solução saturada de FeCl3 em um tubo de ensaio com 3 mL de água bem quente. A

cor castanha é devido ao hidrossol de Fe(OH)3 formado. Compare com a cor da solução preparada a frio.
RECOLHER o hidrossol Fe(OH)3 ao frasco na capela.

FeCl3 (aq.) + 3 H 2 O(l) a


quente
 Fe(OH) 3 (s) + 3 HCl (aq.)
coloidal

3.2- Processos de Dispersão:

a) Colocar 1-2 mL de água e 2-3 gotas de óleo vegetal em um tubo de ensaio. Agitar bem e observar que,
após algum tempo, as fases líquidas - água e óleo - separam-se por serem imiscíveis.
b) Em um tubo de ensaio com 1-2 mL de água destilada, adicionar 2-3 gotas de óleo vegetal e 3-4 gotas de
sabão ou detergente. Agitar bem. OBSERVE a diferença. Agora o óleo encontra-se finamente disperso em
água, no estado coloidal, constituindo uma emulsão. O sabão atua como agente emulsificante.

3.3- Coagulação pela ação de eletrólitos:

Realizar estes ensaios ao mesmo tempo para comparação.

a) Em um tubo de ensaio com 1 mL da solução de Fe(OH)3, adicionar 2 gotas de solução de NaCl 1 M.

Misturar e observar o que acontece.

b) Repetir a experiência usando no lugar da solução de NaCl solução de cloreto de magnésio, MgCl2, 1 M.

c) Repetir novamente usando a solução de cloreto de alumínio, AlCl 3, 1 M como eletrólito.


AONDE O EFEITO COAGULANTE FOI MAIOR?

3.4- Coloide Protetor – Prata coloidal:

Realizar estes ensaios ao mesmo tempo para comparação.

a) Em um tubo de ensaio com 1-2 mL de água destilada, adicione 3 gotas da solução de AgNO 3 0,1 M e 3

gotas de solução aquosa de NH3. Adicionar 5 gotas de formol, aquecer em banho-maria e OBSERVAR o

que acontece. O formol reduz a prata em meio amoniacal.


b) Em um tubo de ensaio, misture 3-4 mL de dispersão de gelatina a 1%, 3 gotas de solução de AgNO3 e 3
gotas de solução aquosa de NH3. Adicione 5 gotas de formol, aqueça em banho-maria e OBSERVE.

A prata resultante da redução do Ag+ encontra-se no estado coloidal, estabilizada pelo coloide protetor
(gelatina), um coloide liófilo.

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Aula Prática 6 – Reações de Oxirredução

1- OBJETIVOS
- Capacitar o aluno para a compreensão de reações de oxirredução;
- Capacitar o aluno para o uso de tabelas de potencial de oxirredução assim como de suas respectivas
equações iônicas;

2- PARTE EXPERIMENTAL

2.1- Experimento 1
- Pesar 0,1 g de CuSO4 em um tubo de ensaio e adicionar 3 mL de água.
- Com o auxílio de um bastão de vidro homogeneizar a solução.
- Imergir um fio de cobre e observar o que acontece.
- Em seguida, retirar o fio de cobre e imergir um prego. Observar e anotar o que acontece.
- Formule as semi-reações de oxidação e redução quando coloca-se o prego em contato com a
solução de sulfato de cobre e a equação geral.

2.2- Experimento 2
- Preparar 25 mL de uma solução aquosa de KMnO4 (utilizando o mínimo possível de soluto).
- Pesar 0,5 g de NaOH e 0,5 g de sacarose e solubilizá-los em 25 mL de água, num erlenmeyer.
- Verter a solução aquosa de KMnO4 na solução contida no erlenmeyer, observar e anotar o que acontece.
- Explique a mudança de coloração vista ao misturar estas soluções com base nas reações químicas
de redução do íon permanganato.

2.3- Experimento 3
- Num tubo de ensaio, colocar um pedacinho de uma esponja de aço e 3 mL de HCl.
- Observar o que acontece e anotar.
- Explique o fenômeno observado e formule a equação química que representa esta reação.

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