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ESCOLA TÉCNICA ANGELINA MENDES BRAGA

CURSO: Téc. em Contabilidade


DISCIPLINA: TURNO: Noite
PROFº: Aragão
ALUNA: Maria Juliana da Silva

TIPOS DE SOCIEDADES

Pedro II, dezembro de 2010


Sociedade empresária é um tipo de aglutinação de esforços de diversos agentes,
interessados nos lucros que uma atividade econômica complexa, de grande porte, que exige
muitos investimentos e diferentes capacitações, promete propiciar. É a que explora uma
empresa, ou seja, desenvolve atividade econômica de produção ou circulação de bens e
serviços, normalmente sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima.
Duas são as espécies de sociedades no direito brasileiro: a simples e a empresária. A
sociedade simples explora atividades econômicas específicas e sua disciplina jurídica se
aplica subsidiariamente à das sociedades empresárias contratuais e às cooperativas.
No Direito Societário, empresário, para todos os efeitos, é a sociedade, e não seus
sócios. Estes serão chamados de empreendedores (investem capital e são responsáveis pela
concepção e condução do negócio) ou investidores (aquele que contribui apenas com o
capital para o desenvolvimento da empresa.
Art. 985. A sociedade passa a existir legalmente com a inscrição, no registro próprio e na
forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150 = Registro).
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos
prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé,
os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
Somente as limitadas e anônimas possuem importância econômica. As outras são constituídas
apenas para atividades marginais, de menor envergadura.
Sociedades de Pessoas
Aquela sociedade em que a realização do objeto social depende fundamentalmente dos
atributos individuais dos sócios. A pessoa do sócio é mais importante que sua contribuição
material para a sociedade. Ex.: duas pessoas que se organizam para criar uma empresa de
prestação de serviços. Como os atributos individuais do adquirente de uma participação
podem interferir na realização do objeto social, a cessão da participação societária depende da
anuência dos demais sócios. O ingresso de novo sócio está condicionado à aceitação dos
outros sócios, cujos interesses podem ser afetados. As sociedades em nome coletivo e em
comandita simples são de pessoas. A sociedade limitada pode ser de pessoas e capital.
Sociedades de Capitais
Nesse tipo de sociedade, as aptidões, a personalidade e o caráter do sócio são irrelevantes para
o sucesso ou insucesso da empresa explorada pela sociedade. Por exemplo: quando uma
pessoa compra uma ação de uma instituição financeira, as qualidade subjetivas desse acionista
não interferem de forma nenhuma com o desempenho da sociedade bancária. O único fator a
considerar é a contribuição material dada para a sociedade. O sócio pode alienar sua
participação societária a quem quer que seja, independentemente da anuência dos demais. A
sociedade limitada pode ser de capital. As sociedade anônimas e em comandita por ações são
sempre de capital.Desta forma faz-se necessário um aprofundamento maior para uma boa
comprensão do conteúdo em comento.
Sociedades Contratuais
São constituídas por um contrato entre os sócios. Nela, os vínculos estabelecidos entre os
membros da pessoa jurídica tem natureza contratual e neles se aplicam os princípios do direito
dos contratos. O instrumento disciplinar das relações sociais é o contrato social. O diploma
jurídico aplicável na dissolução é o Código Civil. Exemplos: sociedade em nome coletivo, em
comandita simples e limitada. São aquelas em que o elo entre os sócios é predominantemente
pessoal e classificadas, de acordo com a sua natureza, como sociedades do tipo (intuitu
personae).
Sociedades Institucionais
Também são constituídas por um ato de manifestação de vontade dos sócios, mas esse não é
revestido de natureza contratual. O instrumento disciplinar das relações sociais é o estatuto. O
diploma jurídico aplicável na dissolução é a Lei das Sociedades por Ações. Exemplos:
sociedades anônimas e em comandita por ações.
Sociedade Empresária de Vínculo Instável
O sócio pode se desligar por declaração unilateral imotivada, a qualquer tempo. O vínculo
pode romper-se a qualquer hora. A sociedade o reembolsa do capital investido. Exemplos: em
nome coletivo e em comandita simples contratadas por prazo indeterminado.
Sociedade Empresária de Vínculo Estável
O sócio não pode se desligar a qualquer tempo, mas apenas em determinados casos
específicamente mencionados na lei (por exemplo: mudança do objeto social, incorporação da
sociedade em outra, etc). O sócio só se desliga por declaração unilateral quando titulariza o
direito de recesso ou de retirada. O vínculo jurídico é estável porque não se rompe senão
quando ocorre o fato jurídico indicado na lei. Exemplos: em nome coletivo e em comandita
simples contratadas por prazo determinado, a anônima e a comandita por ações.
A sociedade limitada tem feição híbrida
pode ser de vínculo estável ou instável de acordo com a vontade dos sócios (segundo o
disposto no contrato social). Se desse instrumento conta a Lei das Sociedades por
Ações como fonte supletiva de regência da sociedade, o vínculo é estável. Caso não
haja menção, ou se são indicadas como fonte supletiva de regência as normas da
sociedade simples, o vínculo é instável.
Responsabilidade dos Sócios
Os sócios têm, pelas obrigações, responsabilidade subsidiária. A solidariedade, no Direito
Societário brasileiro, quando existe, verifica-se entre os sócios, e nunca entre sócio e
sociedade. Isto é, enquanto não exaurido o patrimônio social, não se pode cogitar de
comprometimento do patrimônio do sócio para a satisfação de dívida da sociedade. A única
exceção está na responsabilização do sócio que atua como representante legal de
sociedade irregular, não registrada na Junta Comercial. Para ele, prevê a lei a
responsabilidade direta.
Sociedades de Responsabilidade Ilimitada
Todos os sócios respondem pela obrigações sociais ilimitadamente
Sociedades de Responsabilidade Mista
Apenas parte dos sócios responde de forma ilimitada (sociedade em comandita simples ou por
ações).
Sociedade de Responsabilidade Limitada
Todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações sociais (sociedades por quotas
de responsabilidade e anônimas).
Em geral, somente depois de decretada a quebra da sociedade empresária será possível
executar os bens do patrimônio particular dos sócios, para garantia da obrigação social.
Nacionalidade da Sociedade
No Brasil, uma sociedade se considera nacional se atende a dois requisitos:
• sede e administração no Brasil (conforme art. 1.126 do [Código Civil] [2]de 2002)
• organização de acordo com nossa legislação
Não é relevante a nacionalidade dos sócios, nem a origem do capital investido na sua
constituição. Quando a sociedade é estrangeira, seu funcionamento no Brasil depende de
autorização do governo federal.
Desse modo, há duas alternativas para que os empreendedores estrangeiros explorem uma
atividade empresarial no Brasil: constituir uma sociedade empresária brasileira, da qual se
tornarão sócios ou acionistas; ou através de um pedido de autorização, hipótese em que não se
constitui pessoa jurídica nova, apenas uma licença para a extensão ao Brasil de operações
negociais exploradas pelo estrangeiro.

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