Você está na página 1de 6

I

\ : ,
v \

D~iD

Durante os anos de í9ô2-19ô5 eiznick experimento múitipias renovações. s sem resultados.


para obter um contrato de t! _'-companhia cinema ráfica para fazer outr !me.
Em Abril de 1964. ele t a primeira de suas . co crises carcãacas q se estenderam sobre •
período de 15 meses m Junno de 1965.· _!zniek sofreu um ataqu ulminante no escritório ae seu
advogado, Barry nnen. em 8everly . ,e morreu pouco de . de um infarto de mi . dio. com
63 anos.

capo:r
. .
Pronuncia-s três elogios fúnebr às suas cerimônias.EI foram escritos resoecti mente, poI~=
Joseph _. en, Willia~~. Pa e Truman e.Nes
últim~.l!do ~r Georqe U.!kOL Capo~e dizia
Q~e.::> Icl: mesmo na"l ito uma nota sobre unerals.ae pediu que servaçosJuneranos
Ios _m simples e t> ~ . para não aborrecer mn . m. '
APÊNDICE: as funcões do produtor e a fabricação de filmes
( Extraido de uma conferência dada por Selznick em 1/ 11/ 1937 para um grupo nova yorquino de es,. .
tucos cinematográficos subordinados à Universidade de Coiumbia. em ligação cem o MU$eu de Arte
Moderna.}

HâJ,rodutor e produtor Um é um produtor empregado de escri1Prio. e o outro é um produtor realizadlJr,


um outro e ainda um prodytor execulivJ;l.Vocês têm provaveimente lido todos esses termos. e muitos
outros - nomes de fantasia - que se atribui à fantasia de um homem. ou que o outorga a direção da
companhia ...
E'J fal:::rei essencialmente de 'T'e'J modo de trabaího.Não será conveniente falar do modo de trabalho
de outros. pois ninguém sabe e um produtor faz atrás das portas íecnadas de seu escritório.
Eu penso que há muito tempo as pessoas debutam na ma abraçando a carreira de cineasta. Agora
que eia existe. desde alguns anos. de cursos de roteiros. de realização e de Iotoçrafa. ~o
que ch~ue um dia onde haverá cursos preparatórios de prodUÇão.Eu penso que já seria e-xagero dizer
que há SOmeme um punhado de pessoas que se preparam como devem os produtores. Eu não sei @r
que isso é assim. Será porque as funcões do produtor são de tal modo i' . exploradas ao máximo
ou muito caluniadas. ou 's nosoJ as não em ter acesso? .•
Em~. _~ ~ caso. e isso e um fato que. de todas as pessoas que vêm a Ho!!ywood. ninguém ainda veio
me dizer: "Eu tenho muita vontade de ser produtor." Eies querem ser roteiristas. realizadores. chefes
operacores ou atorestsobretudo atoresjrnas, por qualquer razão misteriosa. eles n50 querem ser pro-
dutores.
A razão dist p su~nho. é que a prodlJão n~s!t~ de conhecimentos em muITos domir'!ios. Se v0-
cê enconlr3r um homem que tenha uma formacao num setofde cnacão na profissão. ele
-';)0 conhece nMa sobre ~ outros setores da criacâo.Ou se efe conhece todos os dominios da cria-
C<1oele ignora tudo sobre distrlcuicão. exibícão e sobre necessidades comerciais da profissão. às
ouais devem entrar na tormacão ge-rn! de um produtor se ele quer produzir mais de um filme.Se bem
que eu gostaria de ver. dentro de í O ou 15 anos. pessoas formadas para a prooucão, isto implicara
que elas sejam instruídas em todas as ramiflcações da profissão: distribuição, i?xibic.ão e produção.
S~ [01 l..ifnJ peSsQê corretameOle íormdda. será necessário que ela (;Onheça a fundo tõdos esses do-
f!limos E. neste espirrto. ~ um prazer para mim ~~f dar urna das primeiras conferências sobre nu-
nhas funções de produtor.
Primeiramente, permitam-me lhes dizer que as diferernes Cias são organizadas de modos diferentes.
Uma Cla como a Gold .•.•
'Yn e a nossa(Selznick lruernaüonahtem a sua frente um diretor que. em geral t!
também o produtor dos filmes.Por produtor de filmes. eu entendo ser o homem que. na maior pane do
tempo, responsável pela criação dos filrn~. Iato qUI:! geraimente não ~ conhecido ...
é

Em certas Cias. o produtor é simplesmente encarregado de cnacao ~ não tem nada a ver com os Df0-
biernas cornerciais.A maioria desses produtores seriam reduzidos ~ impotência. S~ ~~ não lfves!:i~m
a ~!:'<1d'-'êld~ urna grnnde Cia.De um QIJtOf !OO12, um produtor como Goldwyn é responsável na ocasiào
dê! criacào t: dos ~(;ius ...

/
Depois, o diretor de fábrica muito competente que é um expert da produção de
massa, capaz de fazer rodar a máqulna e de conduzir, com energia e eficácia, um
grande número de proj et os, repartindo seu tempo entre eles. Neste dominio, os
melhores exemplos são a meu ver, Zanuck (então vice-presidente encarregado da
produção na Twentieth Century Fox) e Wallis (Hal B. Wallis, então diretor adjunto
encarregado da produção na Warner Bros-First National).
Críticos de filmes e escritores cometem constantemente, e quase invariavelmente,
o erro de confund.i1: as funções do realizador e as do produtor. Vê-se o produtor
investir os méritos que deveria receber o realizador, e vice-versa....
Mas isto se deve à vaidaáe ~ue estlmula quase todo o munáo nessa profissão. Nós
gostamos de ver nosso nome associado a tudo o que nós fizemos, e é conveniente
talvez consagrar 1 ou 2 minutos para fixar em que o produtor realizador difere do
produtor.
Há hoje em dia em HOllywood, e sem dúvida em Londres e em outros lugares onde se
produz filmes, homens que desempenham as áuas função. Eu queria citar Frank Capra
que às vezes é produtor e realizador. Se um indivíduo quer concluir. estas duas
tarefas, ele deve demonstrar que ele não é somente um realizador capaz, mas que
ele também tem o senso para os negócios, que ele pode determinar os elementos
necessários para colocar de pé um filme e manter a perspectiva que lhe permite
supervisionar a unidade do filme. O grande perigo, numa produção desse gênero, é
~ue o realizador tenha o comando sobre o filme, estando todos os dias a par do
roteiro, todos os dias na sala de montagem, sem nenhuma perspectiva sobre a
harmonia, sobre o que ele queira do ponto de vista do roteiro, do ponto de vista
do espetáculo ou, mais ainda, comer-c.i.a Lmerrt
e . Frank Capra me disse recentemente
que ele não estava satisfeito com Les Horizons Perdus (Horizontes Perdidos). Eu
não sei quantos de vocês viram o filme, mas... Capra pensava que, se ele tivesse
tido qualquer um para orientá-Io, qual~~er um que tivesse respeito, ele poderia
Ter remediado muitos defeitos, e seu filme seria bem melhor.
Por outro lado, o realizador trabalha diferentemente nas várias companhias. Na
MGM, por exemplo, o realizador, nove entre dez vezes, é estritamente um
realizador, no sentido onde o encenador do teatro é o encenador da peça.
Seu trabalho consiste unicamente em ir na filmagem para dirigir os atores e fazer
com que façam o que exige o roteiro. Na Warner, o realizador não é mais que urna
peça da máquina. É veráade por 60% dos filmes da Warner: dá-se um roteiro ao
realizador apenas alguns dias antes dele começar a rodá-lo. Caso contrário seria
lmpossível que um homem produzlsse e àiriglsse 5 ou 6 filmes por ano...
Out:ro caso: o de Lew:"sMillestone que cieseJou ocupar-se de tudo, de cada estágio
da produção, do primeiro a último, e verdadeiramente, por suas próprias mãos,
montar o filmE ...
Em outras companhias (a minha por exemplo), o realizador se ocupa do roteiro
também por longo t:empoao avanço que me é possível Ter quando estou disponível.
Ele assist:eàs conferêncLaS ~e LOt~LO, com os rcteiristas, e eu participo de
sua elaboraçao, e eu gosto ~ue meu real~zacior siga a rnon~age~ até o momento onàe
o filme estiver t erminado . Eu não c obrigo a isso, e est e não é um hábito na
ma10r parte das companhias, se bem ~ue tem havido hoje em dia um grande movimento
nest:e sent:ldo,da parte dos realizadores. Eles vêm fQ~dando uma associação para
pedir com .i.nsi st êrica a a possi o Lí dade de apresent arerr, ao produt or uma prime ra
í í

mont:agem daqullo que eles filmaram - 1St:Ome parece mUlto razoável. O realizador
poderia assim apresent:ar ao produtor sua mise-en-scene tal ~Jal ele havia
verdadeiramente concebido, e não revisto e corrigido por um montador.
Cerca de uma ou duas vezes apelou-se ao realizador antes que se tivesse terminado
o roteiro. Demos-lhe o texto, os cenários, uma equipe, todos os recursos que ele
necessitava, e ele pôs-se a filmar. Eu não acredito que esse seja um método são
porque, no conjunto, o homem que dirige as cenas uma por uma deveria Ter uma
idéia no sentido de que se desejava dar a harmonia do filme, na preparação do
roteiro. Mass, como nós não falamos das funções do realizador, mas das do
produtor, eu gostaria de precisar quais são os métodos dos produtores em relação
aos diretores que não se ocupam verdadeiramente da produção. Atualmente, para
fazer corretamente seu trabalho, o produtor não deve se contentar em criticar,
mas poder responder à velha questão: "o quê" ou "por quê". Ele deve ser capaz, se
necessário, de se sentar em seu escritório para escrever uma cena e, se ele
criticar um realizador, ele deve ser capaz, não somente de lhe dizer "eu não
gosto disso", mas ainda como ele mesmo filmaria. Se ele não gosta da montagem de
uma seqüência (esta que é muitas vezes verdadeira), ele

1
»-,
,

Deve ser capaz de ir na sala de montagem e remontá-Ia. Para "remontar", eu não


~uero àizer manejar o copião, mas sentar-se numa sala de proJeção, onde se faz
hoje em dia o essencial da montagem e dizer: "corte 60 centimetros lá", "dê-me o
plano filmado sobre este ângulo", "pegue o plano grande para esta cena" etc.
Atualmente, a montagem diga-se de passagem, é totalmente diferente daquela tida
na época do cinema mude. Nesta época, o montador tinha um posto bem mais
importante que hoje. Um montador podia antes destruir um filme ou melhorá-lo
consideravelmente, porque você podia pl;':jG....o copião e manipulá-lo como você o
quisesse. As cenas previstas para o quarto rolo podiam passar para o primeiro;
podia-se cortar o meio de uma cena e ~nserir um grande plano por outro sem que
ninguém percebesse a mudança. Mas, nos filmes falados, você era evidentemente
limitado pelo diálogo. Isto significa, notavelmente, que você devia seguir seu
roteiro mais fielmente do que na época dos filmes mudos. Podia-se então salvar um
mau filme graças à montagem e os intertitulos inteligentes. Esta época é passado.
Seu filme é falado, fundamentalmente, e se ele não é escrito e dirigido
corretamente, a montagem não o salvará. Voeê pode melhorar um filme, e é certo
melhorá-lo consideravelmente, até crer mesmo na ilusão do ritmo em contrapartida
às passagens lentas, retLrando cópias pouco interessantes, que se faz geralmente
antes das primeiras apresentações. Mas se a interpretação é lenta, ela
permanecerá no filme finalizado. Se o roteiro é fundamentalmente mau,. ele lhe ..
será sempre num filme terminado, e não se poderá salvá-Io a não ser refilmando
certas cenas.
Um filme nasce habitualmente de dois ou três modos diferentes. Ou bem um produtor
diz que ele quer filmar tal ou tais sujeitos, comprar tal ou tais peças, ou
escrever tal ou tais roteiros originais. Ele determina quem chamará seuy')"set up",
e isto significa que ele prevê quem serão as y~detes, o .realizador, os
roteiristas, os quais até o último momento ez am cons í.dexados uma quantidade
insignificante na produção de um filme. Mas, pouco a pouco, os produtores estão
começando a compreender que o roteiro é, em conjunto, o elemento fundamental e o
mais importante de um filme. A idéia de partida pode igualmente vir de um membro
da direção, onde um realizador pode manifestar um grande· entusiasmo' por um
sujeito, ou uma vede sem as s í.nar um contrato para que ela filme tal ou tais
histórias. De qualquer modo, const.antemente, a idéia vem do Serviço de Roteiros,
ou nasce na mente de um produtor.
A partir dai, este começa a escolher as pessoas que vão trabalhar com ele. Ora, a
distribuicão dos autores de filme é hoje mais importante ainda que a dos atores,
porque você pode escolher e melher roteirista do mundo, seu trabalho será ruim se
o assunto não lhe convém. Você pode conhecer o mesmo contratempo com o melhor
d.i r e t or dc mundo... O êx ; t c de um filme repousa mais sobre a boa escolha do
r ot.e ar s t.e e do diretor
í que sobre qualquer outra coisa, a excecão pode ser 2.
escolha do assunto. Hoje, no cinema, passa-SE horas, semanas, meses e às vezes
anos para cua das da r e a.l í.z acêc de um filme, então se decide em a Lçumas horas os
seus elementos f undemerrt aa s 0._ Em lugar de ..·passar várias semanas, como se deveria
fazer, dedlca-se apenas uma Escassa parte deste tempo para julgar o ~ue
a s s e qur a r áurna boa encenação, distrairá o público e lhe trará qualquer coisa de
novo e é então some~tE ~uE são escolhidos o roteirista e c dlretor.
Corrtz a r.i arnerrte a isto que se faz hoje, dev i a+se renunciar a realizar certos
filmes que vão inflingir horas de sofrimento a todo "set up", e se saldarão por
um déf ac t orçamentário,
í porque as pessoas têm tentado achar corno as filmar
corretamente, nesse caso elas não podem Ter êxito, se bem que se faça ...
Mas se ele criasse um assunto original, ou adaptasse um livro ou uma. peça,
começa-se geralmente (com a maioria dos produtores) pela preparação do que se
chama uma "sinopse", é corno um simples esboço narrativo, escrito como uma novela.
Essa sinopse pode Ter três páginas ou muito mais. Depois, segundo meus métodos
pessoais de trabalho, nós consagramos os p.rime..i.I:o dias para discuti.r as grandes
linhas do roteiro, de onde ele aparece articulado em sequências ou em capitulos.
Eu amo poder examinar esta fase da decupagem em sequências: é analisar o que me
parece fraco, aborrecido e lento. OU localizar qual lugar da ação tem necessidade
de ser estimulada, ou ainda onde há falha na ocasião de uma cena espetacular. De
fato, apenas sob esta forma despojada que se é ca-
•• J
..••.

paz(ao menos, que eu sou capaz} de imaginar ~ que se parecerá o fBme, aquela que é a ossatura.
"Despojado", eu queR) diz8r Wre do charme do narrador, porque, um; \II8Z de cada duas daóca ce
seduzir peta habitidade do escritor, um certo estBo de narração que nâo passa~atraYés do filme,
quando este estiver terminado. Eis porque eu considero muito importante reduzir a história àquiJo que
eu chamo "ossatura" antes de começar a envolYê-la de carne, quer dizer , a conceber as sequên-
cia5, os jogos de cena, o álálogo, a decupagem.
Há muitos fUmes aJjos esboços do multo fracos, e que se pode transformar em um espetáculo
charmoso pela magia do tratamento.Eu cMwo mesmo reconhecer que hoje o tratamerio • mais
importante que o esboço.Mais eu tenho certeza , quando se parte de
sunto pode dar lugar a um bom culo e atrair o &8 o
o filme conservaré bastante ~ para não ser uma ~Q total, para aqueles qUI o
fizeram wmu paia o giai~. _
OuãOOose auavessa o est&rgiÕ do esboço, é ai que o trabalho começa.Como eu Ihes havia dJlo, 1'110
se pode generalizar.Ar. vezes, é necessário passar por seis, nove, dez ou quinze Y8niÕ8Santes de se
chegar àquela que Ihes convêm.Para tal trabalho, pode-se ver desfilar wna meta dCJziaou mais de
roteiristas, antes de acabar em um resultado satisfatório ...A maior parte do tempo, &8 está apertado,
em razão ~~rv;a5 dos contratos e dos vencimentos, de começar um filme antes de tudo es-
tar prontó~ de expedir a preparacão.O que é o mais lamentável dentro deste negócio, é a falta dã
gente de talento, e que o talento quer dizer um preço tão elevado que YOCênão pode continuar a uti-
lizar-lhes indefinidamente.Além do mais, se você não começa a uma data determinada, \IOCê se aper-
ceberá que essas pessoas não estão mais livres.
Portanto, uma \I8Z de cada duas, você pode ser obrigado a começar o roteiro antes que esboço o sa-
tisfaça, e de começar o fltme antes que o Seu roteiro esteja terminado.Por esta única razão, é essen-
cial ter uma decupagem sólida, porque se você souber dentro de qual direção vai o seu assunto, você
se inquieta menos de ter que concluir o roteiro ao longo da filmagem ...
~
\i ...Entre as outras funções do produtor, i~se a escolha dos trajes ...Isso começa por uma
~ conferência com o diretor deste serviço, para quem você explica as suas necessidades, indica o que
" ~vlO~ quer tirar como efeito de cada traje, e em seguida aceita ou recusa, tudo ou parte, dos desenhos.
Vj " <N Para os cenários, você segue o mesmo processo: reuniões com o decorador, o chefe do ServIço Artls-
-.(S\v tico, e chefe do Serviço de Trucagens{efeitos especiais] porque hoje uma grande parte do trabalho a
~"?\~~r' fazer dos cenários é urna questão de trucagens.Na maioria dos filmes importantes que você vê atual-
Y mente. cerca de 10% dos pianos têm uma parte do cenário pintada sobre vidro ou sobre superficie
despolida, somente uma parte do cenário estando verdadeiramente construlda.A escolha da parte a
construir e daquela onde se economizará o dinheiro alisando-a, não é mais que um dos numerosos
oblemas ue . o dos cenários.
u não lhes entediarei com os outros problemas, como o lugar disponível sobre a filmagem, o
i estabelecimento do calendário de construç:âo dos cena rios, o estabe!ecímento de um novo plano de
trabalho de filme para evitar gastos de horas suplementares com a construção, etc ...É necessário às
vezes que você se dedique você mesmo às pesquisas de documentos para precisar seu pensamen- .I/
ra um diretor artístico não d' , ou pretende não saber de •
E depois, vem a Insta\açâo do cenário, depois que o cenário foi construido, que os muros foram
montados e as coisas dispostas dispersamente.Vocêe irá então ver e fazer as mudanças que você
julga oportunas.O diretor vem na sua vez e, prevendo a forma peta qual ele fará atuar os atores, ele diz:
"Eu preferiria que a porta fosse mais para cá" - para evitar por exemplo um longo desiocamento.Depois,
se você se é esperto, YOCêdá também seu conselho sobre a decoraçâo Interior, porque a atmosfera
de um filme é feita de todos estes detalhes.Um assunto pode ser posto por terra por um cenário mal
disposto. Pode ser que eu seja alguém que se inquieta demais com tudo, mas o conjunto destes
trabalho& é, naturalmente, bem mais complicado para um filme em cores que para um filme preto e
branco.
Durante todo o tempo em que alguém se ocupa dos exteriores~rios dos trajes, e de diversos
~, o roteiro deYeter terminado.Se este nâo é o caso, ~Holeiro no ponto inãisprêaSõ
antes do inicio da filmagemÃs WIZ85, numerosas mudanças devem ser efetuadas ao longo da fi1ma-
gem: J""':'''' 'ler porque você se apercebeu que o filme é muito longo e que é preciso encurtá-lo; pode
ser porque você ultrapassou de muito o orçamento em que você tem necessidade de economizar; p0-
de ser ainda porque as cenas não funcionam, e que você se pOs a par que você está enganado den-
tro da estrutura do roteiro, ou dentro da sua forma de caraderizar os personagens.
Ou, por diversas razões( as quais todos os melhores especialistas têm tentado dar remédio, mas em
\,vão), quando se filma hoje um filme importInte acha-se comumente escravendo-&e o raIeiro durarU
.i\i a filmagem.
r- NV' Depois, há, bem entendido, as conferências sobre a fifmagem com o diretor e os atores, quando o
~j:) diretor está em maus lençóis, com o sentimento que a cena não vai, e você vai, só ou em companhia
. ~ do roteirista, para reescnN8r na fllmagem.Depois, as reuniões do mesmo tipo com os atores, quando
~ eles têm a impressão de que a cena não é boa, que eles não conseguem atuar ou que não Ihes~.
Da importância do ator e da firmeza do diretor depende a soma dos trabalhos deste tipo que você irá
enfrentar.
Enfim, vem o dia no qual seu filme começa, e você está preso pelo nervosismo do primeiro dia, espe-..
rando com Impaciência os primeiros copi6es. -Copi6es- é um termo que designa a pelJcuIa tal como
ela &ai do Iaborat6rio.Fala-se igualmente das ~ da jornada- .Antigamente, um diretor podia fi1-
mar tantas tomadas de cada plano quanto ete julgasse bom, e você podia então assistir ao espetá-
culo de produtores entrando em uma sala de projeção para ver de 18 a 25 ou 30 tomadas do mesmo
plano! Os diretores abusavam a um ponto tal que as Cias decidiram, quase ao mesmo tempo, exer-
cer um controle neste domínio ...lsto depende da preocupação que tem o diretor de tomar pesado o
orçamento, mas também de sua competência, de seu discernímento, e de sua aptidão para decidir
no set se a cena "está no quadro". ou se ele deve esperar a primeira projeção para perceber a causa.
Agora, se projetam os copiOes. Cada cena é filmada de vários ângulos, indo de uma a, digamos, dez.
Estes planos compreendem os planos gerais, as panorâmicas, os primeiros planos dos comediantes,
os planos médios, etc.É necessária entao uma escolha, o produtor e o diretor entram em acordo pa-
ra escolher a melhor tomada depois de ter visto na teta.O montador faz em seguida uma pré m0nta-
gem da sequência, só ou não: segundo a confiança que o produtor e o diretor concedem ao seu
julgamento.Mas, depois de tudo, a questão da confiança é secundária, porque se pode sempre
remontar a sequência - e se faz efetivamente sempre ... Geralmente, produtores e diretores possuem
montadores que trabalham com eies após muitos anos e sabem que ü(po de montagem eies gostam.
Depois, os planos reunidos em sequências são mostrados ao produtor e ao realizador para que efes
façam correções na montagem e decidam o que deYerá ser em primeiro piano, plano médio ou em tu-
do o que você quiser.E, naturalmente, a reunião grosseira destas sequências constitui o esboço do
filme. Esta primeira montagem rudimentar, você não a vê. em geral. mais de dois dias após o fm da
filmagem, porque ela é efetuada â medida que se filma.As únicas coisas que você precisa, quando
você supervisiona essa pré são os planos con1trUCaQêm ue ..
de maJS , os sonoros o rea música, bem entendido, nAo chega
antes da fase lna. oce começa então uma série de sessões de montagem, que se prolongam pela
noite adentro, a fim de estabilizar a versão do filme para a avant-premiére .
...Bem entendido, quando o seu filme está montado. você o apresenta com a música que YOCêtem de
reserva.É uma pista musical que follltillzada em outros fUmes, e que você pós sincronizou depois do
fV diálogo para as primetras projeções. porque fICava muito caro inscrever a música original para essas
- projeçOes, a mósica defll1ittva devendO se adaptar exatamente à montagem deftnidva.EIs porque se
~ ulifaa a música da reserva para as primeiras projeções.Na grande maioria dos filmes, eu me refiro aos
oS filmes baratos, e mesmo a certos filmes mais caros e tendo maiores pretens6es, a míIsica destina-
~~rO"- da é às vazes utilizada em várias reprises.
17\\ ~ Depois, após haver terminado a montagem definitiva, durante a qual se monta o negativo e acrescen-
? ta-se os efeitos sonoros, a música, corTlpCStaao longo das semanas precedentes, e então gravada
• # Dr por uma orquestra composta por ~, 40 ou ao executantes, segundo um procedimento muito simples.
,. '>:J..~\

~
projeta-se simplesmente o mme sobre uma grande tela. onde a orquestra está instalada em frente à
~
cabine de gravação.A música é cronometrada até o último metro de filme pek>diretor musical, após
'J~ ser efetivamente gravada.Mas antes dela, em várías reuniões o compositor, determina-se sobre quais
\" ,planos a música é necessária, qual gênero de mú&ica, ate.
-'
'iJ Bem eentendido, o filme sai de todas essas operações com a Imagem sobre uma banda e o diálogo

F
~~
\
sobre outra(pista sonora e filme separados) que se projeta antes separadamente, com o que se chama
de ••~,
. ~.\~ de se efetuam as primeiras ~.O
~'"
JJ\:)~
dispositivo no qual se adapta aos aparelhos de projeção dos clnemason-
filme faca em dupla banda até no último estágio, quando tudo
está absolutamente terminado. E apenas então que se monta o negativo, porque não se pode cortar
antes de estar absolutamente certo que a montagem é definitiva.
\'l .
~...
i.
\
_

\
,. ",.

Você também pode gostar