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Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
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Prezado(a) aluno(a), a partir de agora estamos iniciando uma jornada que discipli-
na construiremos um arsenal de conhecimento a respeito das estruturas e organização do
corpo humano. O interesse sobre o conhecimento detalhado do corpo humano começou a
receber atenção no final do século XX, através da dedicação de pesquisadores que tornou
possível desvendar a forma e estrutura do corpo humano.
Na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo da anatomia
humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção do corpo humano
que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos seguintes. Posteriormente,
iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do estudo de três sistemas: esquelé-
tico, articular e muscular. A respeito do sistema esquelético será abordado, suas funções,
composição, formatos e classificações. O sistema articular estudaremos a definição e as
classificações articulares. E finalizamos, estudando o sistema muscular que é tão complexo
e fascinante ao mesmo tempo, mas veremos de maneira simples e de fácil entendimento as
funções e classificações musculares.
Na unidade II abrange o estudo do sistema circulatório que consiste no estudo do
sistema cardiovascular que envolve a compreensão das estruturas do coração, e vasos
sanguíneos como as artérias que levam às células o sangue arterial e as veias que trans-
portam o sangue venoso de volta para o coração. Sobre o sistema linfático, será abordado
sua função e a identificação dos órgãos linfáticos.
Na sequência, será apresentado o sistema respiratório, com todas as suas estrutu-
ras anatômicas que viabilizam o processo de troca gasosa.
A unidade III abordará o fascinante tópico relacionado ao sistema nervoso central
e periférico, apresentando o tecido nervoso, as funções e descrição das estruturas anatô-
micas. Finalizaremos, com a unidade IV estudando o sistema digestório, urinário e genital
masculino e feminino, abordando as funções atribuídas a cada uma destes sistemas e a
descrição das estruturas anatômicas pertencentes a cada um destes sistemas.
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada
de conhecimento e multiplicar os conhecimentos abordados em nosso material. Esperamos
contribuir para seu crescimento pessoal e profissional.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
UNIDADE II.................................................................................................... 27
Sistemas Cardiovascular, Linfático e Respiratório
UNIDADE III................................................................................................... 57
Sistema Nervoso
UNIDADE IV................................................................................................... 83
Sistemas Digestório, Urinário e Genital
UNIDADE I
Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e
Aparelho Locomotor
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Plano de Estudo:
Tópico 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
● Introdução a Anatomia Humana ● Níveis de Organização do corpo humano
● Terminologias anatômicas.● Posição anatômica● Planos anatômicos e Secções
● Termos de posição e direção
Tópico 2 - SISTEMA ESQUELÉTICO
● Conceituar o Sistema esquelético;● Divisão do Esqueleto Humano ;● Composição dos
ossos;● Funções do Sistema Esquelético;● Classificação Morfológica dos Ossos.
Tópico 3 - SISTEMA ARTICULAR
● Definição do Sistema articular;● Classificação Estrutural das Articulações;
● Articulações fibrosas;● Articulações cartilagíneas;● Articulações sinoviais.
Tópico 4 - SISTEMA MUSCULAR
● Conceito sobre o sistema muscular;● Tecido muscular;● Funções e classificação dos
músculos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Definir anatomia humana;
● Identificar os níveis de organização estrutural do
corpo humano e as terminologias anatômicas;
● Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor:
Sistemas esquelético, articular e muscular;
● Compreender as funções e classificações dos sistemas
esquelético, articular e muscular.
3
INTRODUÇÃO
que participam de reações químicas e são essenciais para a manutenção da vida, como por
exemplo: oxigênio, carbono, hidrogênio, fósforo e cálcio. E as moléculas, que são caracte-
rizadas pela ligação de átomos entre si, um exemplo das moléculas encontradas no corpo
3) O nível tecidual é formado por grupos de células com uma função específica.
Existem quatro tipos básicos de tecidos em nosso corpo: o tecido epitelial, o tecido conjuntivo, o
tecido muscular e o tecido nervoso. O tecido epitelial recobre as superfícies externas e internas
muscular realiza contração produzindo movimento do corpo gerando calor. O tecido nervoso
transmite informação de uma parte do corpo para outra por meio de impulsos nervosos.
uma função em comum como, por exemplo, o sistema digestório, que digere e absorve
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I Introdução
Sistema Cardiovascular,
ao Estudo daLinfático
Anatomia e Respiratório
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medula óssea amarela (armazena gordurosa) ou vermelha responsável pela função hemato-
poiética (produção de células sanguíneas e plaquetas) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O osso compacto está presente em todos os ossos como uma camada compacta,
fina e superficial em torno de uma massa central de osso esponjoso, a proporção entre osso
compacto e esponjoso é responsável por sua resistência. Os ossos longos, por exemplo,
possuem uma maior quantidade de osso compacto no corpo do osso (diáfise), quando com-
parado às demais categorias de ossos. Abordaremos agora a estrutura dos ossos longos
(Figura 2), que são as seguintes:
● Diáfise: é a haste longa do osso (corpo do osso). Ela é composta principalmente
por tecido ósseo compacto, proporcionando resistência ao osso longo.
● Epífises: são as extremidades de um osso longo e locais onde um osso se
articula a um segundo osso, formando uma articulação. Cada epífise é coberta
com uma fina camada de cartilagem hialina, chamada cartilagem articular.
● Linha epifisial: Localiza-se entre a diáfise e cada epífise de um osso longo
adulto. É um sinal da lâmina epifisial, que é um disco de cartilagem hialina
responsável pelo crescimento ósseo (alongamento do osso) durante a infância.
● O periósteo (periósteo = em torno do osso) é uma membrana de tecido con-
juntivo que recobre o ossos externamente, responsável por irrigar os ossos
com nervos e vasos sanguíneos, por isso sentimos dor ao fraturar um osso.
O periósteo fornece pontos de inserção para os tendões e ligamentos que se
unem a um osso.
3.1 Definição
As articulações são definidas como sendo o ponto de contato entre dois ossos,
entre osso e cartilagem ou entre osso e dente, com formas e funções variadas. Algumas
articulações não possuem movimento, outras permitem pequenos movimentos, enquanto
outras têm mobilidade livre. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
3.2 Classificação
As articulações são classificadas estruturalmente de acordo com as características
anatômicas e funcionalmente de acordo com o tipo de movimento que as articulações realizam.
A classificação estrutural das articulações baseia-se em dois critérios: 1) existência
ou ausência de cavidade articular (espaço entre os ossos); 2) tipo de tecido conjuntivo que
une os ossos. Portanto, de acordo com as caraterísticas estruturais, as articulações são
classificadas como: articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais.
A classificação funcional é definida com relação ao grau de movimento que as
articulações executam. Funcionalmente, as articulações são classificadas como: sinartrose
(imóvel), anfiartrose (ligeiramente móvel) e diartrose (movimentos livres).
4.1 Conceitos
O sistema muscular é formado por músculos esqueléticos que são estruturas indi-
vidualizadas que cruzam as articulações e, através da sua capacidade de contração, são
capazes de transmitir movimento, esta habilidade é promovida por células específicas de-
nominadas fibras musculares, sendo os músculos capazes de transformar energia química
em energia mecânica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
4.3 Funções
As funções do tecido muscular são as seguintes:
1) Produção dos movimentos corporais: O músculo esquelético encontra-se
conectado ao sistema esquelético produzindo movimentos, como andar e correr.
SAIBA MAIS
A osteoporose (osso poroso) é uma condição patológica que afeta todo o sistema esque-
lético acometendo 10 milhões de pessoas por ano nos EUA. Ocorre durante o processo
de envelhecimento, devido a diminuição dos componentes orgânicos e inorgânicos do
osso, à perda de cálcio do corpo (pela urina, fezes e suor) é maior do que a quantidade
absorvido da alimentação, fazendo com que a massa óssea fique porosa tornando os
ossos frágeis, perdendo a elasticidade e sofrendo fraturas espontâneas. Por exemplo,
uma fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito rapidamente.
Nos EUA, a osteoporose causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, sendo as princi-
pais fraturas de quadril, punhos e vértebras.
A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia-idade, com maior pre-
valência de mulheres acometidas do que os homens por dois motivos, isto se deve a
dois fatos: 1) os ossos das mulheres são menos compactos que os dos homens e 2) a
produção hormônios nas mulheres diminui na menopausa
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da anatomia humana
que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de
termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Posterior, a esta apresen-
tação inicial, iniciamos os estudos da anatomia macroscópica sistêmica que consiste no
estudo detalhado dos sistemas que formam o corpo humano. Nesta abordagem, definimos
e destacamos as funções de três sistemas: sistema esquelético, articular e muscular. Com
base na contextualização de cada sistema acredito que tenha ficado claro à você que a for-
ma didática de estudar a anatomia é através das classificações dos sistemas. No caso do
sistema esquelético, classificamos os ossos de acordo com as características morfológicas
que é o aspecto que este osso apresenta. Contudo, o sistema articular é classificado de
duas formas: de acordo com a funcionalidade da articulação, que diz respeito ao grau de
movimento que a mesma executa (imóvel, ligeiramente móvel ou movimentos livres) e a
estrutura da articulação (qual tecido à compõem). E por fim, abordamos a classificação dos
músculos de acordo com a forma que o músculo se apresenta que depende da disposição
das fibras musculares.
A partir de agora acreditamos que você está preparado para dar continuidade aos
estudos dos próximos sistemas anatômicos que servirá de base para a compreensão de
outras disciplinas, como a fisiologia que estudará de forma detalhada a funcionalidade de
cada sistema e finalizamos com as classificações que são formas didáticas de apresenta-
ção das estruturas anatômicas.
Introdução
Caso
Discussão
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para EstudantesAutor: Richard
Richard Drake.
Editora: Guanabara Koogan.
Sinopse: O Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes, foca
precisamente nas informações que você necessita para estudar
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente que
facilita o estudo.
FILME/VÍDEO
Título: Introdução à Anatomia
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia
humana, destacando o conceito e apresenta a terminologia ana-
tômica.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-b7uwc.
Plano de Estudo:
Tópico 1 - SISTEMA CARDIOVASCULAR
● Introdução ao Sistema Cardiovascular; ● Composição do Sangue; ● Coração;
● Morfologia externa do coração; ● Morfologia interna do coração;
● Circulação pulmonar e sistêmica;● Vasos sanguíneos.
Tópico 2 - SISTEMA LINFÁTICO
● Introdução ao sistema linfático; ● Vasos linfáticos; ● Tecido e Órgãos Linfáticos.
Tópico 3 - SISTEMA RESPIRATÓRIO
● Introdução ao Sistema Respiratório;● Órgãos do Sistema Respiratório.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que compõem este sis-
temas (sangue, coração e vasos sanguíneos);
● Identificar a morfologia externa e interna do coração;
● Compreender a circulação pulmonar e sistêmica;
● Conceituar o sistema linfático;
● Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos;
● Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos.
● Ampliar o conhecimento sobre os departamentos hoteleiros.
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INTRODUÇÃO
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I Introdução
Sistema Cardiovascular,
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1. SISTEMA CARDIOVASCULAR
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I Introdução
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● Proteção: A proteção ocorre através do transporte sanguíneo das células de
defesa chamadas de glóbulos branco (leucócitos) que atuam combatendo infecções. Outro
mecanismo de proteção acontece através da coagulação sanguínea evitando a perda de san-
gue, a coagulação é o processo de transformação do sangue líquido em um coágulo sólido,
ajudando a interromper o processo de sangramento (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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I Sistema
Introdução
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FIGURA 1: MOSTRA A COMPOSIÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO
1.3 Coração
O coração é um órgão muscular oco, um pouco maior do que uma mão fechada
e considerado o maior órgão do mediastino (região localizada entre os dois pulmões) cuja
função é de bombear o sangue através do sistema cardiovascular. A contração cardíaca
é chamada de sístole e o relaxamento do coração é chamado de diástole. O coração tem
forma de cone, localiza-se no tórax com seu ápice voltado para o lado esquerdo do corpo,
posterior ao osso esterno e as cartilagens costais e apoiado sobre o diafragma (Figura 2)
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
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FIGURA 2: MOSTRA A LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO RECOBERTO PELO PERICÁRDIO
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FIGURA 3: A IMAGEM MOSTRA AS MEMBRANAS DE REVESTIMENTO DO CORAÇÃO
(PERICÁRDIO FIBROSO E SEROSO) E A COMPOSIÇÃO DA PAREDE DO CORAÇÃO.
OBSERVE DE ACORDO COM OS NÚMEROS NA IMAGEM: 1) PERICÁRDIO FIBROSO;
2) PERICÁRDIO PARIETAL; 3) PERICÁRDIO VISCERAL (EPICÁRDIO); 4) MIOCÁRDIO
E
5) ENDOCÁRDIO.
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1.5 Morfologia interna do coração
O lado direito do coração (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (veno-
so) através da veia cava superior e inferior e o bombeia através do tronco e das artérias pul-
monares para ser oxigenado nos pulmões. O lado esquerdo do coração (coração esquerdo)
recebe sangue oxigenado (arterial) vindo dos pulmões através das veias pulmonares e o
bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as
duas câmaras superiores que recebem sangue e os ventrículos são duas câmaras inferio-
res que bombeiam o sangue para fora do coração (Figura 4). Na face anterior de cada átrio
existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante à orelha
de cão) que aumenta a capacidade do átrio para conter maior volume de sangue.
Na superfície do coração existem vários sulcos, que contêm vasos sanguíneos
coronarianos e uma quantidade variável de gordura, cada sulco marca a fronteira externa
entre duas câmaras do coração. O sulco coronário circunda a maior parte do coração e
marca a fronteira externa entre os átrios acima e os ventrículos abaixo. Enquanto, o sulco
interventricular anterior é um sulco raso na face esternocostal do coração que marca a
fronteira externa entre os ventrículos direito e esquerdo. Este sulco continua em torno da
face posterior do coração como o sulco interventricular posterior, que marca a fronteira
externa entre os ventrículos na face posterior do coração (Figura 4). (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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corpo, enquanto, a veia cava inferior recebe sangue do abdômen e membros inferiores.
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada
tricúspide (formada por três válvulas). Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe uma
parede fina chamada septo interatrial que possui uma depressão oval chamada de fossa
oval, que representa um vestígio do forame oval presente no feto. O átrio direito apresenta
uma expansão denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue
ao penetrar no átrio (Figura 5) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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restante do sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e
aorta abdominal). Ramos arteriais do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue
para todo o corpo (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
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● Circulação Sistêmica: O sangue oxigenado retorna dos pulmões para o átrio
esquerdo, posteriormente ocupa o ventrículo esquerdo que bombeia o sangue em direção
a artéria Aorta por todo o corpo a fim de fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos do
corpo (Figura 6)
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As artérias são os vasos sanguíneos que partem do coração e vão se ramificando
em menor calibre, até atingirem os capilares que irrigam os tecidos do corpo. Enquanto, as
veias são os vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo o sangue da periferia do
corpo para o coração. Já os capilares sanguíneos são vasos de menor calibre (muito finos)
responsáveis por chegar efetivamente até as células do corpo para realizar as trocas de
gases, nutrientes e resíduos. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos
sanguíneos é chamada de circulação sanguínea.
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2. SISTEMA LINFÁTICO
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2.2 Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos coletam o excesso de líquido intersticial, em volta dos capilares
sanguíneos e o devolve para a corrente sanguínea. A partir do momento que o líquido
intersticial é coletado e adentra os vasos linfáticos, ele passa a ser chamado de linfa e flui
pelos linfonodos.
Os vasos linfáticos são encontrados no tecido subcutâneo, acompanhando as veias,
no entanto, os vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias. Os vasos
linfáticos iniciam-se com os capilares linfáticos que são vasos menores localizados nos
espaços entre as células recebendo a linfa e se unem para formar vasos linfáticos maiores.
Contudo, a linfa é drenada dos vasos linfáticos para os troncos linfáticos, que se unem
formando os ductos linfáticos que direciona a linfa para o coração (Figura 7) (MARIEB;
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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2.2.1 Capilares Linfáticos
Os capilares linfáticos situam-se próximos aos capilares sanguíneos, e são vasos
altamente permeáveis, esta característica favorece sua função de ser responsável por co-
letar o excesso de líquido intersticial, a partir do momento que o líquido intersticial drenado
entra nos capilares linfáticos, ele recebe o nome de linfa. Devido à alta permeabilidade dos
capilares eles conseguem absorver moléculas grandes como proteínas e lipídios. Existem
capilares linfáticos localizados nas vilosidades intestinais que possuem a função exclusiva
de absorver a gordura digerida pelo intestino, consequentemente, a linfa drenada se torna
leitosa. Essa linfa gordurosa, por sua vez, recebe o nome de quilo e, como toda linfa, é
transportada para a corrente sanguínea (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
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FIGURA 8: MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS. ÁREA VERDE DO COR-
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2.3.1 Timo
O timo é um órgão linfático primário, bilobado (possui dois lobos) e localiza-se entre
o esterno e a aorta (região do mediastino), envolto por tecido conjuntivo que mantém os
dois lobos unidos (Figura 9). Cada lobo do timo é formado por um córtex externo de colo-
ração escura e uma medula central de coloração mais clara. Na região do córtex contém
uma grande quantidade de linfócitos T que migram da medula óssea para o córtex do timo,
onde se proliferam e começam a maturar. Posteriormente, os linfócitos T que saem do
timo pelo sangue para colonizar os linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
2.3.2 Linfonodos
Os linfonodos possuem forma de feijão e estão espalhados pelo corpo ao longo
dos vasos linfáticos e são responsáveis por remover os patógenos da linfa. Os linfonodos
medem aproximadamente de 1 a 25 mm de comprimento, são cobertos por uma cápsula
de tecido conjuntivo denso e se dividem em dois compartimentos. Os linfonodos são encon-
trados em agrupamentos em locais superficiais ou mais profundos; os superficiais estão na
região cervical, axilar e inguinal; enquanto os linfonodos profundos encontram-se no tórax,
abdome e pelve.
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No interior dos linfonodos é observado uma rede de vasos aferentes e eferentes
(Figura 10). Os vasos aferentes adentram aos linfonodos pela cápsula fibrosa trazendo a
linfa, enquanto, os vasos eferentes saem dos linfonodos por uma região chamada hilo. A linfa
infiltra através dos seios linfáticos que estão distribuídos no interior do linfonodos formando
uma rede entrecruzada de fibras reticulares que é local de armazenamento de macrófagos
(células destruidoras de agentes estranhos). O trajeto que a linfa percorre passando por
vários linfonodos é essencial para torná-la livre de patógenos para ser despejada no sistema
sanguíneo (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
2.3.3 Baço
O baço é uma estrutura oval, maior massa de tecido linfático do corpo, tendo apro-
ximadamente 12 cm de comprimento. Sua face superior é lisa e convexa que permite o
encaixe perfeito à face côncava do diafragma. Localiza-se entre o estômago e o diafragma
(região do hipocôndrio esquerdo) (Figura 11).
Assim como os linfonodos, o baço também possui um hilo por onde chegam a
artéria esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos eferentes. No interior do baço ob-
serva-se o parênquima do baço, composto por dois tipos diferentes de tecido chamados de
polpa branca e polpa vermelha (Figura 12). A polpa branca é composta por tecido linfático
(linfócitos e macrófagos) organizados ao redor da artéria esplênica (que na polpa branca
recebe o nome de artérias centrais). Já, a polpa vermelha é composta por veias cheias
de sangue e por diversas células como: eritrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e
granulócitos.
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O baço desempenha as seguintes funções: 1) remover de células sanguíneas e
plaquetas envelhecidas ou defeituosas; 2) armazenar o suprimento de plaquetas do or-
ganismo; 3) produzir células sanguíneas (hematopoese) durante a vida fetal. 4) funções
imunológicas exercidas pelos linfócitos B e T e macrófagos destruindo agentes patogênicos.
BRANCA AO CENTRO
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3. SISTEMA RESPIRATÓRIO
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2) A zona respiratória é formada por estruturas anatômicas onde ocorrem as tro-
cas gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos
alveolares e os alvéolos por executar a troca de gases entre o ar e o sangue (MARIEB;
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
3.2.1 Nariz
O nariz é o primeiro órgão do sistema respiratório caracterizado por uma parte exter-
na visível no centro da face e uma parte interna (intracraniana) chamada de cavidade nasal.
O nariz externo é constituído por osso e cartilagem hialina recoberta por músculo e pele é
revestida por túnica mucosa e permite a entrada do ar no trato respiratório através de duas
aberturas chamadas narinas localizadas na face inferior do nariz e flui para a cavidade nasal.
Os pêlos do interior das narinas filtram partículas grandes de poeira evitando sua inalação
A cavidade nasal é a escavação encontrada no interior do nariz, e dividida pelo
septo nasal em dois compartimentos, direito e esquerdo. A cavidade nasal se funde ao nariz
permitindo a comunicação com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de cóanos
É na cavidade nasal que acontece a filtragem do ar retendo partículas menores,
umedecido e aquecido do ar. Na parede lateral da cavidade nasal encontram-se as conchas
nasais que são divididas em superior, média e inferior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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3.2.2 Faringe
A faringe é um tubo com início na região do coáno e une as cavidades nasal e oral
respectivamente com a laringe e o esôfago, por isso consideramos que a faringe seja um
órgão que pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório, pois ela per-
mite a passagem de ar e alimento. Contudo, dividimos a faringe em três regiões anatômicas:
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe (Figura 14) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
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3.2.3 Laringe
A laringe é um órgão curto que permite a conexão entre a laringofaringe e a traqueia,
localiza-se na linha média do pescoço, anterior ao esôfago e às vértebras cervicais (C IV a
C VI). E apresenta três funções:
● Tubo condutor de o ar durante a respiração;
● Estrutura fonadora produtora de som;
● Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias
(como a traqueia).
UNIDADE II
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Cardiovascular,
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3.2.4 Traqueia
A traqueia é um tubo flexível condutor de ar de aproximadamente 10 a 12,5cm de
comprimento. Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe, pe-
netra no tórax e se divide em brônquios principais direito e esquerdo. A estrutura da traqueia
é constituída por aproximadamente 20 anéis cartilagíneos em formato de C, pois não se
fecha na parte de trás. O fato desses anéis serem incompletos, é importante para permitir
a expansão do esôfago durante a passagem do bolo alimentar em deglutição (Figura 16)
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
3.2.5 Brônquios
A traqueia termina na região da bifurcação que dá origem aos brônquios principais
direito e esquerdo que entram nos pulmões através de uma região chamada HILO pulmo-
nar. O brônquio principal direito adentra o lobo pulmonar direito, e um brônquio principal
esquerdo, vai para o pulmão esquerdo (Figura 17). Ao atingirem os pulmões os brônquios
principais se ramificam em brônquios de menor calibre, que são os brônquios lobares, estes
por sua vez se dividem em tubos cada vez menores denominados brônquios segmentares
que então se dividem em bronquíolos. Os bronquíolos continuam a se ramificar em tubos
ainda menores chamados de bronquíolos terminais, e dão origem a minúsculos túbulos
denominados ductos alveolares que terminam em estruturas microscópicas chamados al-
véolos. Os alvéolos são sáculos de ar que se assemelham à cachos de uva, cuja a função
UNIDADE II
I Sistema
Introdução
Cardiovascular,
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Anatomia e Respiratório
Humana e Aparelho Locomotor 50
é realizar a troca entre os gases oxigênio e dióxido de carbono através da membrana
capilar alvéolo-pulmonar (Figura 18) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
FIGURA 17: TRAQUEIA DANDO ORIGEM AOS BRÔNQUIOS PRINCIPAIS DIREITO E ES-
BRÔNQUICA
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3.2.6 Pulmões
Os pulmões possuem formato cônico e são órgãos essenciais para a respiração.
Localizam-se no interior do tórax e são separados um do outro pelo coração. Os pulmões
(direito e esquerdo) apresentam diferenças morfológicas entre si. O pulmão direito é mais
largo, é um pouco mais curto e possui três lobos: superior, médio e inferior que são sepa-
rados pelas fissuras oblíqua e horizontal. Enquanto, o pulmão esquerdo e um pouco menor
do que o direito e possui a incisura cardíaca (local de encaixe do coração), além disso,
o pulmão esquerdo é dividido em lobo superior e lobo inferior através da fissura oblíqua
(Figura 19) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Cada pulmão tem um ápice (extremidade superior arredondada) e uma base que
fica apoiado sobre o diafragma. O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a
superfície interna da cavidade torácica.
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a
cúpula diafragmática.
c) Face Mediastinal (face medial): é a face que possui uma região côncava onde
se acomoda o coração. E encontra-se a região denominada hilo pulmonar através da qual
vasos sanguíneos, brônquios, vasos linfáticos e nervos entram e saem do pulmão (MOO-
RE; DALLEY; AGUR, 2014).
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Humana e Aparelho Locomotor 52
3.2.7 Pleura
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa de dupla camada que protege
cada pulmão. A pleura possui duas membranas contínuas: pleura visceral e a pleura parietal.
A Pleura Visceral reveste os próprios pulmões aderindo-se intimamente à superfície pulmo-
nar, torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a
pleura parietal. Enquanto, a pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo-se
à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa do que a pleura visceral,
e durante cirurgias e dissecção de cadáver, pode ser separada das superfícies que reveste.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, chamado ca-
vidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, esse líquido reduz
o atrito entre as túnicas, permitindo o fácil deslizamento das pleuras durante a respiração
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
SAIBA MAIS
REFLITA
O sangue é o rio da vida dentro de nós, transportando quase tudo o que precisa ser
transportado de um lugar para o outro no corpo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
Nesta unidade abordamos o estudo de três sistemas: o sistema cardiovascular,
linfático e respiratório que funcionam em cooperação e realizam funções vitais para manter
o equilíbrio do organismo. O sistema cardiovascular é constituído pelo sangue, coração
e vasos sanguíneos, consideramos o sistema cardiovascular como sendo um sistema
circulatório fechado, onde o sangue flui pelos vasos sanguíneos até chegar aos tecidos do
corpo, e este processo caracteriza a circulação sanguínea. O sangue transporta nutrientes
e oxigênio que é essencial para a manutenção da vida celular, bem como, transportam
resíduos tóxicos para as células que precisam ser eliminadas do organismo. No entanto,
para que o sangue percorra seu trajeto, ele precisa ser impulsionado por uma bomba con-
trátil propulsora que impulsiona o sangue em direção aos vasos sanguíneos, e esta bomba
vital é o coração. Desta forma, foi apresentado à vocês a morfologia externa e interna do
coração, permitindo a compreensão do processo da circulação sanguínea. Na sequência,
abordamos o sistema linfático que também atua como sistema circulatório, com a diferença
que neste sistema o líquido que está em circulação pelos vasos linfáticos, é a linfa. O
sistema linfático é composto por vasos linfáticos, órgãos linfáticos e linfa, este sistema
está relacionado com a realização de funções que protegem o organismo contra a invasão
de agentes patogênicos, pois estes agentes estranhos são transportados pela linfa até os
órgãos linfáticos que contêm células fagocitárias e linfócitos que os destroem.
Finalizamos o estudo desta unidade conhecendo o sistema respiratório, os órgãos
que os compõem e a sua função que consiste no ato da respiração. A respiração é uma
necessidade urgente, pois as células no corpo exigem um suprimento contínuo de oxigênio
(O2) para produzir a energia que precisam para desempenhar suas funções vitais. Contudo,
ao utilizar o O2 às células produzem dióxido de carbono (CO2) que é um metabólito tóxico
que precisa ser eliminado do organismo. Com base neste entendimento, fica nítido que a
principal função do sistema respiratório é a realização da troca de gases promovendo o
abastecimento do corpo com O2 e descartando o CO2.
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Sistema Cardiovascular,
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LEITURA COMPLEMENTAR
O sistema linfático é constituído por vasos linfáticos que transportam a linfa, tecido
linfático e órgãos linfáticos que estão envolvidos na luta do corpo contra a doença. Os
órgãos linfáticos e o sistema imune atendem bem as pessoas até a velhice, quando sua
eficiência é afetada sua capacidade para combater a infecção diminui. Essa diminuição na
função parece ser proveniente de uma diminuição na produção e capacidade de resposta
das células T e B
Abordaremos algumas condições patológicas que afetam o sistema linfático:
A esplenomegalia é caracterizada pelo aumento do baço, resultante de doenças
que afetam o sangue como, por exemplo: mononucleose, malária, leucemia, entre outras.
Seu diagnóstico clínico baseia-se na observação do aumento do baço, percebido através
da palpação do abdome.
Linfadenopatia é a doença dos linfonodos definida por alterações nas característi-
cas do linfonodo como resultado da invasão de sua estrutura por células inflamatórias ou
neoplásicas. Diversas condições estão associadas com a ocorrência da linfadenopatia, seu
diagnóstico baseia-se no exame físico e anamnese como roteiro diagnóstico para solicitar
exames complementares. É uma condição associada com linfoma tumor do tecido linfático
de característica benigna ou maligna. No câncer linfático o linfonodo-sentinela é o primeiro
linfonodo que recebe a linfa drenada de uma área do corpo suspeita de ter um tumor.
Quando examinado quanto a presença de células cancerosas, esse linfonodo fornece a
melhor indicação da ocorrência ou não de metástase através dos vasos linfáticos.
Tonsilite: As tonsilas são intumescências da mucosa que reveste a faringe, compos-
ta por tecido linfático atua combatendo a invasão do organismo por agentes patogênicos
que adentram pela via respiratória (ar inalado) e oral (alimentos). Existem quatro grupos
de tonsilas: 1) Tonsilas palatinas localiza-se na parede lateral da faringe, posterior à boca e
ao palato (“céu-da-boca”). São as maiores tonsilas, as que normalmente são infectadas e
precisam ser removidas com frequência durante a infância, em um procedimento cirúrgico
chamado tonsilectomia. 2) Tonsila lingual situa -se na superfície posterior da língua. 3)
Tonsila faríngea conhecida por adenoides, localiza-se no teto faríngeo. 4) Tonsila tubária
situa-se posteriormente ao óstio faríngeo da tuba auditiva.
A tonsilite é a congestão das tonsilas, causadas por bactérias infectantes que
adentram a via oral levando a inflamação das tonsilas que ficam vermelhas e inchadas (au-
mentam de tamanho) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; DIDIER NETO; KISO, 2013).
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Humana e Aparelho Locomotor 55
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes
Autor: Richard Richard Drake
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: O Gray ‘s Anatomia Clínica para Estudantes, foca
precisamente nas informações que você necessita para estudar
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente que
facilita o estudo.
FILME/VÍDEO
Título: SISTEMA CARDIOVASCULAR - Anatomia e Fisiologia -
Prof. Emerson Inácio
Ano: 2021
Sinopse: O sistema cardiovascular, também conhecido como
sistema circulatório, realiza o transporte de substância no nosso
corpo. Esse sistema é subdividido em sistema sanguíneo e siste-
ma linfático. Neste vídeo você aprenderá sobre a organização do
sistema cardiovascular, anatomia do coração e vasos sanguíneos
e a fisiologia da circulação sanguínea.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/results?search_query=-
sistema+cardiovascular+anatomia
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Introdução
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UNIDADE III
Sistema Nervoso
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Plano de Estudo:
Tópico 1 - SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
● Introdução ao Sistema Nervoso Central (SNC);● Divisão do Sistema nervoso;
● Sistema Nervoso Central;● Tecido Nervoso;- Tipos de Neurônios;
- Classificação dos neurônios;● Encéfalo;- Tronco Encefálico;- Cerebelo;
● Diencéfalo;-Tálamo;- Hipotálamo;- Epitálamo;● Telencéfalo;- Lobos Cerebrais;
● Medula Espinal; ● Meninges;
Tópico 2 - SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
● Introdução ao sistema nervoso periférico (SNP);● Nervos Cranianos;● Nervos espinais.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar o sistema nervoso central e periférico;
● Identificar a divisão do sistema nervoso;
● Identificar o tecido nervoso, os tipos de neurônios e a classificação dos neurônios;
● Identificar os componentes do sistema
nervoso central e periférico.
57
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vocês irão aprender sobre o sistema nervoso que é extremamente
fascinante e atua de forma complexa, sendo responsável por nossas percepções, compor-
tamentos, memórias e controle dos movimentos voluntários e involuntários exercidos pelo
corpo humano. O sistema nervoso é dividido em: sistema nervoso central, que é aquele
localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral) que compreende
o encéfalo e a medula espinal, respectivamente; e o sistema nervoso periférico, localizado
no esqueleto apendicular é formado pelos nervos e gânglios.
O sistema nervoso se relaciona com organismo e com o meio ambiente através
da comunicação estabelecida pelas conexões sensitivas e motoras. A conexão neuronal
sensitiva (aferente) é responsável por captar o estímulo (por exemplo, dor e calor) externo e
o transmite para sistema nervoso central que processa a informação e produz uma resposta
que é conduzida pela via eferente (neurônios motores) até o órgão efetor que pode ser os
músculos estriados esqueléticos onde a resposta será a contração muscular.
1.3.2.2 Classificação Funcional: Diz respeito à direção para qual o impulso nervoso
(potencial de ação) é transmitido no SNC.
● Neurônios sensitivos ou aferentes: Contêm receptores sensitivos em suas extre-
midades distais (dendritos) e quando um estímulo apropriado ativa um receptor
sensitivo, ele gera um potencial de ação que percorre seu axônio sendo trans-
portado para o SNC por nervos cranianos e espinais. A maioria dos neurônios
sensitivos é classificado estruturalmente como unipolares.
● Neurônios motores ou eferentes: São responsáveis por transportar os potenciais
de ação para fora do SNC em direção a órgãos efetores (músculos e glândulas)
localizados na periferia do corpo (SNP) por meio de nervos cranianos e espinais.
Os neurônios motores estruturalmente são do tipo multipolares.
● Neurônios de associação ou interneurônios: Localiza-se no SNC, entre os neu-
rônios motores e sensitivos, são responsáveis por processar as informações
provenientes dos neurônios sensitivos e então, produzir uma resposta motora
através da ativação dos neurônios motores, sendo que a maior parte dos inter-
neurônios são multipolares.
1.4.1.1 Bulbo
O bulbo tem forma de um cone é a parte mais caudal do tronco encefálico e sua
extremidade menor conecta-se com a medula espinhal, no entanto, não tem uma região
demarcando o local de separação entre medula e bulbo por isso, considera-se o limite
correspondente ao nível do forame magno do osso occipital.
O bulbo apresenta duas cristas longitudinais chamadas pirâmides (Figura 8), forma-
da por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do
cérebro aos neurônios motores da medula espinal, as fibras nervosas cruzam obliquamente
o plano mediano formando a decussação das pirâmides que é responsável por fazer com
que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral
esquerdo controle o lado direito. Isso fica evidente em casos de lesão encefálica à direita,
onde o corpo será acometido em toda sua metade esquerda.
O bulbo abriga o centro de controle de órgãos e funções importantes, como: o
centro respiratório (regulando o ritmo respiratório), o centro vasomotor e o centro do vômito.
O fato do bulbo conter a presença dos centros respiratórios e vasomotor as lesões nesta
estrutura encefálica são extremamente perigosas, o que explica a gravidade de fratura na
base do crânio (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
1.4.1.2 Ponte
A ponte está localizada entre o bulbo e o mesencéfalo, e anterior ao cerebelo,
juntamente com o bulbo auxilia no controle da respiração. A ponte é dividida em duas
estruturas principais: uma região ventral e dorsal. A região ventral da ponte é um local de
transmissão sináptica composta substância cinzenta conhecidos como núcleos pontinhos
que possuem substância branca entrando e saindo deles, e conectando o córtex de um
hemisfério cerebral com o córtex do hemisfério do cerebelo contralateral (Figura 9). Por
apresentar um complexo circuito de transmissão nervosa a ponte assume um papel essen-
cial na coordenação e otimização da atividade motora voluntária. A região dorsal contém
tratos ascendentes e descendentes e núcleos de nervos cranianos que chegam ou saem
desta região:
● Nervos trigêmeos (NC V): Recebem impulsos sensitivos da cabeça e da face e
enviam impulsos motores responsáveis pela mastigação.
● Nervos abducentes (NC VI): Transmite impulsos motores, gerados em núcleos
pontinos, que controlam certos movimentos oculares.
● Nervos faciais (NC VII): Os núcleos da ponte recebem impulsos sensitivos gus-
tativos e geram impulsos motores que regulam a secreção de saliva e lágrimas
e a contração de músculos da mímica facial.
1.4.1.3 Mesencéfalo
O Mesencéfalo conecta-se diretamente ao cérebro se estendendo da ponte ao
diencéfalo. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto do mesencéfalo, conecta o
terceiro ventrículo com o quarto ventrículo. Posterior ao aqueduto, localiza-se o teto do
mesencéfalo que contém quatro projeções arredondadas. As duas projeções superiores
são conhecidas como colículos superiores e são responsáveis por reflexos que controlam
os movimentos da cabeça, do tronco e dos olhos em resposta a estímulos visuais, como os
movimentos oculares de perseguição de objetos em movimento. Enquanto isso, as duas
projeções inferiores (colículos inferiores), transmitem impulsos dos receptores auditivos da
orelha interna para o encéfalo e também são responsáveis pelo reflexo de susto (Figura
10). Anteriormente o mesencéfalo apresenta dois pedúnculos cerebrais que unem o tronco
encefálico ao cérebro, estes pedúnculos cerebrais apresenta feixes pareados de axônios
neuronais que conduzem impulsos nervosos de áreas motoras do córtex cerebral para a
medula espinal, o bulbo e a ponte.
Dois pares de nervos cranianos localizam-se na estrutura mesencefálica e são
eles: Nervos oculomotores são responsáveis pelo controle dos movimentos do bulbo do
olho; Nervos trocleares (IV) através dos nervos trocleares é possível o controlar certos
movimentos oculares (TORTORA; DERRICKSON, 2014).
DE BOLINHAS)
1.5 Cerebelo
O cerebelo (Figura 11) é a segunda maior estrutura encefálica só fica atrás do
telencéfalo (cérebro), situa-se dorsalmente ao bulbo e à ponte, formando o teto do IV
ventrículo. O cerebelo repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e separa-se do
lobo occipital por uma prega da dura-máter e liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo
cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior.
Possui função exclusivamente motora mantendo o equilíbrio e coordenação (MARIEB;
WILHELM; MALLATT, 2014).
1.6.1 Tálamo
O tálamo (Figura 13) mede cerca de 3 cm de comprimento e corresponde 80% do
diencéfalo, formado por duas massas ovais de substância cinzenta organizadas em nú-
cleos com tratos de substância branca no seu interior. As metades do tálamo (hemisférios
cerebrais direito e esquerdo) são ligadas por uma ponte de substância cinzenta chamada
de aderência intertalâmica.
O tálamo atua como uma estação retransmissora dos impulsos sensitivos da medu-
la espinal e do tronco encefálico. Também contribui para a transmissão de informações do
cerebelo e dos núcleos da base para a área motora do córtex cerebral. Além de transmitir
impulsos nervosos entre diferentes áreas do telencéfalo (cérebro) e auxilia na manutenção
da consciência (TORTORA; DERRICKSON, 2014).
1.6.2 Hipotálamo
O hipotálamo é uma pequena região do diencéfalo localizada inferiormente ao
tálamo. Ele é composto por quatro regiões principais: região mamilar, região tuberal, região
supraóptica e região pré-óptica. A respeito das funções do hipotálamo, podemos destacar:
● Controle do sistema nervoso autônomo (contração de músculos e secreções
glandulares);
● Regulação da temperatura corporal;
● Regulação do comportamento emocional;
● Regulação do sono e da vigília;
● Regulação da ingestão de alimentos;
● Regulação da ingestão de água;
● Regulação da diurese;
● Regulação do sistema endócrino;
● Geração e regulação de ritmos circadianos (MARIEB; WILHELM; MALLATT,
2014; TORTORA; DERRICKSON, 2014).
1.6.3 Epitálamo
O epitálamo, pequena região superior e posterior ao tálamo, forma parte do teto
do terceiro ventrículo e é composta pela glândula pineal que confere ao epitálamo função
endócrina. A glândula pineal possui tamanho aproximado de uma ervilha e faz parte do
sistema endócrino pois sob a influência do hipotálamo, a glândula pineal é responsável pela
secreção do hormônio melatonina, que controla o ciclo sono-vigília que sinaliza ao corpo a
hora de se preparar para a fase noturna (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA;
DERRICKSON, 2014).
OCCIPITAL (ROSA)
A meningite é uma condição patológica causada pela inflamação das meninges provo-
cada por infecção bacteriana ou viral. A infecção pode se espalhar para o tecido nervoso
e provocar inflamação no encéfalo chamada de encefalite. A meningite é diagnosticada
através da obtenção de uma amostra de líquido cerebrospinal (LCE) coleta do espaço
subaracnóideo para detectar a presença do agente patológico (bactérias, vírus ou fun-
gos). Como a medula espinal adulta termina no nível da vértebra L I ou L II, uma agulha
pode penetrar com segurança no espaço subaracnóideo abaixo desse local para obter a
amostra necessária, este procedimento é denominado punção lombar. Com o paciente
curvado para a frente a agulha é inserida entre as vértebras das vértebras L III e L IV ou
entre L IV e L V. As punções lombares também são utilizadas para medir a pressão do
LCE, para administração de antibióticos, anestésicos e contraste de raios X
REFLITA
Prezado(a) aluno(a),
LIVRO
Título: Anatomia Humana
Autor: Frederic H. Martin, Michael J. Timmons, Robert B. Tallitsch.
Editora: Artmed.
Sinopse: A Coleção Martini foi especialmente pensada para
proporcionar ao leitor o melhor recurso didático para ensino e
aprendizagem da Anatomia. Para isso, foram reunidos o livro-texto
Anatomia humana, que se destaca pela riqueza de detalhes visuais
e por um texto extremamente didático, o Atlas do corpo humano –
um atlas fotográfico cuja objetividade é seu ponto alto.
FILME/VÍDEO
Título: Sistema Nervoso | Prof. Paulo Jubilut
Ano: 2019
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_prsDDg_cJM
Plano de Estudo:
TÓPICO 1 - SISTEMA DIGESTÓRIO
● Introdução ao Sistema Digestório; ● Cavidade oral - Dentes ;
- Glândulas salivares- Língua; ● Faringe ● Esôfago ● Estômago
● Intestino delgado ● Intestino grosso● Órgãos acessórios do sistema digestório
Tópico 2 - SISTEMA URINÁRIO
● Rins ● Ureteres ● Bexiga ● Uretra
Tópico 3 - SISTEMA GENITAL MASCULINO
● Introdução ao Sistema genital masculino ● Testículos ● Bolsa escrotal
● Ductos do sistema genital masculino ● Uretra ● Glândulas sexuais acessórias ● Pênis
Tópico 4 - SISTEMA GENITAL FEMININO
● Órgão do Sistema genital feminino ● Ovários ● Tubas uterinas ● Útero ● Vagina
● Pudendo feminino ● Glândulas mamárias
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os sistemas digestório,
urinário e reprodutor masculino e feminino;
● Compreender os principais aspectos anatômicos dos
órgãos que constituem cada sistema;
● Estabelecer a importância dos sistemas para
a manutenção da vida humana.
83
INTRODUÇÃO
Quantas vezes escutamos durante nossa infância sobre a importância dos ali-
mentos? Ou o quanto é importante a ingestão de água diariamente? Todos os sistemas
do nosso corpo exercem um papel fundamental para a manutenção da vida. O sistema
digestório, por exemplo, é responsável desde a quebra do alimento em moléculas menores
permitindo, assim, que nossas células possam absorver os nutrientes, até a formação das
fezes. Já o sistema urinário realiza a filtragem do sangue e, como consequência desse
processo, elimina restos metabólicos através da urina. Além disso, o sistema reprodutor
tem características distintas entre os gêneros, mas ambos contribuem na produção dos
gametas e permitem, assim, a reprodução e a continuação da espécie humana.
Caro estudante, nesta unidade vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre
os sistemas digestório, urinário e reprodutor. Sendo, o objetivo principal desta unidade é
proporcionar a compreensão das funções e os aspectos anatômicos relevantes de cada
órgão que os compõem.
Nós, seres humanos, assim como outros animais, não somos capazes de produzir
nosso próprio alimento, como as plantas, por exemplo, e por isso necessitamos de produtos
animais ou vegetais que nos forneça energia para a manutenção dos nossos órgãos e
sistemas. Desde crianças escutamos na escola e em casa sobre a importância dos alimen-
tos no nosso dia-a-dia. Mas você sabe como e onde acontece a digestão de tudo o que
serem distribuídos para as células do corpo. Os restos desse processo são excretados do
quebra dos alimentos em moléculas menores, como também a absorção de água, vitaminas e
1.2.1 Dentes
Os dentes cortam os alimentos sólidos em partículas menores para serem deglu-
tidas. Eles estão localizados no espaço ósseo chamado alvéolo dental. Tipicamente, os
dentes possuem três regiões: a coroa, que é a parte visível acima da gengiva; o colo, parte
intermediária recoberta por gengiva e que consiste na junção entre a coroa e a raiz; e a raiz,
embutidas no soquete e que fixa os dentes aos ossos.
Internamente os dentes são formados principalmente por dentina que confere
forma e rigidez. A dentina da coroa é recoberta por esmalte, composto principalmente por
1.2.3 Língua
A língua é um órgão muscular, móvel, dividida em metades laterais simétricas por
um septo mediano. A língua participa da mastigação e deglutição ao manobrar os alimentos,
modelando-o em um bolo alimentar, da fala, da sucção e detecta sensações de paladar. A
sua parte fixa é chamada de raiz da língua, a parte móvel de corpo da língua e a extremi-
dade anterior de ápice da língua.
O frênulo da língua é uma prega na linha média da face inferior da língua, e que se
insere no assoalho da boca ajudando a limitar o movimento da língua posteriormente. A face
dorsal (superior) e a face lateral da língua são recobertas por papilas linguais, receptores
para gosto. Estas são divididas em circunvaladas (amargo), folheadas (azedo), filiformes e
fungiformes (doce e salgado).
Os músculos extrínsecos movem a língua de um lado para o outro, para dentro e
para fora a fim de manobrar os alimentos para a mastigação, moldando-o e forçando-o para
a parte de trás da boca para ser engolido. Já os músculos intrínsecos alteram a forma e o
tamanho da língua para a fala e deglutição (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1.4 Esôfago
O esôfago é um tubo muscular posicionado posteriormente à traqueia, com cerca
de 20 a 25 cm de comprimento. Ele secreta muco e conduz o bolo alimentar da faringe para
o estômago. O alimento atravessa o esôfago de forma rápida devido a contração de suas
fibras musculares que produz movimentos peristálticos, e também pela gravidade, embora
não dependa necessariamente dela.
O esôfago possui dois esfíncteres: o esfíncter esofágico superior controla a cir-
culação de alimentos da faringe para o esôfago, e o esfíncter esofágico inferior regula
o movimento dos alimentos do esôfago para o estômago. Quando o esfíncter esofágico
inferior não fecha adequadamente após a passagem do alimento para o estômago, pode
ocorrer o refluxo desse conteúdo o que ocasiona uma condição chamada de doença do
refluxo esofágico. Além disso, uma vez que as paredes do esôfago não estão preparadas
para receber solução ácida, o ácido clorídrico (HCl) do conteúdo estomacal pode causar
uma irritação na parede esofágica gerando uma sensação de queimação conhecida como
azia (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1.5 Estômago
Após descer pelo esôfago, o bolo alimentar chega no estômago, o órgão mais
distensível do sistema digestório. Ele está localizado entre o esôfago e o intestino delgado
e na maioria das pessoas possui formato da letra “j”, voltado para o lado esquerdo do corpo.
Quando vazio, o estômago apresenta grandes rugas denominadas pregas gástricas, mas
que diminuem ou desaparecem quando o estômago está distendido (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014).
O estômago realiza digestão química e mecânica, além da absorção de algumas
substâncias, como álcool e medicamentos. Ele possui quatro partes. Vejamos a seguir:
As fezes são compostas por água, sais inorgânicos, células epiteliais da túnica
mucosa do canal alimentar, bactérias e produtos da decomposição bacteriana, materiais
digeridos e não absorvidos e partes não digeríveis de alimentos e sua eliminação se dá por
meio da defecação (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Agora que já conhecemos o papel exercido pelo intestino delgado e o intestino
grosso, vejamos, na Figura 1, a anatomia dos dois órgãos.
Como já visto acima, por meio do sistema digestório, o organismo obtém substâncias
importantes para o corpo e que foram perdidas ou utilizadas. A principal função do sistema
urinário é regular o volume e a composição do líquido extracelular. Assim, o processo de
excreção é uma consequência desta regulação e ao longo deste tópico abordaremos os
órgãos que constituem este sistema cuja função é imprescindível para manutenção da
homeostasia do corpo humano.
2.1 Rins
Os rins possuem formato de grão de feijão, coloração vermelho parda e aproxima-
damente 10 a 12 cm de comprimento. Eles estão localizados entre os níveis das últimas
vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar e desempenham a principal função do
sistema urinário, sendo responsáveis pela filtração do plasma sanguíneo e produção da
urina. A urina formada pelos rins passa pelos ureteres, em seguida, segue para a bexiga
urinária para ser armazenada e, por fim, pela uretra para ser eliminada pelo corpo. Além
disso, eles ajudam a regular a pressão arterial, o pH e os níveis de glicose no sangue, e na
liberação hormonal de calcitriol e eritropoietina.
Os rins são revestidos pela cápsula fibrosa e externamente à cápsula fibrosa,
encontra-se a cápsula adiposa, ambas com função de proteção e ancoragem do órgão
na cavidade abdominal. Na região do centro da margem côncava dos rins encontra-se
2.2 Ureteres
Os ureteres estão localizados no hilo renal. Eles possuem a função de transporte
da urina dos rins para a bexiga urinária por meio de contrações peristálticas das paredes
musculares, pressão hidrostática e gravidade.
2.4 Uretra
Por fim, a uretra é o segmento terminal do sistema urinário e a responsável pela
eliminação da urina do corpo. Na mulher, a uretra realiza apenas a passagem da urina, ao
passo que nos homens, ela também libera o sêmen, líquido que contém espermatozoides.
Nos homens, mede aproximadamente 20 cm de comprimento, enquanto que, nas mulheres,
cerca de 4 cm.
Nas mulheres, a uretra é mais retilínea e abre-se para o exterior por meio do óstio
externo da uretra que está localizado entre o clitóris e a abertura vaginal. Já a uretra mascu-
lina é mais sinuosa e é dividida em três partes: parte prostática (passa através da próstata;
nela se situa o esfíncter interno da uretra); parte membranácea (porção que atravessa o
músculo transverso profundo do períneo; nela se situa o esfíncter externo da uretra); e
parte esponjosa (que atravessa o pênis e termina na glande, no óstio externo da uretra)
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
3.2 Testículos
Os testículos ou gônadas masculinas, são glândulas de formato oval, localizadas no
escroto, medindo cerca de 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Quando é atingida
a maturidade sexual, os testículos são responsáveis pela produção dos espermatozoides e
do hormônio masculino testosterona pelas células intersticiais.
Os testículos são revestidos parcialmente por uma túnica serosa chamada túnica
vaginal do testículo. Internamente a ela, ele é circundado por uma cápsula fibrosa branca,
a túnica albugínea, formando septos que os dividem em 250 a 400 compartimentos internos
chamados lóbulos dos testículos. Cada um desses lóbulos contém de 1 a 3 túbulos bem en-
rolados, os túbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos em um processo
chamado de espermatogênese. Esses túbulos se unem para formar os túbulos seminíferos
3.5 Uretra
Nos homens, a uretra é um longo canal compartilhado pelos sistemas genital e uri-
nário, servindo de passagem tanto para o sêmen quanto para a urina, conforme abordado
no tópico 2 desta mesma unidade. Tais funções não são realizadas ao mesmo tempo.
4.2 Ovários
Os ovários são gônadas femininas com formato oval e tamanho semelhantes aos
de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os ovócitos (gametas ou células germinativas
femininas) e também responsáveis pela produção dos hormônios progesterona e estrógeno
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
As mulheres possuem dois ovários que estão localizados na pelve, em depressões
denominadas de fossas ováricas e medindo cerca de 3 cm de comprimento cada. Eles
estão presos ao útero e à cavidade pélvica por meio de ligamentos. Cada um é suspenso
por uma curta prega peritoneal chamada mesovário. O ligamento suspensor do ovário é
outra prega peritoneal por onde vasos sanguíneos, linfáticos e os nervos ovarianos entram
e saem. Medialmente ao mesovário, o ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero
(TORTORA; DERRICKSON, 2016; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Internamente, os ovários são revestidos pelo epitélio germinativo e contém a região
do córtex, onde se encontram os folículos ovarianos primários contendo os ovócitos, e o
estroma, feito de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. A mulher já nasce com todos os
ovócitos que serão produzidos durante a sua vida.
4.4 Útero
O útero é um órgão muscular oco, ímpar, com paredes espessas onde ocorre a
implantação de um óvulo fertilizado e o desenvolvimento do feto durante a gestação e parto.
Para isso, o útero possui paredes musculares que se adaptam para o crescimento do feto e
também garantem a força para a sua expulsão durante o parto (MOORE, 2014). Durante os
ciclos reprodutivos, quando essa implantação não ocorre, ele é a fonte do fluxo menstrual.
O útero está localizado entre a bexiga urinária e o reto e possui tamanho e formato
de uma pêra pequena. Embora possa variar muito, no geral, ele possui cerca de 7,5 cm de
comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura.
O útero apresenta três regiões distintas: fundo do útero, corpo do útero e colo do
útero. O corpo do útero é separado do colo pelo istmo do útero, um segmento estreitado e
medindo cerca de 1 cm de comprimento. Já o colo do útero (ou cérvix do útero) é dividido em
uma porção supravaginal, localizada entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, a qual
circunda o óstio do útero. Juntos, o canal do colo do útero e o lúmen da vagina constituem
o canal de parto, onde o feto atravessa ao fim da gestação (TORTORA; DERRICKSON,
2016; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O útero está fixado à cavidade pélvica por meio de algumas estruturas, sendo o ligamen-
to útero-ovárico que se fixa ao útero póstero inferiormente à junção útero tubárica; o ligamento
redondo do útero o qual fixa-se anteroinferiormente a essa junção; e o ligamento largo do útero,
que também ajuda a manter o útero em posição (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Para melhorar o entendimento, veja na figura abaixo (Figura 5) cada componente
referente ao sistema genital feminino estudado até agora.
Quando está sendo produzido, o leite passa dos alvéolos por vários túbulos secun-
dários e, em seguida, para os ductos mamários. Próximo do mamilo, os ductos mamários
se expandem discretamente para formar seios chamados seios lactíferos, para onde o leite
será drenado para um ducto lactífero e, então, transportados para o exterior (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela in-
fecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). Este é o terceiro
tumor maligno mais frequente na população feminina, estando atrás apenas do câncer
de mama e câncer colorretal. A visualização direta do colo do útero e o exame celular e
histológico por meio de esfregaços de Papanicolaou auxilia na prevenção dessa doença
REFLITA
Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria
Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário,
porém, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pie-
lonefrite). Outros microorganismos também podem provocar cistite. Homens, mulheres
e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas mulheres porque
as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da mulher,
além de muito mais curta que a do homem, está mais próxima do ânus. Nos homens,
depois dos 50 anos, o crescimento da próstata provoca retenção de urina na bexiga e
pode causar cistite
LIVRO
Título: Gray´s, atlas de anatomia.
Autor: DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M.; TIBBITTS,
R.M.; RICHARDSON, P.E.
Editora: Elsevier
Sinopse: Este livro apresenta imagens didáticas das estruturas
anatômicas de cada sistema do corpo humano. Além disso, de-
monstra a correlação com imagens clínicas apropriadas e anato-
mia de superfície, permitindo melhor entendimento do profissional
em relação às estruturas estudadas.
FILME/VÍDEO
Título: Rins: o grande filtro do nosso corpo
Ano: 2019.
Sinopse: Os rins são os órgãos responsáveis por filtrar as im-
purezas do nosso corpo. Este vídeo mostra quais são os hábitos
que você precisa adotar e/ou abandonar para mantê-los sempre
saudáveis e funcionando bem.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=C6WhwWfRL-
RA
DRAKE, R. Gray - Anatomia Clínica para Estudantes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
3º ed, 2015.
DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M.; TIBBITTS, R.M.; RICHARDSON, P.E.
Gray´s, atlas de anatomia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
MOORE, K.L.; DALLEY, A.F.; AGUR, A.M.R. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2014.
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CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você de forma resumida e didática os principais
conceitos utilizados na disciplina de anatomia humana, definição dos sistemas e os órgãos
que formam o corpo humano. Inicialmente, abordamos o conteúdo introdutório da anatomia
humana, conceituando termos utilizados pelos anatomistas e que são fundamentais para
a compreensão da literatura técnica-científica. Seguimos, abordando os seis níveis de
organização do corpo humano e para facilitar o estudo da anatomia humana neste material
nos baseamos no estudo da anatomia sistêmica, que é uma das formas didáticas de estudo
desta disciplina que caracteriza o estudo na descrição aprofundada das partes que com-
põem um sistema específico do corpo humano.
Desta forma, apresentei a você três sistemas do corpo humano: sistema esquelé-
tico, articular, muscular que juntos formam o aparelho locomotor que é responsável pela
movimentação do corpo. Abordamos, as funções básicas destes sistemas e as estruturas
anatômicas que os compõem como: ossos, articulações e músculos.
Demos sequência aos estudos focando no sistema circulatório que recebe este
nome por promover a circulação de um meio líquido (sangue ou linfa) através de uma
rede de tubulações denominadas vasos. Caso o líquido transportado seja o sangue fluindo
pelos vasos sanguíneos, temos o sistema cardiovascular. A circulação sanguínea ocorre
graças a ação do bombeamento do coração que impulsiona o sangue a sair do coração em
direção as artérias, estas por sua vez se ramificam até se tornarem capilares sanguíneos
que irrigam os tecidos corporais transportado pelo sangue oxigênio e nutrientes, e também
promove o transporte de dióxido de carbono (CO2) e resíduos celulares que se difundem
dos tecidos para a corrente sanguínea. Contudo, o outro sistema promove a circulação de
um líquido denominado linfa através de tubulações agora chamados vasos linfáticos, temos
a caracterização do sistema linfático. Todavia, como apresentado a você que o objetivo
da circulação sanguínea é promover aos tecidos o suprimento de nutrientes e oxigênio
garantindo assim a manutenção do tecido celular. Apresentei a você as estruturas anatô-
micas do sistema respiratório cuja função primordial é realizar a troca dos gases (oxigênio
e dióxido de carbono) com o ar atmosférico, garantindo a concentração de oxigênio no
sangue necessária para a realização das reações metabólicas celulares.
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Destacamos também a importância imprescindível do sistema nervoso que é
responsável por controlar as ações exercidas por todos os sistemas do corpo humano.
O sistema nervoso possui a capacidade de estabelecer conexões estabelecidas pelos
neurônios promovendo a captação de estímulos, processando a informação e produzindo
uma variedade de resposta manifesta no órgão efetor.
Levantamos o papel fundamental para a manutenção da vida exercido pelos siste-
mas digestório, urinário e reprodutor (genital masculino e feminino). O sistema digestório
é responsável desde a quebra do alimento em moléculas menores permitindo que nossas
células possam absorver os nutrientes. Contudo, também produz a formação das fezes
que são os resíduos de alimento não digerido que precisam ser eliminados do organismos.
Outro sistema que também promove a excreção de resíduos é o sistema renal, responsável
pela filtragem do sangue e, como consequência desse processo, elimina restos metabó-
licos através da urina. Este processo é fundamental para a manutenção do equilíbrio das
funções orgânicas. O sistema reprodutor possui características distintas entre os gêneros e
produzem os gametas permitindo, assim, a reprodução e a continuação da espécie humana.
Com base neste conteúdo abordado, considero que a partir de agora você está
preparado para seguir adiante com os estudos de outras disciplinas que farão de você no
futuro um profissional capacitado para desenvolver as mais diversas funções atribuídas aos
profissionais da área da saúde.
111
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