TUBA - Um instrumento de válvulas de larga cavidade usado como
um baixo ou contrabaixo nas seção dos metais nas bandas ou orquestras. O termo é aplicado para instrumentos de várias medidas e afinações com uma largura, cavidade cônica, três a seis (raramente sete) válvulas, e uma nota fundamental aberta de dó ou abaixo. Vários membros da família da tuba são comumente chamados de outros nomes: eufônio, bambardão, sousafone e helicon. Os membros graves do grupo dos saxhornes devem ser incluídos na família das tubas. A tuba de Wagner, que tem características da trompa e da tuba, é discutida separadamente. A tuba é comparativamente o mais recente da seção dos metais (o primeiro instrumento assim chamado, com cinco vávulas “Tuba Baixo”, foi introduzido na Alemanha em 1835). Diferente do trompete e da trompa, ele não tem ancestrais diretos entre os metais de vávulas; o oficleide – um tipo de instrumento de metal feito nos tamanhos alto, tenor, baixo e contrabaixo – é provavelmente seu mais próximo predecessor. Outros instrumentos baixos de embocadura substituídos pela tuba são as trompas baixas e a serpente. As partes da tuba são normalmente escritas no tom de efeito, mas nas bandas de metais inglesas e francesas as tubas são tratadas como instrumentos transpositores.
Estrutura – A larga cavidade cônica (forma de cone) da tuba (em
recentes instrumentos interrompidos somente por mais sistemas cilíndricos de válvulas), campana larga e bocal de taça profunda e modelada, dando ao instrumento um som um rico, suave e facilitando o som das notas graves e suas séries harmônicas, incluindo as fundamentais. O timbre do instrumento é mais parecido com a trompa do que com o trompete ou o trombone, mas devido a sua massa sonora ele é associado aos “metais pesados”. Normalmente a tubulação é enrolada em um formato elíptico (elíptico: curva plana e fechada) com uma campana apontando diretamente para cima. O helicon (agora já obsoleto) e o sousafone, de qualquer modo, são feitos em uma forma circular: estes instrumentos redondos abrigam o instrumentista e repousam normalmente sobre o ombro esquerdo com a campana próxima a cabeça, fazendo o instrumento ser carregado facilmente enquanto o movimento de marcha. Algumas tubas verticais (campana aponta para cima) tem sido construídas com uma campana que aponta para frente; estas apontadas para frente ou campanas de “gravação” foram inventadas nos anos 20 (1920), quando a tuba foi freqüentemente substituída pelo contrabaixo em estúdios de gravação pois eram insuficientemente desenvolvidas para gravar na afinação das cordas.Instrumentos com este tipo de campana tem provado utilidade em bandas, mas são inadequados para uso em orquestra, devido a qualidade de afinação; conseqüentemente as modernas tubas freqüentemente fazem um meio termo, unindo o modelo com a campana direcionada para cima e a direcionada para frente. As tubas tem sido construídas com a campana virada para esquerda ou para a direita dependendo se o instrumento utiliza pistões ou válvulas de rotação. Válvulas de pistões requerem a campana virada para a direita, mas as válvulas de pistões (um desenvolvimento americano) permitem uma campana virada para a esquerda. Válvulas de rotação são geralmente utilizadas com a campana apontada para a esquerda, permitindo ao músico usar sua mão esquerda para ajustar as curvas de afinação durante a performance se necessário. Válvulas de pistões são adequadas se a cavidade (da válvula) é maior do que 19 milímetros, e válvulas de rotação são firmes (rápidas), mas menos rudes (ásperas). Normalmente são quatro válvulas organizadas para abaixar a afinação do instrumento em 1, ½, 1 ½, e 2 ½ tons respectivamente. Usando várias possíveis combinações com as quatro válvulas o instrumentista produz uma oitava cromática completa entre o segundo harmônico e a fundamental. Mas a dificuldade de afinação encontrada quando usando válvulas dentro de uma combinação são aumentadas porque as medidas da tuba são grandes. No exemplo 1 a crescente afinação é imprecisa chegando a um semitom no si -1 , originando que a nota soe como um dó1 a não ser que ajustado por algum caminho. Alguns músicos afinam com os lábios, outros especialmente na Inglaterra, usam um sistema de válvulas com um mecanismo (tal como os desenhados por David Blaikley em 1874) que automaticamente compensa erros de entonação. Uma quinta válvula, que normalmente abaixa a afinação em uma terça maior, é freqüentemente adicionada, e em algumas vezes uma sexta; cada uma providência um dedilhado alternativo para aperfeiçoar a afinação. Tocar tuba exige uma enorme quantidade de fôlego, especialmente nos instrumentos largos, mas não requer pressão de ar. Os lábios são normalmente livres e protegidos; somente nos registros agudos eles necessitam de compressão ou tensão. Nas mãos de um experiente interprete a tuba pode ser um ágil instrumento, mas a respiração necessita ser constantemente renovada e, em instrumentos de largo calibre, as notas graves devem ser atacadas com consideração. Entre as tubas utilizadas hoje em dia inclui-se a tuba tenor em Bb (Fr. tuba basse, saxhorne basse; Ger. Baryton; It. flicorno basso), um instrumento baixo cobrindo a mesma extensão que o violoncelo; tubas baixas em F e Eb (Fr. tuba contre-basse; Ger. basstuba; It. flicorno basso grave), instrumentos contrabaixos cumprindo uma função similar ao contrabaixo de cordas; e as tubas contrabaixos em C e Bb. A tuba tenor de 9’ Sib é freqüentemente chamada de “eufônio” quando usada em bandas, especialmente na Inglaterra, e “tenor tuba” quando usada em orquestração. Na prática inglesa o eufônio é tocado com vibrato; a tenor tuba não. O instrumento tem o mesmo comprimento de tubo que o barítono (um tipo de saxhorne), mas sua cavidade é larga. As notas pedais de sib -1 (a fundamental aberta) descendo até o fá -1 são executáveis ; a extensão para cima se estende até o sib3 ou mais agudo. A original tuba-baixa germânica foi construída em F, e os instrumentos nesta afinação foram a maioria nas orquestras por anos, particularmente nos países germânicos. Hoje a tuba 12’ em F é reservada principalmente para partes com extensão aguda que são menos convenientes para tubas contra-baixo em C. O equivalente a tuba em F nas bandas é a Eb 14’ (na Inglaterra anteriormente chamada de bombardão), que é geralmente usada em combinação coma tuba contra-baixo em Bb. Até aproximadamente 1930 a tuba em Eb foi também freqüentemente utilizada em orquestras inglesas. Ela aparecia de duas formas: com uma relativa cavidade estreita e três válvulas (a em Eb), ou com uma cavidade toda aberta e quatro válvulas (EEb). A única tuba francesa de seis válvulas em C com 8’ foi desenvolvida com o propósito de uma tuba para orquestra, a tuba baixa em F não tinha se tornado popular na França. As seis válvulas a torna capaz de cobrir a extensão da quarta oitava e tocar as partes de contrabaixo de Wagner, assim como as partes de oficleide. Compositores franceses tinham este instrumento na mente quando tenderam a escrever passagens mais agudas para tuba do que normalmente pedidas pelas outras tubas. Por exemplo, o solo “Bydlo” da orquestração de Ravel da obra “Quadros de uma Exposição” de Musorgsky, com compassos de fá# -1 e sol# 3, é bem feita pela tuba em C mas pode causar dificuldades aos músicos que utilizam instrumentos em Bb ou F. Desde 1940 a tuba contrabaixo em C com 16’ – também chamada “double C”(CC) tuba- tem se tornado uma regra nas orquestras, primeiro na Alemanha e Estados Unidos e mais recentemente em outras orquestras européias. Nos Estados Unidos 90% dos tubistas profissionais a consideram como principal instrumento. A “double Bb” (BBb) tuba (18’) com três ou quatro válvulas é um instrumento utilizado em bandas; nos Estados Unidos surge regularmente na forma de sousafone. O instrumento CC, embora um tom acima da BBb, normalmente tem uma cavidade larga, dando um característico e satisfatório timbre, ao passo que sua afinação existente em C facilita o dedilhado nos tons com sustenidos, freqüentemente encontrados em trabalhos orquestrais. Muitas tubas subbaixas e subcontrabaixas tem sido feitas ocasionalmente, mais a maior parte comprovadamente impraticáveis. Em 1851 Adolphe Sax construiu um saxhorn-bourdon em Eb e quatro anos depois um outro em Bb. Dentro da linha de grandes instrumentos o construído pelo trombotonar Gustave Besson temos o que tinha três metros de altura. Outras tubas gigantes tem sido construídas, mas certamente elas tem uma distinção duvidosa como tubas mais largas do mundo. Os instrumentos provavelmente tem um vasto comprimento de tubo enquanto devem ter uma grande campana ou um grande volume de tubos.
HISTÓRIA – Por volta de 1820 vários fabricantes, inclusive Stölzel,
podem ter produzido instrumentos de metais com válvulas afinados tão grave como as em F. A efetividade delas teria sido então duvidosa desde que as únicas válvulas em existência não poderiam ser usadas com a largura exigida nos baixos bugles-hornes. Em 1835 uma Tuba Baixa em F foi introduzida por um prussiano mestre de banda, Wilhelm Wieprecht e o fabricante de instrumentos Johann Gottfried Moritz (patente prussiana no. 9121 de 12 de setembro de 1935). Ela foi equipada com um novo tipo de válvula , também desenvolvida por Wieprecht e Moritz, chamada Berliner-Pumpe - uma pequena válvula de pistão de largo diâmentro. O desenho de uma Tuba Baixa pode ter sido sugerido por um apropriado tipo de válvula para um instrumento de cavidade relativamente larga e de válvulas; ou então a própria válvula pode ter sido resultado do contínuo trabalho de desenvolvimento da tuba. O protótipo da tuba baixa, modelo datado de 1838-40 localizado no Museo Musikinstrumenten em Berlim, difere do apresentado na moderna tuba, mas mostra características importantes: ela era afinada em F (subseqüentemente o marco da afinação nas tubas orquestrais); ela tinha cinco válvulas organizadas para abaixar a afinação do instrumento 1, ½ , 1 ½ , ¾ , e 2 ½ tons respectivamente; e poderia ser tocada abaixo da fundamental ou das notas pedais. O instrumento foi feito de metal, euiparando o prateado alemão com a maioria das tubas continentais dos dias de hoje. Logo após 1835 Wieprecht e Moritz desenharam uma tuba de larga cavidade em F que eles chamaram Bombardão (um nome anteriormente aplicado aos tipos de oficleide baixo os bugle-hornes de válvula). Outros fabricantes adotaram estes desenhos e iniciaram a produção de tubas em várias medidas e tamanhos. Em alguns anos os fabricantes de língua germânica iniciaram a utilização de válvulas de rotores (introduzida em 1832 por Joseph Riedl de Viena) em lugar da Berliner-Pumpen. A primeira tuba contrabaixo em C e Bb foram construídas em 1845 por um fabricante da Bohemia , Václav Cervený. Entre 1840 e 1850 na França, Adophe Sax (e outros fabricantes) desenvolveram a família dos saxhornes (abrangendo do sopranino ao contrabaixo), os membros baixos que se assemelham as tubas modernas. A tuba foi logo adotada em bandas e orquestras nos estados germânicos e mais lentamente aceita em outros países, especialmente Inglaterra e França, onde o oficleide estava firmemente estabelecido. Na França o oficleide de teclas não foi substituído na Ópera de Paris até 1874; e embora as bandas inglesas iniciem por volta de 1850 a empregar a tubas construídas depois dos modelos franceses, orquestras sinfônicas da Inglaterra não os introduziram até depois e então continuaram a utilizar o oficleide até os últimos anos do século. E foi, de fato, um homem francês, Berlioz, o primeiro grande compositor a colocar tuba em suas composições. Ele encontrou no instrumento uma resposta para problemas causados habitualmente pelo uso de muitos instrumentos de sopro agudos. Anteriormente usando vários oficleides para descobrir o próprio equilíbrio, ele agora substitui o oficleide pela tuba na maior parte de suas partituras, com a recomendação que ela deve ser dobrada em oitavas devido a relativa fraqueza dentro do registro grave. Possivelmente porque no inicio do uso a tuba veio para ser olhada na França como um tipo de oficleide; por alguns anos a tuba em F foi conhecida como oficleide monstro, enquanto o termo oficleide poderia significar um e outro, oficleide a pistões (tuba) ou oficleide de teclas. A Faust overture freqüentemente citada como primeiro trabalho de Wagner usando a tuba foi composta em 1840, mas não foi apresentada até 1855, depois de revisão considerável, inclusive ajustes de orquestração. A primeira partitura para tuba baixa composta por Wagner foi Der fliegend Holländer, apresentada pela primeira vez em 1843, e especificadamente a tuba contrabaixo foi usada pela primeira vez em Das Rheingold (composta em 1853-4). Posteriormente, neste século, Mahler, sutilmente atento as características distintas de cada instrumento da orquestra, escreveu passagens freqüentemente para tuba solo. Compositores da segunda escola vienense foram, sem nenhuma dúvida, influenciados por Mahler, , trataram a tuba em igualdade com outras vozes instrumentais individuais. Um adicional colorido de tom foi providenciado pela surdina, primeiramente requisitada por Richard Strauss em Dom Quixote (1897). No leste europeu a tuba foi principalmente influenciada pela característica instrumental construída por Cervený, que até o estabelecimento do fabricante russo, Sediva, aproximadamente em 1890, foi aparentemente o único na Rússia. A kaisertuba de Ceverný surgiu no início de 1880; feita em várias afinações, com uma grande cavidade, este desenho foi depois copiado por alguns outros fabricantes. Como professor no Conservatório de St Petersburg , Rimsky- Korsakov, que tinha se tornado bem informado a respeito das potencialidades da tuba enquanto ele foi inspetor da banda da marinha , influenciou Borodin e outros no tratamento do instrumento. Nos dias atuais as orquestras russas utilizam tubas grandes e fundas, mas há evidências nas composições de Tchaikovsky e Borodin de que a tuba em Eb de três válvulas tinha sido comumente usada no século dezenove. As partituras dos grandes balés do aluno de Rimsky- Korsakov, Stravinsky, que foram compostas para serem interpretados por Balés Russos em Paris, tendem em direção a prática francesa de escrever para tessituras agudas, e não compartilham o estilo volumoso de Prokofiev e Shostakovich que é típico do século vinte. Na Inglaterra durante o fim do século dezenove, tubistas de orquestras tinham sido freqüentemente treinados a executar o oficleide ou o eufônio. A tuba em F se tornou regra nas orquestras sinfônicas, sem dúvida porque os instrumentistas se sentiam mais confortáveis com ela do que com um instrumento mais fundo. A tuba em Eb também era encontrada em orquestras, especialmente nas amadoras. Particularmente em música mais leve, compositores também escreveram para tuba tenor em Sib ou eufônio. Desde que o eufônio passou a ser tratado como um instrumento solista em bandas, alguns tubistas britânicos foram capazes de considerável virtuosismo, e compositores como Elgar, Host, Vaughan Williams, Walton e Tippett freqüentemente os exploraram. Durante a parte inicial do século vinte as orquestras americanas também utilizavam uma prática utilizada em bandas, freqüentemente adotavam tubas em Bb ou Eb. Músicos germânicos que tocavam na nova formação de orquestras americanas fizeram a tuba em F popular, e fabricantes americanos como King iniciaram produzindo o estilo germânico de tubas. O fim do século foi quando as tubas contrabaixo em C passaram a ser regra nas orquestras germânicas, e foram também adotadas nos Estados Unidos. Nas modernas orquestras germânicas e americanas instrumentos contrabaixos em Bb e C são comumente usados, com a tuba em F atuando em partes onde a extensão é aguda. Particularmente devido à influência dos tubistas americanos que se tornaram membros das orquestras européias, por volta de 1960, este modelo foi adotado pela maioria das orquestras continentais e escandinávas, bem como nas americanas; na Inglaterra e no Commonwealth (ao lado do Canadá), onde a compensação da quarta válvula na tuba em Eb é uma regra e a influência do movimento das bandas de metais é forte, porém as orquestras estão lentas na aceitação das mesmas. Bandas germânicas e americanas usam tubas contrabaixo em Bb e algumas vezes em C; a tuba Eb é encontrada nas bandas escolares. Bandas de metais inglesas incluem dois instrumentos em Eb e dois em Bb (lendo transportando na clave de sol); bandas militares empregam uma de cada tipo (lendo na afinação de concerto na clave de fá). Bandas francesas e italianas também incluem tubas em Eb e Sib, notadamente na França transporta-se na clave de fá, e na Itália na afinação de concerto (efeito). Embora o repertório de tuba tenha sido criado em período menor que os demais instrumentos, tubistas estão atuando em uma variedade grande de estilos, principalmente devido as divergências de opinião entre compositores de diferentes países sobre exatamente que instrumentação são significados através de tuba. Dentre as partes orquestrais que são escritas para afinação de concerto (efeito) na clave de fá, o tubista pode usar sua discrição e escolher a tuba que melhor se encaixa na parte dada. A nota mais grave no repertório sinfônico é o Lá –2 na Quarta Sinfonia de Max Trapp; G# -1 e Ab-1 surgem regularmente nas composições francesas do século dezenove. Embora os compositores vanguardistas estejam usando papel para escrever até cinco oitavas, as notas A -2 e Ab 3 devem ser olhados como extremidades que a extensão normalmente requer. O período em torno de 1945 tem sido um tempo de redescoberta da tuba; modernos músicos de jazz, os vanguardistas e os compositores de música popular tem demonstrado uma característica única do instrumento. A de que a tuba pode ser um instrumento mais sutil e ágil do que tradicionalmente, tendo sido demostrada por recentes compositores através de solos para conjuntos de tubas. Desafiando técnicas, tais como os efeitos de “acordes” produzidos ao tocar uma nota e cantar (zumbir) outra, são freqüentemente requisitados. Possibilidades para novos timbres tem sido também explorados: embora tradicionalmente somente surdinas straight tem sido feitas para a tuba, Bem Gossick e Rex Conner da Universidade de Kentucky tem desenhado um tipo de surdina de metal que pode ser ajustada para produzir uma variedade de timbres.