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Externato da Apresentação de Maria

O TROMBONE

09 de março de 2020

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ÍNDICE

1.
Introdução ....................................................................................................................3

2. Descrição .....................................................................................................................4

3. História …………………………………………………………………………..…………………….……………..5-6

4. Tipos de Trombone .…….………………………………………………………………………………………….7

5. Especificações do Trombone de Vara ..…………………………………………………………………….8

6. Modelos de Trombone .……….…………………………………………………………………………….……9

7. Trombonistas Famosos .…….…………………………………………………………………………………..10

8.
Conclusão ...................................................................................................................11

9.
Webgrafia ................................................................................................................... 12

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INTRODUÇÃO
Eu escolhi o trombone, porque é um dos instrumentos musicais de sopro, pertencente
à família dos metais, com o timbre mais belo. É um instrumento muito charmoso e de
sonoridade incomparável, devido ao seu som melodioso e o porte imponente.
Com 600 anos de idade, o trombone é um instrumento de classe, com muita história
para contar.
Porém, nos conteúdos da disciplina de Educação Musical, também abordamos os
Instrumentos de Orquestra: Sopros de metal. Estes instrumentos incluem, entre os
mais conhecidos: o trompete, o trombone, a trompa e a tuba.

E, assim, despertou mais a minha curiosidade em fazer pesquisas e descobrir mais


informações sobre este instrumento musical.
Outra razão de escolher o trombone, é que eu gosto muito de ouvir as bandas
filarmónicas, pois nestas, o trombone tem um importantíssimo papel duplo de, por um

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lado sustentar harmónica e ritmicamente a condução melódica e, por outro, se
constituir ele próprio como instrumento solista.

DESCRIÇÃO
Em primeiro lugar, importa referir que um instrumento musical é um objeto,
construído com o propósito de produzir música. Os vários tipos de instrumentos
podem ser classificados de diversas formas, sendo uma das mais comuns, a divisão de
acordo com a forma pela qual o som é produzido.
O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia.
Na organologia moderna que utiliza a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos
de sopro formam uma subcategoria da classe dos aerofones.
Um aerofone ou aerófono, é qualquer instrumento musical em que o som é produzido
principalmente pela vibração do ar, sem a necessidade de membranas ou cordas, e
sem que a própria vibração do corpo do instrumento influencie significativamente no
som produzido. O termo foi usado pela primeira vez na classificação de Victor
Mahillon e, posteriormente, foi incluído na classificação Hornbostel-Sachs.
O trombone é um instrumento musical de sopro pertencente à família dos metais, cuja
invenção remonta ao século XV.
O seu nome deriva do italiano e significa trompete grande. É mais grave que
o trompete e mais agudo que a tuba e, não sendo um instrumento transpositor, tem a
sua notação na clave de fá - para as regiões grave e média da tessitura - e clave de dó
na quarta ou terceira linha - para os médios e agudos.
A família do trombone apresentava originalmente os instrumentos soprano, contralto,
alto, tenor e baixo. Ao longo dos séculos alguns tipos foram caindo em desuso.
O Romantismo consagrou o trombone tenor e o baixo como os mais empregados.
Entretanto, o século XX trouxe de volta o trombone alto e mesmo o trombone
contrabaixo, que aparece originalmente nas composições de Richard Wagner.

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O trombone possui um mecanismo de êmbolo - chamado de vara. Esta parte é móvel
e, usando um dos braços, o trombonista pode esticá-la por mais seis posições além do
êmbolo fechado totalizando sete posições. Musicalmente, a distância de uma posição
para outra significa um semitom, o que significa dizer que a nota que esteja soando na
primeira posição pode ser baixada até uma quarta aumentada (6 semitons).
No começo do século XVIII o sistema de válvulas e de pistões foram inventados para os
instrumentos de metais. Assim como nos trompetes e trompas, o trombone de pistões
e o de válvulas foram construídos, ganhando espaço nas composições de Giuseppe
Verdi e Antonin Dvorak, entre outros.
O termo italiano trombone chegou à nossa língua sob a mesma designação. O conceito
faz menção a um instrumento musical de vento que é fabricado à base de metal e que
pode emitir sons correspondentes a diferentes vozes.
Construído em geral com latão, o trombone tem a forma de tubo aberto que se enrola
sobre si mesmo.
Consiste num longo tubo de três segmentos e que tem numa das extremidades, o
bocal e na outra uma campânula.
HISTÓRIA

Da trompa primitiva importada do Egito, à construção em cobre, em prata e, mais


tarde na Idade Média, "Oricalchi" (liga especial idêntica ao latão) onde o nome dos
"Oricalchis" aos instrumentos de metais e de sopros trazem às origens: o trombone de
vara. A antiga trompa era de forma reta, com um bocal em sua extremidade superior
enquanto que, na sua extremidade inferior se formava uma campana, representando a
cabeça de um animal.
Documentações e pinturas de Peregrino, como as que se conservam no Escorial
(Palácio dos Reis) em Madrid, levam a crer que um dos primeiros trombones de vara,
foi inventado e usado por SpartanoTyrstem no final do século XV.
Não se sabe ao certo, como era chamado o trombone de vara antes do século XVI.
A partir daí, o "Sacabucha" era tratado na Itália por "trombone a tiro" (trompa
spezzata); na Alemanha, "Zugpousane"; na Inglaterra, “Sackbut”; e na França,
"trombone à coulisse".
Até então, os instrumentos de cobre a bocal tinham a sua gama de sons limitada
aos sons harmónicos de um som fundamental, que dependia do comprimento total do
instrumento. Por isso, a princípio, trocava-se de instrumento de acordo com a
tonalidade da música a ser tocada. Posteriormente, foi desenvolvido um sistema de
módulos com encaixes, que permitiam aumentar ou diminuir o tamanho do
instrumento, alterando o seu som fundamental.
O trombone foi o primeiro instrumento de cobre que apresentava a vara móvel.
Tratava-se de uma evolução do sistema de módulos em que, em vez de encaixar e
desencaixar partes, bastava correr a vara ao longo do instrumento para aumentar ou

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diminuir o tamanho do tubo. Dessa forma, podia-se dispor de sete sons fundamentais -
obtidos a partir de sete posições da vara - além de todos os seus harmónicos, o que
permitia executar no instrumento a escala cromática. Por isso, à época, foi
considerado o mais perfeito instrumento de bocal.

Dos instrumentos da família do trombone, o soprano foi rapidamente abandonado


porque não era uma trompa talhada no registo agudo, ficaram o trombone contralto
em Mib, o tenor em Sib e o baixo em Fá. Há diversas composições para trombone
contralto, tenor e baixo que adicionam ainda uma corneta a fim de realizar a parte do
soprano. Existe uma Sonata de Giovanni Gabrieli (1597) composta para quarteto, em
que uma das partes de corneta se tem substituído pelo violino.
Ao desuso do trombone soprano seguiu-se o desuso do trombone contralto, restando
sobretudo o trombone tenor em sib. Pela aplicação de uma bomba mestra colocada
em ação por um quarto pistão no trombone de pistão, e uma válvula rotatória posta
em ação pelo polegar esquerdo no trombone tenor, em substituição do trombone
baixo. Sabe-se que o trombone contrabaixo ou "Cimbasso" de forma igual à do
trombone tenor, a uma oitava inferior deste, foi construído por Giuseppe Verdi para
obter maior homogeneidade na família dos trombones.
Na segunda metade do século XVII, não houve grandes avanços técnicos no trombone
de vara. Preocupava-se, à época, com os demais instrumentos de bocal, cuja
insuficiência se manifestava cada vez mais evidente, principalmente depois do
insucesso de Halernof com a aplicação da bomba coulisse, primeiro ao corno e depois,
à trompa por volta de 1780, em busca de uma solução para dotar esses instrumentos
de escala cromática.
A partir das cinco ou seis chaves, que funcionavam sobre orifícios num sistema de
alavanca semelhante ao dos clarinetes e flautas do austríaco Weidinger e do inglês
Halliday, e da "encastre a risorte" aplicado à trompa pelo francês Legrain, se chegou
aos pistões inventados por Bluhmel e aplicados à trompa pela primeira vez por Stölzel
em 1813. Essa invenção consiste em três tubos suplementares de diferentes
comprimentos, comunicados com o tubo principal por meio de válvulas.
Em 1829, o fabricante vienense Riedl inventou os duplos pistões (dois pistões para
cada bomba, por meio das alavancas que ficavam fixas) aplicando-lhe como pedais da
harpa para trocar rapidamente de tonalidade.

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O novo mecanismo foi logo bem substituído pelo mesmo Riedl por cilindros ou válvulas
rotatórias, acionadas através de alavancas com muito pouca diferença do mecanismo
que se aplica hoje em dia. O tal mecanismo tomou o nome de instrumento à máquina.
O fabricante Adolphe Sax elevou a seis o número de pistões, chamando "sistema dos
instrumentos a seis pistões independentes", a fim de obter melhor afinação,
especialmente nas notas que requerem o emprego simultâneo de dois e três pistões.
Mas, a inovação não teve êxito, pelo seu complicado mecanismo que provocara um
manejo muito incómodo dos instrumentos e logo foi abandonado. Por superioridade,
pertence sem dúvidas, à invenção de Riedl.
Apesar de todas estas transformações e inovações, atualmente o trombone a máquina
(pistões) não é um instrumento indicado para orquestras. Pode ser encontrado
geralmente em bandas marciais.
Chegamos hoje ao atual trombone de vara tenor em sib usado em diversos países,
tendo preferências nas Jazz-bands, bandas sinfónicas, orquestras de estações de
rádios, orquestras de salão, orquestras sinfónicas e filarmónicas, o qual, pela exata
proporção das medidas entre as suas várias partes e a ótima qualidade do metal
empregado no seu fabrico, permite obter afinação precisa e formosa qualidade de
som, realizando assim todas as exigências da orquestração moderna.
TIPOS DE TROMBONE
Nos dias que correm, o trombone pode encontrar-se em diferentes formatos, podendo
considerar-se uma família de instrumentos que inclui desde o trombone contrabaixo
até ao trombone soprano, nas variedades de trombone de vara e de pistões.
Existem dois tipos de trombone: o de pistão, em que o som é regulado por válvulas, e
o de vara, no qual um mecanismo deslizante controla a emissão sonora.

- Trombone de Pistão: Utiliza pistões mecânicos como o trompete.

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- Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera
o tamanho do tubo, mudando a nota.

São várias as particularidades da vara:

- Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum
entre os instrumentos de pistão um “buraco”, isto é, uma nota ausente na região
grave).
- Deixa o timbre do instrumento mais homogéneo em todos os registos, já que o ar
não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.
- É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
- Requer um maior cuidado com a afinação.
ESPECIFICAÇÕES DO TROMBONE DE VARA

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As suas principais características são um tubo cilíndrico, cujo diâmetro se mantém
constante ao longo de toda a sua extensão, uma extensão mecânica que produz o
encurtamento/alongamento do tubo principal (nos trombones de vara) e uma
campânula que, no caso dos trombones de vara, se estende proporcionalmente com a
parte articulada numa proporção de um terço.

O som no trombone é produzido devido à vibração dos lábios no bocal.


O bocal é uma peça de apoio dos lábios, para provocar vibração e gerar o som a ser
amplificado e modelado pelo restante do instrumento de sopro. Com a pressão dos
lábios e a passagem da coluna de ar pelo tubo do instrumento produz o som.

MODELOS DE TROMBONE

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Os modelos mais utilizados hoje em dia são:

 Trombone Tenor Bb calibre fino (.508" vara e 7-1/2" na campana), sem rotor
para música popular (jazz). Também conhecido como Trombone Jazz, "Cabeça de
Gato" ou "Canela-Seca".

 Trombone Tenor Bb calibre largo (.547" vara e 8.5" na campana), com ou


sem rotor em F para música erudita. Também conhecido como Trombone Tenor
Sinfónico.

 Trombone Baixo Bb Calibre largo (.562" vara e 9.5" na campana), com 2


rotores sendo um em F e o outro em Gb, e é utilizado em ambos os estilos.

Os calibres acima podem variar de acordo com o fabricante. Apesar dos três modelos
acima serem em Bb, eles são bem diferentes por causa do seu calibre. O calibre muda
muito o timbre do instrumento. O Trombone Baixo hoje em dia é fabricado em Bb,
porém com um calibre maior que o Tenor Sinfónico, e com dois rotores que afinam em
F, Gb e quando os dois acionados juntos afinam em D.
Outro fato, é que apesar do trombone ser conhecido por ter a afinação em Bb, a sua
escrita é realizada em C, portanto o trombone não é um instrumento transpositor,
como o trompete é por exemplo.

TROMBONISTAS FAMOSOS

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O músico que toca o trombone é o trombonista.
Apreciados como músicos de apoio confiáveis e necessários, os trombonistas são
vistos como coadjuvantes, cujo papel consiste em dar suporte àqueles que estão no
centro do palco.
A maioria dos trombonistas toca muitos tipos de música, em muitos contextos
diferentes. Mas, alguns deles construíram a sua reputação nas melhores orquestras
do mundo.
Rico Rodríguez, Vladislav Aleksandrov, Mike Gibbs e Dave Panichi, são alguns dos
trombonistas mais reconhecidos do mundo.

Rico Rodríguez Vladislav Aleksandrov

Mike Gibbs Dave Panichi

CONCLUSÃO

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Eu gostei muito de fazer este trabalho e considero que foi muito importante e
enriquecedor, porque fiquei a conhecer melhor a história acumulada em mais de 600
anos de atividades em função da boa música, e que fazem do trombone, um dos
instrumentos mais completos em termos de musicalidade, repertório e impacto
sonoro.
O trombone é, provavelmente, o instrumento de sopro mais facilmente reconhecido e
identificado, sendo o único instrumento que verdadeiramente incorpora, na sua
modalidade de “vara”, uma secção deslizante.
O Romantismo consagrou o trombone tenor como o mais nobre da família.
No tempo do Barroco o trombone estava limitado à música de Igreja, mas as suas
notas acabaram por espalhar-se por outros espaços e estilos, como a música clássica,
bandas militares e sinfónicas, jazz, passando pelos grupos instrumentais de sopros
e/ou metais, e chegando até à música Pop.
Mais grave do que o trompete e mais agudo do que a tuba, o trombone é utilizado
pelos compositores para dar dramatismo à obra. É, assim, que o ouvimos na ópera de
Don Giovanni de Mozart e na 5.ª Sinfonia de Beethoven.
Concluindo, Beethoven dizia que o Trombone Tenor é o instrumento mais importante
de uma orquestra.
Relativamente às curiosidades, nas bandas filarmónicas, cabe ao trombone um
importantíssimo papel duplo de, por um lado sustentar harmónica e ritmicamente a
condução melódica e, por outro, se constituir ele próprio como instrumento solista.
No jazz, o trombone é utilizado em Big Bands e pequenos Ensembles, sendo um dos
poucos instrumentos a apresentar uma dualidade na sua utilização – Música Clássica /
Jazz.
O trombone é, sem dúvida, um dos instrumentos com o timbre mais belo dos seus
primos metais.
O som melodioso e o porte imponente do trombone é a prova de que a boa música
não escolhe lugar, hora, e nem oportunidade para acontecer, simplesmente nos
encanta!!!

WEBGRAFIA

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombone
https://www.bandasfilarmonicas.com/bandas-site/cpt_instrumentos/trombone/
http://ensina.rtp.pt/artigo/trombone/
https://pt.slideshare.net/05031976/metodo-basico-para-trombone
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_musical
https://pt.slideshare.net/jacodotrombone/trombone-artigo-histria-do-trombone-de-
vara
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aerofone
https://pt.slideshare.net/DanFelipe/instrumento-musical-37436635
https://conceito.de/trombone
https://www.ehow.com.br/lista-trombonistas-famosos-info_66217/

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