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Sanfona Brasileira
Empenhado em um trabalho que une a sanfona aos instrumentos sinfônicos, Sivuca bate forte
no preconceito: "Eu toco um instrumento bastardo. Ainda era garoto quando Villa-Lobos foi ao
Recife em busca de talentos. Peguei minha sanfona e fui para lá. Quando cheguei, um menino
trompetista me disse que ele não me receberia. Fui embora e perdi a chance de conhecê-lo. Se
tivesse tocado, com certeza teria conseguido a bolsa de estudos", relembra.
O acordeom foi desenvolvido por volta de 1829 em Viena (Áustria) Cirilus Demian.
Anteriormente houveram várias construções mais rudimentares até o seu aprimoramento. Sua
construção foi baseada num instrumento de sopro chinês chamado Cheng, com o mesmo sistema de
palhetas. No século XIX ganhou mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona na
Itália, onde surgiram importantes fábricas como Paolo Soprani e Scandalli. Logo foi difundido por
toda a Europa. Os primeiros registros da presença do instrumento no Brasil são do tempo da
guerra do Paraguai, por volta de 1864.
Mas ficou popular mais para o final do século XIX, trazido para o Brasil principalmente pelos
imigrantes italianos. Foi um instrumento feito principalmente para a dança. No campo, os
acordeonistas animavam bailes de aldeia em aldeia por toda a Europa e também no Brasil,
principalmente no sul e no interior. Apesar de sua origem folclórica, o acordeom é capaz de
executar qualquer estilo de música, como também música erudita e música de câmara que era
muito comum nos anos 50, no seu auge, porque era moda executá-lo mesmo na sociedade mais
refinada.
O Acordeom
Esses estão distribuídos de acordo com o círculo das quintas. O intervalo entre o baixo e o
contrabaixo é de uma terça maior. Na diagonal os acordes apresentam-se nessa ordem: maior,
menor, sétima e diminuta.
Há dois tipos de acordeom, o diatônico ou piano apresentado acima, e o cromático
apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a
ordem das escalas cromáticas. Além desses tipos, hoje existe o acordeom de baixo solto que é
construído como o campo esquerdo do piano, sendo possível formar acordes mais sofisticados.
Os livros de história chinesa contam que por volta de 3000 a.C, durante o reinado do
legendário "Imperador Amarelo", foram feitos diversos inventos. Tais como: o dinheiro, barcos e
botes e sacrifícios religiosos. Huang Ti, o Imperador Amarelo, ordenou que um estudante, Ling
Lun, fosse para para o lado oeste de uma montanha que abrangia o seu domínio a fim de encontrar
um meio de reproduzir o canto de um pássaro denominado fênix. Ling retornou com o Cheng (ou
Sheng).
Entre lenda e realidade, foi o primeiro passo para a criação do acordeom. O Cheng é o
primeiro instrumento de que se tem notícia a utilizar o princípio da vibração de palhetas, que é
base do acordeon. Ele tem entre 13 e 24 tubos de bambu (taquara para os gaúchos), uma pequena
cabaça ( nem tenho idéia do que seja isso ) ligada a uma caixa que na qual o ar faz vibrar a cabaça.
Outros instrumentos usando ésta técnica foram desenvolvidas no Egito antigo e na Grécia.
Virtualmente não modificado através dos séculos, o Cheng atraiu a atenção de fabricantes europeus
de instrumentos musicais e foi introduzido na Europa por volta de 1777.
A fabricação em grande escala, começou na década de 1860, muitos desses fabricantes são
familiares ainda hoje. Hohner, Paolo Soprani e Stradella foram as pioneiras. O desenvolvimento
continou em passo acelerado, e importantes modificações foram feitas. O teclado de piano foi
introduzido em 1863 facilitando a execução musical. Outra modificação foi o sistema "Stradella" de
baixos, que é o padrão utilizado hoje em acordeões de todos os tipos que contenham mais de doze
baixos. Além disso, o sistema de "registros" foi um dos grandes denominadores na popularização
do acordeom, ele consiste em teclas que mudam o som do instrumento deixando-o mais pesado
( encorpado ), para as partes mais "entusiasmadas" das músicas, ou mais leve , para partes mais
"calmas".
Com todos estes adicionais, não é surpresa que o acordeom tenha se popularizado tanto. Hoje,
são tocadas músicas de vários instrumentos nele. Muitos compositores renomados já se utilizaram
em concertos, tais como: Tchaikovsky, Berg, Paul Creston, Henry Cowell, Walter Riegger, Alan
Hovhaness, Tito Guidotti, Lukas Foss, James Nightingale, William Schimmel, Ole Schmidt,
Tjorborn Lundquist, Hugo Hermann, Richard Rodney, Bennett Douglas Ward, Wolfgang Jacobi,
Nicolas Tchaikin. Além disso, muitos grupos de rock: The Beatles, Billy Joel, Neil Diamond, the
Rolling Stones, Emerson, Lake & Palmer, Jimmy Webb, the Beach Boys, Bob Dylan e Nenhum de
Nós ( banda gaúcha de rock ).
Nesse capítulo começaremos a explicar mais aspectos técnicos desse aprendizado do Acordeom.
Preste atenção pois a maior parte dessa lição será em formato de imagens para fixar mais na mente
dos nossos alunos, ok?
Capítulo 3: 1° aula técnica de Acordeom
Capítulo 4: O Fole
Nos capitulos anteriores demonstramos técnicamente algumas partes do acordeom. Neste capítulo
iremos abordar mais a fundo uma parte muito importante deste instrumento: o Fole.
O fole é o pulmão do acordeon. Podemos dizer também que seu movimento está para o acordeom
assim como o diafragma está para o cantor.
É feito de papelão grosso especial, dobrado em gomos. As dobras são forradas com pano especial e
os cantos são reforçados e cobertos com cantoneiras de metal. É preso, de um lado, na caixa do
teclado, e do outro lado, na caixa dos baixos. (desenho)
O perfeito manejo e controle do fole nos permite utilizar vários recursos de expessão e
interpretação como: forte / piano; stacatto / legatto. Isto porque as notas do acordeom são feitas
com palhetas de metal e o som é produzido pelo ar que passa pelas válvulas dessas palhetas
(juntamente com a pressão das notas dedilhadas).
O pulso da mão esquerda, deslizando entre a correia e a caixa dos baixos, regula o movimento do
fole. Segundo Mário Mascarenhas, é na pressão do ar contido em seu interior que está o segredo
para uma boa execução – pequenas pressões contra o ar produzem a intensidade que se quer.
Quanto maior for a pressão, mais alto será o som.
Importantíssimo para um bom domínio do instrumento é conhecer o mecanismo de produção do
som das notas. Enquanto no teclado cada nota possui uma única haste de metal , nos baixos o
mecanismo é mais complexo. Cada nota ( fundamental ou contrabaixo) vibra quatro ou cinco
oitavas simultaneamente, assim como cada botão dos acordes faz soar quatro ou cinco notas juntas.
Isto que dizer que a sonoridade dos baixos é muito mais forte que a das notas do teclado. Para que
as palhetas dos baixos soem simultaneamente, é preciso que o movimento do fole seja feito com
firmeza e precisão. Para que o som dos baixos não cubra a melodia da mão direita, é necessário um
domínio da pressão do ar que se manda para os baixos e para o teclado . Somente a prática e a
observação minuciosa de cada movimento executado poderão fazer o aluno dominar este
mecanismo tão peculiar.
O fole deve se aberto em forma de leque, mais fechado em baixo. Ao fechar o fole, fazemos o
movimento inverso, fechando em cima. Quando tocamos sentados, devemos apoiar o teclado na
perna direita e a caixa dos baixos na perna esquerda, deixando o fole mais ou menos livre.
Na parte superior da caixa dos baixos, do lado externo, junto à correia do pulso, está o botão geral
de ar. Quando pressionado (com o polegar da mão esquerda),elimina todo o ar do fole, permitindo
abrir e fechar o acordeon sem produzir nenhum som.
Neste capítulo abordaremos tudo sobre a escrita musical da mão esquerda. Preste bastante atenção,
visto que esse é um assunto fundamental para o prosseguimento de seus estudos:
3)
Como os acordes da mão esquerda já estão prontos, ou seja, se você quer o acorde de dó maior
basta apertar um botão que este botão aciona as notas correspondentes ao acorde lá dentro da
caixa, não há necessidade de se escrever todas as notas do acorde. Então usamos a seguinte
convenção:
- até a 3ª linha da pauta escrevemos as notas referentes aos baixos e contrabaixos; os contrabaixos
são assinalados com um tracinho embaixo da nota ou do dedilhado;
- quando há um solo nos baixos e a escrita ultrapassa a 3ª linha, usa-se colocar, no início do solo, as
iniciais maiúsculas B.S. que quer dizer "solo dos baixos";
- da 3ª linha para cima, as notas representam os acordes. Se o acorde for maior, não se escreve nada
em cima da nota. Se for menor, indicamos com um m. Se for acorde de sétima da dominante,
colocamos um 7. Se for diminuto, escevemos dim.
- A terceira linha, portanto, serve para escrever os baixos e contrabaixos e também os acordes.
Exemplo:
- para saber qual é o acorde a ser executado, temos que nos guiar pela nota correspondente ao
acorde, pois o baixo pode mudar.
Exemplo:
vamos utilizar apenas as cinco primeiras notas da escala de dó maior – dó, ré, mi, fá, sol.
o dedilhado (ou seja, o dedo que você deve usar para tocar cada nota) encontra-se em cima
das notas.
você deve tocar bastante somente a mão direita antes de tentar juntar com os baixos. Esse é
o passo mais difícil para quem está começando a tocar o acordeom: a coordenação entre a
mão esquerda, que além de executar as notas também tem que coordenar o movimento de
entrada e saída de ar no fole, e a mão direita. Por tanto, não canso de repetir: ESTUDE
MUITO A MÃO DIREITA ANTES DE TENTAR JUNTAR COM OS BAIXOS.
a mão direita deve ficar o mais relaxada possível, os dedos um pouco flexionados,
levemente pousados sobre as teclas.
tente juntar um compasso de cada vez. Vá com calma e lembre-se que novos mecanismos
levam um certo tempo para serem automatizados pelo nosso cérebro. Depois de treinar
bastante, quando a gente menos espera, o movimento acontece. É como aprender a andar
de bicicleta, ou a dirigir um automóvel.
os seis exercícios de hoje estão em dó maior. A melodia (mão direita) foi feita em cima
daquela seqüência de baixos que você já estudou na última aula.
comece tocando bem devagar, ouvindo a gravação. Quando se sentir bem seguro, comece a
tocar mais rápido.
então, mãos à obra e boa sorte!
Exercício preliminar nº 1.
Escute no cd o áudio do exercício (C-exer1) Faixa 3
Exercício preliminar nº 2.
Exercício preliminar nº 3.
Escute no cd o áudio do exercício (E-exer3) Faixa 5
Exercício preliminar nº 4.
Exercício preliminar nº 5.
Exercício preliminar nº 6.
Vamos continuar com nossos Exercícios Preliminares, que estão nos preparando para as futuras
músicas que tocaremos.
Continuaremos utilizando as cinco primeiras notas da escala e o mesmo dedilhado. Só que hoje
vamos utilizar a escala de dó menor. Isso mesmo! Serão os mesmos Exercícios Preliminares, só que
tocaremos o mi bemol ( a nota preta que fica entre o ré e o mi). È que a escala de dó menor possui
três bemóis: o si bemol, o mi bemol e o lá bemol.
O mecanismo de estudo continua o mesmo: praticar primeiro a mão direita, bem devagar. Aos
poucos vai acelerando o andamento. Juntar a mão esquerda quando estiver tocando sem errar.
Por hoje é só. Continuem enviando seus e-mails com sugestões e notícias sobre o aprendizado de
vocês.
Exercício preliminar nº 1.
Exercício preliminar nº 3.
Escute no cd o áudio do exercício (J-exer. Prelim. 3) Faixa 10
Exercício preliminar nº 4.
Exercício preliminar nº 5.
Escute no cd o áudio do exercício (L-exer. Prelim. 5) Faixa 12
Exercício preliminar nº 6.
Vamos a Valsa:
Escute no cd o áudio da música (M-Golondrina) Faixa 14
Capítulo11: Acompanhamento para músicas em
compasso binário e/ou quartenário
Chamamos de triângulo a uma forma básica de acompanhamento que serve para músicas em
compasso binário ou quaternário. Recebe esse nome porque a seqüência de notas que tocamos
forma mesmo o desenho de um triângulo conforme você pode observar nos gráficos que se seguem.
Basta seguir o esquema abaixo e você conseguirá tocar. Depois ouça a gravação do triângulo em dó
maior . Pratique bem só a mão esquerda. Por fim toque a música que se segue.
Boa sorte!
Triângulo de fá maior
Hoje trouxe pra vocês duas canções que todo brasileiro conhece, com certeza, e que podem ser
acompanhadas com o triângulo na mão esquerda.
A primeira é uma cantiga de roda: A canoa virou. Vocês podem reparar que o ritmo é de uma
marchinha, em compasso binário. Vocês podem aproveitar para tocar outras marchinhas que vocês
conhecem usando o triângulo na mão esquerda.
Hoje vamos aprender como se tocam os acordes menores usando o triãngulo. O dedilhado é igual
ao que usamos para tocar o triângulo com acorde de sétima, só que não esticamos tanto o segundo
dedo. Vejam o quadro abaixo que vocês vão entender logo logo. Vamos começar com o acorde de lá
menor, que é o tom relativo de dó maior ou seja, é o tom menor que possui a mesma armadura de
clave de dó maior. Se você não sabe ainda o que é um tom relativo, vale a pena dar uma olhada em
algum livro de teoria musical.
Triângulo de ré menor
Triângulo de dó menor
Depois de praticar bem só a mão esquerda, toque a pequena melodia que se segue para exercitar as
duas mãos.
Agora você vai aprender a tocar uma das músicas brasileiras mais belas, tanto no que se refere à
melodia, quanto a letra, que é poesia pura. Vai exigir um pouco mais de estudo. Comece tocando só
a mão direita, bem devagar. Os números abaixo das notas referem-se ao dedilhado. Depois junte as
mãos, bem devagar. Essa música pode ser tocada bem lenta ou mais rápida. Depende da
interpretação de cada um.
Escute no cd o áudio da música (T-Assum Preto) Faixa 21
Vamos voltar ao ritmo ternário e estudar uma valsa brasileira bem antiga. O critério que
estou usando para a escolha de uma música para o curso é que ela seja de boa qualidade, que talvez
possa ser conhecida por ser tradicional, que possa ser tocada com uma harmonia simples e cuja
melodia seja de fácil execução. O objetivo é que vocês conheçam os recursos que o instrumento
oferece e possam partir para a escolha do seu próprio repertório.
A novidade de hoje refere-se a como vamos acompanhar a melodia. Vocês estão lembrados
daquela aula em que estudamos a forma de escrever os baixos? Lembram dos exemplos? Pois hoje
vamos aplicar aquele conhecimento. Nós dissemos que, até a terceira linha da pauta escrevemos as
notas. A partir da terceira linha escrevemos os acordes. Podemos tocar um acorde invertido (por
exemlo: Cm/Eb, ou seja, quero tocar um dó menor com o baixo em mi bemol).Então eu escrevo, na
pauta dos baixos, o mi bemol numa linha suplementar inferior e, na linha suplementar superior eu
escrevo o dó, com um "m" em cima, para indicar que o acorde é menor. É isso que vai acontecer
com o acompanhamento da valsa de Gastão Lamounier. Teremos três tipos de acordes;
acorde invertido ----- Gm/Bb (sol menor com o baixo em si bemol, que será tocado
(3ª menor no baixo) com o 5º dedo, conforme está explicado na pauta. Você tem
em baixo do fá)
acorde invertido ------- A7/C# ( a terça maior fica na fileira dos contrabaixos, atrás
Então, o que muda é o baixo: pode ser a nota fundamental do acorde ou não. Agora, o acorde,
continua o mesmo. A cifra Gm/Bb eu toco: si bemol, acorde de sol menor duas vezes, e assim por
diante.
Aqueles que possuem um acordeom pequeno, sem os contrabaixos, podem tocar o acorde no estado
fundamental.
OBS. Como você pôde observar, ás vezes tocamos os dois compassos que formam esta estrutura
rítmica com um mesmo acorde, às vezes tocamos cada compasso com um mesmo acorde. Depende
da harmonia da música.
O exercício que se segue é para ser tocado somente com os baixos. Vocês devem estar muito firmes
com esse ritmo antes de tocar qualquer música.
Escute no cd o áudio da música (V-Marchina de Carnaval) Faixa 23
E , como o carnaval já está bem próximo, que tal aprendermos algumas marchinhas tradicionais do
carnaval carioca?
Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô
Mas que calooooooor
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
E queimou a nossa cara
Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô
Mas que calooooooor
Viemos do Egito
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Alá, Alá, Alá meu bom
Alá Mande água pra Ioiô
Mande água pra Iaiá
Alá meu bom Alá
Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô
Mas que calooooooor
OBS. As marchinhas de carnaval também podem ser tocadas com o triângulo simples. Depende do
andamento que você quer tocar, da interpretação que você vai dar.
Prezados alunos
Aproveitando o ritmo que estudamos na última aula, hoje vamos aprender uma ciranda do folclore
de Pernambuco.Chama-se Praia de Janga e a letra segue abaixo.
PRAIA DE JANGA
Aqui estamos com mais uma aula do nosso mini curso. Hoje vamos estudar o gostoso ritmo do xote
do nordeste. É mais uma variação do nosso já velho conhecido triângulo da mão esquerda. Como
sempre, vamos fazer alguns exercícios e depois vamos aplicar o que aprendemos estudando a
maravilhosa canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas chamada Sabiá.
Volto a lembrar que estamos oferecendo sugestões de acompanhamento que podem ser
enriquecidas e modificadas por cada um de vocês. Em se tratando de acordeom, os melhores
mestres são mesmo os músicos populares, os sanfoneiros que nos enlouquecem nas festas de São
João de Campina Grande e outras cidades brasileiras. Sempre que puderem ouçam seus discos,
assistam seus shows.
Vamos, então, a nossa aula de hoje. São três variantes que, depois de bem executadas, vocês podem
empregar conforme o arranjo que quiserem fazer.
Ritmo de xote nº 2 (baixos) – variante do triângulo. Vamos exercitar primeiro só a mão esquerda,
bem devagar.
Obs. - Esta variante do triângulo também é muito utilizada para acompanhar o ritmo de
baião.
Vamos empregar o que aprendemos na nossa música Sabiá. Ela também pode ser tocada com ritmo
de baião, um pouco mais rápida. Coloquei, abaixo da partitura comum (duas primeiras pautas :
mão direita – melodia; mão esquerda – acompanhamento dos baixos) uma pauta para a mão
direita, caso vocês queiram cantar ou então acompanhar um cantor, ou tocar com outro
instrumento fazendo a melodia. Neste caso, a mão esquerda continua seguindo a segunda pauta,
com clave de fá.
Escute no cd o áudio da música (ZG-Sabia) Faixa 31
Queridos alunos
Chegamos, enfim, à última aula deste curso de acordeom. Nosso objetivo foi apresentar, de maneira
bem objetiva, algumas das possibilidades de execução desse instrumento maravilhoso, tão rico e tão
brasileiro. Espero que tenha servido , principalmente, como estímulo para que todos prossigam
estudando e se aperfeiçoando. Nossa aula de hoje terá duas partes: na primeira parte, dois
exercícios para desenvolver a mão direita. Vocês deverão começar bem lentamente, e,na medida em
que forem dominando o exercício, vão aumentando a velocidade. Exercícios como este deverão ser
praticados todos os dias. Na segunda parte, falaremos sobre o chorinho.
1ª parte:
Nascido no Rio de Janeiro, choro é, na minha opinião, o ritmo mais genuinamente carioca. Apesar
de, durante décadas, ter sido esquecido pelos meios de comunicação, ele se mantém vivo, sempre
atraindo novas gerações.
Como sempre digo, cada um pode criar a sua maneira de acompanhar o choro na mão esquerda.
Trago para vocês duas sugestões de acompanhamento. Vocês podem criar outras formas. Depois de
praticarem o ritmo, vamos aprender a música Flor Amorosa, que é considerada, pela maioria,
como a primeira música em ritmo de choro.
Ritmo de chorinho 1
Ritmo de chorinho 2