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INSTRUMENTOS MUSICAIS DE PORTUGAL

1. Nome do Instrumento: Acordeão


Categoria: Aerofone

O Acordeão é um instrumento musical aerófono, composto por um fole, um diapasão e duas


caixas harmónicas de madeira. A palavra "acordeão", é por vezes pronunciada acordeón
(como na pronúncia castelhana). Foi há 2700 anos antes de Cristo, que foi inventado na
China um instrumento denominado CHENG.É uma espécie de órgão portátil tocado pelo
sopro da boca.Tinha a forma de uma ave, o Fénix, que os chineses consideravam o imperador
das aves.O Cheng era dividido em 3 partes :1º- Recipiente de ar, 2º- Canudo de sopro e 3º-
Tubos de bambu.O recipiente de ar parece com o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro
tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de
bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que destes 17 tubos de bambu ,
4 não têm a abertura em baixo para entrada do ar, são mudos, são colocados somente por uma
questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as
perfurações onde são fixados os tubos de bambu e em cada tubo é colocado a lingueta ou
palheta, para produzir o som. A evolução deste instrumento viria, mais tarde a dar origem ao
Acordeão.

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2. Nome do Instrumento: Adufe


Categoria: Mambranofone

Adufe, instrumento musical português. É um pandeiro bi-membranofone quadrangular. No


seu interior são colocadas sementes ou pequenas soalhas a fim de enriquecer a sonoridade. Os
lados do caixilho medem aproximadamente 45 centímetros. O adufe é segurado pelos
polegares de ambas as mãos e pelo indicador da mão direita, deixando deste modo os outros
dedos livres para percutir o instrumento.
Foi introduzido pelos árabes na península Ibérica entre os séculos VIII e XII. Hoje, encontra-
se essencialmente concentrado no centro-leste de Portugal (distrito de Castelo Branco), onde
é executado exclusivamente por mulheres, acompanhando o canto sobretudo por ocasião das
festas e romarias.
A sua forma quadrada, ao tornar mais difícil a manutenção da pele esticada, levanta questões
sobre o carácter simbólico do instrumento e acentua a sua particularidade face ao "bendir"
árabe ou ao "bodrum" seu congénere céltico
O adufe é um dos raros pandeiros quadrangulares de duas membranas. Um quadro em
madeira é coberto dos dois lados por peles de carneiro ou cabra e no seu interior são
colocados alguns elementos estriduladores. O adufe é tradicionalmente tocado por mulheres
nas províncias da Beira Baixa e Trás-os-Montes

3. Nome do Instrumento: Bandolim


Categoria: Cordofone
O bandolim é um instrumento musical surgido na Itália no século XVI. Com formato
de pêra e costas abauladas, possui 8 cordas, agrupadas duas a duas. Cada par de
cordas está afinado em uníssono, e estão afastados em quintas, semelhantes ao violino
G(Sol)-D(Ré)-A(Lá)-E(Mi) baixo-para-agudo). Ao contrário do violino, o braço do
bandolim é achatado.
O Bandolim é conhecido como um cordofone com origem napolitana, de costas periformes e
abauladas tal como as do alaúde e dotado de quatro cordas duplas de metal cuja percussão
com palheta ou plectro produz um efeito de trêmulo rápido e encadeado que aumenta
ilusoriamente a duração das notas criadas. Enquanto instrumento solista, o bandolim é
usualmente tocado na técnica de "pontiado", desempenhando a voz de "soprano" num
conjunto de instrumentos que inclui a bandoleta (alto), a bandola (tenor), o bandoloncelo
(baixo) e, por vezes, a bandolineta (sopranino).
O bandolim europeu contemporâneo foi importado de Itália ao longo dos sécs. XVIII e XIX e
posteriormente adoptado pelos diferentes países onde originou diversas naturezas "mistas"
resultantes da sua fusão com elementos tradicionais e locais.

4. Nome do Instrumento: Cântaro com abano


Categoria: Idiofone

É um instrumento "musical" utilizado nas nossas terras, em que o "músico" bate com o
abano na bilha e produz um som grave, como que substituindo o som e a função do
bombo, marcando o ritmo da música.
Na Nazaré, além do instrumental de tipo semelhante ao utilizado nas rusgas nortenhas que
acompanha cantares e danças do rancho folclórico local - violões, guitarras, clarinetes,
harmónicas e ferrinhos - viam-se ainda a enriquecer esse conjunto, um grupo de idiofones
originais, constituídos por objectos de uso corrente, improvisados como instrumentos
rítmicos, que os pescadores utilizavam quando à noite saíam das tabernas a cantar e que
continham possibilidades sonoras. Nomeadamente o cântaro de barro, em cuja boca
batiam com um abano, as pinhas que friccionavam uma contra a outra, e uma garrafa de
vidro com dois garfos no gargalo.
Curiosamente, alguns grupos folclóricos portugueses de Peniche, da Nazaré, do
Bombarral, da Guarda, etc., usam o cântaro com abano - “grande quarta de barro” - sem
buraco lateral.
É tocado com um abanador na abertura, produzindo um som grave que reforça o
acompanhamento rítmico.

5. Nome do Instrumento: Reco-Reco


Categoria: Idiofone

Reco-Reco ou Reque-Reque, instrumento popular minhoto de uma grande simplicidade,


consiste num pau (ou cana) denteado, com cerca de 70 cm de comprimento, sobre o que se
fricciona, no ritmo desejado, outro pau, ou cana rachada. Por vezes, representam figuras
humanas ou de animais, geralmente burlescas, e são caprichosamente pintados, segundo a
fantasia do seu construtor. Não estão muito difundidos, aparecendo apenas em rusgas, grupos
festivos e nos cantares das "Janeiras". É um instrumento apenas rítmico. Reque-Reque é um
instrumento característico da região do Minho.
Reco-reco é um termo genérico dos instrumentos idiófonos que produzem som por atrito. A
forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira
com talhos transversais. A fricção de um pauzinho sobre os talhos produz um som de
raspagem. Também chamado de raspador, caracaxá ou querequexé. Outra modalidade é o
amelê baiano, constituído de uma pequena caixa de madeira com uma mola de aço estendida;
a mola é friccionada por tampinhas de garrafa enfiadas em uma vareta de ferro.
Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de
raspagem. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem saliências, produzindo-se um
timbre característico. Há reco-recos de plástico, madeira, de metal e mistos.

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