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CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

Canto, Arranjo e Regência Coral

Professor(a): Paulo Baptista

TDE 1.

Artur Souza Pereira Junior

R.A.: 73332-6

Caio Henrique Dalan

R.A.: 73857-3

Esdras Procópio Saturnino

R.A.: 73523-1

Natan do Nascimento Franca

R.A.: 73526-4

SÃO PAULO

Agosto/ 2018
INTRODUÇÃO

A família das cordas por si só é extensa, porém as que são utilizadas na estrutura
moderna da orquestra ocidental são: Violino, viola, violoncelo e contrabaixo. O naipe das
cordas é considerado um dos elementos mais importantes numa orquestra e geralmente é
chamada de o “coração” da mesma.

Esses citados são os que utilizam arcos para produzir o som, á também à harpa e o
piano que são distintos, na harpa é usado o dedilhado para tocar as cordas e o piano, apesar de
ter cordas, pertence à família das percussões, devido ao seu mecanismo que martelam as
cordas quando pressionada as teclas.

Os instrumentos de cordas são também chamados de cordofonicos, que vem das


palavras gregas khorde, que significa corda e phonos, que significa som ou voz.

Antes dos atuais instrumentos de corda utilizados hoje, teve os que antecederam o
desenvolvimento dos cordofones, que é o caso das liras, mais especificamente as liras de Ur,
que são considerados um dos mais antigos cordofones.

Houve instrumentos que inspiraram ou antecederam os cordofones atuais tais como a


Lira da Braccio e a Viola da Gamba, esses instrumentos foram utilizados no período
renascentista, durante o século XVI.
Tinham de seis a sete cordas assim como o violão, sendo possível a execução de acordes,
também era possível ser usado como solos.
Eram instrumentos geralmente usados de acompanhamento durante recitações poéticas em
cortes italianas. A Lira da Braccio veio a dar lugar ao violino moderno e acabou
desaparecendo em meados do século XVII, junto com a viola da Gambá que deu lugar ao
Cello. A partir desse momento que os instrumentos de corda friccionados se tornaram
instrumentos melódicos, pois até então, eles eram usados como acompanhamento, pois era
possível a execução de acordes neles, a partir daí eles passam a ser estritamente melódicos.

Ao discorrer do trabalho, cada um dos instrumentos trará detalhes específicos que os


distinguiram uns dos outros.
Família das Cordas.

Em uma formação orquestral (tradicional), a família das cordas é formada por:

 Violinos
 Violas
 Violoncelos (Cellos)
 Contrabaixos
 Harpa

Essa família desempenha um papel muito importante na maioria das orquestras e das
musicas.

Os violinos são tradicionalmente distribuídos em dois grupos: primeiros violinos e


segundos violinos.

Os primeiros violinos geralmente possuem 16 violinistas e o segundo possui 14


violinistas.
Violino.

Extensão:

No século XVI, na Itália, os instrumentos de corda tocados à arco mais populares


eram as violas. Essas violas antigas pertencem, porém a outra família de instrumentos de
corda, muito diferente do violino.

Os compositores começaram a prefirir o violino pela maior agilidade, poder e brilho


de seu som e por sua maior capacidade de expressão.

Composição física.

Quatro cordas (tripa, metal ou náilon)

(afinação do violino: Sol, Re, La, Mi)

O estandarte prende as cordas que passam sobre o cavalete, alongando-se até as


cravelhas.

O cavalete impede as cordas de tocarem o corpo do instrumento, permitindo, que as


cordas vibrem.
(Esquema das partes do violino)

Nos instrumentos de corda, as cordas mais espessas produzem sons mais graves,
enquanto que nas cordas mais finas os sons serão mais agudos.

O instrumentista que toca o violino, assim como os instrumentos seguintes, é


orientado pelo ouvido, pois não há marcações no braço do instrumento para indicar onde
colocar os dedos.

A titulo de curiosidade, o violino pode produzir até cinqüenta notas diferentes.

Antes de usar o arco, o violinista passa resina na crina. Com isso, dá certa aditividade
à crina, o que causa maior aderência desta às cordas. E essa aderência faz com que as cordas
vibrem enquanto passa-se a crina do arco sobre elas.

Técnicas de expressão para os instrumentos de corda.

 Vibrato – Movimentos da mão causam pequenas variações na altura de uma


nota, que produz um efeito de vibração.
 Legato – Golpe de arco no qual cada nota é suavemente seguida de outra.
 Pizzicato – As cordas são dedilhadas com as pontas dos dedos.
 Tremolo – Existem dois tipos de tremolo:
- Tremolo dedilhado – duas notas são alternadas rapidamente com um único golpe de
arco

- Tremolo com arco – rápidas repetições de uma nota através de velozes movimentos
do arco, para baixo e para cima.

 Sul Ponticello – As cordas são tocadas com o arco muito perto do cavalete.
 Harmonico – São sons agudos, suaves, aflautados que se produzem quando se
toca levemente a corda com a ponta dos dedos
 Col legno – O instrumentista passa a parte de madeira do arco nas cordas, em
vez de passar a crina.

O maior de todos os artesões italianos do século XVII foi Antonio Stradivari.

(Antonio Stradivari, 1644 – 1737)


Viola

Extensão:

Todas as observações realizadas a respeito do violino são semelhantes para a viola,


violoncelo e o contrabaixo. As únicas diferenças consideráveis dizem respeito ao tamanho,
extensão e timbre. Ou seja, as técnicas de expressão, modelo do corpo do instrumento e a
constituição do arco é a mesma, com algumas ligeiras diferenças.

Em comparação ao tamanho do violino, a viola é um sétimo maior que este,


ligeiramente mais pesada e suas cordas suas cordas são mais longas e grossas.

Sua afinação esta uma quinta abaixo da afinação do violino.

(afinação da viola: Dó, Sol, Re, La)

A maior parte das notas tocadas pela viola se situa convenientemente na clave de dó,
na qual a linha do meio do pentagrama é ocupada pelo dó central.

O fato de as cordas serem um pouco mais grossas e expressas que das do violino,
confere à viola um timbre mais escuro, menos brilhante que o do violino.

Cabe ressaltar que as cordas da viola possuem a tendência a soar rarefeitas e


estridentes, enquanto o timbre dos registros médio e grave da viola é intenso, escuro e rico.
(Viola)

Violoncello

Extensão:

O violoncelo, também conhecido pelo nome de Cello é sustentado e levemente


apertado pelos joelhos do executante, apoiando-se no solo um espigão regulável de metal,
devido ao seu tamanho.

As cordas do violoncelo são afinadas em quintas, uma oitava abaixo da viola.

(afinação do violoncelo: Do, Sol, Re, La)


Como destaque entre os instrumentos de corda, o violoncelo possui uma grande
extensão dinâmica, tanto no piano como no forte, e uma ampla extensão intervalar, cobrindo
quase quatro oitavas.

Como possui um corpo maior e cordas grossas e longas, seu timbre é intensamente
encorpado e rico

(Violoncelo ou cello)

Contrabaixo.

Extensão:
O contrabaixo é muito maior que o violoncelo, portanto suas cordas são mais longas
e mais grossas comparadas as do violoncelo.

Para tocar, o instrumentista pode ficar de pé ou sentado em um banco ou tamborete


alto.

A parte traseira do instrumento é plana e as espaldas são mais inclinadas, essas


características permitem que o musico praticamente abrace o instrumento para poder tocar.

As partes para o contrabaixo são escritas na clave de fá, só que uma oitava acima do
que o som real das notas.

O contrabaixo tem uma afinação completamente diferente da do violino, da viola, e


do violoncelo, que são afinadas em quintas, enquanto o baixo é afinado em quartas.

Como suas cordas são muito grossas, elas produzem um som áspero, seco e rascante
quando tocadas com o arco. Agora as notas tocadas em pizzicato no contrabaixo são redondas
e cheias, com um som de esplêndida riqueza e profundidade.

Os contrabaixos dão profundidade e ressonância ao naipe das cordas e praticamente a


toda a orquestra.
(Contrabaixo)

Harpa.

Extensão:

A harpa é provavelmente o instrumento mais antigo do mundo.

A harpa moderna possui 47 cordas e, ao contrario do violino, viola, violoncelo e


contrabaixo, não é necessário pressionar a corda para tocar as notas, elas são simplesmente
dedilhadas.

Como esse instrumento possui um grande numero de notas, uma grande extensão. O
harpista precisa estar mais cedo no local do concerto, para poder afinar perfeitamente o
instrumento, o que leva muito tempo, para poder tocar.

A respeito do material das cordas da harpa, o modelo moderno possui, do dó médio e


acima dele, cordas de náilon. As cordas graves são feitas de tripa e as onze mais graves,
enroladas com fio metálico.

A título de informação, as cordas dó que não são enroladas com fio metálico
possuem a cor vermelha e as cordas fá são azuis.
A base da harpa possui sete pedais, um para cada nota, em todas as oitavas. Esses
pedais possuem três posições. Quando o pedal se encontra em uma posição superior, todas as
notas daquele pedal soarão meio tom abaixo. Quando Este mesmo pedal se encontra em seu
estado neutro, as notas daquele soarão em seu tom natural, ou seja, se o pedal da nota dó
estiver levantado, todo o dó soará dó bemol. Agora se esse pedal estiver na posição
intermediaria, soará dó natural. E, por fim, se o pedal estiver totalmente para baixo, iria soar
meio tom acima. Conforme nosso exemplo soará dó sustenido.

(Esquema ilustrando os pedais da harpa)

Como na maioria dos instrumentos dedilhados, o harpista pode tocar uma melodia
isolada ou uma melodia enquanto faz o acompanhamento.

Os sons mais característicos da harpa é o acorde, que pode ser dedilhado ou arpejado
e o glissando, no qual o instrumentista desliza suavemente os dedos transversalmente entre as
cordas. O harpista pode ainda tocar perto da caixa acústica, produzindo um som seco e
rarefeito, e tocar harmônicos, que são obtidos colocando o lado da mão delicadamente no
meio de uma corda e dedilhando somente a metade superior da mesma.
Classificação dos instrumentos.

Hornbostel-Sachs (ou Sachs-Hornbostel) é um sistema de classificação dos


INSTRUMENTOS MUSICAIS criado por ERICH VON HORNBOSTEL e CURT SACHS e
publicado pela primeira vez no Zeitschrift für Musik in 1914. Uma versão revisada e em
inglês foi publicada no Galpin Society Journal em 1961.

CLASSIFICAÇÃO HORNBOSTEL-SACHS

 IDIOFONES
 MEMBRANOFONES
 CORDOFONES
 AEROFONES
 ELETROFONES
 AEROFONES

AEROFONES

O som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através


de arestas ou PALHETAS. O instrumento, por si só não vibra, nem há membranas ou cordas
vibrantes. O principal elemento distintivo dos aerofones é a embocadura.

AEROFONES – SUBDIVISÃO

 Aerofones de aresta: (família das flautas) – instrumentos cuja embocadura é


uma aresta, para a qual se direciona um jato de ar. Há dois tipos de
embocadura: simples (flauta transversal, flauta Pã) e de apito (flauta de bisel,
tubos labiais de órgão).
 Aerofones de palheta: o jato de ar é modulado pela vibração de uma palheta
(ou duas, vibrando uma contra a outra). Existem vários tipos de palhetas:
livres (acordeão, órgão de boca) ou batentes. Estas por sua vez, podem ser
simples (saxofone, clarinete) ou duplas (oboé, corne inglês, fagote).
 Aerofones de bocal: nestes instrumentos o som é produzido por vibração
labial. Os lábios do instrumentista atuam como palhetas duplas, razão pela
qual muitos autores consideram estes instrumentos de palheta labial
(trompete, trompa, trombone). Note que o bocal não vibra, servindo de apoio
à vibração dos lábios.

As três categoria abaixo, pela sua especificidade, são classificadas à parte:

 Órgão: aerofone munido de um ou mais teclados, contendo tubos labiais


(embocadura de aresta) e tubos palhetados (embocadura de palheta).
 Voz Humana: o órgão da voz também designado de sistema fonador é
constituído pelo aparelho respiratório, cordas vocais e trato vocal. Os
cantores utilizam-no como um instrumento musical, mas desempenha
igualmente não-musicais nomeadamente na comunicação verbal.
 Aerofones livres: o som é produzido pelo movimento de um corpo sólido
que se desloca no ar. O corpo vibrante não é o instrumento, mas o ar que o
rodeia (rombo, pião musical)

CORDOFONICOS.

São instrumentos de cordas geralmente feito de madeira com 4 á 6 cordas pra cada
instrumento, são tocados pelas vibrações das cordas e tencionando cada uma.

O violão é um instrumento de 6 cordas de variados tamanhos e timbres diferente do


violino que tem 4 cordas que é tocado por um arco com uma crina que passa pelas cordas
emitido som e fazendo notas apertando cada corda.
Conclusão

Não podemos nos limitar aos instrumentos da família das cordas citados acima, pois
existem muitas subdivisões dos mesmos, com diversas características particulares.

Enfim, para finalizar essa exposição, apresentamos o esquema abaixo, para uma
visão geral das famílias instrumentais, baseado na classificação Hornbostel-Sachs.
Bibliografia.

BENNETT, Roy. Instrumentos da Orquestra. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1985.

ARAÚJO, Isac Rufino de. Organologia. 12f. Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte, Brasil.

THE STRING FAMILY: INSTRUMENTS, HISTORY & FACTS. Disponível em: <
https://study.com/academy/lesson/the-string-family-instruments-history-facts.html>. Acesso
em: 22 ago. 2018.

TIPOS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS. Disponível em: <


https://www.coladaweb.com/Artes/tipos-instrumentos-musicais>. Acesso em: 23 ago. 2018.

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