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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
Alunos:
Introdução --------------------------------------------------------------------------------------- 3
1- Definição ------------------------------------------------------------------------------------- 4
1.1- Horizontes ------------------------------------------------------------------------ 5
2- Intemperismo e formação do solo -------------------------------------------------------- 7
2.1- Fatores que controlam o intemperismo --------------------------------------- 8
2.2- A formação do solo e sua composição ---------------------------------------- 9
3- Classificação dos solos --------------------------------------------------------------------- 10
3.1- Classificação norte-americana ------------------------------------------------- 11
3.2- Classificação de solos utilizados pela Embrapa ----------------------------- 12
4- A importância do solo e de sua preservação -------------------------------------------- 15
5- Problemas do solo --------------------------------------------------------------------------- 16
5.1- Erosão ----------------------------------------------------------------------------- 17
5.2- Causas do depauperamento do solo ------------------------------------------- 18
5.3- Empobrecimento químico e lixiviação como causas da erosão ----------- 19
5.4- Erosão hídrica -------------------------------------------------------------------- 20
6- Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas ---------------------------------------------- 26
6.1- Fertilizantes ou adubos ---------------------------------------------------------- 26
6.2 – Defensivos agrícolas ----------------------------------------------------------- 31
7- Alternativas para amenizar os impactos sobre o solo ---------------------------------- 34
7.1- Práticas vegetativas -------------------------------------------------------------- 35
7.2- Práticas edáficas ----------------------------------------------------------------- 35
7.3- Práticas mecânicas --------------------------------------------------------------- 36
7.4- Terraceamento ------------------------------------------------------------------- 36
7.5- A erosão positiva ---------------------------------------------------------------- 38
8- Solos brasileiros ----------------------------------------------------------------------------- 38
9- Legislação ------------------------------------------------------------------------------------ 43
Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------- 47
Referências bibliográficas --------------------------------------------------------------------- 48
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INTRODUÇÃO
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SOLO
1- DEFINIÇÃO
Não é fácil definir o solo, pelo fato de ser um material complexo, cujo conceito
varia em função de sua utilização. Assim, para o agrônomo ou agricultor, o solo é o meio
necessário para o desenvolvimento de plantas, enquanto para o engenheiro é o material que
serve para base ou fundação de obras civis; para o geólogo, o solo é visto como produto de
alteração de rochas na superfície, enquanto para o arqueólogo é o material fundamental
para as suas pesquisas, por servir de registro das civilizações passadas. Desta forma, cada
uma das especialidades possui uma definição que atende seus objetivos.
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de um meio intermediário entre o sólido (as rochas) e o líquido (a água). No solo, essa
função vital para os organismos vivos é desempenhada por uma fração organomineral
denominada plasma argilo-húmico, por ser constituída pela íntima associação de argilo-
minerais e húmus. A associação deste plasma argilo-húmico com minerais residuais,
herdados da rocha parental como, por exemplo, o quartzo, fornece a organização estrutural
e textural do solo.
1.1- HORIZONTES
5
onde se processa uma alta atividade biológica. É o horizonte mais afetado pelas
atividades agrícolas
E- horizonte mais claro que se caracteriza pela perda de partículas argilosas, matéria
orgânica, sais de ferro e alumínio, sendo enriquecido em partículas arenosas e
siltosas de quartzo e outros minerais resistentes. É um horizonte marcado pela
eluviação
B- horizonte, no qual não se pode reconhecer vestígios das estruturas da rocha mãe
e mostra uma ou mais das seguintes feições:
C:- Horizonte pouco atingido pelos processos pedogênicos, onde se pode encontrar
muitas das características e estruturas da rocha mãe. Também conhecido como
saprólito.
6
2- INTEMPERISMO E FORMAÇÃO DO SOLO
7
2.1- FATORES QUE CONTROLAM O INTEMPERISMO
2.1.1- Clima
2.1.2- Topografia
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reações químicas do intemperismo ocorrem mais intensamente nos compartimentos do
relevo onde é possível boa infiltração da água, percolação por tempo suficiente para a
consumação das reações e drenagem para lixiviação dos produtos solúveis.
2.1.3- Tempo
Na porção mais superficial do perfil de alteração, o saprólito, sob a ação dos fatores
que controlam a alteração intempérica, sofre profundas e importantes modificações,
caracterizadas por: (i) perda de matéria provocada pela lixiviação tanto física (em
partículas) como química (em solução), (ii) adição de matéria, proveniente de fontes
externas, incluindo matéria orgânica de origem animal ou vegetal, poeiras minerais vindas
da atmosfera e sais minerais trazidos por fluxo ascendente de soluções, (iii) translocação de
matéria, isto é, remobilização através dos fluxos de soluções no interior do perfil
(movimentos verticais e laterais) ou pela ação da fauna e (iv) transformação de matéria, em
contato com os produtos da decomposição da matéria vegetal e animal.
A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três partes:
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o A primeira parte é a do calcário. Corresponde á 7 a 10% dessa
camada.
Classificar um solo, entretanto, não é uma tarefa fácil, pois eles formam um meio
contínuo ao longo do relevo, sendo que a passagem lateral de um tipo ao outro se faz de
forma gradual, o que dificulta em muito a colocação de um limite entre os vários tipos.
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A classificação dos solos pode ser feita segundo diferentes critérios. A ênfase na
utilização de critérios genéticos, morfológicos, e morfogenéticos varia de país para país o
que da origem a diferentes classificações pedológicas. São bastante conhecidas a
classificação francesa, largamente utilizada para cartografar os solos tropicais da África, a
classificação adotada pela FAO (Food and Agricultural Organization) na sistematização da
carta mundial de solos, e a classificação portuguesa, também largamente utilizada na
África. Entretanto, sem duvida, a classificação mais difundida é a “Soil Taxonomy”,
desenvolvida nos EUA, q considera 12 ordens de solos, subdivididos em sub-ordens,
grandes grupos, grupos, famílias e series.
2. Aridissolo: Solo de regiões secas,de cor pálida, arenoso, com pouca matéria
orgânica;
3. Entissolo: Solo jovem de regiões secas ou frias, com cores pálidas e matéria
orgânica;
6. Molissolo: Solo escuro e macio, formado sob gramíneas, com alto conteúdo
em matéria orgânica;
11
8. Espodossolo: Solo jovem, ácido, das florestas de coníferas,coberto por uma
camada pálida acinzentada;
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4. Chernossolo: Solo com desenvolvimento médio, atuação de processos de
bissialitização, podendo ou não apresentar acumulação de carbonato de
cálcio;
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14. Organossolo: Solo essencialmente orgânico; material original constitui o
próprio solo.
Solos Tropicais
Nas regiões tropicais, como é o caso do Brasil, cada tipo de solo possui
propriedades físicas, químicas e morfológicas especificas,mas seu conjunto apresenta um
certo numero de atributos comuns como, por exemplo, composição mineralógica simples
(quartzo, caulinita, oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio), grande espessura e horizonte
com cores dominantemente amarelas ou vermelhas.
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4- A IMPORTÂNCIA DO SOLO E DE SUA PRESERVAÇÃO
O Solo é, sem dúvida, o recurso natural mais importante de um país, pois é dele que
derivam os produtos para alimentar sua população. Plantas clorofiladas precisam de energia
solar, gás carbônico, água e macro e micro nutrientes. E tanto a água como os nutrientes,
com raras exceções,só podem ser fornecidos através do solo, que assim funciona como
mediador,principalmente dos fluxos de água entre a hidrosfera,litosfera,biosfera e
atmosfera.Com isso,pode-se afirmar que ele muito influencia a qualidade da água que
usamos.
O solo é o habitat de vários seres vivos, com padrões genéticos únicos, onde se
encontra a maior quantidade e variedade de organismos vivos, que servem de reservatórios
de nutrientes. Um grama de solo em boas condições pode conter 600 milhões de bactérias
pertencentes a 15000 ou 20000 mil espécies diferentes.
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As raízes dos vegetais penetram no solo, que lhes proporcionam suporte para manter
caules fixos e eretos. Dele elas extraem água e nutrientes. As plantas, além de consumirem
água,oxigênio e gás carbônico,retiram do solo quinze elementos essenciais à vida. Desses,
seis são absorvidos em grandes quantidades, designados macronutrientes, compreendendo:
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Os outros nove, igualmente
essenciais, mas usados em quantidades muito pequenas, são denominados micronutrientes.
Eles são: boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel, cobalto e zinco. E todos
esses elementos são muito importantes para a alimentação humana.
Por ser um recurso finito e não renovável, podendo levar milhares de anos para
tornar-se terra produtiva, o solo, uma vez destruído, na escala de tempo de algumas
gerações, desaparece para sempre. Por tudo isso, o solo deve ser preservado e usado
adequadamente.
5- PROBLEMAS DO SOLO
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vento que, pela ação erosiva provoca o seu desgaste, portanto, a perda de nutrientes
indispensáveis às culturas. Este processo é denominado erosão.
5.1- EROSÃO.
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deixando o subsolo (geralmente de menor resistência) sujeito à intensa remoção de
partículas, o que culmina com o surgimento de voçorocas (SILVA, 1990).
VASCONCELOS SOBRINHO
(1978), considera que existe uma
corrida entre a explosão demográfica e
o desgaste das terras, operando em
sentido oposto, porém somando-se os
efeitos, pois, como conseqüência da
própria explosão demográfica, a
pressão populacional sobre as áreas já
ocupadas, conduzem-nas à
deterioração cada vez mais rápida.
Quando desprovido de sua vegetação natural, o solo fica exposto a uma série de
fatores que tendem a depauperá-lo (destruí-lo; esgotá-lo). A velocidade com que este
depauperamento se processa varia com as suas características, com o tipo de clima e com os
aspectos da topografia. O desgaste acelerado sempre existirá se o agricultor não tiver o
devido cuidado de combater causas, relacionadas a vários processos, tais como:
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Empobrecimento químico e lixiviação provocado pelo esgotamento
causado pelas colheita e pela lavagem vertical de nutrientes da água que se
infiltra no solo, bem como pela retirada de elementos nutritivos com as
colheitas. Os nutrientes retirados, quando não repostos, são comumente
substituídos por elementos tóxicos.
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regiões mais profundas do solo, geralmente, rumo à água subterrânea (aqüífero freático).
Esse processo de transporte de solutos (que podem ser nutrientes, poluentes, e outras
substâncias dissolvidas) rumo às camadas mais profundas do solo é denominado lixiviação.
Na área ambiental esse conceito é de suma importância uma vez que permite que
substâncias adicionadas na superfície do solo, possam, por meio do transporte realizado
pela água, atingir camadas mais profundas do solo ou mesmo atingir a água subterrânea
como previamente mencionado. Em processos químicos, lixiviação pode significar também
dissolução do mineral do metal de valor de um minério pela água ou por uma solução
aquosa do agente lixiviante.
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Ec = m . V2 / 2
Grande quantidade de solo pode ser removida desde que suas partículas estejam
desagregadas e suspensas nas águas das enxurradas, porque isto as torna suscetíveis de
serem transportadas. A facilidade com que uma partícula e transportada depende de seu
tamanho: a argila, o silte e a matéria orgânica são as mais facilmente carregadas pelas águas
devido ao pequeno peso e dimensão de suas partículas.
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A erosão em sulcos resulta de irregularidades na superfície do solo devido à
concentração da enxurrada em determinados locais. Em algumas encostas, a água que
escorre de pequenos sulcos converge para outros, mais acentuados. Concentrando-se, após
um ano, nos mesmos sulcos, estes vão se ampliando, até formarem grandes cavidades
ramificadas. Quando os sulcos são desfeitos com a passagem de máquinas agrícolas de
reparo rotineiro, são denominados rasos. Se o preparo do solo não os desfaz, denominam-se
sulcos profundos.
hídrica.
Se desde seu inicio a enxurrada não for controlada, os sulcos irão se aprofundar. O
escoamento da água superficial, bem como da subterrânea que desgasta o subsolo, pode
então vir a transformá-los em voçorocas (ou boçorocas), que são as formas espetaculares de
erosão, apresentando-se como “rasgos” disseminados nas encostas. Tais feições cortando as
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vertentes, atingindo o horizonte C dos solos, podem atingir profundidades de vários metros,
paredes quase verticais e fundo plano. Esse tipo de erosão indica a perda total do solo,
destruindo campos cultivados e, por vezes, áreas urbanas.
Os sulcos e as voçorocas
dificultam ou mesmo impedem o
trabalho das máquinas agrícolas. A
evolução dos sulcos para as
voçorocas é normalmente causada
por aradura, semeadura e cultivo
alinhados no sentido morro abaixo,
que facilita o arraste do solo.
Também a pecuária, com animais
trilhando em direção da maior
inclinação da encosta, e estradas
mal planejadas podem concorrer para a formação das voçorocas.
Clima
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A intensidade das chuvas é igualmente importante. Quando caem mansamente, sob
a forma de pequenas gotas, durante um período de várias horas, como as garoas, têm mais
tempo para serem totalmente absorvidas e raramente causam grandes estragos. Por outro
lado se essa mesma quantidade de chuva cai rapidamente em forma de aguaceiros, em
alguns minutos formará grandes enxurradas e poderá provocar grandes erosões.
Natureza do Solo
Certos solos são mais suscetíveis à erosão do que outros, de acordo com as suas
características físicas, notadamente textura, permeabilidade e profundidade. Solos de
textura arenosa são os mais facilmente erodidos. A permeabilidade é outro fator importante.
Os Argissolos, por exemplo, em igualdade de textura e relevo, são mais suscetíveis de
serem erodidos que os Latossolos, já que são menos permeáveis devido à presença de
horizonte B mais compacto, com acumulação de argila. Da mesma forma, solos rasos são
mais erodíveis que os profundos, porque neles a água da chuva acumula-se acima da rocha
ou camada adensada, que é impermeável, encharcando mais rapidamente o solo, o que
facilita o escoamento superficial e, conseqüentemente, o arraste do horizonte superficial.
Declividade do Terreno
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das águas e menor e, por isso, elas atingem maior velocidade. As regiões montanhosas são,
portanto, as mais suscetíveis à erosão hídrica.
Manejo do Solo
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A forma com que os cultivos são estabelecidos também influi muito. Em qualquer
tipo de agricultura e pecuária existe uma série de precauções que devem ser observadas
para proteger o solo, e são denominadas práticas conservacionistas.
Existem diversos tipos de Fertilizantes, que são classificados de acordo com sua composição
e características físicas e químicas.
- Granulados;
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- Pós;
- Líquidos;
6.1.2- Composições
- Mineral;
- Orgânico;
- Organomineral.
1. Adubos Nitrogenados;
2. Adubos fosfatados;
3. Adubos potássicos;
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4. Adubos mistos : contém mais de um elemento nutritivo predominante (nitrogênio,
fósforo e potássio);
Nitrogenados:
Fosfatados:
2. Ossos moídos;
3. Guanos.
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6.1.4- Adubos orgânicos:
São resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os minerais, visto que
necessitam transformações maiores antes de serem utilizados pelos vegetais. Promove o
desenvolvimento da flora microbiana(O conjunto de bactérias que existem normalmente em
determinada parte do organismo) e por conseqüência melhoram as condições físicas do solo; assim,
a presença de matéria orgânica acelera a atuação dos adubos químicos.
1. Esterco de curral : para melhor aproveitamento dos fertilizantes contidos nesse adubo,
faz-se necessário que o adubo seja curtido, geralmente por trinta dias sob condições
especiais;
4. Vinhaça : são subprodutos das usinas após a destilação do álcool. Apesar de ser
solução ácida, produz efeito alcalinizante.
6. Adubo verde – São cultivos que se praticam para serem enterrados no solo.
Geralmente leguminosas de enraizamento mais profundo. Num solo sem fertilidade
pelo uso excessivo e muito afetado pela erosão, às vezes, só pega no segundo ano,
assim é recomendado, nesses casos, sementes inoculadas com bactérias fixadoras de
nitrogênio.
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6.1.5- Adubos Organominerais:
Adubos Ácidos - Nitrato de amônia, uréia, sulfato de amônia, fosfato de amônia, amônia
anidra e sangue seco.
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Adubos Alcalinos – Nitrato de sódio do Chile, calcáreo dolomítico, nitrato de cal,
cianamida, nitrato chileno potássico.
Defensivos Agrícolas são substâncias químicas ou misturas, naturais ou sintéticas, usadas para
eliminar pragas da lavoura, como fungos, insetos, plantas, bactérias e vírus. Muito criticadas como
nocivas ao homem e ao meio ambiente.
O combate às pragas da lavoura, indispensável para assegurar a integridade das colheitas, pode
acarretar efeitos negativos quando realizado com emprego inadequado de defensivos agrícolas. Entre
as piores conseqüências do uso desses produtos se enumeram a agressão ao meio ambiente, a
contaminação de alimentos, prejuízos para a saúde de quem os manipula e a imunização progressiva
aos agrotóxicos dos seres vivos que se pretende eliminar, o que acaba por exigir o emprego de drogas
cada vez mais potentes e em quantidades maiores.
Histórico:
Já no neolítico, cerca de 7.000 anos a.C., procedia-se à seleção de sementes de plantas mais
resistentes às pragas agrícolas. Os profetas do Antigo Testamento mencionam nuvens de gafanhotos
que destruíam lavouras inteiras, como a que se abateu sobre as margens do Nilo no século XIII a.C..
Mas somente a partir dos séculos XVI e XVII começaram os estudos científicos das pragas e dos
meios de combatê-las. O primeiro combate em larga escala a obter sucesso foi o realizado na Europa,
na década de 1840, contra o míldio, fungo que ataca os brotos das videiras.
Em 1942, o patologista suíço Paul Müller descobriu as propriedades inseticidas de um composto
organoclorado já sintetizado em 1874, e que passou a ser conhecido como DDT. Pesquisas com gases
venenosos, realizadas pelos alemães durante a segunda guerra mundial, levaram à descoberta de
inseticidas ainda mais poderosos, os compostos organofosforados. Data daí a ilusão de que se poderia
usar inseticidas cada vez mais enérgicos e deter para sempre o avanço das pragas. Na verdade, não se
levou em conta a possibilidade das pragas desenvolverem defesas naturais ( e a cada ano aumenta o
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número de pragas resistentes a todos os defensivos conhecidos) e os danos ao meio ambiente, que
acabam por afetar o homem.
Germicidas: são substâncias químicas suficientemente fortes para matar os germes por
contato.
Fungicidas: são produtos especialmente ativos, que destroem os fungos ou impedem seu
crescimento, os fungicidas são aplicados nas folhas e frutos em crescimento, nas frutas colhidas, nas
sementes e no próprio terreno a ser cultivado. A aplicação é feita principalmente por aspersão, em
máquinas geralmente puxadas por trator.
Herbicidas: combatem as ervas daninhas que brotam no meio de certas culturas e prejudicam
seu desenvolvimento;
- Contato;
- Envenenamento;
- Asfixia.
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Podem ser de origem:
Vegetal:
Animal:
Mineral:
Ex:
- organoalogenados (DDT, BHC, lindano, clordane, heptacloro, aldrin, dieldrin, endrin etc.);
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Cuidados
O solo funciona como alicerce da vida terrestre. Os micro e macro nutrientes, assim
como boa porção da água que plantas necessitam, estão nos solos. Sua deterioração traduz-
se em menor produtividade, em maiores custos para a reforma de florestas plantadas, na
perda do habitat natural de outras espécies e na influência negativa sobre áreas distantes,
causada pelo arrasto de material pela água.
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Uma cobertura vegetal adequada assume importância fundamental para a
diminuição do impacto das gotas de chuva. Há redução da velocidade das águas que
escorrem sobre o terreno, possibilitando maior infiltração de água no solo e, diminuição do
carregamento das suas partículas.
1. Florestamento e reflorestamento;
2. Plantas de cobertura;
3. Cobertura morta;
4. Rotação de culturas;
6. Cultura em faixa;
7. Faixa de bordadura;
2. Controle do fogo;
4. Calagem.
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7.3- PRÁTICAS MECÂNICAS
4. Enleiramento em contorno;
5. Terraceamento;
6. Subsolagem;
7. Irrigação e drenagem.
Há dois pontos que merecem um maior enfoque nesse trabalho, a prática mecânica
do terraceamento e a desgaste natural do solo pela erosão.
7.4- TERRACEAMENTO
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A determinação do espaçamento entre terraços está intimamente vinculada ao tipo
de solo, à declividade do terreno,
ao regime pluvial, ao manejo de
solo e de culturas e à modalidade
de exploração agrícola.
Experiências têm
demonstrado que o critério
comprimento crítico do declive
nem sempre é adequado para o
estabelecimento do espaçamento
entre terraços. Isso se justifica pelo fato de que a secção máxima do canal do terraço de
base larga, técnica e economicamente viável, é de aproximadamente 1,5 m2, área que
poderá mostrar-se insuficiente para o fim proposto quando o comprimento do declive for
demasiadamente longo. Do exposto, infere-se que a falha de resíduos culturais na superfície
do solo constitui apenas indicador prático para constatar presença de erosão hídrica e
identificar necessidade de implementação de prática conservacionista complementar à
cobertura do solo. Por sua vez, o dimensionamento da prática conservacionista a ser
estabelecida demanda o emprego de método específico.
No Japão, cerca de apenas 15% das terras são apropriadas para o cultivo. O sistema
de terraceamento é usado em várias partes do país, principalmente em pequenas áreas. Isto
resulta em um dos mais elevados níveis de produtividade por unidade no mundo. O
pequeno setor agrário do Japão, contudo, é muito subsidiado e protegido. Com exceção do
arroz, o Japão precisa importar cerca de 50% dos grãos consumidos e depende de
importações para seu suprimento de carne. Muitos lavradores adotam o sistema de
agricultura orgânica (sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos) assim como utilizam
também técnicas para plantio em estufas, o que garante melhor aproveitamento da energia
solar.
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7.5- A EROSÃO POSITIVA
A erosão nem sempre é negativa, uma vez que, muitos dos solos mais férteis em
deltas, planícies aluviais e depósitos de loess, são produtos da erosão ocorrida no passado,
tal como o são os nutrientes presentes nos oceanos. Contudo, quando a erosão eólica e
hídrica é acelerada devido a má gestão, origina-se uma preocupante degradação dos solos e
a diminuição da qualidade do ar e da água.
Para amenizar e/ou anular um processo erosivo pode-se utilizar algumas técnicas
que dificultam tais formações.
8- SOLOS BRASILEIROS
Solos do Brasil
A primeira referência ao solo brasileiro foi feita por Pero Vaz de Caminha, escrivão
da frota de caravelas comandadas por Pedro Álvares Cabral. Essas observações foram
baseadas na visão dos afloramentos costeiros de sedimentos da Formação Barreiras e da
exuberante floresta úmida tropical (Mata Atlântica).
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Os solos começaram, pouco a pouco, a serem conhecidos pelos lavradores e
pecuaristas, os quais, às custas das próprias observações, verificaram a diversidade
existente no ambiente em que tentavam se estabelecer, principalmente no que dizia respeito
à duração da fertilidade natural com cultivos sucessivos.
Por algumas centenas de anos o processo de conhecer o solo foi baseado quase
exclusivamente na observação de alguns homens, que, pela observação mais acurada,
conseguiam distinguir terras de diversas qualidades.
Solos da Amazônia
Esta região é uma das menos conhecidas, devido à pequena densidade de população
e dificuldade de acesso.
No solo, pode existir apenas uma quantidade de nutrientes minerais (Ca, Mg, K, N,
etc.), pequenas mas suficientes para atender à “lei do mínimo” de Liebig, os quais estão
sempre em eficiente cicldagem, estabelecida com uma rápida decomposição dos restos
vegetais, liberação dos nutrientes minerais e reabsorção dos mesmos pelas raízes.
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Solos do Nordeste
A sub-região do meio norte é uma área cuja paisagem vegetal apresenta muitas
palmáceas (zona dos cocais, onde predomina a palmeira de babaçu), tendo características
intermediárias para a região Amazônica.
No sudoeste desta região,existe uma extensa área de relevo e clima diferentes das
zonas de cerrados, denominadas “pantanal mato-grossense”. O Pantanal é constituído por
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uma região de clima com algumas semelhanças ao das paragens semi-áridas do Nordeste
brasileiro.
-A área montanhosa compreende a maior parte dos Estados do Espírito Santo, Rio
de Janeiro e partes do leste de São Paulo e Minas Gerais. É o domínio da Mata Atlântica,
hoje em sua maior parte substituída por campos e pastagens.
Os solos mais produtivos dessa região, tais como as “terras roxas”, acham-se nos
vales dos rios Parnaíba, Grande e Paranapanema e em grande parte do oeste de São Paulo.
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A fertilidade natural relativamente alta desses solos, aliados a condições de clima propício a
muitos cultivos, e também a topografia adequada à mecanização, são fatores em grande
parte responsáveis pela alta produção agrícola dessas pastagens.
O complexo regional do Sul do Brasil, em sua maior parte, situa-se em uma zona de
transição entre clima tropical e temperado, tanto por estar ao sul do Trópico de Capricórnio,
bem como por compreender extensas áreas em altitudes a 1000m, no Planalto Meridional.
A desigualdade dos solos aí existentes, relação às demais regiões do País, muito reflete
essas diferentes condições climáticas.
Nas zonas mais elevadas do Planalto Meridional a vegetação natural era de mata
subtropical com Pinhais (ou Araucárias). Nessa região, são comuns os solos desenvolvidos
de rochas básicas (basalto), originando tanto as “terras roxas” como, nos locais mais
úmidos e frios, as “terras brumas”.
Em alguns locais da região, são comumente referidos como “terras pretas de Bagé”.
Predomina um relevo suave, quase plano, e vegetação de gramíneas, sendo que o período
mais seco do ano coincide com os meses mais quentes do verão (janeiro e março). A menor
precipitação e as maiores temperaturas do verão, bem como a pouca espessura dos solos
trazem problemas e falta de água.
Na faixa costeira, principalmente ao redor das lagoas dos Patos e Mirim, existem
consideráveis áreas de solos desenvolvidos sob condições de excesso de água ou de areias
antigas praias.
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9- LEGISLAÇÃO
Outras Legislações:
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Planejamento:
Recuperação:
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c) fixar dunas;
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Art. 6° da Lei nº 6.171, de 04/06/1988 - Além dos preceitos gerais a que está
sujeita a utilização do solo agrícola, o Poder Público Estadual e/ou Municipal poderá
preconizar outras normas recomendadas pela técnica, e que atendam às peculiaridades
locais também relacionadas com os problemas de erosão urbana.
a) advertência;
c) multas;
d) interdição.
a) proprietários;
b) ocupantes temporários;
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CONCLUSÃO
O solo é, sem dúvida, o recurso natural mais importante de um país, pois é dele que
derivam os produtos para alimentar sua população. Entretanto ele existe em situações de
equilíbrio precário, de tal forma que os impactos provocados por causas naturais ou por
atividades antrópicas podem desestabilizar o sistema. Desmatamento, cultivo de terras, uso
de agroquímicos e exploração mineral são atividades que, se não forem bem conduzidas,
através de técnicas desenvolvidas com criteriosa base científica, podem causar, erosão e a
contaminação do solo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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5. http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%B3rax
6. http://pt.wikipedia.org/wiki/Aduba%C3%A7%C3%A3o_antecipada
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8. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizantes_nitrogenados
9. http://pt.wikipedia.org/wiki/Justus_von_Liebig
12. http://www.clubedojardim.com.br/05/02/tipos-de-fertilizantes/
13. http://www.cheminova.com.br/pt/defensivos.htm
48
14. http://enciclopediavirtual.vilabol.uol.com.br/trabalhos/alimentacao/fertilizante.htm
15. http://www.fertipar.com.br/tecnico/nitrogenio
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20. http://www.cda.sp.gov.br/www/programas/getdocdoc.php?idform=10.
21. http://www.faepanet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&
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23. http://www.guapore-rs.com.br/leis/resolucao_apps.pdf.
24. http://www.orkideas.com.br/inicio/doencas/defensivos.html
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