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Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2021
Aspectos históricos da energia geotérmica
De acordo com a leitura feita, foi possível recolher informações que dizem respeito aos
antecedentes históricos da energia geotérmica. Onde a primeira tentativa de gerar eletricidade de
fontes geotérmicas se deu em 1904 na Itália. Contudo, esforços para produzir uma máquina para
aproveitar tais fontes foram mal sucedidos pois as máquinas utilizadas sofreram destruição
devido a presença de substâncias químicas contidas no vapor. Já em 1913, uma estação de 250
kW foi produzida com sucesso e por volta da Segunda Guerra Mundial 100 MW estavam sendo
produzidos, mas a usina foi destruída na Guerra.
A energia geotérmica deve-se pelo facto de, a terra estar formada por grandes placas
tectónicas, que nos matem isolados no seu interior, no qual se encontra o magma (núcleo) que
consiste em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas
aumenta cada vez mais. A existência do recurso geotérmico, implica a ocorrência de quatro pré-
requisitos: uma fonte de calor; um fluxo transportador de calor (magma); um reservatório (rochas
permeáveis); uma formação geológica impermeável e cobertura. A troca de calor entre estas duas
partes é realizada principalmente por convecção de fluidos subterrâneos.
Os recursos geotérmicos são classificados de acordo com a sua variação da entalpia, tendo em
consideração o seu conteúdo energético. De acordo com a revisão de literatura, foi possível
levantar informações que dizem respeito a classificação do sistema geotermal de acordo com a
componente entalpia. Onde por sua vez, classificam-se em três grupos os sistemas geotermais:
(i) Baixa entalpia ou sistemas por domínio de água quente – com temperaturas que
variam de 50 a 150ºC, em que a água subterrânea, quente, é utilizada como fonte de
calor;
(ii) Alta entalpia ou sistema por domínio de vapor – com temperaturas na faixa de 150 a
300ºC, em que o vapor é extraído do líquido, que é utilizado para mover turbinas de
geração de eletricidade;
(iii) Sistemas de rochas secas e quentes, com temperaturas entre 50 e 300ºC, em que a
água é circulada para níveis mais profundos em fraturas criadas artificialmente ou não,
onde é aquecida, desse modo a água quente e o vapor movem-se para a superfície para
serem utilizados como fontes de energia geotermal.
Variação do gradiente geotérmico na superfície da terra até no seu interior
Em média, a temperatura aumenta cerca de 3ºC por cada 100 m de profundidade, podendo este
valor variar de região para região. De acordo com a leitura feita, foi possível compreender que,
até certa profundidade (aproximadamente 20 metros), a temperatura no interior da Terra não se
altera - zona de temperatura constante. A partir deste limite, a temperatura aumenta com a
profundidade, de um modo rápido até cerca dos 700 km, e depois mais lentamente.
Para relacionar essas varáveis supracitadas, pode-se recorrer ao fluxo geotérmico, que
representa a troca e oscilação de temperaturas no interior da Terra, que são reguladas a partir do
calor produzido pela elevada pressão exercida sobre as camadas inferiores. Considera-se,
portanto, que a radiação solar, apesar de ser decisiva na determinação do clima atmosférico, não
exerce influência sobre as áreas internas do planeta. O gradiente geotérmico, por sua vez, faz
referência às variações térmicas entre as diferentes regiões da litosfera terrestre. A existência do
gradiente geotérmico explica, por exemplo, por que faz mais calor à medida que nos deslocamos
rumo ao interior do planeta.
Processos físicos encontrados na captura e transformação da Energia Geotérmica
A instalação de uma usina geotérmica é feita em regiões que possuem grandes volumes de
água geotérmicas vulcânicas. No local é instalada uma central de perfuração para extrair o vapor
de água aproximadamente cerca de 370º c de temperatura, e enviá-lo para centrais que convertem
o calor em energia eléctrica.
Desta feita, durante o processo, pode-se destacar a primeira fonte energética que e o calor
carregado com uma energia cinética que a posterior passa a ser convertido em energia mecânica
por intermedio do movimento das turbinas acopladas a um gerador que por sua vez gera a
corrente induzida que chega a ser a energia eléctrica pronta para ser consumida.
A energia térmica retirada do fluido pode ser usada para uso direto, entre 35ºC e 148ºC,
com aplicação residencial, na agricultura e na indústria ou, em caso de temperaturas elevadas
(300ºC ou mais), utilizada para produção de eletricidade. Restrições, entretanto, são colocadas
sobre esta fonte renovável de energia devido a:
Os dispositivos de aproveitamento da energia das ondas podem ser classificados quer pela
sua localização quer pelo seu princípio de funcionamento. Relativamente ao seu local de
instalação (localização), ou seja, a profundidade em que serão instalados, os dispositivos podem
ser classificados em costeiros (shoreline ou onshore), próximos da costa (nearshore) e afastados
da costa (offshore). (Carneiro-2017)
a) Dispositivos Costeiros: são dispositivos que ficam fixos ou que são construídos na orla
costeira. A proximidade da orla dá a estes dispositivos vantagens de instalação, manutenção
e também dispensa grandes extensões de cabos submarinos. Porém, por outro lado, o fato de
estar próximo ao fundo do mar diminui a disponibilidade do potencial de energia a ser
absorvida já que as ondas que chegam à costa interagem com o leito oceânico vendo sua
energia diminuída. Um dispositivo costeiro consegue utilizar entre 25% a 50% do recurso
oferecido.
b) Dispositivos próximos da costa (nearshore): Estes dispositivos ficam em zonas mais ou
menos afastadas da costa, algo em torno de 20 metros de profundidade, próximos a quebra-
mares e molhes. Estes dispositivos ou de segunda geração, aproveitam algumas vantagens
face às instalações situadas sobre a costa (já que apresentam uma distância razoável para
transporte e distribuição da energia produzida) bem com a vantagem de estarem situados
numa região com maior potencial de aproveitamento energético das ondas. Contudo, devido
à sua distância à costa, apresentam ainda alguns problemas que estão relacionados com o
seu impacto ambiental.