Introdução: A Influenza Equina é causada por um vírus da família Ortomixoviridae, gênero
Influenzavírus A. É uma infecção aguda do sistema respiratório e altamente contagiosa, considerada endêmica em diversos países e ocorre de forma sazonal (principalmente na primavera e outono). É uma enfermidade de notificação obrigatória que pode causar prejuízos econômicos. Possui alta morbidade, podendo atingir 100% dos animais, porém sua taxa de mortalidade é baixa e geralmente está associada a infecções secundárias. Acomete animais de todas as idades, apresentando maior prevalência em animais menores de dois anos. Objetivo: Conhecer a patologia a partir da etiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e profilaxia. Metodologia: Esse trabalho se desenvolveu por metodologia exploratória e bibliográfica, utilizando fontes cientificamente confiáveis e especializadas, utilizando artigos científicos. Resultados: Com o presente trabalho constatou-se que o influenzavirus em equinos se manifesta em dois subtipos: H3N8 e H7N7 considerado extinto ou circula em baixos níveis de prevalência. A transmissão ocorre por intermédio da disseminação do vírus pelo ar através de aerossóis, ou em contato com secreções, água e alimento contaminados. Os vírus se replicam nas células epiteliais do trato respiratório superior, destruindo o epitélio ciliar e consequentemente, acúmulo do muco. Sintomas como febre, tosse seca sem secreção catarral, secreção nasal e depressão são característicos dessa patologia. O diagnóstico deve ser feito pela avaliação dos sintomas clínicos, associado ao histórico do animal e evidências epidemiológicas. Os testes laboratoriais são importantes para o diagnóstico diferencial de outras doenças respiratórias de origem infecciosa em equinos como as causadas pelos agentes etiológicos Rhodococcus equi, Streptococcus equi e herpesvírus equino tipo 1 e tipo 4. O diagnóstico definitivo pode ser obtido através do isolamento do vírus em swabs nasofaríngeos coletados na fase aguda da infecção (ou seja, nas primeiras 24 horas). O tratamento deve ser sintomático e de apoio, antitérmico para febre e antibióticos para possível infecção bacteriana secundária. os animais contaminados devem ser isolados dos demais e permanecer em repouso. A profilaxia é feita através de vacinação semestral ou anual, pois o vírus da influenza possui grande capacidade de sofrer mutação antigênica, o que reduz o grau e o período de proteção conferida por infecção anterior ou pela imunização. Medidas de manejo e biossegurança devem ser tomadas para evitar o surto da enfermidade, tais como evitar a superlotação, higienização dos itens coletivos, acompanhamento da saúde do animal, isolamento de animais que apresentem sinais clínicos, instalações ventiladas, higienizadas e limpas. O prognóstico é favorável desde que as condições de manutenção sejam adequadas. Caso contrário pode haver infecções bacterianas, podendo evoluir para a morte do animal. A recuperação, quando isenta de complicações, acontece após sete a quatorze dias. Conclusão: A influenza equina é uma doença altamente transmissível e apesar da baixa mortalidade, pode causar prejuízos através de infecções secundárias. A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser feita de forma regular devido a alta mutabilidade do vírus causador.
1. Graduanda do Curso de Medicina Veterinária- UNIVALE
2. Professor do curso de Medicina Veterinária - UNIVALE