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SBP SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE LTDA

Prezados alunos, a minha história com a Psicanálise surgiu quando fui convidado para dar
aulas de Psicologia na mesma faculdade em que lecionava Filosofia e Metodologia da
Pesquisa. Eu aceitei o desafio, porem, precisava de legitimidade para dar aulas.

Conversei com o meu irmão que é psicólogo sobre a possibilidade de eu fazer um Curso de
Psicologia. Ele me respondeu dizendo: “Faca um Curso de Psicanalise, para você será mais
rápido e mais confortável para quem já tem curso superior como você”. Ou seja,
Professores, Advogados, Médicos, Assistente Social, Engenheiro, Pastores, etc, poderão se
tornar psicanalistas.

Fiz o curso e resolvi multiplicar o beneficio que recebi, estimulando a formação de


psicanalistas em todo território Brasileiro na modalidade presencial e de Ensino a Distância
(EAD) e em outros países como os Estados Unidos e em diversos países da Europa onde
oferecemos a modalidade EAD.

O Curso de Formação em Psicanalise Clinica da SBP Sociedade Brasileira de Psicanalise


Ltda tem uma formatação única, nunca oferecida por outra instituição.

Duração 30 meses e Carga horária 420 horas com o seguinte investimento: Matrícula de
250,00 + 30 parcelas de 350,00 pagas até o dia 05 de cada mês, aos essa data a mensalidade
voltará ao valor normal ou seja 430,00

Com quinze meses de Curso o aluno recebe um Certificado de Psicanalista Residente com
data de validade de quinze meses. Nesse período realizará a Residência, a prática
psicanalítica clínica, as consultas poderão ser remuneradas ou não ficando a critério do
Psicanalista decidir.

Metodologia utilizada durante o curso são: Aulas dialogadas, Análise Individual, Terapia de
Grupo, Estágio Supervisionado e Trabalho de Conclusão de Curso.

Duração de cada encontro: 10 horas organizada com Aula Dialogada e Análise em Grupo,
uma vez por mês com duração 7 horas, (um sábado ou domingo por mês), Análise Individual
uma vez por mês; trabalho de Pesquisa com interpretação de texto ou filme (2,5 horas).

Durante a analise individual o aluno aprenderá a prática Analítica e ao mesmo tempo se


analisará, requisito fundamental para um analista.

O Curso presencial exige uma frequência mínima de 75%, ou seja, o aluno terá de
comparecer ao mínimo de 23 encontros, de acordo com legislação vigente.

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As aulas serão ministradas por Aloísio Silva, Psicanalista, Escritor e Palestrante Internacional
e psicanalistas que compoem o quadro de professores da SBP (Sociedade Brasileira de
Psicanálise Ltda).

O Certificado é emitido pela SBP Sociedade Brasileira de Psicanálise Ltda, Instituição com
sede própria, uma Escola-Clínica em Guarapari - ES. O Certificado é válido em todo
Território Nacional. Ao final do Curso será fornecido o Certificado com o título de
PSICANALISTA CLÍNICO.

Poderá abrir Consultório em todo Território Nacional Brasileiro e em outros países.

O Curso Ministrado tem amparo do Decreto Presidencial 5154 de 23/07/2004 e nas normas
da resolução CNE 04/99-MEC(art7º§3º)de 7/10/1999.

INTRODUÇÃO:

A psicanálise é uma atividade autônoma e independente, e não constitui ramo ou


especialidade da medicina ou da psicologia, em termos legais.

Pode ser exercida por qualquer cidadão, médicos, advogados, professores, enfermeiros,
engenheiros, pastores, psicólogos, etc, desde que detentores dos mínimos conhecimentos por
tanto.

A psicanálise, até o presente momento, não é uma profissão regulamentada, pois inexiste lei
federal que a regulamente e imponha limites ao seu exercício.

A continuada sistematização da matéria, bem com a criação de um maior número de


associações de classe, tende a forçar a regulamentação legal da profissão, a exemplo de tantas
outras.

OBJETIVOS DO CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA.

· Situar a Psicanálise em relação à ciência Psicológica;


· Conhecer aspectos da história do movimento psicanalítico;
· Identificar o método e objeto da psicanálise;
· Refletir sobre a prática clinica e a teoria que sustenta;
· Conhecer alguns dos seus conceitos fundamentais: Inconsciente, Pulsão e
Transferência. etc.
· Entender como funciona o atendimento clínico

1. O QUE É A PSICANÁLISE.

Psicanálise é um ramo clínico teórico que se ocupa em explicar o funcionamento da mente


humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses. O objeto de estudo da psicanálise
concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos
vividos pelas pessoas.

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A teoria da psicanálise, também conhecida por “teoria da alma”, foi criada pelo neurologista
austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). De acordo com Freud, grande parte dos processos
psíquicos da mente humana estão em estado de inconsciência, sendo estes dominados pelos
desejos sexuais.

Todos os desejos, lembranças e instintos reprimidos estariam “armazenados” no inconsciente


das pessoas e, através de métodos de associações, o psicanalista – profissional que pratica a
psicanálise – conseguiria analisar e encontrar os motivos de determinadas neuroses ou a
explicação de certos comportamentos peculiares dos seus pacientes, por exemplo.

Etimologicamente, o termo psicanálise é uma referência ao grego psyche, que literalmente


significa “respiração” ou “sopro”, mas que possui um conceito mais complexo, relacionado
com as ideias modernas do que seria o espírito, o ego e a alma das pessoas.

1.1 DIFERENÇA ENTRE A PSICANÁLISE, PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA,


PSICOTERAPEUTA E NEUROLOGIA.

Há, frequentemente, dúvida sobre as diferenças entre psiquiatra, psicólogo, psicanalista e


psicoterapeuta. Embora, estes profissionais possam trabalhar em campos ligados à saúde
mental e compartilhem da missão de atender pessoas que anseiam por mudanças em relação
ao que fazem, ao que sentem e ao que pensam, diferenças importantes podem ser
identificadas.

Tais diferenças concentram-se na formação do profissional, no modo de compreender o


complexo fenômeno do comportamento humano e, consequentemente, nos métodos de
intervenção.

1.1.1 Psicanalista

Já o psicanalista é um profissional de nível superior, que faz, posteriormente, um curso numa


instituição psicanalítica e submete-se à Psicanálise.

Na Psicanálise, são utilizadas as teorias da personalidade e métodos de tratamento


introduzidos por Sigmund Freud. Muito difundida, a Psicanálise, além da Psiquiatria e
Psicologia, tem status científico e sua eficácia é presente quando se observa o tempo em que
os analisandos que passam pelo processo psicanalítico com significativa melhora e as vezes a
cura total.

1.1.2 Psiquiatra

O psiquiatra é um profissional com formação em Medicina e com especialização em


Psiquiatria. Após a faculdade, então, faz residência em instituições de saúde mental, clínicas
e hospitais psiquiátricos.

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Os conhecimentos desta área e especialidade médica concentram-se nos comportamentos que
fogem à “normalidade”. Desta forma, o médico psiquiatra está preparado para lidar com os
mais variados transtornos mentais (depressão, psicoses, etc).

Ele faz uso do sistema de diagnóstico baseado em manuais como CID10 – Código
Internacional de Doenças e DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos
Mentais. E a principal forma de intervenção utilizada por este profissional é a prescrição de
medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e outros psicofármacos.

1.1.3 Psicólogo

O psicólogo é um profissional que concluiu a graduação em Psicologia, podendo atuar na


área clínica, organizacional, educacional, esportiva e outras.

Para atuar na área clínica, o psicólogo geralmente complementa a sua formação com cursos
(especialização, pós-graduação stricto sensu e lato sensu); ele utiliza a psicologia, um
conjunto de técnicas e meios para analisar e intervir nos problemas emocionais,
comportamentais e/ou transtornos mentais.

Na psicologia, o psicólogo, através da mediação verbal, conduz o seu cliente a um processo


em que busca proporcionar e ele a aprendizagem de novos comportamentos para lidar com as
suas dificuldades.

1.1.4 Neurologista

É a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso.


Especificamente, ela lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças
que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo,
parassimpático e simpático incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e todos os
tecidos efetores, como os músculos.

O correspondente cirúrgico da especialidade é a neurocirurgia. O neurologista, médico que se


especializou em neurologia, é treinado para investigar, diagnosticar e tratar distúrbios
neurológicos. O neuropediatra trata doenças neurológicas em crianças. Neurologistas também
podem estar envolvidos na pesquisa clínica, ensaios clínicos, bem como em pesquisa de
ciências básicas da medicina.

1.2 QUEM PODE FAZER O CURSO DE PSICANÁLISE?

Médicos, Professores, Engenheiros, Odontólogos, Advogados, Assistentes Sociais,


Pedagogos, Teólogos, Enfermeiros, Pastores, Padres, Psicólogos, Contadores, etc. Este curso
é dirigido a todos os interessados em adquirir conhecimentos mais profundos em Psicanálise.
Aos que querem aprender a dinâmica de seus problemas emocionais e afetivos de acordo com
as teorias psicanalíticas, e aos que desejam dedicar-se à Psicanálise como Terapeutas e
Clinicar.

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1.3 SIGMUND FREUD

As teorias cientificas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos
econômicos, políticos, culturais, etc. São produtos históricos criados por homens concretos,
que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do
conhecimento.

Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico Vienense que alterou, radicalmente, o modo de
pensar a vida psíquica. Sua contribuição é comparável á de Karl Marx na compreensão dos
processos históricos e sociais. Freud ousou colocar os ”processos misteriosos” do psiquismo,
suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do
homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou
Freud a criação da Psicanálise.

O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a


uma prática profissional. Enquanto teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos
sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Freud publicou uma extensa obra,
durante a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a estrutura e o
funcionamento da psique humana.

A psicanálise, enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo,


que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas
produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos.

A prática profissional refere-se á forma de tratamento (a análise) que busca o


autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento. Atualmente, o
exercício da psicanálise ocorre de muitas outras formas. Ou seja, é usada como base para
psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos, instituições.

A psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de


fenômenos sociais relevantes: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de
individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência etc.

Compreender a psicanálise significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, desde a


origem dessa ciência e durante parte de seu desenvolvimento. A relação entre o autor e obra
torna-se mais significativa quando descobrimos que grande parte da sua produção foi baseada
em experiências pessoais, transcritas com rigor em várias de suas obras, como A
Interpretação dos Sonhos e a Psicopatologia da Vida Cotidiana, dentre outras.

Compreender a Psicanálise significa também percorrer no nível pessoal. A experiência


inaugural de Freud e buscar “descobrir” as regiões obscuras da vida psíquica, vencendo as
resistências interiores, pois se ela foi realizada por Freud.

“Não é uma aquisição definitiva da humanidade, mas tem que ser realizada de novo por
cada paciente e por cada psicanalista“ (Boch, Ana)

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1.4 A GESTÃO DA PSICANÁLISE

Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em


psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um laboratório de Fisiologia e deu aulas de
Neuropatologia no instituto onde trabalhava. Por dificuldades financeiras, não pôde dedicar-
se integralmente à vida acadêmica e de pesquisador. Começou, então, a clinicar, atendendo
pessoas acometidas de “problemas nervosos”.

Obteve, ao final da residência médica, uma bolsa de estudos para Paris, onde trabalhou com
Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava as histerias com hipnose. Em 1886, retornou a
Viena e voltou a clinicar, e seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas
dos distúrbios nervosos passou a ser sugestão hipnótica.

Em Viena, o contato de Freud com Josef Breuer, médico e cientista, também foi importante
para a continuidade das investigações. Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer fio
significativo. Ana O. apresentava um conjunto de sintomas que fazia sofrer: paralisia com
contratura muscular, inibições e dificuldade de pensamento. Esses sintomas tiveram origem
na época em que ela cuidara do pai enfermo.

No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos que se referiam
a um desejo de que o pai morresse. Estas ideias e sentimentos foram reprimidos e substituídos
pelos sintomas.

Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a origem de seus sintomas, mas,
sob o efeito da hipnose, relatava a origem de cada um deles, que estavam a vivências
anteriores da paciente, relacionadas com o episódio da doença do pai. Com a rememoração
destas cenas e vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de
forma “mágica”, mas devido á liberação das reações emotivas associadas ao evento
traumático – a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai enfermo.

Breuer denominou Método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e


emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da
vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas.

Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática médica usara a
hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos
sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico e, aos poucos foi modificando
a técnica de Breuer, abandonou a hipnose, porque nem todos os pacientes se prestavam a ser
hipnotizados; desenvolveu a técnica de “concentração”, na qual a rememoração sistemática
era feita por meio da conversação normal; e com elas a direção da sessão, para confiar por
completo a fala desordenada do paciente.

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